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República de Angola

Instituto Nacional de
Petróleos

DEPARTAMENTO DE ENSINO MÉDIO


“DEM”

Curso: Manutenção Industrial/Electromecânica


Classe: 11ª
Disciplina: Manutenção de Máquinas
Docente: José Kaconda Parelo Júlio
Aula Nº 01 e 02
Unidade II e III – Ligações de peças e
acoplamento
Sumário: Uniões ou acoplamentos, Classificação das uniões.

Uniões de veios são órgãos de máquinas usados nos


sistemas de transmissão para ligar os veios entre si.
A ligação por união tem um carácter permanente e só é
desfeita por desmontagem ou falha da união; ao
contrário da ligação por embraiagem que tem carácter
temporário; e é feita e desfeita em serviços através de
um sistema de comando apropriado.
Funções das uniões ou acoplamentos
As uniões ou acoplamentos têm como funções os
seguintes:

 Ligar veios de mecanismos diferentes; permitindo a sua separação para


manutenção, reparação e substituição;

 Ligar troços de veios quando não seja viável ou vantajosa a utilização de veios
inteiros;

 Compensar os desalinhamentos dos veios, evitando surgimento das reacções,


bem como aumento de esforços nos mesmos;

 Alterar as características de vibração duma transmissão;

 Introduzir amortecimento torsional, reduzindo a transmissão de choques dum


veio para o outro;
 Introduzir uma protecção contra sobrecargas.
Classificação das uniões

As uniões na sua maioria estão classificados da


seguinte forma:

 Rígidas;
 Móveis;
 Elásticas;
 De segurança;
 Hidráulicas e embraiagens.
Classificação das uniões
Uniões rígidas
Não facultam qualquer tipo de flexibilidade - axial, lateral,
angular ou torsional. Na união entre veios, estes devem
estar perfeitamente alinhados para que não surjam
cargas secundárias importantes, quer nos apoios, quer
nos próprios veios, quer ainda nas uniões.
Classificação das uniões
Uniões móveis
Permitem, dentro de certos limites, o desalinhamento dos veios
(axial, lateral, angular), sem recurso a propriedades elásticas,
mas sim por movimentação relativa de elementos intermédios.
Classificação das uniões
Uniões elásticas ou flexíveis
Permitem uma certa flexibilidade elástica na transmissão, por
meio da introdução de elementos intermédios elásticos na
ligação. Os elementos elásticos permitem:
a) Pequenos desalinhamentos laterais e angulares.
b) Amortecimento das cargas de choque dum veio para o outro
c) Alteração das características vibracionais da transmissão
Classificação das uniões
Uniões de segurança (ou limitadores de binário)
São concebidas para permitir o escorregamento entre os
elementos motor e movido quando for atingido um
determinado momento de torção que ponha em risco o
órgão motor, protegendo-o contra sobrecargas
Classificação das uniões
Uniões hidráulicas
Princípio de funcionamento:

1. O fluído (óleo mineral de baixa viscosidade) é acelerado


pelo elemento motor (bomba) do interior para a periferia.
2. A massa de fluido, animada de movimento, ao passar
através das pás do elemento movido (turbina), provoca a
rotação deste.
Abordar a respeito das ligações por uniões e por
embraiagem, suas funções e classificação, foram os
pontes de grande importância da nossa aula.

Portanto, tratamos de muito rapidamente abordar as


ligações por uniões e por embraiagem, para que o
técnico profissional saiba diferenciar e identificá-las em
situações práticas;
Perceber as funções das uniões e como estão
classificados, ajudará ao técnico profissional (Mecânico
e electromecânico) não só identificar o tipo de união
mas também, entender a função de cada para aplicação
na vida prática.
Unidade II e III: Ligações de peças e acoplamento

Sumário: continuação da aula; desalinhamento


Montagem de acoplamentos
Os principais cuidados a tomar durante a montagem dos acoplamentos são:
 Colocar as falanges à quente, sempre que possível;
 Evitar a colocação das falanges por meio de golpes: usar prensas ou dispositivos
adequados;
 O alinhamento das árvores deve ser o melhor possível mesmo que sejam usados
acoplamentos elásticos, pois durante o serviço ocorrerão os desalinhamentos a serem
compensados;
 Fazer a verificação da folga entre falanges e do alinhamento e concentricidade da
falange com a árvore;
 Certificar-se de que todos os elementos de ligação estejam bem instalados antes de
aplicar a carga.
Desalinhamento
Existe desalinhamento sempre que as linhas de eixo dos
veios e das chumaceiras não coincidam, ou então
quando as linhas de eixo da máquina motora e movida
não coincidam. Destaca-se os seguintes pontos
importantes:

 É impossível atingir um alinhamento perfeito, por isso é


sempre necessário contar com efeitos residuais
provenientes deste fenómeno.

 Uma das soluções utilizada para compensar os


problemas provenientes deste fenómeno é a utilização
de acoplamentos elásticos.
Desalinhamento
 No entanto a utilização destes elementos não serve para eliminar a
vibração resultante do desalinhamento. Caso a vibração seja
excessiva, tenderá a existir desgaste rápido das chumaceiras,
acoplamentos e retentores.

 Caso a substituição destas peças seja feita em períodos inferiores a


5 anos, constitui um sinal de que provavelmente existe um problema
de desalinhamento.
Principais causas associadas ao
desalinhamento
As principais causas associadas ao desalinhamento de ligações de
uniões entre eixos são:

 Deficiente montagem do acoplamento;


 Chumaceira desalinhadas;
 Fundação mal construídas;
 Gradiente de temperatura.

Tipos de desalinhamento
Podem ser definidos três diferentes tipos de desalinhamento que são:
 Desalinhamento paralelo;
 Desalinhamento angular;
 Desalinhamento combinado
Tipos de desalinhamento

Desalinhamento paralelo: consiste numa translação de um dos


eixos em relação ao outro.

Neste tipo de desalinhamento os dois eixos em questão mantêm-se


paralelos, no entanto não são coincidentes.

Um espectro (Visão) típico de frequência da vibração gerada por um


desalinhamento paralelo na direcção radial destaca-se pelo facto da
frequência preponderante ser correspondente a duas vezes a
frequência de rotação.
Tipos de desalinhamento
Desalinhamento angular: consiste na falta de paralelismo
entre os dois eixos acoplados.
Este tipo de desalinhamento gera um momento flector em cada
veio responsável pela maior amplitude de vibração na
direcção axial.
Tipos de desalinhamento
Desalinhamento combinado: Este tipo de
desalinhamento configura uma sobreposição de efeitos
dos dois tipos de desalinhamento anteriores (paralelo e
angular), provoca momento flector em cada veio.
Tipos de desalinhamento
1.1 Determinação do Gap

Figura 10 – Distância entre faces do acoplamento

A distância entre as faces dum acoplamento “Gap” é normalmente definida pelo fabricante
do acoplamento fazendo parte das especificações técnicas.
Segurança
Ao executar um alinhamento devemos observar um conjunto de regras de segurança, a
fim de evitar acidentes pessoais ou com os equipamentos.
Esses procedimentos são simples e fáceis de executar, e convém sempre lembrar que
depois do acidente já pouco há a fazer.

Relativamente a considerações sobre segurança podemos referir:

 O equipamento deve estar isolado electricamente de acordo com a política da


empresa;
 Tenha cuidado ao içar máquinas para colocação de calços;
 Tome cuidado ao cortar os calços;
 Apoiar sempre em blocos os equipamentos suspensos;
 Não remover ou substituir os calços de equipamentos suspensos;
 Tenha cuidado ao remover ou adicionar calços. Não coloque os dedos entre a
máquina e o apoio.
Leituras do comparador
Antes de iniciar o alinhamento dos veios utilizando
comparadores, devemos saber como estes funcionam:

Uma leitura positiva indica que o sensor da haste é


empurrado para dentro e o ponteiro gira no sentido
horário.
Uma leitura negativa indica que o sensor da haste tem
movimento para fora e o ponteiro gira no sentido anti-
horário.
Empeno
Um eixo empenado comporta-se como um eixo
desalinhado, por essa razão a sintomatologia aplicável é
a mesma que foi indicada para o desalinhamento.

 As principais causas que podem conduzir ao empeno dum veio


são:
 Flexão Gravítica, originada por elevados períodos de
inactividade;
 Empeno gerado por tensões originadas em gradientes térmicos;
Empeno
Nesta aula, abordou-se sobre desalinhamento, suas principais
causas e tipos. Com objectivo de garantir ao técnico o
conhecimento à respeito e saber identificar problemas
ligados à desalinhamento, em funsão do tipo, identificar as
causas para propor soluções adequadas e eficazes.

Estudamos também alguns princípios de seguranças e


métodos de manuseamento do comparador que é um
aparelho que ajuda-nos a efectuar o alinhamento das
ligações de união.

Tratamos também as principais causas que podem conduzir ao


empeno de uma ligação por união.
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“DEM”

MUITO OBRIGADO

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