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Abate de Aves

Professora: Dra. Hélida Fernandes leão


Abate de Aves
 Cuidados ante-mortem na granja:

- Suspender alimentação (6 a 8 horas antes do


abate) – Jejum

- Restrição hídrica a partir do momento da apanha

- Galpões muito grandes: dividir em lotes


Abate de Aves
O processo do abate de aves inicia-se na apanha
- Apanha pelo dorso

 Apanha bem feita evita:


- estresse do animal
- contusões
- fraturas
Abate de Aves
 Transporte:

- Aves contidas em engradados ou gaiolas


- Transportadas até o caminhão por meio de
esteiras rolantes (ideal)
- Gaiolas isentas de extremidades afiadas
- Motoristas capacitados
- Transporte noturno: vantajoso por evitar
temperaturas elevadas, favorecendo o bem-estar
das aves
SEGURANÇA DAS AVES
Abate de Aves

Este é o transporte adequado?


Abate de Aves

Gaiolas

Caminhões adequados
Abate de Aves
 Recepção:

 Quando não for possível o abate imediato:


-Descanso das aves em local coberto e com
ventilação (Galpão de espera)
-É ideal passar pelo Descanso
Abate de Aves
 Controle
da hora que a ave saiu da granja e a hora
que o caminhão chegou no frigorífico.

O intervalo não pode ser maior do que o tempo de


jejum (6 a 8 horas)

 Jejum prolongado prejudica o animal


(intestino fraco se rompe com maior facilidade –
contaminação fecal)
Abate de Aves
 Descarregamento – Plataforma de recepção
Abate de Aves
 Pendura:

- Aves são suspensas de ponta-cabeça nos


ganchos da linha de pendura
(enganchamento)
Abate de Aves
 Pendura:

- Dolorosa para aves


(compressão das pernas em contato com os
ganchos)
- Funcionários capacitados: manejo cuidadoso
- Uniformidade de lotes
- Baixa iluminação (efeito calmante) – reduz
batimento de asas (penumbra)
Abate de Aves
 Pendura:

- apoio de peito junto à nórea, evitando que as


aves se debatam
Abate de Aves
 Após a pendura já faz:
 Higienização das gaiolas

 Higienização dos caminhões transportadores de


aves vivas
 E no final do processo de abate:
 Higienização dos ganchos
Abate de Aves
 Insensibilização:

- Método mais comum no Brasil: elétrico ou


eletronarcose com imersão em líquido

Cuba de insensibilização
Abate de Aves
 Insensibilização:

 Cuba de insensibilização
Verificar:
- Nível de água
- Uniformidade dos lotes
- Imersão da cabeça até antes da asa
- Registro de velocidade e voltagem
(40 a 80)
Abate de Aves
Abate de Aves
 Características do animal insensibilizado:
 Pescoço arqueado
 Pernas estendidas rigidamente
 Asas suspensas juntas ao corpo
 Sem reflexo ocular

 Teste de insensibilização das aves


Abate de Aves
 Sangria:

- Tempo entre insensibilização e sangria: máximo 12


segundos

- Comprimento do túnel de sangria: o suficiente para


que a sangria seja de pelo menos 2 minutos

- Esterilizadores de fácil acesso, acionados a pedal


ou outro mecanismos que impeçam o uso direto das
mãos (facas)
Abate de Aves

Sangria pelo
equipamento e/ou
com auxílio de facas
(abate Halal ou
Kocher)
Abate de Aves
 Escaldagem:

- Água aquecida: facilita a remoção mecânica de


penas

- Retirada de impurezas e sangue da superfície


externa

- É necessário agitar a água: eriçar camada de


penas
Abate de Aves
 Escaldagem:

- Agitação:
Mecânica: consumo de energia
manutenção frequente
baixa eficácia

Injeção de ar: consumo de energia


manutenção simples
alta eficiência
Abate de Aves
 Escaldagem:

Branda: 52°C a 54°C / 2,5 minutos

Alta: 58°C a 60°C / 1,5 minutos

Rigorosa: > 70°C / 30 a 60 segundos


aves aquáticas – ganso, pato
Abate de Aves
 Tanque de escaldagem:

- material inoxidável
- controle de temperatura
- renovação contínua de água
contaminação
Abate de Aves

Tanque de escaldagem
Abate de Aves

Tanque de escaldagem
Abate de Aves
 Escaldagem:

 Observar o tempo e a temperatura de escaldagem


para evitar uma possível condenação da carcaça
(Escaldagem Excessiva / Aspecto repugnante)

 S.I.diminui a velocidade de abate ou para a linha


de abate
Abate de Aves
 Depenagem:

- Deve ser mecanizada

- Executada com aves suspensas pelos pés


(da forma que entrou no abate)
Abate de Aves
 Depenadeiras: dedos de borracha presos a
tambores ou discos

 Pressão e proximidade dos dedos ao corpo da ave

 Evitar abrasão da pele e quebra dos ossos

dedos de borracha
Abate de Aves

Depenadeira vista por fora


Abate de Aves

Depenadeira Depenadeira
Vista de cima Vista Interna
dedos de borracha
Abate de Aves
Carcaças saindo da Depenadeira
Abate de Aves
 Retiradados pés
(junto com a remoção da cabeça)

 Transpasse – carcaça passa a ser presa também


pelo pescoço
 Escaldagem dos pés: 82 a 90°C
 Remoção de cutículas
Abate de Aves
 Retirada de pés após remoção da cabeça
Abate de Aves
 Cortes de pescoço

- Transpasse novamente
Abate de Aves
 Evisceração: (PONTO CRÍTICO)

- Operações desde o corte da pele do pescoço até


o toalete final da carcaça

- Evitar rompimento de vísceras e o contato da


carcaça com superfícies contaminadas

- Ponto de água para funcionários lavarem as mãos


Abate de Aves
 Evisceração:

 Manual:
- Aves penduradas pelos pés e passam a serem
penduradas também pelo pescoço (pendura de 3
pontos)

- Corte da pele do pescoço (auxílio de faca)

Facilitar posterior remoção de traquéia,


papo e esôfago
Abate de Aves
 Evisceração:

- Deslocamento de cloaca
(Uso de pistola automática)

- Abertura do abdômen
(corte próximo a cloaca)

- Chances de contaminação fecal


Abate de Aves
 Evisceração:

- Eventração: tração e exposição manual das


vísceras para inspeção

- Realizada de forma mais cuidadosa

- Velocidade do abate fica reduzida


Abate de Aves

Evisceração após
eventração

Exposição vísceras
Abate de Aves
 Evisceração:

 Retirada de vísceras:

- Não comestíveis: intestinos

- Comestíveis: (Pré-resfriados imediatamente após


a coleta e preparação)
Ex.: moela, coração, fígado, pés e pescoço
Abate de Aves
 Evisceração:

- Extração dos pulmões:


(pistola à vácuo, operada manualmente)
- Extração dos rins:
(opcional – se não fizer agora faz lá na frente do
processo)
- Toalete:
(retirada manual de papo, esôfago e traquéia – são
lançados na calha)

Calha: onde são jogados os miúdos – pistola de sucção /


envia para sala separada
Abate de Aves
 Lavagem final

- Interna e externa
- Pistola de compressão de ar
- Realizada logo após evisceração
Abate de Aves
 Evisceração automatizada:

- Equipamento realiza operações sem necessidade


de manipulação
- Agilidade necessária para demanda do mercado

Problemas: homogeneidade do lote


regulagem constante do equip.
Abate de Aves
 Evisceração semi-automatizada:
(+ usada)

- Processo manual e automatizado juntos


Abate de Aves
Comparação entre tipos de evisceração
Parâmetro Evisceração manual Evisceração
observado automatizada
Volume de evisceração 4 mil aves/hora 12 mil aves/hora
Possibilidade de ruptura Menor Maior
do intestino

Risco de contaminação Menor Maior


cruzada

Higienização Fácil e mais frequente Difícil e menos frequente

Relação área/volume Maior Menor


abatido
Relação n° de operários Maior Menor
Custos operacionais Menores Maiores
Abate de Aves
REVISÃO:
 Ao entrar na Evisceração:

 Retiradada cabeça
 Extração do pescoço
 Extração do conjunto papo-esôfago-traquéia
 Extração dos pulmões
 Revisão das carcaças
 Lavagem das carcaças (interno e externo )
Abate de Aves
 Pré-resfriamento:

 Chillers(2 estágios) - imersão


Renovação de água em resfriadores contínuos
- Constante
- Sentido contra corrente às carcaças
- Máximo 5 ppm cloro livre
- Quantidade de gelo deve ser considerada no
cálculo de renovação de água
Abate de Aves
 Pré-resfriamento:

 1° Estágio (Pré-chiller)
- 10 a 15°C
- aproximadamente 12 minutos
- 2 L água / carcaça
- < 16°C na saída (água)
Abate de Aves
 Pré-resfriamento:

 2° Estágio (Chiller)
- 0 a 2°C
- aproximadamente 17 minutos
- 1,5 L de água / carcaça
- < 4°C na saída (água)
Abate de Aves
Chiller / Pré-Chiller
Abate de Aves
 Pré-resfriamento:

Vazão mínima:
 Pré-chiller: 1,5 L / ave / hora
 Chiller: 1,0 L / ave / hora

(quantidade de água que sai do chiller)


Renovação
Abate de Aves
 Para perus:

 Air-chiller
- 90 minutos a 2°C

- Câmara de equalização – carcaças em gancheiras


por 12 horas ou carcaça 4°C
Abate de Aves
 Pré-resfriamento:

 Gotejamento (assim que sai do Chiller)


- escorrimento do excesso de água absorvida
- 2,5 a 4 minutos
- penduradas pela asa ou pescoço

CONTROLE!
Absorção máxima 8% de água
Abate de Aves
Gotejamento
(Carcaça é re-pendurada)
Abate de Aves
 Pré-resfriamento:

 Miúdos:
- Pré-resfriados em resfriadores contínuos por
imersão tipo rosca sem fim
- máximo 4°C
- renovação constante de água
(mínimo 1,5L/Kg)
Abate de Aves
Chiller de resfriamento de miúdos
Abate de Aves
 Seção de cortes de carcaças e/ou desossa

 Dependência exclusiva e climatizada


 Temperatura ambiente não superior a 15°C
 A temperatura das carnes manipuladas nesta
seção não poderá exceder 7°C
Abate de Aves
 Classificação / Embalagens

 Feitasapós cortes e antes do resfriamento


 Transportadas por esteiras
Abate de Aves
 Após embalagem – transporte para Refrigeração
 Esteiras
Abate de Aves
Abate de Aves
 Refrigeração:

 Aves refrigeradas: 1°C a 4°C


(variação 1°C)

 Aves congeladas: -18°C


Carcaça: -12°C
(variação 2°C)
Inspeção Sanitária de Carne de Aves

Professora: Dra. Hélida F. Leão


Inspeção Sanitária de Carne de Aves

 Efetuara inspeção com conhecimentos científicos


(treinamentos para Agentes de inspeção)

 Observar critérios exigidos pela legislação vigente

 Gerenciamento do Serviço de Inspeção


Inspeção Sanitária de Carne de Aves
Inspeção Ante-mortem

- Observar se há doenças de difícil identificação


durante a inspeção post-mortem (Sistema
nervoso)
- Separar lotes que tenham sido tratados com
antibióticos e não cumpriram o período de
carência (PCC 1Q)
Inspeção Sanitária de Carne de Aves
Inspeção Ante-mortem

- Feita na Plataforma de recepção das aves


- Verificar a sanidade dos animais vivos
- Sala de necropsia
- Recebimento e conferência da GTA e ficha de
acompanhamento do lote
Controle do Serviço de Inspeção
Ante-mortem
Plataforma de Espera
Plataforma de recepção
Sala de necropsia
Necropsia
Porque fazer Necropsia?

O que observar durante a Necropsia?


Inspeção Sanitária de Carne de Aves
O exame das carcaças é feito visualmente, através
de palpação e cortes.

 Exames complementares: laboratoriais


(microbiológicos e histopatológicos).

 Ferramentas auxiliares: BPF, PPHO e APPCC.


Inspeção Sanitária de Carne de Aves
É efetuado na linha de Inspeção pelos Agentes de
Inspeção

E no Departamento de Inspeção Final (DIF)

LINHAS:
 Linha A – exame interno da carcaça

(visualização da cavidade torácica e abdominal -


pulmões, sacos aéreos, rins, órgãos sexuais)
Inspeção Sanitária de Carne de Aves
LINHAS:
 Linha B – exame das vísceras
(Exame do coração, fígado, moela, baço,
intestinos e nas poedeiras, ovários e oviduto)

 Linha C – exame externo da carcaça


(Visualização das superfícies externas – pele e
articulações)
Inspeção Sanitária de Carne de Aves
Inspeção Sanitária de Carne de Aves
 Liberado para consumo humano

 Parcialmente condenado

 Totalmente condenado

Ábaco
Condenações
 Art. 175. As carcaças de aves ou os órgãos que
apresentem evidências de processo inflamatório ou
lesões características de artrite, aerossaculite,
coligranulomatose, dermatose, dermatite, celulite,
pericardite, enterite, ooforite, hepatite, salpingite,
síndrome ascítica, miopatias e discondroplasia tibial
devem ser julgados de acordo com os seguintes
critérios:

I - quando as lesões forem restritas a uma parte da carcaça


ou somente a um órgão, apenas as áreas atingidas devem
ser condenadas; ou
II - quando a lesão for extensa, múltipla ou houver
evidência de caráter sistêmico, as carcaças e os órgãos
devem ser condenados.
Coligranulomatose

Fonte: http://www.fmv.ulisboa.pt/atlas/figado/paginas_pt/figad_058.htm

Profª. Mariela Moura Carreon


Fonte: http://nelsonferreiralucio.blogspot.com.br/2011/09/ooforite-em-aves_05.html
Art. 176. Nos casos de endoparasitoses ou de
ectoparasitoses das aves, quando não houver
repercussão na carcaça, os órgãos ou as áreas
atingidas devem ser condenados.
Art. 177. No caso de lesões provenientes de
canibalismo, com envolvimento extensivo
repercutindo na carcaça, as carcaças e os órgãos
devem ser condenados.
Parágrafo único. Não havendo comprometimento
sistêmico, a carcaça pode ser liberada após a
retirada da área atingida.
Artrite

Aumento de volume
das articulações
Ascite Acúmulo de líquido na cavidade
abdominal (estresse, doenças
respiratórias...)
Ascite
Aerossaculite
Presença de pús em sacos aéreos e inflamação nas
membranas que envolvem o coração e o fígado –
Causada por microrganismo (ex.: Micoplasma)
Aerossaculite
Abcesso
Processo inflamatório (pús)
Aspecto Repugnante

 Coloração anormal e exalam odores estranhos


 Condenação total
Caquexia

Atrofiamento dos músculos, coloração


violácea de suas carnes e ausência
total de gordura.
Contusão / Fratura

 Acidentes (manejo e apanha)


 Transporte, desembarque e enganchamento

 Pequena: retirada e liberação do restante


 Extensa: Condenação (vísceras também)
Contusão / Fratura
Traumatismo
fechado
Contusão / Fratura
Calo de pé
Deficiência de manejo
Canibalismo
Lesão principalmente na região da cloaca.
Decorrente ao jejum prolongado
Contaminação Biliar
 Carcaças contaminadas com Bile: remover
contaminação e liberar carcaça (depende da
extensão da contaminação)
 Vísceras contaminadas com Bile: Condenadas
Contaminação Fecal

 Carcaça contaminada externamente: retirar


contaminação e liberar restante (depende da
extensão da contaminação)

 Carcaça contaminada internamente: desviar para


DIF (parcial ou total)

 Vísceras contaminadas: condenação


Contaminação Fecal
Celulite
Processo inflamatório de tecido subcutâneo
Celulite
Dermatite
Dermatite
Dermatite
Dermatite
Doença de Marek
Quando visceral: lesões tumorais nos órgãos
Doença de Marek
Escaldagem excessiva – “Cozido”

 Carcaça permanecer muito tempo no tanque de


escaldagem

 Temperatura do tanque estar muito alta

 Vísceras poderão ser aproveitadas

 Carcaça depende do estado que ficar (parcial ou


total)
Escaldagem excessiva – “Cozido”

Carcaça normal
Escaldagem excessiva – “Cozido”
Escaldagem excessiva – “Cozido”

Peito normal
Escaldagem excessiva – “Cozido”

Normal
Neoplasias
Sangria Inadequada

Decorrente de um erro operacional devido a


incorreta secção dos vasos no pescoço
Sangria Inadequada
Verminose
Art. 277. Para os fins deste Decreto, carcaças são as
massas musculares e os ossos do animal abatido,
tecnicamente preparado, desprovido de cabeça, órgãos
e vísceras torácicas e abdominais, respeitadas as
particularidades de cada espécie, observado ainda:

IV - nas aves a carcaça deve ser desprovida de penas,


sendo facultativa a retirada de rins, pés, pescoço,
cabeça e órgãos reprodutores em aves que não
atingiram a maturidade sexual
Para os fins deste Decreto, miúdos são os órgãos e
as partes de animais de abate julgados aptos para o
consumo humano pela inspeção veterinária oficial,
conforme especificado abaixo:

III - nas aves: fígado, coração e moela sem o


revestimento interno;
Departamento de Inspeção Final
DIF
Exame
- Visualização, palpação e incisão da carcaça.
Condições para o exame
- Iluminação mínima 500 LUX medida na posição da
carcaça.
- Equipamentos de lavagem e desinfecção das mãos.
- Esterilizadores (facas ) entre um inspetor e outro.
Objetivo
- Destino apropriado para as carcaças desviadas da
inspeção de linha
(aproveitamento parcial/condenação total).

- Registro das condenações


Obrigada!

Professora: Msc. Hélida F. Leão

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