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BANCOS DE INVESTIMENTO
Principal objetivo: fortalecer o processo de capitalização das empresas, através da compra de
máquinas e equipamentos, bem como a subscrição de debêntures e ações.
Não podem manter contas correntes, captando recursos através da emissão de CDB ou RDB.
LEASING FINANCEIRO
• Total pago e despesas de manutenção podem ser deduzidos do IR.
• Valor a ser pago no final do contrato é livremente acordado. Pode-se utilizar o valor de mercado
ou o valor residual garantido (VRG).
LEASING OPERACIONAL
o As contraprestações são limitadas a 90% do valor do bem;
o Prazo: até 75% do prazo de vida útil do bem;
o Não existe a obrigatoriedade da opção de compra;
o Arrendadora fica com um bem usado. Não interessa aos bancos.
LEASE BACK
Arrendadora compra o bem da própria arrendatária. A primeira assume o papel de fornecedora
do bem.
SUBARRENDAMENTO
Empresas de leasing do Brasil contratam operações de leasing no exterior e fazem outro contrato
com empresas nacionais.
Somente podem ser realizadas por bancos múltiplos, que possuam carteiras de arrendamento mercantil ou
e sociedades de arrendamento mercantil.
VANTAGENS DO LEASING
Para a arrendadora:
Ø Estabelecimento de relacionamento de longo prazo com clientes do conglomerado;
Ø Reciprocidade;
Ø Negociação de produtos complementares. Ex: seguro.
Ø Spreads atraentes.
Para a arrendatária:
Ø Financiamento a longo prazo;
Ø Flexibilidade no fluxo de caixa da operação;
Ø Planejamento tributário;
Ø Simplificação contábil.
BOLSAS DE VALORES
Seus patrimônios são representados por títulos que pertencem às sociedades corretoras membros;
§ Atuam no mercado secundário;
§ OBJETIVOS E ATIVIDADES:
§ Manter local adequado aos corretores;
§ Criar e organizar os recursos materiais para o pregão;
§ Organizar, administrar, controlar e aperfeiçoar o sistema e o mecanismo de registro e liquidação
das operações realizadas;
§ ....................
É como um clube. Qualquer sociedade pode adquirir um título.
Autorização do BACEN e pela CVM.
Composição
• Ministro de Estado da Fazenda ou seu representante, na qualidade de Presidente;
• Superintendente da Superintendência de Seguros Privados- SUSEP, na qualidade de Vice-
Presidente;
• Representante do Ministério da Justiça
• Representante do Banco Central do Brasil
• Representante do Ministério da Previdência e Assistência Social
• Representante da Comissão de Valores Mobiliários
Atribuições
• Fixar as diretrizes e normas da política de seguros privados;
• Regular a constituição, organização, funcionamento e fiscalização dos que exercem atividades
subordinadas ao Sistema Nacional de Seguros Privados, bem como a aplicação das penalidades
previstas;
• Fixar as características gerais dos contratos de seguros, previdência privada aberta e
capitalização;
• Estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro;
• Prescrever os critérios de constituição das Sociedades Seguradoras, de Previdência Privada
Aberta e de Capitalização, com fixação dos limites legais e técnicos das respectivas operações;
• Disciplinar a corretagem do mercado e a profissão de corretor.
Composição
A SUSEP é administrada por um Conselho Diretor, composto pelo Superintendente e por quatro
Diretores. Também integram o Colegiado, sem direito a voto, o Secretário-Geral e Procurador-Geral.
A presidência do Colegiado cabe ao Superintendente que tem, ainda, como atribuições,
promover os atos de gestão da Autarquia e sua representação perante o Governo e à sociedade.
Atribuições da SUSEP
SUSEP compete a execução de política traçada pelo CNSP, entre as quais se evidenciam:
Autorização de funcionamento de companhias seguradoras, fusão, incorporação, transferência de
controle acionário etc.
Regulamentação das operações de seguros. Avaliação das condições de apólices, planos de
operações e outros.
Fiscalização da contabilidade e estatísticas;
Autorização para movimentar ativos garantidores de provisões técnicas.
Aplicação de penas cabíveis à liquidação de Companhia Seguradoras.
Disciplinar a Corretagem de Seguros e a Profissão de Corretor de Seguros.
Composição
O Conselho tem em sua composição 8 Conselheiros, observados da seguinte forma:
Ministro de Estado da Previdência Social, que o presidirá;
Secretário de Previdência Complementar;
1 representante da Secretaria de Previdência Social;
1 representante do Ministério da Fazenda;
1 representante do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão;
1 representante dos patrocinadores e instituidores de entidades fechadas de previdência
complementar;
1 representante das entidades fechadas de previdência complementar;
1 representante dos participantes e assistidos das entidades fechadas de previdência complementar.
Cada representante tem um suplente.
Competências
Estabelecer as normas gerais complementares à legislação e regulamentação aplicável às entidades
fechadas de previdência complementar, em consonância com os objetivos da ação do Estado ;
Estabelecer regras para a constituição e o funcionamento da entidade fechada, reorganização da
entidade e retirada de patrocinador;
Normatizar a transferência de patrocínio, de grupo de participantes, de planos e de reservas entre
entidades fechadas;
Determinar padrões para a instituição e operação de planos de benefícios, de modo a assegurar sua
transparência, solvência, liquidez e equilíbrio financeiro;
Normatizar novas modalidades de planos de benefícios;
Estabelecer normas complementares para os institutos da portabilidade, do benefício proporcional
diferido, do resgate e do autopatrocínio, garantidos aos participantes;
Estabelecer normas especiais para a organização de planos instituídos;
Determinar a metodologia a ser empregada nas avaliações atuariais;
Fixar limite para as despesas administrativas dos planos de benefícios e das entidades fechadas de
previdência complementar;
Estabelecer regras para o número mínimo de participantes ou associados de planos de benefícios;
Estabelecer as normas gerais de contabilidade, de atuária, econômico-financeira e de estatística;
Conhecer e julgar os recursos interpostos contra decisões da Secretaria de Previdência Complementar
relativas à aplicação de penalidades administrativas;
Apreciar recursos de ofício, interpostos pela Secretaria de Previdência Complementar, das decisões
que concluírem pela não aplicação de penalidade prevista na legislação própria ou que reduzirem a
penalidade aplicada.
Definição de Resseguro
É o seguro do seguro, ou seja, Quando uma companhia assume um contrato de seguro superior à
sua capacidade financeira, ela necessita repassar esse risco, ou parte dele, a uma resseguradora.
Definindo Cosseguro
Além de pulverizado entre as resseguradoras, o valor do bem segurado também pode ser dividido
entre duas ou mais seguradoras. Essa operação é chamada de cosseguro, onde são emitidas tantas apólices
quantas forem as empresas envolvidas, ou apenas uma apólice para uma das companhias, denominada
líder.
SOCIEDADES SEGURADORAS
Temos hoje no Brasil cerca de 150 companhias de seguros privados, previdência privada e
capitalização. Uma vez agregadas em grupos empresariais elas se reduzem a 90 e se regem pelas
seguintes normas principais:
♣ Não podem explorar qualquer outro ramo de comércio ou consultoria.
SOCIEDADE DE CAPITALIZAÇÃO
É a empresa autorizada pela Susep para operar Planos de Capitalização.
A Capitalização é uma forma alternativa de acumular reservas com prazo e taxas de juros
previamente determinados. É o instrumento ideal para quem deseja realizar um projeto de vida bem
especial. Diferente da Caderneta de Poupança, um Título de Capitalização tem prazo de carência para
resgates, em geral, de 12 meses. Os valores aplicados podem ser capitalizados mensalmente ou de uma só
vez. A taxa de juros tem a função de repor o valor investido, e o índice de atualização monetária (a TR)
visa à manutenção do seu poder de compra. A premiação é efetuada por meio de sorteios periódicos
realizados pelas empresas de capitalização ou não.
Você sabia que a origem da capitalização vem do fim do século XIX, na França? E ela surgiu
ligada à compra da casa própria. Já naquela época, comprar um imóvel era um investimento alto e
portanto os prazos de capitalização muito longos, 30 anos em média. Para estimular as pessoas a
permanecerem no plano, a cada mês era sorteada uma casa. Dessa forma, além de saber que estavam
poupando e, portanto, pagando pelo imóvel, poderiam receber a casa própria mais cedo, se premiadas. Foi
essa mesma lógica que norteou os primeiros planos de capitalização no Brasil dos anos 30, quando a
urbanização começava a avançar. Com isso, grande parte das reservas técnicas das companhias de
capitalização foram aplicadas nas atividades de construção civil na época do seu desenvolvimento,
inclusive em projetos habitacionais.
CORRETORAS DE SEGURO
De acordo com o decreto Lei nº 73 art. 122 (de 21/11/73), “ O corretor de seguros, pessoa física
ou jurídica, é o intermediário legalmente autorizado a angariar e promover contratos de seguro entre as
Sociedades Seguradoras e as pessoas físicas ou jurídicas de Direito Privado.”
Dessa forma percebe-se que a corretagem nada mais é do que a intermediação entre o adquirente
do seguro e o tomador do capital, auferindo-se uma comissão pela aproximação das partes. Nota-se
também que a corretagem tanto pode ser feita por um indivíduo (pessoa física) quanto por uma sociedade
(pessoa jurídica), sendo que em qualquer um dos casos somente poderá operar com a autorização da
SUSEP.
A quatro tipos de serviços oferecidos via factoring: transação com duplicatas; maturity; over-
advanced; e trust.
A transação com duplicatas envolve principalmente a compra de duplicatas a vencer da empresa.
O maturity implica na total assunção de qualquer crédito da empresa pela casa de factoring ou seja, em
caso de calote do devedor, a empresa que contratou os serviços do factoring não sofrerá qualquer
prejuízo. O over-advanced é um adiantamento de recursos para a empresa comprar insumos ou efetuar
investimentos de pequeno porte. O trust é a transferência, para a casa de factoring, da administração do
negócio da empresa, envolvendo desde as operações financeiras de monitoramento do fluxo de caixa até
as atividades necessárias para levar à frente a produção.
Atualmente no Brasil somente a transação com duplicatas está sendo trabalhada.
O factoring é uma atividade essencialmente mercantil, em que o pré-requisito é o registro na
Junta Comercial, não sendo fiscalizada nem regulamentada pela CVM ou BC.
A operação factoring não está sujeita à incidência do IOF (imposto sobre operações financeiras),
mas sim à do ISS municipal.
No Brasil, a atividade tem um órgão de classe, a ANFAC, que divulga todos os dias uma taxa
representativa do fator de compra dos créditos, como orientação para seus associados.
O risco das empresas de factoring é muito grande, então dessa forma elas têm de ser
extremamente eficientes na análise do risco representado pelos sacados.
FIANÇA
Contrato pelo qual uma pessoa se obriga por outra, para com o credor desta, a satisfazer a
obrigação, caso o devedor não a cumpra.
É um contrato, sempre escrito, pelo qual a pessoa física ou jurídica garante a obrigação do
devedor.
No caso de fiador casado, sob os regimes de comunhão parcial ou universal de bens, a fiança só
terá validade com a assinatura do outro cônjuge e, em geral, o credor requer a assinatura do outro cônjuge
mesmo quando o casamento é sob regime de separação total. Desquitados ou divorciados podem assinar
isoladamente uma fiança, desde que apresentem cópia da sentença judicial ou da averbação da separação
na certidão de casamento.
Na fiança por pessoa jurídica, o credor deverá analisar os estatutos sociais (S.A.) ou contrato
social (Ltda.), para verificar se a empresa pode prestar esse tipo de garantia.
Há uma faculdade, conferida ao fiador, que lhe possibilita exigir primeiro a execução dos bens
do devedor principal, esse direito ao fiador chama-se Benefício de Ordem. A renúncia ao benefício de
ordem permite, entretanto, que o credor possa cobrar o fiador sem cobrar primeiro o devedor. Assim, em
todos os negócios que considerem o fiador como base de risco, a renúncia ao benefício de ordem reveste-
se da maior importância.
Quando houver mais de um fiador para um único débito e estes não se reservarem o benefício da
divisão, indistintamente todos respondem pela totalidade da dívida.
DIFERENÇAS ENTRE AVAL E FIANÇA:
A fiança exige a formalização da obrigação do fiador, enquanto que no aval basta a assinatura do avalista
no título de crédito;
Na fiança a responsabilidade é subsidiária, ou seja, o fiador só responderá em caso de inadimplência do
afiançado, ou seja, a fiança goza do benefício da ordem, salvo se existir estipulação em contrário. Já no
aval, a responsabilidade é sempre solidária;
A fiança é dada para garantir contratos, enquanto que o aval é dado para garantir títulos de crédito;
A fiança pode ser dada em documento separado, enquanto que o aval só pode ser dado no próprio título.
PENHOR
Direito real sobre coisa alheia, em geral móvel, que a vincula a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Pode ser constituído sobre mercadorias, máquinas e equipamentos, produtos agrícolas e títulos
de crédito, sendo que deve-se observar as particularidades de cada uma:
Mercadorias – Para ser considerada uma boa garantia, é necessária a entrega física dos bens, condição que
se realiza por meio de uma ficção legal (cláusula constituto).
Máquinas e Equipamentos – como regra geral, os bens são identificáveis e, quando se tratar de
equipamentos fixos, seu instrumento deverá ser registrado no cartório de imóveis.
Produtos Agrícolas – em função da fungibilidade, bastará declarar-lhes a qualidade e a quantidade.
Títulos de Crédito – esse tem o nome especial de caução, podendo ser caucionadas duplicatas, CDB,
ações, debêntures, etc. Sempre os títulos caucionados devem ser entregues ao credor por meio de endosso
ou por meio da cessão.
ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA
É a cessão temporária de bens, sendo aplicável a bens móveis, que dá ao devedor a posse e o uso
do bem, mantendo a propriedade do credor. O devedor como depositário, tem a responsabilidade de
conservar o bem e indenizar o credor por quaisquer danos que o bem sofra.
Ocorrendo inadimplência do devedor, vencidas todas as tentativas de composição amigável, a lei
faculta ao credor propor as ações a seguir: ação de busca e apreensão (retomada do bem, caso não seja
encontrado o bem, é cabível a ação de depósito); ação de execução (cobrança de toda dívida e seus
acréscimos legais, caso a simples retomada do bem não satisfaça ao credor, podendo ser penhorados os
bens necessários para quitação integral das obrigações do devedor).
HIPOTECA
Direito real constituído a favor do credor sobre imóvel do devedor ou de terceiro, como garantia
exclusiva do pagamento da dívida, sem todavia tirá-lo da posse do dono.
A hipoteca, é formalizada por intermédio de instrumento público registrado em Cartório de
Registro de Imóveis, pode ser constituída sobre imóveis, aeronaves e embarcações.
É considerada melhor garantia que o penhor por oferecer menor vulnerabilidade em relação à
deterioração, obsolescência e oscilações nos preços.
Observar que o bem de família é impenhorável em ação de execução e não responde por
qualquer tipo de dívida, seja ela civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de qualquer outra natureza.
MERCADO DE CAPITAIS
É um sistema de distribuição de valores mobiliários, que tem o propósito de proporcionar
liquidez aos títulos de emissão de empresas e viabilizar seu processo de capitalização. É constituído pelas
bolsas de valores, sociedades corretoras e outras instituições financeiras.
No mercado de capitais, os principais títulos negociados são os representativos do capital de
empresas – as ações – ou de empréstimos tomados, via mercado, por empresas – debêntures conversíveis
em ações, bônus de subscrição e commercial papers – que permitem a circulação de capital para custear o
desenvolvimento econômico.
O mercado de capitais abrange, ainda, as negociações com direitos e recibos de subscrição de
valores mobiliários, certificados de depósitos de ações e demais derivativos autorizados à negociação.
AÇÕES
São títulos de renda variável, emitidos por sociedades anônimas, que representam a menor fração
do capital da empresa emitente. Podem ser escriturais ou representadas por cautelas ou certificados. O
investidor em ações é um co-proprietário da sociedade anônima da qual é acionista, participando dos seus
resultados. As ações são conversíveis em dinheiro, a qualquer tempo, pela negociação em bolsa de
valores ou no mercado de balcão. Existem dois tipos de ações, as Ordinárias e as Preferenciais, e existem
também duas formas, as Nominativas e as Escriturais.
ORDINÁRIAS
Proporcionam participação nos resultados da empresa e conferem ao acionista o direito de voto
em assembléias gerais.
PREFERENCIAIS
Garantem ao acionista a prioridade no recebimento de dividendos (geralmente em percentual
mais elevado do que o atribuído às ações ordinárias) e no reembolso de capital, no caso de dissolução da
sociedade.
NOMINATIVAS
Cautelas ou certificados que apresentam o nome do acionista, cuja transferência é feita com a
entrega da cautela e a averbação de termo, em livro próprio da sociedade emitente, identificado novo
acionista.
ESCRITURAIS
Ações que não são representadas por cautelas ou certificados, funcionando como uma conta
corrente, na qual os valores são lançados a débito ou a crédito dos acionistas, não havendo movimentação
física dos documentos.
♦ Venal – Valor de cotação em mercados organizados (bolsa de valores ou mercado de balcão). A ação
pode ter diversos valores: Ordinárias, Preferenciais, EBD, P93, etc. E estes valores duram até que
novos valores sejam apregoados ou cotados nos mercados.
♦ Valor Unitário – Quociente entre o valor do capital social realizado de uma empresa e o número de
ações emitidas.
RENTABILIDADE
É variável. Parte dela, composta de dividendos ou participação nos resultados e benefícios
concedidos pela empresa, advém da posse da ação; outra parte advém do eventual ganho de capital na
venda da ação.
⊗ ADR nível 1 – negociados no mercado secundário. São negociados no mercado balcão dos
EUA;
⊗ ADR nível 2 – negociados no mercado secundário. Podem ser operadas nas bolsas de
valores dos EUA;
⊗ ADR nível 3 – permitem a captação de recursos p/a emitente. São operações novas
(mercado primário). Podem operar nas bolsas de valores dos EUA.
BDR – Brasilian depositary receipt – emitido por instituição depositária no Brasil, lastreado por título
depositado no exterior.
DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES
É mais complexo ter acesso ao mercado dos EUA que na Europa. EUA exige documentação
mais complexa. Na Europa é mais padronizada.
Nos EUA exige-se a divulgação de muitos dados sobre a empresa que emitiu as ações que geraram a
ADR.
MERCADOS
Primário: Onde a própria empresa emite ações ou debêntures que são ofertadas através de um
banco. A empresa terá seu capital aberto através da emissão desses títulos.
Secundário: Onde o banco é contratado para colocar ações ou debêntures já emitidas e
pertencentes a uma determinada pessoa física ou jurídica.
TIPOS
Garantia Firme: É a operação na qual a instituição financeira coordenadora da operação garante
a colocação de um determinado lote de ações a um determinado preço previamente pactuado com a
empresa emissora, encarregando-se por sua conta e risco de coloca-la no mercado.
Melhores Esforços (Best Efforts): Caracterizam-se pelo compromisso assumido pela instituição
financeira de desenvolver os melhores esforços para revender o máximo de uma emissão junto aos seus
clientes nas melhores condições possíveis e por um prazo determinado. Não existe o compromisso formal
de viabilizar a colocação.
Stand-By: Caracteriza-se pelo compromisso assumido pelo banco quanto a subscrição, após
determinado prazo, das ações que se comprometeu a colocar no mercado, mas que não encontraram
interessados.
Book Building: Trata-se da oferta global global offering das ações de uma empresa visando à
colocação de seus papéis no País e no exterior.
MERCADO DE BALCÃO
Mercado de títulos sem lugar fixo para o desenrolar das negociações, a transação é feita entre
duas pessoas físicas ou jurídicas fora da bolsa, pessoalmente ou por telefone ou telegrama. São
negociadas ações de empresas não registradas em Bolsa de Valores e outras espécies de títulos.
As transações por intermédio das instituições financeiras, dentro do seu escritório, são
consideradas “de balcão”.
MERCADO DE BALCÃO NÃO ORGANIZADO - EMBN
Onde os negócios não são supervisionados por entidade auto-reguladora.
MERCADO DE BALCÃO ORGANIZADO - EMBO
O mercado de balcão organizado foi instituído em 1996, para funcionar como um verdadeiro
mercado de acesso às bolsas de valores. Assim, as empresas abertas teriam suas ações negociadas
inicialmente nesse mercado, migrando para as bolsas de valores quando crescessem e se tornassem
conhecidas do mercado.
O mercado de balcão organizado deve ser desenvolvido por entidade que pode assumir a forma
de sociedade civil ou comercial. Essa entidade deverá ter como objeto e função:
♦ Manter sistema adequado à realização de operações de compra e venda de títulos e valores
mobiliários de renda variável, em mercado livre e aberto, constituído e fiscalizado pela própria
entidade, pelos intermediários e participantes e pela CVM.
♦ Manter a visibilidade e transparência das operações realizadas em seu sistema de negociação.
♦ Estabelecer sistemas de negociação que propiciem continuidade de preços e liquidez ao mercado.
♦ Efetuar o registro de todas as operações realizadas e divulgá-las com rapidez, amplitude e detalhes.
As entidades serão organizadas como órgãos auto-reguladores, cabendo a ela a fiscalização de
suas operações e de seus respectivos participantes, ficando, ainda, sob a supervisão e fiscalização do
CVM.
No mercado internacional, os principais centros que negociam, ouro são Londres e Zurique, onde
é negociado no mercado de balcão, através de bancos e corretoras e não via bolsas. Outro grande centro
de negócios é a Bolsa de Mercadorias de Nova York (COMEX), onde só se opera no mercado futuro.
No Brasil, o maior volume de comercialização se faz através da Bolsa de Mercadorias e Futuros
de São Paulo, que é a única do mundo que comercializa ouro no mercado físico.
No exterior as cotações são feitas em relação à onça troy, o que equivale a 31,104 g, e no Brasil,
a cotação é feita em reais por grama de ouro puro.
Existem basicamente dois tipos de investidores no mercado de ouro físico: o investidor
tradicional, que utiliza o ouro como reserva de valor com preço e liquidez internacionais; e o especulador,
que está à procura de ganhos imediatos e de olho na relação ouro/dólar/ações, procurando a melhor
alternativa no momento.
A compra e venda de ouro em barras podem ser efetivadas no mercado de balcão,
através de agências das instituições financeiras especializadas (bancos, corretoras, distribuidoras), nas
fundidoras, empresas de mineração ou, então, na bolsa de mercadorias e futuros do país (BM&F).
Historicamente, o preço do ouro no Brasil vincula-se às cotações de Londres e Nova York,
refletindo, portanto, as expectativas do mercado internacional, sendo que sofre, entretanto, influência
direta das perspectivas do mercado interno e, principalmente, das cotações do dólar flutuante.
Nas bolsas os volumes negociados são transferidos automaticamente entre as contas de custódia
dos clientes em diferentes bancos, sem que o metal passe pelas mãos de quem compra ou venda. Nelas,
trocam-se certificados de propriedade. A responsabilidade pela quantidade do metal é da fundidora e não
do banco, que é apenas o depositário. O cliente pode levar o ouro para casa se quiser, para isso, ele deve
solicitar a retirada do certificado de custódia junto à bolsa e ir ao banco depositário para retirar o metal, e
caso algum dia venha a querer vendê-lo, ele terá de refundir o metal, obrigatoriamente, em fundidora
credenciada.
O ouro normalmente é negociado nas bolsas em unidade de negociação de 0,225g, 10g, 250g, e
1.000g, sendo que a retirada física, caso seja do interesse do cliente, só pode ser feito em barras de 250g,
100 onças e 400 onças. Para atender aos pequenos investidores, as instituições financeiras criaram opções
de investimento no metal que são fáceis de serem portadas e são protegidas em invólucros de plástico
selado, que não devem ser violados, e estas opções são apresentadas das seguintes formas: barras
circulares (moedas) de 5g, 10g e 20g, ou barras de 20g, 50g e 100g.
Existe uma modalidade de venda de ouro a prazo que existe somente no Brasil, e permite acesso
aos pequenos investidores ao metal, pois a compra é feita em parcelas mensais.
O ouro é classificado como ativo financeiro ou instrumento cambial pela constituição de 1998 é
tributado pelo IOF, exclusivamente e apenas na operação de origem, a uma alíquota mínima de 1%, e a
partir de 1994, as mineradoras pagam 2% de PIS e 0,65% de Cofins para colocar o metal no mercado
financeiro e apenas 1% para exportá-lo na forma bruta.
A taxa de custódia é calculada sobre o volume médio custodiado no mês, e o preço médio do
ouro, pela BM&F:
Posição em Gramas Taxa de Custódia
25g a 1kg 0,2083% a.m.
1kg a 5kg 0,1250% a.m.
acima de 5kg 0,1000% a.m.
MERCADO DE CÂMBIO
Ambiente aonde se realizam as operações de câmbio (compra e venda de moeda estrangeira),
entre os agentes autorizados e entre esses e seus clientes.
A operação de mercado primário implica a entrada ou a saída efetiva de moeda estrangeira do
País. Esse é o caso das operações com exportadores, importadores, viajantes etc. Já no mercado
secundário, a moeda estrangeira simplesmente migra do ativo de um banco para o de outro e são
denominadas operações interbancárias.
OPERAÇÃO DE CÂMBIO
São basicamente, a troca (conversão) da meoda de um país pela de outro. Em relação ao
estabelecimento operador, elas se classificam como:
compra: recebimento de moeda estrangeira contra entrega de moeda nacional;
venda: entrega de moeda estrangeira contra o recebimento de oeda nacional;
arbitragem: entrega de moeda estrangeira contra o recebimento de outra moeda estrangeira.
A necessidade destas conversões pode surgir em razão de:
Exportação: venda ao exterior de mercadorias e serviços com preço ajustado para pagamento em
moeda estrangeira;
Importação: compra de mercadorias e serviços com preço ajustado para pagamento em moeda
estrangeira;
Transferências: movimentação financeira de capitais de entrada ou saída do país.
Em função das características das operações, elas se dividem, basicamente, em operações
comerciais e operações financeiras, e no que concerne à forma como as trocas são feitas, podemos
classificá-las em:
Mercado Sacado: Operações por meio de movimentação (débito ou crédito) nas contas de
depósitos que os bancos mantém junto a seus correspondentes no exterior (depósitos, saques, letras
de câmbio, cheques, valores mobiliários).
Mercado de Câmbio Manual: operações com moedas em espécie ou “traveller´s checks”
(turistas).
Câmbio Primário: operações entre bancos e clientes não-bancários.
Câmbio Interbancário: operações entre bancos.
Câmbio a Vista: operações “prontas” (spot exchange), para liquidação até dois dias úteis após o
fechamento do contrato de câmbio.
Câmbio a Termo: operações “futuras” (forward exchange) para liquidações acima de 2 dias
úteis. São realizadas para se evitar o risco cambial.
Prêmio: taxa a termo > taxa pronta
Desconto: taxa a termo < taxa pronta
POSIÇÃO DE CÂMBIO
Saldo de operações de compra e venda de moedas estrangeiras (pelo seu equivalente em dólares
dos EUA) por uma instituição bancária por período de tempo (um dia).
a) Nivelada: compras = vendas;
b) Comprada: compras > vendas (excesso depositado no Bacen);
c) Vendida: compras < compras (limite por instituição dado pelo Bacen).
Diferença entre Posição e Disponibilidade: distintos prazos entre compra e venda.
OPERAÇÕES DE ARBITRAGEM
Consiste na compra de determinada quantidade de uma moeda e na venda de outra moeda
estrangeira, de forma que, aplicada a paridade entre elas, o resultado seja de equivalência, podendo a
liquidação ser simultânea, pronta ou futura.
A arbitragem é a mecânica de compra e venda de uma moeda no mercado em que seu preço
estiver baixo e venda onde seu preço estiver mais alto, obtendo-se dessa forma o lucro desejado.
A arbitragem é utilizada, também, para que os bancos nacionais convertam dólares em outras
divisas, através da utilização de linahs de crédito internacionais.
ARBITRAGEM EXTERNA
Consiste na remessa de divisas de uma praça para outra, buscando obter vantagens em funçaõ
das diferenças de preço existentes. É representada pela venda de uma moeda estrangeira contra o
recebimento de outra moeda também estrangeira.
No mercado internacional de divisas, vigora, a lei da oferta e da procura, o que podemos dizer,
que uma moeda poderá ter preços diferentes nos vários mercados, sendo que o lucro obtido nessas
operações provém dos diferenciais de taxa entre as moedas envolvidas.
ARBITRAGEM DIRETA
É a transação efetuada por dois operadores localizados em praças de países diferentes, que
arbitram suas respectivas moedas.
ARBITRAGEM INDIRETA
É a transação realizada por um operador que, atuando em sua base, efetua operações envolvendo
as moedas nacionais de duas praças estrangeiras, quer arbitrando as duas moedas ou mais de duas.
ARBITRAGEM INTERNA
As operações simbólicas de compra e venda simultâneas de câmbio têm por finalidade
regularizar exigências de ordem cambial, não figurando, portanto, entre as transações normais que se
caracterizam pela entrega efetiva da moeda. Ocorrem nas seguintes situações: Conversão de créditos em
investimentos; Constituição e liberação de depósitos, no BC; Regularização de fraude cambial.
OPERAÇÕES DE REMESSAS
Os documentos comerciais exercem papel importante no comércio entre os países, pois eles são
emitidos por ocasião de um embarque de exportação e devem chegar as mãos do importador, para que
este tenha acesso à retirada da mercadoria na alfândega de seu país.
Portanto, são operações bancárias, no sistema financeiro internacional, as remessas a partir das
quais um banco (emissor), a pedido de seu cliente (exportador) documentos financeiros para um banco no
exterior (banco cobrador) para que este entregue tais documentos ao interessado (importador), mediante
pagamento do valor da operação (se for à vista) ou mediante compromisso de pagamento futuro (se for a
prazo).
CONTRATO DE CÂMBIO
De acordo com a Carta Circular Gecan nº 24 do Bacen, o Contrato de Câmbio é “instrumento
especial firmado entre o vendedor e o comprador de moedas estrangeiras, no qual se mencionam as
características completas da operação de câmbio e as condições sob as quais se realizam”. O contrato de
câmbio envolve tão somente a compra ou venda de moedas estrangeiras decorrentes dessas transações. A
operação cambial envolve os seguintes agentes:
o exportador, que vende a moeda estrangeira;
o banco autorizado pelo Banco Central a realizar operações de câmbio;
a corretora de câmbio, caso seja requerida pelo vendedor da moeda estrangeira.
O Contrato de Câmbio deve conter os seguintes dados:
nome do banco autorizado a contratar o câmbio;
nome do exportador;
valor da operação;
taxa de câmbio negociada;
prazo para liquidação;
nome do corretor de câmbio, se houver;
comissão do corretor de câmbio;
nome do importador;
dados bancários do exportador;
condições de financiamento, etc.
TIPOS DE CONTRATO DE CÂMBIO
Existem 10 tipos de contratos de câmbio com modelos definidos pelo Bacen, conforme
detalhado na Circular nº 2.730, de 13/12/1996, que são utilizados de acordo com a natureza da transação,
são eles:
Tipo Compra - Exportação; Transferência financeira do exterior; Operações entre bancos; Alteração;
Cancelamento (exportação).
Tipo Venda - Importação; Transferência financeira para o exterior; Operações entre bancos; Alteração;
Cancelamento (importação).
Os contratos de câmbio nas operações comerciais podem ser efetuados para liquidação “pronta”,
ou seja, para entrega das moedas compradas/vendidas em até 48 horas quando realizadas no mercado a
vista, ou para liquidação futuras, situação em que as moedas compradas/vendidas podem ser entregues em
até 180 ou 360 dias (operações de exportação e importação).
FORMAS DE PAGAMENTO
v Crédito Documentário (Carta de Crédito): modalidade de pagamento em que existe a abertura de
carta de crédito onde aparecem descritas as condições em que a operação deve ser concretizada e um
banqueiro que se compromete, por ordem e conta de seu cliente, a pagar a mercadoria, mediante a
apresentação dos documentos representativos da transação.
v Cobrança Documentária (com ou sem saque): modalidade em que o exportador entrega a um banco
de sua preferência os documentos de embarque, acompanhados de um saque contra o importador.
v Remessa sem Saque (ou remessa direta de documentos): modalidade em que não existe a
intermediação de um banco, pois o importador recebe diretamente do exportador os documentos de
embarque (sem saque) e promove o desembaraço da mercadoria na alfândega.
§ abertura: sondagens;
§ compra pelo banco (bid rate);
§ venda pelo banco (offer rate):
§ dar “o certo”: R$ 1,00 = USD 0,57142
§ dar “o incerto”: USD 1,00 = R$ 1,75000
§ ponto: um décimo de milésimo (USD 1,00 = DEM 2,0595 => USD 1,00 = DEM 2,0600:
aumento de 5 pontos - 4.ª casa decimal);
§ pip (medida americana): um centésimo de milésimo (5.ª casa decimal).
SISCOMEX
O Sistema Integrado de Comércio Exterior, criado pelo Decreto n° 660, de 25 de setembro de
1992, é o sistema informatizado que integra as atividades de registro, acompanhamento e controle de
comércio exterior, realizadas pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), pela Secretaria da Receita Federal (SRF) e
pelo Banco Central do Brasil (BACEN), órgãos "gestores" do sistema. Participam ainda do SISCOMEX,
como órgãos "anuentes", no caso de algumas operações específicas, o Ministério das Relações
Exteriores, o Ministério da Defesa, o Ministério da Agricultura e do Abastecimento, o Ministério da
Saúde, o Departamento da Polícia Federal, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis – IBAMA, e outros.
Por intermédio do SISCOMEX, as operações de exportação são registradas e, em seguida,
analisadas "on line" pelos órgãos "gestores" do sistema (SECEX, SFR e BACEN).
As empresas exportadoras podem ter acesso ao SISCOMEX diretamente, a partir de seu próprio
estabelecimento, desde que disponham dos necessários equipamentos e condições de acesso, ou por meio
de a) despachantes aduaneiros; b) rede de computadores colocada à disposição dos usuários pela
Secretaria da Receita Federal (salas de contribuintes); c) corretoras de câmbio; d) agências bancárias que
realizem operações de câmbio; e e) outras entidades habilitadas.
Foi incorporado ao SISCOMEX, no início de novembro de 2001, o módulo de funcionamento
do Drawback Eletrônico. O Regime de Drawback, criado pelo decreto-lei 37/66, é a desoneração de
impostos na importação vinculada a um compromisso de exportação. A Secretaria de Comércio Exterior
concebeu a nova sistemática informatizada para controle dessas operações denominadas Sistema
Drawback Eletrônico, a fim de permitir o controle ágil e simplificado daquelas operações.
MERCADO A TERMO
No mercado a termo, o investidor se compromete a comprar ou vender uma certa quantidade de
uma ação (chamada ação-objeto), por um preço fixado e dentro de um prazo pré-determinado.
A maior parte das operações é realizada no prazo de 30 dias, podendo, entretanto, serem
realizadas em 60, 90, 120 ou até 180 dias.
As operações contratadas poderão ser liquidadas na data de seu vencimento ou em data
antecipada solicitada pelo comprador - VC, pelo vendedor - VV, ou por acordo mútuo das partes - AM.
MERCADO DE OPÇÕES
Quem compra uma opção tem um direito. Se a opção for de compra (call), o
direito de comprar, se a opção for de venda (put), o direito de vender.
MERCADO FUTURO
É o mercado no qual se negociam lotes padrão de ações com datas de liquidação
futura, escolhidas dentre aquelas fixadas periodicamente pela bolsa.
O mercado futuro representa um aperfeiçoamento do mercado a termo,
permitindo a ambos os participantes de uma transação reverter sua posição, antes da
data de vencimento.
Cada investidor se relaciona com a caixa de liquidação da bolsa e não com seu
parceiro original. Isto permite que ambos tenham o direito de liquidar sua posição
antecipadamente.
Por sua vez, a reversão da posição só é viável se houver liquidez no mercado.
A fim de propiciar geração de liquidez no mercado futuro, as datas de
vencimento são padronizadas pela bolsa.
As operações são fechadas para aqueles vencimentos que estão em aberto.
Para assegurar o cumprimento dos compromissos, são depositadas margens
pelos detentores de posições de compra ou venda, as quais oscilam com a variação dos
preços no mercado à vista.
As estratégias de aplicação são semelhantes às do mercado a termo, com
algumas particularidades.
OPERAÇÕES DE SWAP
O mercado financeiro e as empresas encontram na CETIP as alternativas ideais,
para compor suas operações com derivativos de balcão, e têm à disposição modelos
únicos e sofisticados.
São três diferentes tipos de derivativos: Contratos de Swap, Opções sobre Swap
e Termo de Moeda. Além do registro dos tradicionais contratos de Swap, a CETIP
também oferece estruturas personalizadas, como barreiras, limitadores, cupom cambial
limpo e alternativas de data para pagamento de prêmio.
Uma nova opção para fazer hedge na CETIP está em fase de implantação: os
Derivativos de Crédito.
A palavra SWAP significa troca ou permuta e designa uma operação cada vez mais
procurada no mercado financeiro internacional, envolvendo inclusive várias empresas
brasileiras.
Com o swap, por exemplo, companhias com dívidas em dólar corrigidas
por taxas flutuantes poderiam contratar uma operação que as transformasse numa dívida
com taxas fixas e vice-versa. Evidentemente que, caracterizando-se como uma operação
de troca de posições, a criatividade,, baseando-se em regras seguras e legalmente
garantidas, permite que outros tipos de operações de swap ganhem vida.
CONTRATOS DE SWAP
Swap com Barreira – sem equivalência no mercado brasileiro, este contrato utiliza um
gatilho (Trigger) para efetivar ou cancelar a operação. O valor do parâmetro que define
o gatilho é estabelecido previamente pelas partes e se for atingido ou ultrapassado, o
contrato entra em vigor (Barreira Knock In). Também pode ocorrer o contrário: o
contrato ser cancelado quando o parâmetro definido para acionar o gatilho atingir ou
ultrapassar o valor estabelecido (Barreira Knock Out). Há ainda uma terceira opção,
que combina as duas anteriores: o Swap com Barreira Knock In-Out.
Swap com Cupom Cambial Limpo – este tipo de Swap é o que melhor expressa a
realidade da data de início do contrato, pois permite que a curva cambial seja definida
pela taxa de câmbio à vista (spot), expurgando sua variação em relação à Ptax média do
dia anterior (divulgada pelo Banco Central).
Swap com Limitador – neste contrato, há quatro opções para definir a variação do
ganho ou perda: quando as partes fixam um limite superior, ou teto, para a variação da
curva original do Swap (Caps); quando é estabelecido um limite inferior, ou piso
(Floors); ou quando as partes decidem combinar um teto e um piso (Collars -
combinação de Caps e Floors); existe ainda a possibilidade de utilização da Terceira
Curva, que funciona com teto ou piso variáveis, de acordo com um indexador definido
entre as partes.
OPÇÕES DE SWAP (SWAPTION)
No Swaption a Termo, o participante compra o direito de entrar no Swap em uma data
futura previamente acertada no registro do contrato. Já no Compound Swaption, o
Swap se inicia na data do registro, mas o participante tem a opção de continuar ou
desistir do contrato, a partir de uma data predeterminada. Nos dois casos, o pagamento
de prêmios ocorre no início do contrato e no exercício da opção de entrar ou permanecer
no Swap. A Opção de Arrependimento dá o direito à desistência (call back swaption)
para o participante que pagar o prêmio.
DEPÓSITOS A PRAZO
Produtos de Captação
JOGADOR ESPECULADOR
POUPADOR INVESTIDOR
LETRA DE CÂMBIO
É uma ordem de pagamento que o sacador (emitente) dirige ao sacado
(devedor) para que este pague a importância consignada a um terceiro, denominado
tomador (credor).
Caso o sacado não honre a LC, o tomador poderá cobrar do sacador, pois este é
coobrigado do título.
LETRAS HIPOTECÁRIAS
Títulos de crédito emitidos por instituições financeiras que tem carteira de
financiamento imobiliário.
PRAZO MÍNIMO – 6 meses;
REMUNERAÇÃO – atrelada ao índice de correção da poupança (TR), mais juros.
VANTAGEM – isentas de IR, para investidores pessoa física.
Estão amparadas pelo Fundo Garantidor de Crédito – FGC.
LETRAS IMOBILIÁRIAS – LI
Promessa de pagamento em que a garantia é a União Federal, conf. a
emissora, ou tem preferência absoluta sobre os bens integrantes do ativo da sociedade
emissora, ainda que de natureza fiscal. Pode ser garantido, também, por outra empresa
privada.
São captações permitidas para Sociedades de Créditos Imobiliários ou Bancos
múltiplos, com carteira imobiliária.
Emissão autorizada e fiscalizada pelo BACEN.
FORMA:
a) Portador – quem tem o título é o dono;
b) Nominativa – a transferência é registrada em livro próprio e no próprio
certificado. O endosso não vincula o endossante.
TIPOS:
a) TIPO C – pagto. trimestral de juros, até o máximo de 8% ao ano, mais correção
monetária;
BÔNUS/EUROBÔNUS
Títulos de captação emitidos por bancos através de agências no exterior.
PRAZO: 3 a 8 anos.
REMUNERAÇÃO: juros fixos ou flutuantes.
OPERAÇÕES COMPROMISSADAS
Modalidade de captação utilizada por instituições financeiras devidamente
autorizadas pelo BACEN, como bancos, corretoras, distribuidoras, fundos de pensão e
pessoas jurídicas não financeiras.
A instituição dona do título público “vende-o” por um prazo determinado,
assumindo o compromisso de recomprá-lo.
Títulos privados podem ser negociados, desde que de propriedade da emissora.
Incluem-se CDB’s, debêntures, cédulas de debêntures, letras hipotecárias, cédulas de
crédito bancário, letras de câmbio de aceite de instituições financeiras.
As operações compromissadas envolvendo títulos públicos são registradas no
SELIC e os envolvendo títulos privados são registrados no CETIP.
É de risco baixo pois a segurança está garantida pelo banco vendedor, Bacen e
Tesouro Nacional.
Resolução 2.765, de 21 de dezembro de 1999.
DINHEIRO DE PLÁSTICO
São cartões que facilitam o dia-a-dia das pessoas e representam um enorme
incentivo ao consumo e segurança de quem recebe.
Glossário:
Portador – pessoa física ou jurídica usuária do cartão que tem um limite de crédito
estabelecido pela administradora;
Bandeira – instituição que autoriza o emissor a gerar cartões com sua marca;
Emissor – administradora vinculada a uma instituição financeira autorizada pela
bandeira a emitir cartões de crédito com seu nome.
Acquirer – é a instituição que afilia estabelecimentos ao sistema de cartão da bandeira
da qual é associada. Tem a função de gerenciar, pagar e dar manutenção aos
estabelecimentos afiliados da bandeira;
CARTÕES MAGNÉTICOS
Utilizados para operações bancárias nos caixas dos bancos, eletrônicos,
terminais 24 horas e para transferência eletrônica de fundos em estabelecimentos
comerciais credenciados.
CARTÕES DE CRÉDITO
Utilizados para a aquisição de bens ou serviços em estabelecimentos
credenciados. No período entre a compra e o vencimento do cartão não incidem juros.
No vencimento, pode-se financiar parte do total do débito, pagando juros sobre a parte
não paga. Podem ser utilizados no Brasil e no exterior, conforme o caso. Gastos feitos
no exterior são em dólar e convertidos pela taxa do dólar turismo (flutuante) no
pagamento da fatura.
As administradoras desses cartões são instituições não financeiras.
CARTÕES DE DÉBITO
Utilizados para aquisição de bens e serviços. Geralmente emitido por
estabelecimentos comerciais, podem ser para compras à vista ou a prazo, conforme o
caso. Se a prazo, os juros são geralmente cobrados desde a data da compra. Podem
oferecer taxas mais baixas, alguns dias de carência e outras vantagens.
CARTÕES DE AFINIDADE
Cartões de crédito onde organizações beneficientes, associações, clubes e outras
instituições exibem sua marca ou logotipo. Parte do faturamento da operadora de cartão
de crédito é revertido para a entidade que empresta sua marca.
CORPORATE FINANCE
São operações complexa que os bancos realizam e que envolvem a
intermediação de fusões, cisões, aquisições e incorporações de empresas.
Neste tipo de operação os bancos, juntamente com empresas especializadas de
consultoria, utilizam de todo seu conhecimento do mundo de negócios financeiros e de
investimentos, procurando viabilizar as operações para seus clientes, através da
utilização de recursos nacionais e estrangeiros.
(a) Fusão - união de empresas. Reduz custos. Prática de monopólio. Normalmente o
controle é da maior.
(b) Cisão - separação de uma parte da empresa.
(c) Aquisição - Expansão. Compra de uma empresa.
(d) Incorporação - aquisição de uma empresa por outra. Diferença da fusão: na
fusão existe a concordância de ambas. Neste caso, pode ser adquirido através de
compra do controle acionário, mesmo contra vontade do controlador.
supere os R$ 120 milhões, geralmente empresas fechadas e que não têm condições de
ter seus papéis cotados em bolsa de valores.
As aplicações podem ser investidas 100% em títulos de uma única empresa.
FUNDO IMOBILIÁRIO
São carteiras fechadas, lastreadas em empreendimentos imobiliários que, para se
transformarem em dinheiro antes do prazo previsto, devem ser comercializadas como
uma ação.
A administração do fundo é exclusiva de um banco múltiplo com carteira de
investimento ou carteira de crédito imobiliários, banco de investimento, sociedade
corretora ou de crédito imobiliário, distribuidora ou caixas econômicas.
A pretensão é ser um agente formador de poupança estável e a longo prazo. Os
recursos captados são utilizados para fins imobiliários, dando liquidez e diluindo riscos
do mercado imobiliário, ao mesmo tempo que ajudam a reduzir o preço final da obra,
graças à administração de recursos em escala.
Para o investidor é uma aplicação que tem a segurança de um imóvel aliada à
liquidez de um título mobiliário. A valorização das cotas ocorrerá pela valorização do
imóvel que os lastreia ou por um índice de preços associado ao fundo.
75%, no mínimo, de seu patrimônio devem estar em empreendimentos
imobiliários. Os 25% restantes podem estar temporariamente, aplicados em caixa, cotas
de FIF ou títulos de renda fixa, sendo vedada a aplicação em mercado de futuros e
opções.
FIFs e o RISCO
v Exigência do BACEN e da CVM - classificação em:
v REFERENCIADOS - menor risco (oscilação) - desempenho dever seguir certo
referencial - carteira deve ter 95% em ativos ou operações que proporcionem
rendimento próximo do referencial - 80% de títulos públicos federais e privados de
baixo risco - probabilidade de perda menor.
v NÃO REFERENCIADOS - sem referencial de rendimento - 80% em títulos federais
ou privados de baixo risco - pode aplicar em derivativos - pode render mais - risco
maior.
v GENÉRICOS - administração livre - riscos maiores - investidor pode perder tudo e
até colocar algum.
FUNDOS FECHADOS
Para grandes investidores. Prazo de resgate definido. Cota pode ser vendida no
mercado secundário.
mais
FUNDOS DE INVESTIMENTOS
Definição
Fundos são condomínios abertos ou fechados, que possibilitam a seus cotistas a
oportunidade de, em conjunto, investir em aplicações financeiras. Conferem ao
investidor melhores condições de remuneração no mercado.
COTA ou QUOTA
É a menor fração do patrimônio do fundo. Seu valor é atualizado diariamente,
com base na avaliação patrimonial.
O valor unitário da cota é o resultado da divisão do patrimônio líquido dividido
pela quantidade total de cotas.
HOT MONEY
Alternativa de financiamento de capital de giro de curtíssimo prazo, variando
geralmente entre 1 a 10 dias, por meio de um contrato onde se estabelecem as regras de
funcionamento, podendo ser sacado através de telefone ou terminal remoto.
Os contrato de hot money geralmente são garantidos por nota promissória e o
seu custo básico para os bancos é o CDI – Certificado de Depósito Bancário.
NÃO ESQUECER – CDIs são títulos emitidos pelos bancos para captar recursos de
outros bancos. Sua negociação é restrita ao mercado entre bancos. Não estão sujeitos à
tributação e são registrados na CETIP.
Chama-se hot money por ser um dinheiro quente. Ele não tem tempo de esfriar
na mão de quem tomou. Serve para suprir necessidades momentâneas ou emergenciais
de caixa.
CONTAS GARANTIDAS
Têm por finalidade conceder limite de crédito, lastreado em garantias de
duplicatas, por exemplo, ou garantia fidejussória. Podem ter, ainda, como garantias:
penhor de bens, warrants, conhecimento de depósito, caução de direitos creditórios ou
alienação fiduciária.
Glossário:
CONHECIMENTO DE DEPÓSITO – é o papel que identifica o depósito de uma
mercadoria em um determinado armazém. Serve para vender a mercadoria.
WARRANT – pode obter financiamento através de um warrant emitido, que originou
de um conhecimento de depósito. É dado como penhor.
DESCONTO DE TÍTULOS
Desconto de Duplicatas
O desconto de duplicatas é uma forma tradicional da empresa realizar
empréstimo para capital de giro. A duplicata é um título de crédito criado pelo direito
brasileiro.
Toda duplicata envolve a figura de dois participantes:
♣ Cedente: é a empresa que vende seus produtos/serviços a prazo;
♣ Sacado: é o comprador (cliente) contra quem o cedente emitiu a duplicata, ou
seja, aquele que pagará o título.
Como as duplicatas são títulos “à ordem”, elas são transferíveis terceiros por meio de
endosso. O sacado, ou terceiros que as tenham recebido por endosso, podem negociá-
las, entre outras formas, mediante desconto, para antecipar fluxo de caixa.
Como qualquer outro título de crédito, a duplicata poderá conter a figura do aval.
A duplicata tem o prazo de 30 dias para ser protestada, para que possa ser utilizado o
direito de regresso.
Os encargos são descontados da duplicata no ato da liberação do dinheiro ao cedente.
VENDOR FINANCE
Vendor é uma alternativa de financiamento para vendas a prazo, portanto de
capital de giro, cuja característica principal é a cessão do crédito, permitindo dessa
forma que uma empresa venda seu produto a prazo e receba a vista.
Em outras palavras: uma empresa vende produtos para outra empresa. A
vendedora é cliente do banco, a compradora nem sempre. O financiamento é ofertado ao
vendedor que o repassa ao comprador. Quem fica devendo para o banco é o comprador,
com garantia da vendedora.
O banco, mediante uma taxa de intermediação, compra o crédito da empresa
vendedora, pagando-a a vista, e financia a empresa compradora, com garantia da
empresa compradora
VANTAGENS PARA O VENDEDOR:
Antecipação da receita e caixa, redução da carga tributária, aumento do potencial de
vendas, redução de preços e maior competitividade.
VANTAGENS PARA O COMPRADOR:
Financiamento automático, prazos flexíveis, taxas inferiores, redução de custos e maior
competitividade.
COMPROR FINANCE
Uma variante do Vendor Finance, destinado a financiar capital de giro. Tem as
seguintes características:
1) Empresa paga o fornecedor a vista e financia a compra a prazo através de crédito
bancário.
2) Os prazos podem chegar até a 180 dias.
3) O comprador passa a ter mais poder de barganha na compra em vista do
pagamento a vista.
4) O banco dá crédito à empresa com destinação específica. EX: estoques p/venda
de Natal.
5) Pode haver redução do spread em relação a uma operação normal.
Para o fornecedor a operação passa desapercebida, pois ele recebe à vista.
CRÉDITO DIRETO – CD
O banco assume a carteira dos lojistas e fica com os riscos do crédito. Para o
lojista é ótimo, pois não tem nenhum risco.
CRÉDITO RURAL
Recursos destinados ao financiamento agropecuário, com condições especiais
definidas pela política governamental.
Beneficiados: produtores agrícolas, cooperativas e agroindústrias.
A produção e comercialização de safras agrícolas, assim como em outros países,
desfrutam de subsídios no crédito.
A normatização do crédito rural é do BACEN, através do Manual de Crédito Rural.
Principal executor da política agrícola do governo mediante do crédito rural: Banco do
Brasil.
Origem dos recursos p/ aplicação nas operações de crédito rural:
a) 25% dos depósitos à vista ou então recolher como compulsório;
b) parte dos fundos de commodities;
c) dotações orçamentárias do governo federal;
d) recursos livres dos agentes financeiros.
MODALIDADES DE FINANCIAMENTOS
Investimento
Para bens ou serviços que irão beneficiar vários períodos de produção (safras).
São máquinas e implementos agrícolas, tratores, armazéns e outros. Os recursos, em
geral, são do BNDES, através do FINAME (Agência Especial de Financiamento
Industrial) e FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).
Custeio
Para preparação do solo, plantio e manutenção das lavouras até a colheita. Inclui
aquisição de adubos, sementes, defensivos, etc. Os vencimentos dos empréstimos são
coincidentes com as épocas de comercialização das safras.
Comercialização
Os empréstimos para comercialização incluem as operações de descontos e os
empréstimos do governo federal. Nas operações de desconto são negociadas as notas
promissórias ou duplicatas rurais emitidas na comercialização de produtos agrícolas.
Empréstimos do Governo Federal – EGF são financiamentos p/estocagem
aguardando preço melhor de venda.
Aquisições do Governo Federal – AGF são compras realizadas pelo governo
p/garantir preços.
CADERNETA DE POUPANÇA
Págs. 49 e 50 da apostila.
TITULOS DE CAPITALIZAÇÃO
Tipo de investimento que combina características de jogo e de poupança. Com
os títulos concorre-se a prêmios em dinheiro além de haves o rendimento de parte do
valor investido. Do valor aplicado, a instituição financeira separa um percentual para a
poupança, outro para o sorteio e um terceiro pra cobrir despesas.
O percentual separado para a poupança rende TR (taxa referencial) ou outro
indicador. Além da correção pelo indexador a instituição pode pagar um percentual de
juros, que é facultativo.
Normalmente rende menos que a poupança.
São interessantes para quem gosta de jogar, com a vantagem que, caso não
ganhe, parte de seu investimento será recuperado.
Caso o investidor queira efetuar o resgate do valor investido antes do término do
plano, receberá um percentual da parte reservada a poupança, cerca de 90%. Só após o
término do plano é possível resgatar 100% deste valor.
Possuem carência, normalmente de 12 meses. Existem títulos de pagamento
mensal e de pagamento único. Os sorteios podem ser mensais ou semanais, conforme o
plano.
Imposto de Renda sobre os rendimentos:
- até 900,00, isento;
- de R$ 900,00 à 1.800,00, 15% e dedução de R$ 135,00
- mais de R$ 1.800,00, 27,5% e dedução de R$ 360,00.
GLOSSÁRIO