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CURSO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS

NÍVEL DE CONHECIMENTO SOBRE AUTOMEDICACÃO NA POPULACÃO DO BAIRRO


CASSEQUEL II SEMESTRE DE 2022

Autora: Jéssica Carla Pinto Alberto


Orientado por: Dr. António Hélder Manuel Francisco

LUANDA, 2022
INTRODUÇÃO

Todavia, durante toda a evolução humana, o homem sempre buscou diversos


recursos terapêuticos que fossem efectivos no tratamento de enfermidade para alivio
de sintomas, inicialmente recorrendo a terapia com plantas medicinais. Remédios
caseiros, produções galemicas e subsequente a medicamentos formulados pelas
industrias farmacêuticas, Crusz (2015).

A automedicação é o acto de gerir uma determinada substância para efeito


terapêuticos sem a orientação ou assistência de um profissional de saúde, geralmente
a automedicação acontece quando um individuo possui um sintoma patológico ou
doloroso e resolve se tratar sem buscar atendimento profissional especializado.
JUSTIFICATIVA DO TEMA

O presente tema e de grande importância na medida em que pretende dar a


conhecer detalhadamente algumas ideias sobre os males da automedicação,
elaborado no contexto do pré-estágio e estágio realizado no percurso formativo.
Onde, apresenta que a qualidade dos serviços de farmácia depende de bons
níveis de conhecimentos, práticas e atitudes dos utentes, demonstrados pelas
competências de informação e cuidado de saúde
FORMULAÇÃO DO PROBLEMA

 A prática de automedicação é visto como sendo um problema de saúde pública, pois


que, os problemas que a mesma pode causar no organismo são as seguintes:
insuficiência renal, dependência de medicamento, resistência dos antibióticos
subsequente intoxicação. Contudo, constitui uma preocupação científica, que
permitiu formular a pergunta de partida: Qual é o nível de conhecimentos, tem a
população do Cassequel sobre a automedicação?
ESTE TRABALHO TEM
COMO OBJECTIVO GERAL.

 Avaliar o nível de conhecimento sobre automedicação na população do bairro Cassequel II


Semestre de 2022

FORAM PROPOSTOS OS
SEGUINTES OBJECTIVOS
ESPECÍFICOS  Caracterizar a população segundo os dados sócio demográficos; idade, género, ocupação,
nível académico.

 Compreender o nível de conhecimento da população do Cassequel sobre a automedicação.


 Descrever os factores envolvidos que levam a prática da automedicação
FUNDAMENTAÇÃO TÉORICO

Segundo Naves et al. (2010) cit. por Vieira (2017, p.26) destacam que a
automedicação é uma forma comum de cuidados à saúde, que consiste no consumo
AUTOMEDICAÇÃO deum produto com o objectivo de tratar ou aliviar sintomas ou doenças percebidas,
ou mesmo de promover a saúde, independentemente da prescrição profissional;
podem-se utilizar medicamentos industrializados ou remédios caseiros.
Segundo Garcez, (2013, p.13) existem dois tipos de automedicação , responsável e a
irracional. A automedicação responsável, que é realizada através da orientação do
farmacêutico , pode apresentar benefício para o individuo economicamente falando ,
e para o sistema de saúde.
TIPOS DE AUTOMEDICAÇÃO

Já a automedicação irracional aumenta os riscos de efeitos adversos,


intoxicações e de mascaramento de doenças , o que retarda o diagnostico
correcto .Com isso , poderá sobrecarregar o sistema de saúde , devido á alta
procura destes serviços para solucionar os problemas ocasionados pela
automedicação irracional.
De acordo com Barros (1997) citado por Brito (2010, p. 11):

 Dentre as razões que levam o indivíduo à automedicação pode-se


destacar as seguintes:
 Dificuldade para conseguir consulta médica;
 Atendimento de outros profissionais de saúde e o custo dela;
 A limitação do poder prescritivo relacionado aos poucos
profissionais de saúde;
CAUSAS DA AUTOMEDICAÇÃO
 Falta de fiscalização daqueles que administram o medicamento
 Influência pelos veículos de comunicação;
 Factores sócio-económicos-culturais e profissionais quando são
observadas as condições de trabalho.
 Facil acesso a medicamentos
São vários os factores que contribuem para a automedicação, dentre eles podemos
destacar: a utilização de prescrições antigas; sobras de medicamentos; influência de
amigos, familiares e até mesmo atendentes de farmácias; propagandas irresponsáveis;
as experiências anteriores positivas; familiaridade com o medicamento e a dificuldade
Factores que contribuiem
de acesso de serviços de saúde Oliveira et al., (2012).
para a automedicação

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), são comercializados,


indiscriminadamente, em torno de 32 mil medicamentos anualmente. Essa informação
pode ser explicada pelo facto das farmácias serem classificadas como ponto comercial
em contínua competição de mercado, e não como unidade de saúde
Existe medicamentos que podem ser dispensados sem receita medica devido as
diversas sintomatologias que atingem os utentes, existem uma grande variedade
de medicamentos que os utentes podem utilizar mesmo sem ter um conhecimento
adequado sobre o medicamento.
Os antibióticos são medicamentos usados para tratar infecções bacterianas. O
antibiótico mais usado para se automedicar são os beta-lactamicos, ex:
PRINCIPAIS GRUPOS DE MEDICAMENTOS
MAIS UTILISADOS Amoxicilina.
O mecanismo de acção dos beta-lactamicos é fruto da sua capacidade de
interferir com a síntese do peptideoglicano , também conhecido
comomucopeptideo que é responsável pela integridade da parede bacteriana , o
fármaco adentra a bactéria através das porinas presentes na membrana externa da
parede celular , uma vez no interior da bactéria ele liga-se as proteínas ligadoras
de penicilina (PLP) inibindo-as.
Os anti-histamínicos é uma classe de fármacos que inibe a ação da histamina. O histamínico
mais usado é a ciproepitadina , anti-alergico e estimulante do apetite.
O mecanismo de acção do anti-histamínico de primeira geração , liga-se aos receptores H1 da
histamina antagonizando os seus efeitos , bloqueia a serotonina em diversos locais.

Os analgésicos é um grupo diversos de medicamento que diminui ou interrompem as vias de


transmissão nervosa , reduzindo a percepção de dor, ex: paracetamol.

O seu mecanismo de acção consiste na inibição da enzima ciclo-oxigenase tipo1 e tipo2 com
consequente redução da síntese de prostaglandinas e da sensibilização de terminações nervosas
nos tecidos periféricos , sitio comum de dor e inflamação.
1. Tipo de
estudo

METODOLOGIA

Processamento 1. População e
de dados amostra

4. Técnicas de 1. Critério de
Colecta de inclusão e
Dados Exclusão

4. Método a
utilizar
APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

16%
Gráfico n 1 – Distribuição
o

dos participantes quanto ao 40%

grupo etário 18 - 25
24% 26 - 35
36 - 45
46 - 65

20%

Fonte: Elaboração própria (2022).


40%

Gráfico nº2–Distribuição dos participantes quanto ao


Masculino
60%
sexo Femenino

Fonte: Elaboração própria (2022).


Gráfico nº3 – Distribuição dos participantes quanto ao estado civil

4%
24%

Casado
Solteiro
Viúvo
72%

Fonte: Elaboração própria (2022).

O nosso resultado diverge dos obtidos pelo autor Pinto et al (2015) que abordou sobre automedicação
quanto ao estado civil onde a maior prevalência recai aos casados com 75% dos casos.
8%
20%
Gráfico nº 4 – Distribuição dos participantes quanto 24% Ensino Primário
Ensino Secundário
ao nível de escolaridade Ensino Médio
Licenciado
48%

Diante do acima exposto, pode-se aferir que o nosso resultado diverge dos obtidos pelo autor Cruz et al
(2019), que abordou sobre a incidência da automedicação entre jovens universitários da área da saúde e de
ciências humanas, onde destacou que 13% são da área de saúde e 11% da área das ciências humanas. A
maior percentagem de estudantes afirmou que são formandos em farmácia e fisioterapia.
Gráfico nº 6 –- Distribuição dos participantes quanto ao conhecimento sobre automedicação

32%

Sim

68% Não

O nosso resultado diverge com os obtidos no estudo de Cruz et al (2019), que abordou sobre a incidência
da automedicação entre jovens universitários da área de saúde e de ciências humanas, onde o mesmo autor
relatou que 24% dos entrevistados afirmam ter conhecimento suficiente sobre automedicação.
Gráfico nº 8 – Distribuição dos participantes quanto
a influencia da prática da automedicação

4%
28%

Sistema de saúde precária


Dificuldade para marcar consulta
52%
Custo da consulta
16%
Venda de medicamento livre

O nosso resultado diverge com os obtidos no estudo de Cruz et al (2019), que abordou sobre a incidência
da automedicação entre jovens universitários da área de saúde e de ciências humanas, onde o mesmo autor
relatou as influências de amigos e vizinhos colaborou substancialmente na escolha de medicamento.
Gráfico nº 12 Distribuição dos participantes quanto aos medicamentos mais usam para se automedicar

Antibiótico 5

Anti-histaminico 2

Analgésicos 18

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

O nosso resultado diverge de IURAS et al. (2006), onde 80% da população inquerida destacou o uso de
analgésicos como principal grupo farmacológico mais utilizado na automedicação.
Quantos aos resultados obteve-se os seguintes: a faixa etária com menor incidência foi a
dos 18-25 anos de idade com uma frequência de (40%). O género com maior frequência
foi o masculino com (60%). A maior parte dos participantes eram solteiros com 18 casos
(72%). O nível académico teve maior frequência os do ensino médio com 12 casos (48%).
Quanto a ocupação registou-se que os que trabalham com 15 casos (60%).
CONCLUSÃO
Registou-se que a maioria dos inqueridos tem conhecimento sobre automedicação 17
casos (68%). Quanto a relação ao conhecimento dos efeitos adversos dos medicamentos
que usam para se automedicar a maioria diz que sim com 18 casos (72%).

Quanto aos factores que levam a população a pratica da automedicação maior parte dos
participantes diz que é o custo da consulta com 13 casos (52%) , que se automedicão
muitas vezes por ano com 13 casos (52%).
 Diante da pertinência do tema para os munícipes do bairro Cassequel, pode-se aferir que é de
todo necessário que haja continuidade de estudos mais avançados sobre a automedicação.
SUGESTÕES
 Que a comunidade aumente o número de palestras/seminários com a finalidade de capacitar os
munícipes sobre os riscos da automedicação.

 Que a população do bairro Cassequel veja a automedicação como um factor que periga a vida
de qualquer indivíduo, através dos processos práticos de busca de um profissional de saúde,
nomeadamente um farmacêutico sejam resolvidos tais problemas de saúde.

 Que haja mais debates comunitários por parte da comunidade hospitalar nas sedes dos distritos
e municípios para dar fim a automedicação ou reduzir os números que são muito expressivos.
MUITO OBRIGADA

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