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PRÁTICAS JORNALÍSTICAS

CONTEMPORÂNEAS NO AUDIOVISUAL

Daiany Ferreira Dantas


OBJETIVOS
Objetivo geral: Explorar rupturas, reconfigurações e
tendências narrativas na produção do audiovisual
contemporâneo e seus impactos no jornalismo

Objetivos específicos:
1. Compreender vertentes e paradigmas históricos da
narrativa audiovisual nacional.
2. Identificar as principais reconfigurações no campo
estético-tecnológico, suas inflexões históricas e
sociais.
3. Reconhecer as tendências do audiovisual
informativo contemporâneo.
Título da apresentação 3

INTRODUÇÃO
A imagem em movimento compõe um objeto relevante para a consolidação do
jornalismo nos registros da história e da memória e auxiliar na compreensão do
mundo contemporâneo.

As mudanças tecnológicas historicamente alteraram os textos audiovisuais


informativos, suas formas de produção e consumo.

Bem como, as expectativas sociais e disputas de poder.

Acompanhamos os textos de Bezerra (2008) que busca elidir as aproximações e


divergências entre os paradigmas do documentário e do jornalismo e de Becker
(2022) que cobre desde a emergência dos primeiros documentários (1920) até a
cobertura da Covid-19 (2022).
MAPEANDO
FORMATOS
Entre o jornalismo e o documentário
PACTO DE LEITURA
O jornalismo tem a verificação como índice de
confiabilidade. O documentário narra uma história,
que, mesmo reencenada, alega partir de registros do
real.
“Assim, as reportagens são produzidas segundo
técnicas específicas que foram adotadas, que
tiveram sua eficácia para a sustentação do pacto
testada, e que foram socialmente aceitas. Essas
técnicas dizem respeito à apuração e seleção dos
fatos, à escolha do vocabulário, à ordenação de
informações, ao tratamento das fontes, entre muitas
outras” (BEZERRA, 2008, p. 31)
O DOCUMENTÁRIO
“Esse lugar existe, fica no norte do Canadá, e lá
vivem pessoais reais, dentre as quais Nanook, o
esquimó”
“Desde então, documentaristas instruem seus
espectadores a uma determinada leitura e reforçam
o pacto proposto por Flaherty das mais variadas
maneiras. Quer o autor camufle a sua presença por
detrás de um “ele” impessoal, de um “eu” que
monologa, de um “vós” misterioso, quer disfarce os
traços da sua presença na narrativa, quer opte por
colocar o acento no ato de contar e interpele seu
interlocutor”
Título da apresentação 9

NICHOLS/TRAQUINA
• Documentaristas e jornalistas enfrentam duas grandes questões. De um lado, registram algo que aconteceu no
mundo histórico; do outro, constroem narrativas a partir do que foi capturado. Reportagens e documentários
encerram uma natureza ética e uma dimensão epistemológica e dramática. Uma regida pelas idéias de verdade e de
correção ética, e outra pela sua forma de apresentação, pela camada que se sobrepõe ao material bruto, pelo modo
de contar o que foi registrado. Nenhum documentário ou reportagem se contenta em ser apenas registro. Todos
possuem a ambição, a necessidade (mercadológica, inclusive) de ser uma “história” bem contada.
Título da apresentação 10

NICHOLS
• busca na retórica os elementos fundamentais da linguagem do documentarista. Destacando a “voz” como um
elemento de estilo crucial para o documentário.

• Tipologia dos documentários.


• Inclui opostos como Robert Drew e Jean Rouch.
Título da apresentação 11

O JORNALISMO ENQUANTO
CAMPO AUDIOVISUAL
• Cine jornal.

• Emerge no Brasil na era Vargas.

• Melodrama, narração em off. Destaque das celebridades, hierarquias do cotidiano.


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IMPACTOS TECNOLÓGICOS
• Transmissões ao vivo – imagens passam a ser trabalhadas para ressaltar a capacidade de audiências se
aproximarem dos acontecimentos.

• A televisão se consolida como o principal meio de comunicação do século XX e superou a transmissão de


imagens, passando por reformulações e revisões de seu conteúdo e formatos.

• Cenário de hibridismo e transformação dos hábitos de consumo.

• A mobilidade sempre esteve presente nos estudos da comunicação, mas a transformação da imagem analógica para
a digital reduz o peso do equipamento.

• Diferentes etapas de produção de conteúdo móvel, ampliada com a mobilidade física e informacional do cotidiano
das cidades.
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I
• 3 tipos de imagens – artesanais, residuais e numéricas.

• Datificação – impacto nos sistemas de Broadcast. Vídeo sob demanda.

• Multimidialidade – novo regime do visível.

• Mãos e mouse, depois todo o corpo.

• Espectador incitado a imergir – ver, sensação de ver, interagir e ser visto.

• Fronteiras mais fluidas entre real e virtual.

• Superação da noção de tela. Comandos digitais. Olho tela, imagem tela.


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TELEJORNALISMO NO BRASIL
• Não acompanhou o processo de redemocratização.

• Apesar da Incursão de Eduardo Coutinho e Maurício Capovilla na TV nos anos 1970.

• Documento especial – Rede Manchete. A insistência na objetividade e transparência.

• Modelo econômico oligopolista.


Título da apresentação 15

GOVERNOS FHC, LULA E DILMA


• Privatização das telefônicas.

• TV digital.

• Golpe - Jornadas de junho.

• Surgimento de coletivos de audiovisual.

• Mudança no referente.

• Paradigma da colaboração - smartphones.


Título da apresentação 16

PANDEMIA DE COVID- 19
• O uso de imagens de profissionais e amadores captadas por videoconferências e dispositivos móveis e a exploração
da emoção, abriram espaço para as subjetividades no telejornalismo.

• Testemunhos anônimos.

• a adaptação difícil para os profissionais e uma mudança de linguagem radical, pois a maior parte do programa
passou a ser produzida remotamente, exigindo o uso constante de videoconferências e vídeos caseiros.

• Os jornalistas também realizaram entrevistas e produziram matérias em casa, por videoconferência, e o espaço
doméstico foi incorporado às telas da tevê e de outros dispositivos, “a única saída para a continuidade do trabalho
telejornalístico.
• Assim, verificou-se que a hibridização dos formatos audiovisuais, o consumo de conteúdos em plataformas de
streaming e vídeos on demand.
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PONTOS DE VISTA DOCUMENTAL


• Voz, trilha, roteiro, condução de entrevistas e personagens.

• Interposição da subjetividade.

• Personagem fluxo.
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EXERCÍCIO
ANÁLISE DO DOCUMENTÁRIO PORTA DE TRÁS, DE THIFANY ALVES.
OS ESTUDANTES IRÃO IDENTIFICAR A PRESENÇA DE ELEMENTOS DESTACADOS NO TEXTO
DE BECKER (2022): CÂMERA NA MÃO, USO DE IMAGENS EM MOVIMENTO, IMAGENS DE
DISPOSITIVOS MÓVEIS, EMOÇÃO E PONTO DE VISTA EM PRIMEIRA PESSOA NAS IMAGENS
DO DOCUMENTÁRIO.
EM SEGUIDA, IRÃO INVESTIGAR NAS BASES DE DADOS DE WEB DOCUMENTÁRIOS
PRODUÇÕES INSERIDAS ENTRE OS ANOS 2020-2021 E REALIZAR A MESMA ANÁLISE DE
CONTEÚDO.
Título da apresentação 19

REFERÊNCIAS
• ALVES, Thifanny. Porta de trás. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=pij8Do2k8Xw.
Acesso em 06 out. 2023.
• BECKER, Beatriz. A construção audiovisual da realidade: uma historiografia das narrativas jornalísticas
em áudio e vídeo. Rio de Janeiro: Mauad X, 2022.
• BEZERRA, Julio. Documentário e Jornalismo: Propostas para uma Cartografia Plural. Dissertação
(Mestrado em Comunicação e Cultura). Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ/ECO, Rio de
Janeiro, 2008.
• SANTOS SEGUNDO, Carlos Antonio dos. Documentário Inflexivo: o personagem apropriado em cena.
Tese (Doutorado em Multimeios) - Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas. Campinas,
2016.
OBRIGADA,
Daiany

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