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ATUALIDADES

2024 – Aula 01

Giro de Notícias
Os transtornos mentais estão entre as principais causas de afastamento do trabalho
no Brasil. Um levantamento do Ministério da Previdência Social mostrou que, em
2023, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) concedeu 288.865 benefícios por
incapacidade devido à disfunção da atividade cerebral e comportamental. O
número é 38% maior do que em 2022 (209.124).

Segundo o INSS, os dados abrangem os benefícios por incapacidade temporária —


antigo auxílio-doença, que é concedido a pessoas que estão temporariamente
incapacitadas para o trabalho em razão de doença mental — e os por
incapacidade permanente — antiga aposentadoria por invalidez, concedido a
pessoas permanentemente incapacitadas para o trabalho por causa de doença
mental.
A partir deste ano, a Lei 14.556, de 2023, oficializou o Janeiro Branco,
instituindo campanhas para conscientização sobre saúde mental, com foco
especial na prevenção à dependência química e ao suicídio. As ações deverão
abordar a promoção de hábitos e ambientes saudáveis e a prevenção de
doenças psiquiátricas.
Entrou em vigor nesta sexta-feira (29) a portaria do Ministério da Saúde que
atualiza a lista de doenças relacionadas ao trabalho no país, publicada
originalmente em 1999.

O número de patologias quase dobrou: de 182 para 347, e foram incluídas


doenças como Covid-19, burnout, abuso de drogas, tentativa de suicídio e
transtornos mentais.

De acordo com o ministério, a atualização pretende auxiliar no diagnóstico


das doenças, além de facilitar o estudo da relação entre o adoecimento e o
trabalho.
Na prática, essa inclusão amplia as chances de os trabalhadores afastados do
serviço por doença conseguirem uma estabilidade de 12 meses no emprego
após a alta médica, afirmam os especialistas ouvidos pelo g1.

Isso porque um trabalhador pode ser afastado do serviço pelo INSS por
qualquer doença, desde que ela o impeça de exercer sua atividade profissional,
afirma a advogada Carla Benedetti, mestre em direto previdenciário.
Entre as doenças presentes na nova lista está, por
exemplo,
o burnout (também conhecido como síndrome do esgotamento profissio
nal).

O ministério define que esse esgotamento pode acontecer por fatores


psicossociais relacionados à gestão organizacional, ao conteúdo das tarefas
do trabalho e a condições do ambiente corporativo.
Outra novidade foi a ampliação da lista de transtornos mentais. Na lista
publicada em 1999, já constavam problemas como abuso de álcool e estresse
grave por conta de circunstâncias referentes ao trabalho.

Já a relação mais recente também inclui comportamentos como uso de


sedativos, canabinoides, cocaína e abuso de cafeína como transtornos que
podem ser consequência de jornadas exaustivas, assédio moral no trabalho,
além de dificuldades relacionadas à organização empresarial.
Ainda foram adicionados transtornos como ansiedade, depressão e tentativa
de suicídio como patologias que podem ser decorrentes do estresse
psicológico vivido do trabalho. Na publicação de 1999, os episódios
depressivos eram associados somente ao contato com substâncias tóxicas
como mercúrio e manganês.

Na nova atualização, o ministério também acrescentou a Covid-19. A doença


pode ser uma patologia associada ao trabalho caso o vírus tenha sido
contraído no ambiente corporativo.
A crise climática pode causar 14,5 milhões de mortes até 2050, conforme
revelado por uma análise do Fórum Econômico Mundial, que ocorre em Davos,
na Suíça. A análise alerta que os desastres naturais agravados pelo clima
poderiam resultar em perdas econômicas de US$ 12,5 trilhões, além de custos
adicionais para o sistema de saúde que ultrapassariam US$ 1 trilhão.

Ainda segundo o documento, a crise climática agravará as desigualdades


globais em saúde, deixando os mais vulneráveis mais expostos. Seis categorias
principais de eventos climáticos foram analisadas: inundações, secas, ondas de
calor, tempestades tropicais, incêndios e aumento do nível do mar.
As inundações representam o maior risco para a mortalidade: segundo o
estudo, poderiam causar sozinhas 8,5 milhões de mortes até 2050. A seca,
indiretamente relacionada ao calor extremo, será a segunda causa de
mortalidade, com previsão de 3,2 milhões de mortes.

Já as ondas de calor, ou seja, longos períodos de temperaturas elevadas e


umidade, representam o maior custo em termos econômicos, com uma
estimativa de US$ 7,1 trilhões perdidos devido à perda de produtividade.
A análise ressalta que mesmo com um aumento de apenas 1,1 graus Celsius na
temperatura terrestre, os eventos extremos estão causando perdas econômicas
significativas, destruição de infraestrutura e doenças.

As mudanças climáticas também deverão desencadear um aumento catastrófico


de doenças sensíveis ao clima, como aquelas transmitidas por mosquitos, por
exemplo. As temperaturas mais quentes ampliarão o período reprodutivo e a
área habitada por colônias de insetos, levando à expansão de doenças como
malária, dengue e Zika, mesmo em regiões climáticas temperadas e menos
afetadas, como Europa e Estados Unidos.

Até 2050, conforme explica o relatório, outros 500 milhões de pessoas


podem
estar em risco de contágio.
As mudanças climáticas agravarão também a desigualdade em saúde. As
populações mais vulneráveis - mulheres, jovens, idosos e pessoas de baixa
renda, grupos e comunidades de difícil acesso - serão as mais afetadas pelas
consequências dos eventos extremos.

África e Ásia meridional deverão ser as áreas mais problemáticas nesse


sentido,
por causa da dificuldade em adaptar os já escassos serviços médicos.
Em 2023, o Brasil bateu recorde de ocorrências de desastres hidrológicos e
geohidrológicos, conforme dados divulgados pelo Centro Nacional de
Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). O Rio Grande do
Sul concentrou grande parte dos alertas emitidos e o maior percentual de
mortes. O Estado registrou 56% (74 óbitos) do total de óbitos associados a
eventos relacionados à chuva no país.

No país, foram registrados 1.161 eventos de desastres – uma média de três por
dia –, sendo 716 associados a eventos hidrológicos, como transbordamento de
rios, e 445 de origem geológica, como deslizamentos de terra.
A maior parte das ocorrências está localizada na faixa leste do país. Elas
seguiram o padrão de locais para onde foram enviados os alertas, com
concentração nas capitais e regiões metropolitanas, segundo o Cemaden.
Manaus (AM) lidera o ranking dos municípios.

No total, 3.425 alertas foram emitidos – em média, nove por dia –, sendo
1.813 alertas hidrológicos e 1.612 alertas geohidrológicos. Apesar de o país
ter batido recorde de ocorrências de desastres, esta é a terceira maior
quantidade de emissão de alertas desde a criação do centro, em 2011. A
maior parte foi enviada a regiões metropolitanas, ao Vale do Taquari (RS) e ao
Vale do Itajaí (SC). Em relação aos municípios, Petrópolis (RJ) lidera.
Ranking dos 10 municípios com mais ocorrências de
desastres:

Manaus (AM): 23
São Paulo (SP):
22 Petrópolis
(RJ): 18
Brusque (SC): 14
Barra Mansa (RJ):
14 Salvador (BA):
11
Curitiba (PR): 10
Itaquaquecetuba
(SP): 10
Ranking dos 10 municípios com mais alertas de desastres
emitidos:

Petrópolis (RJ):
61 São Paulo
(SP): 56 Manaus
(AM): 49
Belo Horizonte (MG):
40 Rio de Janeiro
(RJ): 35 Juiz de Fora
(MG): 34 Angra dos
Reis (RJ): 30 Recife
(PE): 26
Teresópolis (RJ): 25
Nova Friburgo (RJ): 25
Em 2023, houve 132 mortes associadas a eventos relacionados à chuva – sendo
56% do total apenas no RS (16 pessoas morreram em junho, 53 em setembro e
cinco em novembro). Além disso, nacionalmente, 9.263 pessoas ficaram feridas
ou enfermas. Houve ainda 74 mil desabrigados e 524 mil desalojados no país.

As regiões mais afetadas foram o Sul, regiões metropolitanas das grandes


capitais, vale do Maranhão, sudeste do Pará e municípios ribeirinhos do rio
Amazonas. Os dados constam no relatório de danos informados do Sistema
Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID), do Ministério da Integração e
Desenvolvimento Regional, sobre os impactos dos eventos extremos.
Entre os danos materiais, o sistema aponta prejuízos de R$ 2,87 bilhões em
obras de infraestrutura pública, R$ 310 milhões em instalações públicas e R$
1,92 bi em unidades habitacionais. Já os prejuízos econômicos informados
atingiram R$ 13,64 bi na área privada e R$ 11,26 bi na pública.

A temperatura média global ficou 1,45ºC acima dos níveis pré-industriais (1850-
1900) em 2023, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM).
Segundo o centro, a temperatura mais quente contribui globalmente para a
intensificação de chuva e enxurradas, ciclones extratropicais com potencial
destrutivo, mortes e prejuízos econômicos.
Desastres naturais que levaram ao registro de emergência ou estado de
calamidade pública atingiram 5.199 municípios brasileiros, o correspondente
a 93% do total.

O levantamento foi feito pela Confederação Nacional de Municípios (CNM),


que analisou tempestades, inundações, enxurradas ou alagamentos nos
últimos dez anos.

Entre 2013 a 2022, mais de 2,2 milhões de moradias foram danificadas


e
107.413 ficaram destruídas em todo o país por causa desses eventos. Com
isso, mais de 4,2 milhões de pessoas tiveram de deixar as casas em 2.640
municípios do país.
Os municípios da Região Sul têm o maior percentual de casas afetadas
(46,79%), sendo 1 milhão de locais danificados e 54.559 destruídos, com
prejuízo financeiro de cerca de R$ 4 bilhões (15,22% do total).

Já os do Nordeste acumulam a maior perda financeira, de quase R$ 16


bilhões (61,05%). A Região teve 14,88% das habitações danificadas e
destruídas no período analisado.
O Sudeste teve 20,98% do total de casas danificadas e destruídas e R$ 4,3
bilhões de prejuízo (16,57%).
Na Região Norte, o levantamento aponta 16,33% de unidades
habitacionais
afetadas, com impacto financeiro de R$ 1,7 bilhão (6,7%).

E o Centro-Oeste é o menos afetado, sendo 1% de casas atingidas e R$


122,3
mil de prejuízos (0,47%).
Segundo a CNM, motivos diversos impactam na quantificação dos prejuízos
econômicos, por exemplo, custos relacionados à reconstrução, preços de
terreno e do imóvel.

Nos anos analisados pela CNM, 2022 representa o pior cenário,


quando
371.172 moradias foram danificadas ou destruídas. Antes disso, o ano com
Já os registros de prejuízos financeiros estão mais concentrados no período de
2020 a 2022. Juntos, eles representam mais de 70% do total dos últimos dez
anos.

Na avaliação da Confederação, os prejuízos e os impactos sociais e econômicos


poderiam ter sido menores se houvessem políticas integradas de gestão
urbana, habitação e prevenção do risco de desastres.

“O prejuízo em todo o país de danos em habitação, nesse período de 10 anos,


ultrapassa R$ 26 bilhões. E os municípios estão praticamente sozinhos, na
ponta, para socorrer a população. Não há apoio para prevenção nem
investimentos”, pondera o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.
Estudo do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (Cesec) mostra que
47,6 milhões de brasileiros estão potencialmente sob vigilância de câmeras de
reconhecimento facial no país. Isso representa cerca de um quinto da
população. O levantamento foi feito com base nos locais onde essa tecnologia
está sendo usada.

De acordo com o trabalho, há pelo menos 165 de projetos de


videomonitoramento com reconhecimento facial. Na Região Sudeste, segundo
o estudo há 21,7 milhões pessoas sujeitas a essa tecnologia. No Nordeste, são
14,1 milhões. O levantamento mostrou ainda que o estado da Bahia fez o maior
investimento na ferramenta (R$ 728 milhões). Goiás concentra o maior número
de projetos ativos (64), devido ao fato de que a política está sendo executada
pelos municípios.
Em 2022, cerca de 92,1 milhões de pessoas (ou 45,3% da população do país)
se declararam pardas. Foi a primeira vez, desde 1991, que esse grupo
predominou.

Outros 88,2 milhões (43,5%) se declararam brancos, 20,6 milhões


(10,2%),
pretos, 1,7 milhões (0,8%), indígenas e 850,1 mil (0,4%), amarelas.

A região Norte tinha o maior percentual de pardos (67,2%), a região Sul


mostrou a maior proporção de brancos (72,6%) e o Nordeste registrou o maior
percentual de pretos na sua população (13,0%).

Em 2022, 35,7% dos pardos e 48,0% dos brancos do país estavam no Sudeste.

Entre os estados, o maior percentual de pardos foi do Pará (69,9%), a


A população parda era maioria em 3.245 municípios do país (ou 58,3% do
total), enquanto a população indígena era majoritária em 33 municípios e a
população preta, em nove.

Entre 2010 e 2022, as populações preta, indígena e parda ganharam


participação em todos os recortes etários, enquanto as populações branca e
amarela perderam participação.

Em 2022, havia predomínio da população parda até os 44 anos de idade;


a
partir dos 45 anos, a população branca passa a mostrar o maior percentual.

População amarela tem a idade mediana mais elevada em 2022 (44


anos),
O maior índice de envelhecimento foi o da população amarela
(256,5),
seguida da preta (108,3), branca (98,0), parda (60,6) e indígena (35,6).

A população preta apresentou a maior razão de sexo (103,9 homens para


cada 100 mulheres) e foi a única em que número de homens superou o de
mulheres.

A população amarela tinha a menor razão de sexo entre os cinco grupos


de
cor ou raça: 89,2 homens para cada cem mulheres.
O Tocantins é o segundo estado do Brasil com o maior percentual de indígenas
vivendo dentro de terras indígenas. Segundo o levantamento feito pelo Censo
2022, a percentagem é de 75,98%. O estado fica atrás apenas do Mato Grosso,
com 77,39%.

O censo é uma pesquisa realizada pelo IBGE para fazer uma ampla coleta de
dados sobre a população brasileira. Ela permite traçar um perfil socioeconômico
do país, já que conta os habitantes do território nacional, identifica suas
características e revela como vivem os brasileiros.
Conforme a pesquisa, há 20.023 indígenas vivendo no Tocantins. O censo não
traz detalhes sobre a origem dos povos. Mas, segundo informações do
governo, a população está distribuída em nove etnias: Karajá, Xambioá, Javaé
(que forma o povo Iny) e ainda os Xerente, Apinajè, Krahô, Krahô-Kanela, Avá-
Canoeiro (Cara Preta) e Pankararu. A preservação da língua e das tradições
culturais varia conforme cada povo e histórico de sobrevivência.

Tocantínia é o município tocantinense com a maior quantidade de indígenas,


seguido por Goiatins e Tocantinópolis. Abaixo, você confere as 10 cidades
com maior população dos povos. Veja:
No estado há várias referências sobre os povos. O próprio nome Tocantins tem
origem no tupi e significa 'bico de tucano'. A praça localizada no centro da
capital, Palmas, possui um piso com painéis que fazem referência às etnias.

Pela primeira vez, o Tocantins criou uma secretaria voltada à proteção e


preservação dos povos originários tradicionais. Narubia Silva Werreria Karajá fez
história ao ser a primeira indígena a assumir uma secretaria. O objetivo, dentre
outros, é desenvolver projetos que visem à implementação da política estadual
de proteção aos povos originários e tradicionais em todas as áreas.
Indígenas no Brasil
O Censo 2022 apontou que há 1.693.535 indígenas vivendo no Brasil, o que
corresponde a 0,83% da população brasileira. Em todo o país, há 4.832
municípios com população indígena.

A região norte está no topo do ranking com a maior quantidade de


povos
indígenas, com 753.357.

Quilombolas
Pela primeira vez, a equipe do Censo percorreu os quatro cantos do país
para
fazer o levantamento da população quilombola.

Em todo o Brasil, há 1.327.802 quilombolas, o equivalente a 0,65% de toda


a população residente no país. No Tocantins, foram contabilizados 12.881.
Mateiros, que fica ao leste do Tocantins, está entre as 10 cidades do Brasil
com maior proporção de pessoas quilombolas. A cidade localizada na
região do Jalapão possui 2.748 habitantes, sendo que 1.190 pertencem a
esse grupo étnico, o que corresponde a 43,3%.

Proporcionalmente a cidade de Acântara (MA) possui a maior população


quilombola do país. Do total de 18.466 habitantes, 15.616 são quilombolas,
um total de 84,6%. Na lista apresentada pelo IBGE, seis das cidades ficam
no Maranhão, uma em Minas Gerais, uma em Goiás, uma Bahia e a outra no
Tocantins.
Em 2022, o total de pessoas com 65 anos ou mais no país (22.169.101)
chegou a 10,9% da população, com alta de 57,4% frente a 2010, quando
esse contingente era de14.081.477, ou 7,4% da população. Já o total de
crianças com até 14 anos de idade recuou de 45.932.294 (24,1%) em
2010
para 40.129.261 (19,8%) em 2022, uma queda de 12,6%.

Já a população idosa com 60 anos ou mais de idade chegou a


32.113.490
(15,6%), um aumento de 56,0% em relação a 2010, quando era de
20.590.597 (10,8%).
A região Norte era a mais jovem: 25,2% de sua população tinha até 14 anos, e o
Nordeste vinha a seguir, com 21,1%.

As regiões Sudeste e o Sul tinham estruturas mais envelhecidas: 12,2% e


12,1%
da sua população tinham 65 anos ou mais de idade, respectivamente.

Em 2022, na população brasileira, 51,5% (104.548.325) eram mulheres e 48,5%


(98.532.431) eram homens, com cerca de 6,0 milhões de mulheres a mais do
que homens.
Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do Fórum Brasileiro de
Segurança Pública, divulgado em julho, revelam que, em 2022, o Brasil teve
16,2 mil casos de suicídios, uma média de 44 por dia. Em 2021, tinham sido
14,4 mil, um crescimento de quase 12%.
Segundo a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina
Georgieva, a inteligência artificial (IA) influenciará cerca de 40% dos empregos
em todo o mundo.

No texto, a diretora destacou que as economias avançadas enfrentam maiores


riscos com a IA, mas também possuem mais oportunidades para aproveitar
seus benefícios, em comparação com mercados emergentes e economias em
desenvolvimento. Essa diferença se deve à capacidade da IA de impactar
empregos de alta qualificação.
Em economias avançadas, a previsão é que cerca de 60% dos empregos
sejam afetados pela IA, conforme Georgieva. O impacto, além de aumentar a
produtividade de uma metade, causará para outra metade dos
trabalhadores a exclusão competa dos seus empregos. O cenário geral será
a redução da demanda por trabalho humano, diminuição dos salários e
contratações.

Em contrapartida, Georgieva espera que os mercados emergentes e


economias em desenvolvimento experimentem uma escala de impacto mais
lenta. No entanto, ela alerta para a necessidade de os formuladores de
políticas estarem atentos às potenciais desigualdades e tensões sociais que a
IA pode acarretar. A diretora do FMI também sugere a implementação de
redes de segurança social abrangentes e programas de requalificação para
trabalhadores vulneráveis.
O FMI não está sozinho em seus alertas sobre a IA. Em março, a Goldman
Sachs reportou que a IA poderia perturbar mais de 300 milhões de empregos.
Annesh Raman, vice-presidente do LinkedIn, em entrevista a um podcast em
novembro, afirmou que a IA reduziria o valor das habilidades técnicas,
tornando as habilidades interpessoais mais importantes. "A validade de um
diploma está encurtando de maneira significativa", disse Raman a Molly
Wood, apresentadora do podcast "Worklab" da Microsoft.
Um estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) mostra que a
população de rua no Brasil aumentou quase 10 vezes de 2013 a 2023. Há 10
anos, o número de pessoas em situação de rua era de 21.934. Em 2023,
passou para 227.087.

Os dados são do CadÚnico (Cadastro Único) e foram atualizados até agosto


deste ano. O estudo aborda também que problemas com familiares e
desemprego são as principais causas que levaram pessoas para rua. O estudo
apresenta as causas que levaram as pessoas para a situação de rua. Os
participantes puderam escolher mais de uma justificativa –por isso, os
percentuais somados são superiores a 100%.
Outro recorte feito pela pesquisa mostra que 68% da população em situação
de rua se autodeclara negra. Brancos são 31,3%. Amarelos (0,5%,) e
indígenas (0,2%) completam a lista. Quanto ao período de permanência em
situação de rua, o maior percentual é os que estão até 6 meses: 33,7%. Já
11,7% estão há mais de 10 anos sem moradia.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lança nesta 2ª feira
(11.dez) o “Plano Ruas Visíveis” que terá um investimento de R$ 982 milhões
para atuação em várias frentes para população em situação de rua.
O Brasil teve 145 pessoas trans assassinadas em 2023, 14 a mais do que um
ano atrás, aponta o relatório anual da Associação Nacional de Travestis e
Transexuais (Antra) divulgado nesta segunda-feira (29), Dia da Visibilidade
Trans.

Do total, foram 136 assassinatos de travestis e mulheres trans/transexuais e


9
de homens trans e pessoas transmasculinas.

A Antra explicou que o número pode ser maior porque não existem
dados
oficiais sobre a violência contra essa população no Brasil.

O perfil
(57%) e foidas vítimas
morta segue ode mesmo:
com requintes crueldade a maioria (94%) é mulher
(54%).
O Brasil ficou à frente do México e dos Estados Unidos no ranking dos
assassinatos de pessoas trans em 2023 elaborado pela ONG Transgender
Europe, que monitora 171 nações.

Ao todo, 321 mortes foram contabilizadas em todo o mundo entre outubro


de 2022 e setembro de 2023, que é o período de coleta de dados anual da
organização internacional.
São Paulo voltou a ser o estado com mais registros de assassinatos de pessoas
trans (19 casos), com aumento de 73% em relação a 2022, quando ocupava o
segundo lugar no ranking nacional.

Ainda segundo a Antra, o Rio de Janeiro teve o dobro de assassinatos em 2023


em relação ao ano anterior, passando da terceira para a segunda posição, com
16 casos.

Também houve alta no Ceará, o terceiro colocado, onde foram contabilizados


12 assassinatos, um a mais do que em 2022. O dossiê destaca que 65% das
mortes (90) aconteceram em cidades do interior dos estados, seguindo uma
tendência que já existia em 2022.Entre os casos em que foi possível determinar
o local do crime, 60% das mortes foram em locais públicos.
A pesquisa também apontou que cinco travestis/mulheres transexuais
brasileiras foram assassinadas fora do país, sendo duas na Itália, duas na
Espanha e uma no Paraguai.

O dossiê da associação também chamou a atenção para 10 casos de suicídio,


sendo 5 de travestis/mulheres trans, 4 de homens trans/transmasculinos e 1
de pessoa não binária.
O Brasil registrou 4.482 denúncias de violações de direitos humanos
contra pessoas trans no ano de 2023, de acordo com dados da Ouvidoria
Nacional de Direitos Humanos do Ministério dos Direitos Humanos e da
Cidadania (MDHC). São Paulo (25%), Bahia (16%) e Rio de Janeiro (14%)
aparecem como os estados com maior recorrência de casos denunciados no
Disque 100 — serviço de denúncias e proteção contra violações de direitos
humanos.
Dessa forma, algumas especificações chamam a atenção na análise de
dados: na maioria dos casos, as violações são cometidas por pessoas
desconhecidas (105 suspeitos) ou familiares diretos da vítima, como mãe
(107) e pai (42).

Além disso, o cenário da violação aparece, principalmente, em ambiente


virtual e em locais como residência das vítimas, ambiente de trabalho, via
pública. A maioria dos agressores são do gênero masculino e têm entre 30 e
60 anos.
Por meio das denúncias, foram registradas 784 agressões relacionadas à
tortura psíquica. O total de 762 ligações apontaram que a vítima sofreu
algum tipo de constrangimento, 564 registros indicaram discriminação e
outras denúncias relataram ameaça, injúria, exposição de risco à saúde e a
gressão física.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou nesta terça-
feira (23) que voltará a usar o termo "favelas e comunidades urbanas
brasileiras" para se referir a esses locais no Censo.

A mudança ocorre 50 anos após o IBGE começar a usar as expressões


"aglomerados urbanos excepcionais", "setores especiais de aglomerados
urbanos" e "aglomerados subnormais" como o termo principal para se referir a
esses locais.

A alteração decorre, entre outros fatores, da demanda dos moradores de


favelas e comunidades urbanas. Segundo o IBGE, o termo favela está
vinculado à reivindicação histórica por reconhecimento e identidade de
movimentos populares .
O instituto afirma que o complemento "comunidades urbanas" foi acrescentado
porque, em muitos locais, o termo "favela" não é o mais utilizado – há, por
exemplo, áreas chamadas de comunidades, quebradas, grotas, baixadas,
alagados, vilas, ressacas, mocambos, palafitas, loteamentos informais e vilas de
malocas.

O Brasil tem mais de 10 mil favelas e comunidades urbanas, em que vivem 16,6
milhões de pessoas (8% da população brasileira), segundo a prévia do Censo de
2022.
O que são favelas e comunidades urbanas?

Para o IBGE, favelas e comunidades urbanas são regiões em que há:

• Domicílios com graus diferenciados de insegurança jurídica da posse;


• Ausência ou oferta incompleta e/ou precária de serviços públicos, como
iluminação, água, esgoto, drenagem e coleta de lixo por parte de quem
deveria fornecer esses serviços;
• Predomínio de edificações, arruamento e infraestrutura geralmente feitos pela
própria comunidade, seguindo parâmetros diferentes dos definidos pelos
órgãos públicos;
• Localização em áreas com restrição à ocupação, como áreas de rodovias e
ferrovias, linhas de transmissão de energia e áreas protegidas, entre outras; ou
de risco.
A maior favela do Brasil é a Sol Nascente, que fica no Distrito Federal, segundo
dados da prévia do Censo 2022. A região ultrapassou a Rocinha, no Rio de
Janeiro, em número de domicílios (32 mil ante 31 mil).

Veja, abaixo, a lista das maiores favelas e comunidades urbanas do Brasil,


segundo a prévia do Censo do IBGE:
No mundo, cerca de 1 bilhão de pessoas vivem atualmente em favelas e
assentamentos informais, segundo a ONU-Habitat (Programa das Nações Unidas
para os Assentamentos Humanos).
De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, foram mais de três
mil
vítimas resgatadas em arquivo 2023.

Os 3190 trabalhadores resgatados estavam, principalmente, nos estados de


Goiás, Minas Gerais e São Paulo em plantações de café e cana de açúcar.

Esse é maior número em 14 anos.


Numa apresentação perante a Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU) das
suas prioridades para 2024, Guterres avaliou que, desde os cuidados de saúde
até à educação, e da ação climática aos sistemas alimentares, a IA generativa é a
“ferramenta potencial mais importante para construir economias e sociedades
inclusivas, verdes e sustentáveis”.

Contudo, o líder da ONU observou que, além dos efeitos e riscos que está
criando, a IA está também concentrada em poucas empresas e em ainda menos
países, gerando desigualdades.

“A tecnologia deve reduzir as desigualdades e não reproduzi-las – ou colocar as


pessoas umas contra as outras. A IA afetará toda a humanidade, por isso
precisamos de uma abordagem universal”, defendeu.
As Nações Unidas lançaram no ano passado um órgão consultivo sobre IA
com o intuito de reunir Governos, empresas privadas, universidades e
sociedade civil em torno de um alinhamento mais estreito entre as normas
internacionais e a forma como a tecnologia é desenvolvida e implementada.

O órgão consultivo da IA publicará o seu relatório final no segundo


semestre, e as suas recomendações contribuirão para o Pacto Digital Global
proposto para adoção na Reunião do Futuro, em setembro deste ano.

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