personalidade. Possumos muitos selfs, como sabemos por experincia (ver SELF). Embora seja
um passo considervel desse ponto at a considerao de um complexo como uma entidade
autnoma dentro da psique, Jung asseverava que os complexos se comportam como seres
independentes (CW 8, parg. 253). Tambm argumentava que no existe diferena, em princpio,
entre uma personalidade fragmentria e um complexo... complexos so psiques parciais (CW 8,
parg. 202).
A idia era to importante para Jung que, em certo ponto, ele cogitou de rotular suas idias de
Psicologia Complexa (ver PSICOLOGIA ANALTICA). Jung referia-se ao complexo como a a via
rgia para o inconsciente e como o arquiteto dos sonhos. Isso sugeriria que os SONHOS e outras
manifestaes simblicas esto intimamente relacionados com os complexos.
Por possuir um aspecto arquetpico, o EGO est situado no mago de um complexo de ego, uma
histria personalizada do desenvolvimento da conscincia e autoconscientizao do indivduo. O
complexo de ego est em relacionamento com os outros complexos, o que muitas vezes o envolve
em um conflito. A ento existe o risco de este ou qualquer complexo se dissociar, sendo a
personalidade por ele dominada. Um complexo pode dominar o ego (como na PSICOSE) ou o ego
pode se identificar com o complexo (ver INFLAO; POSSESSO).
Jung desenvolveu suas idias mediante o uso do TESTE DE ASSOCIAO PALAVRAS entre 1904 e
1911 (ver ASSOCIAO). O uso de um psicogalvanmetro no teste sugere que os complexos so
radicados no corpo e expressam-se somaticamente (ver CORPO; PSIQUE).
Embora a descoberta dos complexos tenha sido de considervel valor para Freud como uma prova
emprica de seu conceito do INCONSCIENTE, poucos psicanalistas usam o termo atualmente.
Entretanto, muita teoria psicanaltica faz uso do conceito de complexo, em particular a teoria
estrutural ego, superego e id so exemplos de complexos. Outros sistemas de terapia tais como a
Anlise Transacional e a Terapia de Gestalt tambm subdividem a psicologia do paciente e/ou
encorajam-no a dialogar com partes de si mesmo relativamente autnomas.
Alguns autores psicanalistas fizeram comentrios sugerindo que a nfase de Jung sobre a
autonomia do complexo fornece evidncia de graves distrbios psiquitricos nele (Atwood e
Stolorow, 1979). Outros confirmam a abordagem de Jung afirmando que uma pessoa um
substantivo coletivo (Goldberg, 1980).