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PROCESSOS ADMINISTRATIVOS:
3.1. NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAL, DE MATERIAL E DE SERVIÇOS.

3.1.1 ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAL

O Setor de Administração de pessoal é parte integrante da estrutura organizacional de praticamente todas as empresas. O setor de
Administração de pessoal executa algumas funções básicas para o andamento das atividades de uma empresa: admissão de funcionários,
controle de presença, treinamento e orientação, compensação, e desligamento.

A atividade de admissão executada pelo setor de administração de pessoal envolve todo o processo de avaliação de necessidade (abertura de
vagas), desenvolvimento junto ao setor envolvido do perfil de trabalhador procurado, formas de divulgação da vaga, recepção, avaliação e
seleção de candidatos.

Ele também é o responsável pela contratação, dentro das normas trabalhistas vigentes no país. A admissão é, portanto uma rotina do setor de
administração de pessoal. Mas o seu papel não se encerra com a admissão, cabendo a ele integrar o novo funcionário à empresa e a sua nova
função, treinando, acompanhando e supervisionando.

Outra rotina do setor de administração de pessoal é a relativa ao controle de freqüência, chamado usualmente de compensação de pessoal.
Cabe ao setor efetuar o controle de freqüência, calcular os salários, impostos, benefícios e outros adicionais previstos em contrato e legislação e
efetuar o pagamento desses valores. Essa atividade está intrinsecamente ligada à administração de financeiro ou contábil da empresa. Envolve
contínua atualização quanto a leis trabalhistas e outras específicas. O administração de pessoal necessita estar constantemente a par da
modificações ocorridas na área e informar e efetuar as mudanças necessárias com agilidade e precisão.

O setor de administração de pessoal também é o responsável pelo desligamento de funcionários da empresa. A rotina de administração de
pessoal envolvida nessa atividade inclui os procedimentos estabelecidos em lei, incluindo cálculo de valores, representação da empresa junto à
aos vários órgãos da Justiça do Trabalho ou a sindicatos, entre outros.

O moderno setor de administração de pessoal também tem a importante função de treinar e orientar a força de trabalho na empresa. Isso
envolve desde atividades básicas de treinamento para a função, passando por aperfeiçoamento ou revisão de conhecimentos de interesse da
empresa ou setores da empresa, até o estabelecimento de programas de educação continuada e especializada para funcionários. O Recursos
Humanos pode trabalhar de diversas formas nesses casos. Inclui desenvolvimento de cursos ou atividades de treinamento próprias ou a
contratação de terceiros para a execução dessas atividades. Pode também envolver a alocação de recursos financeiros para o pagamento de
cursos externos para funcionários.

De qualquer forma, apesar de não ser considerada uma rotina de administração de pessoal, as atividades de treinamento, orientação e educação
continuada são cada vez mais consideradas peças fundamentais para o sucesso de qualquer empresa competindo num mundo globalizado. Uma
força de trabalho bem treinada produz mais e melhor, significando ganhos e lucros para o empregador.

Qualquer rotina de administração de pessoal, em suas várias atividades e atribuições, envolve extensa e complexa legislação. Os funcionários do
setor devem se manter constantemente atualizados e informados. Essa atualização pode ser em rotinas usuais, como admissão e desligamento,
por exemplo. Mas também podem ser feitas para temas específicos, como participação de empregados em resultados da empresa, novas
técnicas de avaliação de candidatos, legislação de contratos terceirizados e outros inúmeros assuntos. Tributação e fiscalização são também
dois assuntos que abrangem várias atividades do setor de administração de pessoal e que exigem constante atualização para que a rotina de
administração de pessoal seja executada corretamente.

3.1.2 ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

A atividade de material existe desde a mais remota época, através das trocas de caças e de utensílios até chegarmos aos dias de hoje, passando
pela Revolução Industrial. Produzir, estocar, trocar objetos e mercadorias é algo tão antigo quanto a existência do ser humano.
Administração de Materiais é definida como sendo um conjunto de atividades desenvolvidas dentro de uma empresa, de forma centralizada ou
não, destinadas a suprir as diversas unidades, com os materiais necessários ao desempenho normal das respectivas atribuições. Atividades
como compras, o recebimento, a armazenagem dos materiais, o fornecimento dos mesmos aos órgãos requisitantes, até as operações gerais de
controle de estoques etc.

A Administração de Materiais moderna destina-se a dotar a administração dos meios necessários ao suprimento de materiais imprescindíveis ao
funcionamento da organização, no tempo oportuno , na quantidade necessária , na qualidade requerida e pelo menor custo.

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A oportunidade, no momento certo para o suprimento de materiais, influi no tamanho dos estoques. Assim, suprir antes do momento oportuno
acarretará, em regra, estoques altos, acima das necessidades imediatas da organização. Por outro lado, a providência do suprimento após esse
momento poderá levar a falta do material necessário ao atendimento de determinada necessidade da administração. Do mesmo
modo, o tamanho do lote de compra acarreta as mesmas conseqüências: quantidades além do necessário representam inversões em estoques
ociosos, assim como, quantidades aquém do necessário podem levar à insuficiência de estoque, o que é prejudicial à eficiência operacional da
organização.

Estes dois eventos, tempo oportuno e quantidade necessária , acarretam, se mal planejados, além de custos financeiros indesejáveis, lucros
cessantes, fatores esses decorrentes de quaisquer das situações assinaladas. Da mesma forma, a obtenção de material sem os atributos da
qualidade requerida para o uso a que se destina acarreta custos financeiros maiores, retenções ociosas de capital e oportunidades de lucro não
realizadas. Isto porque materiais, nestas condições podem implicar em paradas de máquinas, defeitos na fabricação ou no serviço, inutilização
de material, compras adicionais, etc.

A administração de materiais visa abastecer, de modo contínuo, a empresa com material que seja necessário para as suas atividades. São 5
requisitos básicos para o abastecimento:
a) qualidade do material;
b) quantidade necessária;
c) prazo de entrega
d) preço;
e) condições de pagamento.

a) Qualidade do Material: O material deverá apresentar qualidade tal que possibilite sua aceitação dentro e fora da empresa (mercado).

b) Quantidade: Deverá ser estritamente suficiente para suprir as necessidades da produção e estoque, evitando a falta de material
para o abastecimento geral da empresa bem como o excesso em estoque.

c) Prazo de Entrega: Deverá ser o menor possível, a fim de levar um melhor atendimento aos consumidores e evitar falta do material.

d) Menor Preço: O preço do produto deverá ser tal que possa situá-lo em posição de concorrência no mercado, proporcionando à
empresa um lucro maior.

e) Condições de pagamento: Deverão ser as melhores possíveis para que a empresa tenha maior flexibilidade na transformação ou
venda do produto.

Finalidades: entrada, armazenamento, saída e distribuição de todos os materiais utilizados para venda ou consumo.

Departamentos:

Almoxarifados: guardam os materiais tanto na área de produção como de consumo diário.


Depósitos (estoques): guardam os produtos de consumo e mercadorias que a empresa produz ou comercializa.
Departamento de compras: tem por função abastecer o estoque com produtos e equipamentos que possibilitem à empresa estar sempre em
funcionamento.
Perguntas chaves: Que comprar? / Onde comprar? / Como comprar?

Controles:
1. De compras: possibilita o empresário distribuir melhor suas compras para os meses seguintes, baseando-se nas previsões de vendas
e nos compromissos, possibilita determinação do prazo médio de compras.
2. Despesas: acompanhamento visando controle dos gastos mensais
3. Estoque: controle de entrada e saída de mercadoria ou material.

3.1.3. ADMINISTRAÇÃO DE SERVIÇOS

Procura observar a necessidade das empresas reverem seu papel voltado para a atenção ao cliente visando sobreviver ao mercado competitivo
e a um cliente mais crítico em relação aos serviços prestados. Esta análise permite demonstrar que, para a empresa agir voltada para o cliente,
toda a organização deverá estar envolvida e que esta sua postura poderá contribuir para uma Atitude de Responsabilidade Social.
A administração de serviços envolve o cliente, a qualidade deste serviço oferecido. Ex: serviços de consultoria, barbearias, bancos, consultórios
médicos...

Serviço é um processo social.


Administração é a habilidade de dirigir processos sociais.

Componentes do sistema de administração de serviços:

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1) segmento de mercado: tipos específicos de clientes para quem o sistema de serviços foi projetado.
2) Conceito do serviço: constitui os benefícios oferecidos para o cliente a depender do tipo de serviço, podendo ser físico ou psicológico.
3) Sistema de prestação de serviços: examinando os clientes (qual perfil destes clientes? O que consomem? O que buscam? Quais as
suas necessidades?
4) Imagem da empresa: o que ela é e para onde está indo?A empresa deverá investir em estratégias que façam sua marca mais visível ao
seu público-alvo, que atinjam um grau de credibilidade capaz de motivar este consumidor no tocante a manter fidelidade a ela.
5) Cultura e filosofia: a cultura organizacional da empresa, no estudo das organizações tem a ver com o modo de vida das empresas em
todos os seus aspectos, como idéias, costumes, regras, técnicas.

3.1.1. NOÇÕES DE RECURSOS HUMANOS: CLT, BENEFÍCIOS, HIGIENE, SEGURANÇA E QUALIDADE DE VIDA.

3.1.1.1 CLT

A CLT surgiu pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1 de maio de 1943, sancionada pelo então presidente Getúlio Vargas, unificando toda legislação
trabalhista existente no Brasil.

A CLT trata igualmente os desiguais; não conhece a heterogeneidade do mercado de trabalho. Ou seja, ela impõe uma igualdade abstrata,
gerando uma desigualdade concreta.

Seu principal objetivo é a regulamentação das relações individuais e coletivas do trabalho, nela previstas. A CLT é o resultado de 13 anos de
trabalho - desde o início do Estado Novo até 1943 - de destacados juristas, que se empenharam em criar uma legislação trabalhista que
atendesse à necessidade de proteção do trabalhador, dentro de um contexto de "estado regulamentador".

A Consolidação das Leis do Trabalho, cuja sigla é CLT, regulamenta as relações trabalhistas, tanto do trabalho urbano quanto do rural. Desde sua
publicação já sofreu várias alterações, visando adaptar o texto às nuances da modernidade. Apesar disso, ela continua sendo o principal
instrumento para regulamentar as relações de trabalho e proteger os trabalhadores.
Seus principais assuntos são:
 Registro do Trabalhador/Carteira de Trabalho
 Jornada de Trabalho
 Período de Descanso
 Férias
 Medicina do Trabalho
 Categorias Especiais de Trabalhadores
 Proteção do Trabalho da Mulher
 Contratos Individuais de Trabalho
 Organização Sindical
 Convenções Coletivas
 Fiscalização
 Justiça do Trabalho e Processo Trabalhista

Legislação do Trabalho

- Objetivos: limitar a autonomia contratual; consolidação das Leis do Trabalho, CLT( 1943): A legislação criou os sindicatos e não os sindicatos
exigiram que as leis os reconhecessem; política do atrelamento (o sindicato é o meio de expressão da categoria)

Graves limitações da CLT: A organização sindical baseia-se no princípio da unidade sindical; legislação ampla e detalhada; impede
composição entre as partes.

Constituição de 1988: - Permaneceu a unidade sindical; desapareceu o poder intervencionista do Estado; direito irrestrito à greve

Sindicalismo:

Curiosidade Þ Os sindicatos eram vistos como conspirações criminosas pela lei inglesa Atualmente Þ representa um
processo de reivindicações por melhores condições de trabalho. É uma força política que faz parte da natural disputa do poder.

OBS: Não pode ser instrumento da renovação radical da sociedade; sua razão está no trabalho e não na divisão de classes

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Greve: Direito de toda pessoa de se abster de trabalhar, como meio de pressionar o empregador para a obtenção de uma reivindicação de
interesse geral. É uma ruptura no relacionamento capital x trabalho.

- A greve pode emergir de:

 Fatores Objetivos  Por melhores condições de trabalho


 Fatores Subjetivos  Por prejuízos causados por decisão da categoria econômica

 Fatores Políticos  Em busca de maior participação de poder

- Estratégias da Greve (Guerra): Devem ser dinâmicas e curtas:

 As grandes empresas tem maior capacidade de resistência


 A opinião pública inicialmente é simpática à greve

 Após certo tempo, os sindicatos dão sinal de fraqueza

 A classe trabalhadora brasileira tem baixo nível de politização

3.1.1.2 BENEFÍCIOS E SERVIÇOS


Os benefícios de uma boa gestão de pessoas Em todos os tempos, o ser humano sempre possuiu uma relação importante de troca com o outro.
O trabalho é fruto deste intercâmbio e as empresas são fruto de seu trabalho. Administrar uma empresa é um trabalho que deve considerar a
criatividade, a iniciativa própria e a responsabilidade de todos os seus membros, como valores necessários para o efetivo alcance de seus
objetivos essenciais como: produtividade, competitividade e lucros.
O que devemos entender por necessidades humanas. A satisfação das necessidades humanas está diretamente ligada ao moral das pessoas e
ao seu desempenho profissional o que, conseqüentemente, afeta o desempenho da empresa. Por isto, é importante que o trabalhador esteja não
só satisfeito no cargo que ocupa (como se sente com relação à realização pessoal, reconhecimento, responsabilidade e progresso), mas,
também, satisfeito com o que a empresa lhe oferece para o exercício de suas funções (condições do ambiente de trabalho, salário, benefícios e
relação com superiores e colegas).
Os benefícios de uma pessoa motivada. Quando o trabalhador é motivado e capacitado tende a ter maiores índices de desempenho, o que
resulta em aumento de produtividade para a empresa como um todo.
É fundamental que as empresas tenham cuidados voltados para a criação de novos estímulos de aperfeiçoamento e o crescimento de seus
trabalhadores como forma de garantir um constante desenvolvimento e aperfeiçoamento.

3.1.1.3 HIGIENE, SEGURANÇA E QUALIDADE DE VIDA

A higiene, segurança e qualidade de vida no trabalho tem sido muito abordada em várias as empresas, agora veremos alguns métodos, sistemas
e sua aplicabilidade nas empresas.

Higiene do Trabalho

A higiene do trabalho está relacionada com as condições ambientais de trabalho que asseguram a saúde física e mental e com condições de
bem-estar das pessoas. Do ponto de vista de saúde física, o local de trabalho constitui a área de ação da higiene do
trabalho, envolvendo aspectos ligados à exposição do organismo humano a agentes externos como ruídos, ar, temperatura, umidade,
luminosidade e equipamentos de trabalho. Um ambiente saudável de trabalho deve envolver condições ambientais físicas
que atuem positivamente sobre todos os órgãos dos sentidos humanos, como visão, audição, tato, olfato, e paladar.

Do ponto de vista de saúde mental, o ambiente de trabalho deve envolver condições psicológicas e sociológicas saudáveis e que atuem
positivamente sobre o comportamento das pessoas, evitando impactos emocionais como o estresse.
Do ambiente físico de trabalho, envolvendo:

 ILUMINAÇÃO: luminosidade adequada a cada tipo de atividade.


 VENTILAÇÃO: remoção de gases, fumaça e odores desagradáveis, bem como o afastamento de possíveis fumantes ou a utilização de
máscaras.
 TEMPERATURA: manutenção de níveis adequados de temperatura.
 RUÍDOS: remoção de ruídos ou utilização de protetores auriculares.

O ambiente psicológico de trabalho envolvendo:


 Relacionamentos humanos agradáveis.
 Tipos de atividades agradáveis e motivadoras.
 Estilo de gerência democrático e participativo.
 Eliminação de possíveis fontes de estresse.

Aplicação de princípios de ergonomia, envolvendo:

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 Máquinas e equipamentos adequados às características humanas.
 Mesas e instalações ajustadas ao tamanho das pessoas.
 Ferramentas que reduzam a necessidade de esforço físico humano.

A higiene no trabalho refere-se a um conjunto de normas e procedimentos que visa à proteção da integridade física e mental do trabalhador,
reservando-o dos riscos de saúde inerentes às tarefas do cargo e ao ambiente físico onde são executadas. Fazer do
ambiente de trabalho um local agradável, tornou-se obsessão para as empresas bemsucedidas.

Estresse No Trabalho

É um conjunto de reações físicas, químicas, e mentais de uma pessoa a estímulos ou estress no ambiente.O autoritarismo do chefe, a
desconfiança, a pressão das exigências e cobranças, o cumprimento de horário de trabalho, a chateza e monotonia de certas tarefas, o moral
baixo dos colegas, a falta de perspectivas de progresso profissional e a insatisfação pessoal não somente derrubam o bom humor das pessoas
como também provocam estresse no trabalho.
O estresse é a soma das perturbações orgânicas e psíquicas provocadas por diversos agentes agressores como trauma, emoções fortes e
fadiga. Certos fatores relacionados com o trabalho, como sobrecarga de atividade, pressão de tempo ou relação problemática com chefe ou
clientes provocam reações como nervosismo, inquietude, tensão, etc., alguns problemas humanos, como dependência de álcool e abuso de
drogas, muitas vezes são decorrentes do estresse no trabalho ou na família.
Existem duas fontes principais de estresse no trabalho: ambiental e pessoal. Primeiro, uma variedade de fatores externos e ambientais podem
conduzir o estresse no trabalho. Na mesma situação cada pessoal reage de diferentes maneiras aos fatores ambientais que provocam o
estresse. Além do trabalho, problemas pessoais, familiares, conjugais, financeiros e legais ajudam a aumentar o estresse dos funcionários.
O estresse no trabalho provoca sérias conseqüências tanto para o empregado como para a organização. As conseqüências humanas do
estresse incluem ansiedade, depressão, angústia e várias conseqüências físicas como distúrbios gástricos e cardiovasculares, dores de cabeça,
nervosismo e acidentes. Por outro lado, o estresse afeta negativamente a organização ao interferir na quantidade e qualidade do trabalho.

Como reduzir o estresse no trabalho

Existem várias maneiras de avaliar o estresse, desde maior tempo de soma até alternativas diferentes como biofeedback e meditação. Algumas
medidas para reduzir o estresse:
 Relações cooperativas, recompensadores e agradáveis com os colegas;
 Não tentar obter mais do que cada um pode fazer;
 Compreender os problemas do chefe e ajudá-lo a compreender o seu;
 Encontrar tempo para desligar-se das preocupações e relaxar;
 Ande pelo escritório para manter sua mente tranqüila e alerta;
 Não fique muito tempo lidando com problemas desagradáveis.
A organização, os gerentes e linha e os especialistas de RH podem colaborar na identificação e redução do estresse no trabalho.

Algumas dicas de como reduzir o estresse no local de trabalho, segundo uma das grandes corretoras de seguro dos Estados Unidos: a
Northwestern National Life Insurance Co.

 Permitir que os empregados conversem amigavelmente entre si;


 Reduzir conflitos pessoais no trabalho;
 Dê ao empregado controle sobre como deve fazer o seu trabalho;
 Falar abertamente com os funcionários;
 Apoiar os esforços dos funcionários;
 Proporcionar benefícios pessoais competitivos;
 Reconheça e recompense os funcionários.

Métodos utilizados para reduzir o estresse:


 Planejamento;
 Exercícios físicos;
 Dieta (alimentar);
 Biofeedback (técnica terapêutica utilizada para tratamento de dores de cabeça, pressão alta, tensão muscular);
 Meditação ou relaxamento;
 Psicoterapia;
 Psicanálise;

Segurança No Trabalho

Conceito: é um conjunto de medidas administrativas, técnicas, legais, médicas, educacionais e psicológicas e, portanto, multidisciplinares,
empregadas na prevenção de acidentes de trabalho e doenças profissionais, querem instruindo ou convencendo as pessoas sobre a implantação
de práticas preventivas.
A segurança do trabalho envolve três áreas principais de atividade:
1. Prevenção de acidentes
2. Prevenção de incêndios
3. Prevenção de roubos

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Prevenção De Acidentes

A segurança do trabalho está relacionada com a prevenção de acidentes e com a administração de riscos ocupacionais, tendo como finalidade
antecipar-se para que os riscos de acidentes sejam minimizados.
Um programa de segurança no trabalho requer as seguintes etapas:
 Estabelecimento de um sistema de indicadores e estatísticas de acidente;
 Desenvolvimento de sistemas de relatórios de providências;
 Desenvolvimento de regras e procedimentos de segurança;
 Recompensas aos gerentes e supervisores pela administração eficaz da função de segurança.

Anualmente são divulgadas as estatísticas de acidentes ocorridos no país com o número de mortos, feridos, aleijados, incapacitados para o
trabalho e incapacitados para a vida normal. São perdas desastrosas. No Brasil, ocorrem 1.000 acidentes por dia em média, somando 370.000
acidentes por ano.
Acidente é um fato não premeditado do qual resulta dano considerável. É um fato súbito, inesperado, imprevisto, embora algumas vezes
previsível, mas não desejado.
Os acidentes de trabalho são classificados como:

1. Acidentes sem afastamento


2. Acidentes com afastamento

Acidentes sem afastamento

Quando ocorrido o acidente, o acidentado pode retornar a sua função normal, no mesmo dia ou no dia seguinte, no horário regular.

Acidentes com afastamento

É o acidente que, por sua gravidade, provoca incapacidade temporária, permanente ou morte, podendo ser classificados como:
a. Incapacidade temporária: o acidentado não retorna ao trabalho a partir do dia seguinte ao acidente. É a perda total da capacidade para o
trabalho por um período limitado de tempo. Ex: Fratura simples de um membro; o acidentado, depois de um tempo de afastamento do trabalho
devido ao acidente, retorna às atividades que realizava normalmente antes do acidente.
b. Acidente parcial ou permanente: ocorre pela redução, por toda a vida, da capacidade para o trabalho. Ex: perda de uma mão.
c. Incapacidade total e permanente: é perda total e definitiva da capacidade para o trabalho. Ex: perda de ambos os olhos.

Como desenvolver um programa de higiene e segurança:


 Envolva a administração e os empregados no desenvolvimento de um plano de higiene e segurança.
 Reúna o apoio necessário para implementar o plano.
 Determine os requisitos de higiene e segurança.Cada local de trabalho tem diferentes necessidades para atender a requisitos de
higiene e segurança.
 Avalie os riscos existentes no local de trabalho.Identifique os problemas potenciais de higiene e segurança.
 Corrija as condições de riscos existentes. Após identificar os riscos procure eliminá-los.
 Treine os empregados em técnicas de higiene e segurança.
 Desenvolva a preocupação de tornar o trabalho isento de riscos.
 Melhore continuadamente o programa de higiene e segurança. A partir da implementação do programa, ele deve ser continuadamente
avaliado e melhorado.

Causas De Acidentes No Trabalho

Em todo o acidente de trabalho estão presentes os seguintes elementos:


 Agente – e definido como objeto ou substancia (a maquina, o local, o equipamento, que poderiam ser adequadamente protegidos0
diretamente relacionados com a lesão, como a prensa, a mesa, o martelo, a banheira, etc.).
 À parte do agente – e a parte que esta diretamente associada ou relacionada à lesão, como o volante, o pe da mesa, etc.
A condição insegura - e a condição física ou mecânica existente no local, na maquina, no equipamento ou na instalação (que poderia ter sido
protegida ou corrigida) e que leva a ocorrência do acidente.
 O tipo de acidente – e a forma ou modo de contato entre o agente do acidente e o acidentado.
 O ato inseguro – e a violação de procedimento aceito como seguro, ou seja, deixar de usar equipamento de proteção individual.
 O fator pessoal de insegurança – e qualquer característica, deficiência ou alteração mental, psíquica ou física – acidental ou
permanente – que permite o ato inseguro.

Mas o que causa o acidente de trabalho?

Existem duas causas básicas de acidentes no local de trabalho. As condições inseguras e os atos inseguros.

1 – condições inseguras – constituem as principais causas dos acidentes no trabalho.

Incluem fatores como:

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 Equipamento sem proteção.
 Equipamento defeituoso.
 Procedimentos arriscados em maquinas ou equipamentos.
 Armazenamento inseguro.
 Iluminação deficiente ou imprópria.
 Temperatura elevada ou baixa no local de trabalho.
 Condições físicas ou mecânicas inseguras que constituem zonas de perigo.

As providências nesses casos são eliminar ou minimizar as condições inseguras.


Inseguras são: o cargo em si, a programação de trabalho prolongado e o clima psicológico do local de trabalho. Alguns cargos são inerentemente
mais perigosos do que outros. A programação de trabalho e a fadiga também afetam os índices de acidentes. Também o clima psicológico do
local de trabalho afeta os índices de acidentes.

2 – atos inseguros – eliminar apenas as condições inseguras e insuficiente, pois as pessoas também causam acidentes. Os atos inseguros dos
funcionários são:
 Carregar materiais pesados de maneira inadequada.
 Trabalhar em velocidades inseguras - muito rápidas ou lentas.
 Utilizar esquemas de segurança que não funcionam.
 Usar equipamento inseguro.
 Não usar procedimentos seguros.
 Assumir posições inseguras.
 Subir escadas ou degraus depressa.

E necessário minimizar as condições de insegurança.As causas dos atos inseguros podem ser atribuídas a certas características pessoais que
predispõem aos acidentes, como ansiedade, agressividade, falta de controle emocional, etc. Essas tendências de comportamentos levam a atos
inseguros, como desatenção e falhas em seguir procedimentos, e aumentam a probabilidade de acidentes.

Traços de personalidade que predispõem a acidentes

Algumas pesquisas mostraram que uma pequena porcentagem de trabalhadores (20%) é responsável por uma alta porcentagem de acidentes
(algo em torno de 70%). Não há consenso de que a predisposição aos acidentes seja universal, pois uma pessoa predisposta a acidentes em um
tipo de trabalho pode não sê-lo em outra atividade. A predisposição parece ser, portanto, situacional. Os traços de personalidade (como
instabilidade emocional ou pouca resistência à frustração) podem distinguir os empregados predispostos a acidentes em atividades que
envolvam riscos.
Os acidentes são mais freqüentes na faixa etária entre 17 e 28 anos, declinando até encontrar valores mínimos entre 60 e 70 anos. Contudo,
diferentes padrões são encontrados em diferentes cargos, nos quais o fator idade torna-se importante.

Como Prevenir Acidentes

Há um velho e popular ditado que diz: “Melhor prevenir do que remediar”, esse ditado adquire forte importância nos tempos modernos. Todo o
programa de prevenção de acidentes focaliza duas atividades básicas, são elas:

1.Eliminação das condições inseguras: é o papel dos funcionários da primeira linha de defesa, os engenheiros de segurança desenham
cargos para eliminar ou reduzir os riscos físicos dos ocupantes. Alguns fatores identificam esse item, sendo:
 Mapeamento de áreas de risco;
 Analise profunda dos acidentes;
 Apoio irrestrito da alta administração.

2.Redução dos atos inseguros: os acidentes são similares a outros tipos de desempenho pobre. Estudos psicológicos sugerem que não se
deve selecionar as pessoas que apresentam tendências para acidentar-se em cargos específicos. É necessário reforçar alguns fatores:
 Comunicação interna;
 Treinamento;
 Reforço positivo.

Custos Dos Acidentes

O acidente constitui um fator altamente negativo e suas causas e custos devem ser analisados para se removerem eventuais condições
inseguras. Além das lamentáveis perdas humanas, os acidentes também provocam perdas financeiras para o acidentado, para sua família, para
a organização e para a sociedade.
O seguro de acidentes de trabalho cobre apenas os gastos com despesas médicas e indenizações ao acidentado, mas não repõe a capacidade
humana para o trabalho. Baseado em estatísticas chegou-se à conclusão de que um acidente sério provoca em média custos ao redor de U$$
23.000. Na norma regulamentadora nº 18 a ABNT estabelece os conceitos de custo direto e indireto do acidente de trabalho:
 Custo direto – despesas decorrentes das obrigações para com os empregados como as despesas com assistência médica e hospitalar
e respectivas indenizações.
 Custo indireto – despesas de fabricação, despesas gerais, cuja incidência varia conforme o tipo de indústria.

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Se as organizações procuram eficiência, eficácia e lucros, elas precisam estar dispostas a investir dinheiro para criar condições que excedam as
condições exigidas pela lei.

Avaliação Do Programa De Higiene E Segurança

O Programa de Higiene e Segurança deve ser monitorado em termos de custos/benefícios pelos especialistas em RH, gerentes e, sobretudo,
contar com a participação de todos os funcionários. Este programa deve ser julgado através de critérios como melhoria no desempenho do
cargo, redução dos afastamentos por acidentes ou por doenças e redução de ações disciplinares. Abordagens e critérios são imprescindíveis,
como melhoria na produtividade, ausência de acidentes e doenças profissionais, número de dias sem acidentes, treinamento intensivo dos
gerentes e de todos os funcionários, reuniões de segurança, instalações médicas e forte participação da alta direção.

Qualidade de vida no trabalho (QVT)

O termo QVT foi cunhado por Louis Davis na década de 1970, quando desenvolvia um projeto sobre desempenho de cargos. Foram criados
vários conceitos de QVT, mas a QVT assimila duas posições antagônicas: de um lado, a reivindicação dos empregados quanto ao bem-estar e
satisfação no trabalho, e, de outro, o interesse das organizações quanto aos seus efeitos potenciais sobre a produtividade e qualidade.
A QVT tem sido utilizada como indicador das experiências humanas no local de trabalho e do grau de satisfação das pessoas que desempenham
o trabalho. A QVT representa em que grau os membros da organização são capazes de satisfazer suas necessidades pessoais através do seu
trabalho na organização, pois é necessário satisfazer primeiro seu colaborador para sim, depois satisfazer o cliente externo. Ela envolve os
aspectos intrínsecos(conteúdo) e extrínsecos(contexto) do cargo.
A QVT envolve uma constelação de fatores:
 A satisfação com o trabalho executado;
 As possibilidades de futuro na organização;
 O reconhecimento pelos resultados alcançados;
 O salário percebido;
 Os benefícios auferidos;
 O relacionamento humano dentro do grupo e da organização;
 O ambiente psicológico e físico de trabalho;
 A liberdade e responsabilidade de decidir;
 A possibilidade de participar.

MODELOS DE QVT
O desempenho no cargo e o clima organizacional representam fatores importantes na determinação da QVT. Tudo depende se a qualidade do
trabalho for boa ou pobre, mas por outro lado a importância das necessidades humanas varia conforme a cultura de cada indivíduo e de cada
organização. Portanto, a QVT não é determinada apenas pelas características individuais ou situacionais, mas, sobretudo pela atuação sistêmica
dessas características individuais e organizacionais.
Por esta razão, vários autores apresentam modelos de QVT. Os três modelos mais importantes são:
 Modelo de QVT de Nadler e Lawler;
 Modelo de QVT de Hackman e Oldhan;
 Modelo de QVT de Walton.

Ex do Modelo De QVT De Walton

Muitos programas são baratos, como o fornecimento de informação das calorias do cardápio diário, já alguns são caros, como as salas de fitness
centers da IBM. O programa bem estar de exercícios físicos, educação sobre tabagismo, abuso de substancias químicas, controle de peso e
alimentação, alem de instalações de ginástica, piscinas e pistas de corrida. A função social para o desenvolvimento das pessoas e da
comunidade de maneira responsável.

Programas de Bem-Estar dos Funcionários

Plano para com prosperidades das pessoas que execrem funções em meu empreendimento são geralmente medidas tomadas com
antecedência.

Peculiaridades profiláticas são adotadas, nesses programas parte do reconhecimento dos colaboradores e a maneira de vida além do local de
trabalho estimulando os colaboradores a aperfeiçoar seu modelo para com a saúde. Um programa de bem-estar tem geralmente três
componentes:

 Ajudar os funcionários a identificar riscos potenciais de saúde.


 Educar os funcionários a respeito de riscos de saúde, como pressão sangüínea elevada, fumo, obesidade, dieta pobre e estresse.
 Encorajar os funcionários a mudar seu estilo de vida através de exercícios, boa alimentação e monitoramento de saúde.

3.1.2. TREINAMENTO, DESENVOLVIMENTO E EDUCAÇÃO

Há muita controvérsia a respeito dos termos que são utilizados pela área de treinamento das empresas. Porém, mais do que utilizar os termos
corretamente, o importante mesmo é saber que existem diversas maneira de promover a aprendizagem das pessoas no ambiente de trabalho.
Numa tentativa de estruturar tais iniciativas, Vargas e Abbad (2006) propuseram a seguinte distinção:

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Informação
Módulos ou unidades organizadas de informações e conhecimentos, disponibilizados em diferentes meios (portais, links, textos impressos,
bibliotecas virtuais, banco de dados, materiais de apoio a aulas, folhetos e similares).

Instrução
Forma mais simples de estruturação de eventos de aprendizagem que envolve definição de objetivos e aplicação de procedimentos instrucionais.
É utilizada para transmissão de conhecimentos, habilidade e atitudes simples e fáceis de transmitir ou desenvolver por intermédio de eventos de
curta duração. Os materiais assumem a forma de cartilhas, manuais, roteiros, aulas e similares, podendo, em alguns casos, serem
autoinstrucionais.

Treinamento
Eventos educacionais de curta e média duração compostos por subsistemas de avaliação de necessidades, planejamento instrucional e
avaliação que visam melhoria do desempenho funcional, por meio da criação de situações que facilitem a aquisição, a retenção e a transferência
de aprendizagem para o trabalho. A documentação completa de um evento educacional dessa natureza contém a programação de atividades,
textos, exercícios, provas, referências e outros recursos.

Desenvolvimento
Refere-se ao conjunto de experiências e oportunidades de aprendizagem, proporcionadas pela organização e que apoiam o crescimento pessoal
do empregado sem, contudo, utilizar estratégias para direcioná-lo a um caminho profissional específico. Gera situações silmilares aos demais
tipos de ações educacionais, porém, nesta caso, constituem-se apenas em ferramentas de apoio e estímulo a programas de
autodesenvolvimento como os de qualidade de vida e gestão de carreira.

Educação
Programas ou conjuntos de eventos educacionais de média e longa duração que visam à formação e qualificação profissional contínuas dos
empregados. Incluem cursos técnicos profissionalizantes, cursos de graduação, cursos de pós-graduação lato sensu (especialização) e stricto
sensu (mestrado profissional, mestrado acadêmico e doutorado).

A Área de Treinamento e Desenvolvimento no Auxílio da Estratégia das Organizações.

Sendo verdade que está afirmado acima, esta área é estratégica. Pois lida com o alcance dos objetivos, treina os trabalhadores da
organização nos requisitos básicos necessários a fim de competir no mercado altamente competitivo, desenvolve competências, dissemina a
cultura, os valores, a missão, a visão, os objetivos, as metas da organização; discute questões de clima organizacional, entre outros; bem como
tem principais objetivos:

 Preparar as pessoas para a execução de tarefas peculiares à sua organização;


 Mudar a atitudes das pessoas. Neste ponto esta mudança de atitude tem várias finalidades;
 Desenvolver novas habilidades, conceitos, etc;
 Transmissão de informações;
 Desenvolvimento de conceitos;
 Aumento da produtividade;
 Melhorar a comunicação;
 Diminuir o retrabalho;
 Melhorar o relacionamento interpessoal;
 Preparar as pessoas e a organização no que diz respeito à substituição e a movimentação de pessoas; dentre outros.

Assim, no limite, a área de Treinamento e Desenvolvimento é a responsável pelo “processo de preparação de pessoas para desempenharem de
maneira eficaz todas as tarefas específicas do cargo que deverá ocupar.”

Treinamento e Desenvolvimento versus a Era do Conhecimento

Para finalizar, sabemos que o universo é composto de dados e que estes dados agrupados por classes ou famílias, transformam-se em
informação. No mundo dos negócios, conhecimento é poder.n Porém, o conhecimento deve ser compartilhado e distribuído. Quanto mais
informação você compartilha maior é o seu retorno. Tanto para você, quanto para sua organização. Seguindo esta lógica, cabe a área de
Treinamento e Desenvolvimento facilitar que a empresa inteira possa produzir este bem que é o bem mais valioso na nova economia.

3.1.3. REDAÇÃO OFICIAL: OFÍCIOS, COMUNICAÇÕES INTERNAS, CARTAS, REQUERIMENTOS, PROTOCOLO, EXPEDIÇÃO E
DISTRIBUIÇÃO DE CORRESPONDÊNCIA.

Ofício é um tipo de correspondência muito utilizada nos órgãos públicos, originalmente é uma correspondência oficial, podendo ser usado
também por empresas, clubes e associações, e, ainda atualmente, como correspondência protocolar entre as entidades públicas ou particulares.
Consta no Manual de Redação da Presidência da República que a linguagem utilizada deve ser formal sem ser rebuscada, e devemos seguir a
padronização conforme disposição federal.
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Comunicação Interna (CI)
Instrumento de comunicação oficial utilizado pelas diversas unidades administrativas da Prefeitura, para se comunicarem, com a finalidade de
encaminhar documentos, transmitir informações, fazer solicitações e outros assuntos. Sua característica principal é a agilidade, concisão e
clareza. A tramitação da CI em qualquerórgão deve pautar-se pela rapidez e pela simplicidade de procedimentos burocráticos. Deverá receber
numeração do Órgão Emissor, em série crescente a cada ano. A fonte a ser utilizada na redação da Comunicação é do tipo Courier New.

Carta de caráter empresarial exige um esforço de adaptação ao destinatário. Quando for endereçada de um superior a um subordinado, ou vice-
versa, ou de uma sociedade comercial a um cliente etc., certamente tem como finalidade fornecer informações, mas procura também exercer
pressão ou causar boa impressão. Devemos atentar aos seguintes aspectos: a clareza da expressão, bem como certas formas de apresentação
e polidez, definidas a partir da
respectiva posição hierárquica entre remetente e destinatário.
Quanto à estética sofremos influência dos modelos americanos, os quais foram sendo adaptados e hoje copiados pela maioria das empresas é o
chamado estilo em bloco, anteriormente, o mais usado era o estilo denteado por causa das aberturas dos parágrafos

Requerimento: é um meio de comunicação escrita usado para fazer um pedido a uma autoridade pública. Será sempre redigido na terceira
pessoa. É a sua estrutura:
a. invocação – pronome de tratamento adequado e título da pessoa a quem se dirige;
b. preâmbulo – identificação do requerente (nome, número do documento de identidade, nacionalidade, estado civil, endereço, profissão);
c. texto – exposição do que o requerente solicita, e justificativa;
d. fecho – onde aparecem fórmulas como: Nestes termos pede deferimento. Termos em que pede deferimento.
e. data e assinatura do requerente.

Protocolo: É a denominação geralmente atribuída a setores encarregados do recebimento, registro, distribuição e movimentação dos
documentos em curso; denominação atribuída ao próprio número de registro dado ao documento; Livro de registro de documentos recebidos
e/ou expedidos.

Na Antigüidade, significava a primeira folha que se colava aos rolos de papiro, com um resumo do conteúdo do texto manuscrito. Hoje, é o
registro dos atos públicos ou registro das audiências nos tribunais. Comercialmente, é assim denominado um livro de registro da correspondência
de uma empresa, ou um formulário em que se registra saída ou entrada de objetos.

Expedição de correspondências: é a remessa da correspondência interna ou externa no âmbito da Administração Pública Estadual.

Distribuição de correspondências: é a remessa do processo às unidades que decidirão sobre a matéria nele tratada.

3.1.4 RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS

Os recursos patrimoniais constituem os elementos primordiais para uma organização poder operar, produzir produtos e serviços que irão atender
às demandas de mercados.

 Os recursos patrimoniais de uma organização compreendem instalações, máquinas, equipamentos e veículos que fazem possível sua
existência, ou seja, sua operação.

 São todos os bens necessários para a empresa operar, criar valor e proporcionar satisfação ao cliente. Os bens patrimoniais não são
adquiridos todos de uma só vez, mas durante sua existência.

Os Recursos Patrimoniais podem ser:


 móveis: são aqueles que podem ser movimentados, deslocados de posição sem que percam sua constituição física (máquinas,
veículos, móveis, etc);

 imóveis: são aqueles que, se forem movidos ou deslocados do local, perdem sua forma física, ou não podem ser deslocados (prédios,
pontes, terrenos e jazidas).

 Nas empresas agropecuárias temos recursos denominados semoventes, constituídos pelos animais e plantações que formam o
elemento a ser transformado em produtos finais para o mercado (gado, caprinos, suínos, aves, peixes pássaros, cana de açúcar, café, etc).

Recursos de Materiais

A Administração de Materiais é definida como sendo um conjunto de atividades desenvolvidas dentro de uma empresa, de forma centralizada ou
não, destinadas a suprir as diversas unidades, com os materiais necessários ao desempenho normal das respectivas atribuições. Tais atividades
abrangem desde o circuito de reaprovisionamento, inclusive compras, o recebimento, a armazenagem dos materiais, o fornecimento dos
mesmos aos órgãos requisitantes, até as operações gerais de controle de estoques etc.
Em outras palavras: “A Administração de Materiais visa à garantia de existência contínua de um estoque, organizado de modo a nunca faltar
nenhum dos itens que o compõem, sem tornar excessivo o investimento total”.

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Segue os principais objetivos da área de Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais:

a) Preço Baixo - este é o objetivo mais óbvio e, certamente um dos mais importantes. Reduzir o preço de compra implica em aumentar os
lucros, se mantida a mesma qualidade;
b) Alto Giro de Estoques - implica em melhor utilização do capital, aumentando o retorno sobre os investimentos e reduzindo o valor do capital
de giro;
c) Baixo Custo de Aquisição e Posse - dependem fundamentalmente da eficácia das áreas de Controle de Estoques, Armazenamento e
Compras;
d) Continuidade de Fornecimento - é resultado de uma análise criteriosa quando da escolha dos fornecedores. Os custos de produção,
expedição e transportes são afetados diretamente por este item;
e) Consistência de Qualidade - a área de materiais é responsável apenas pela qualidade de materiais e serviços provenientes de
fornecedores externos. Em algumas empresas a qualidade dos produtos e/ou serviços constituem-se no único objetivo da Gerência de Materiais;
f) Despesas com Pessoal - obtenção de melhores resultados com a mesma despesa ou, mesmo resultado com menor despesa - em ambos os
casos o objetivo é obter maior lucro final. “ As vezes compensa investir mais em pessoal porque pode-se alcançar com isto outros objetivos,
propiciando maior benefício com relação aos custos “;
g) Relações Favoráveis com Fornecedores - a posição de uma empresa no mundo dos negócios é, em alto grau determinada pela maneira
como negocia com seus fornecedores;
h) Aperfeiçoamento de Pessoal - toda unidade deve estar interessada em aumentar a aptidão de seu pessoal;
i) Bons Registros - são considerados como o objetivo primário, pois contribuem para o papel da Administração de Material, na sobrevivência e
nos lucros da empresa, de forma indireta.

3.1.5. NÍVEL DE SERVIÇO: ATENDIMENTO, PONTUALIDADE E FLEXIBILIDADE.

3.1.5.1 Atendimento

Esta dimensão competitiva está diretamente ligada à presteza da empresa, ou seja, à rapidez, à cortesia e à competência no atendimento ao
cliente durante a execução do empreendimento. Muitas construtoras, no entanto, não valorizam este item e não se preocupam em fornecer
atendimento sistemático durante a construção, tirando dúvidas sobre o processo construtivo, sobre as questões de pagamento de parcelas dos
imóveis etc. Porém isto deveria ser feito ostensivamente em virtude de o produto da construção ser caro e de longo prazo, no qual os clientes, na
maioria das vezes, começam a pagá-lo muito antes dele ser entregue.

O atendimento pode ser realizado em reuniões periódicas entre construtores e clientes, nas quais os responsáveis pela produção explicam o
andamento da obra e se predispõem a esclarecer as dúvidas. Os operários e engenheiros também podem ser treinados para receber os clientes
nas obras, em visitas esporádicas ou periódicas, incentivadas pela empresa.

3.1.5.2 Pontualidade

A pontualidade é uma conseqüência racional e pré-administrada. Ser pontual não é só chegar na empresa no horário habitual. Existe também
uma pontualidade no desempenho profissional e, acima de tudo, no dever cumprido. A pontualidade neste caso tem um duplo propósito: tanto do
horário estabelecido, quanto da tarefa realizada com sucesso e do comprometimento com o trabalho realizado.

3.1.5.3 Flexibilidade

O conceito flexibilidade é bastante amplo, o que dificulta a sua operacionalização. Então, antes de discutir este critério na construção de
edificações, serão apresentados a seguir alguns tipos de flexibilidade.

. Flexibilidade de produto: facilidade com que a empresa consegue adaptar seus produtos a um grupo restrito de clientes ou a um cliente
individualmente.

. Flexibilidade de mix: facilidade com que a empresa altera o que está sendo produzido num dado espaço de tempo, modificando os volumes de
produção dos diferentes produtos por ela oferecidos.

. Flexibilidade de entrega: facilidade com que a empresa altera os prazos de entrega anteriormente pactuados (para mais ou para menos),
atendendo solicitação dos seus clientes.

. Flexibilidade de volume de produção: facilidade com que a empresa se adapta às flutuações na demanda de mercado por seus produtos,
mudando os totais produzidos.

A definição das dimensões competitivas da flexibilidade partiu dos conceitos e tipos de flexibilidade de sistema (produto, mix, volume e de
entrega) descritos e apresentados acima; mas existem peculiaridades que merecem ser discutidas.

Com relação à construção de edificações, a flexibilidade mais evidenciada é a de produto, pois os outros três tipos de flexibilidade de sistema
não se ajustam muito à construção de edificações. A flexibilidade de mix é difícil de ser implementada na construção de edificações em virtude do

11
longo tempo de produção e do seu tipo de produto. A flexibilidade de volume, por sua vez, é inerente ao subsetor, pois ele é fortemente baseado
na mão-de-obra, que é altamente flexível e bastante sensível às oscilações conjunturais. Por fim, a flexibilidade de entrega confunde-se com a
velocidade de produção.

A flexibilidade de produto está ligada à facilidade com que a empresa consegue adaptar seus os produtos a um grupo restrito de clientes ou a um
cliente individual. Este tipo de flexibilidade poderá ocorrer na construção de edificações, por exemplo, mediante a oferta de edifícios com vários
tipos de apartamentos ou com um apartamento padrão com algumas possibilidades de mudança na sua distribuição interna. Para que isso
ocorra, a empresa tem de investir muito em planejamento, em projeto, em padronização dos processos produtivos e na definição das
possibilidades de mudanças.

Neste tipo de flexibilidade, questiona-se tanto quais modificações serão permitidas (o tipo de modificação) quanto a extensão da modificação (o
quanto se poderá modificar) e também o tempo para solicitar estas modificações (até quando poderão ser feitas solicitações de modificações
pelos clientes). Ou seja, define-se a flexibilidade de resposta - período de tempo que a empresa leva para se adaptar, e a flexibilidade de faixa -
extensão da mudança (flexibilidade) a qual a empresa consegue se adaptar (Corrêa e Slack, 1994).

Vale ressaltar que, além dos tipos explicitados, existem outros mais específicos citados por vários autores (Gerwin [1993], De Meyer et al. [1989],
entre outros); porém foge ao escopo deste trabalho o aprofundamento da discussão sobre o restante dos tipos.

3.1.6. FUNÇÃO SUPRIMENTO: MÉTODOS DE PREVISÃO DA DEMANDA; REPOSIÇÃO DE ESTOQUES: ESTOQUE DE


SEGURANÇA E SISTEMA PONTO DE PEDIDO.

O objetivo da função suprimento é identificar as fontes dos materiais necessários para a produção ou prestação de serviço e garantir a sua
chegada no tempo, no local, na qualificação e na quantidade necessária. Dada a existência da cadeia de suprimentos, a principal atividade que
dá sustentação à função suprimento é a função Compra, que é subsidiada pelas funções Previsão de Demanda, Negociação e Recebimento de
Materiais.

3.1.6.1 Previsão de demanda de estoques

Todo o início de estudo de estoques está baseado em previsões de consumo de material. Essa previsão de demanda estabelece estimativas
futuras dos produtos acabados comercializados pela empresa. Ainda definem quais, quantos e quando determinados produtos serão comprados
pelos clientes. Algumas características da previsão são:
_ Ponto de partida de todo planejamento de estoques;
_ Eficácia dos métodos empregados;
_ Qualidade das hipóteses que se utilizou no raciocínio.
As informações básicas que permitem decidir quais serão as dimensões e a distribuição no tempo da demanda dos produtos acabados podem
ser classificadas em qualitativas e quantitativas:

Quantitativas
_ Evolução das vendas no passado;
_ Variáveis com evolução e explicação baseada nas vendas. Como exemplo: criação e vendas de produtos infantis;
_ Variáveis de fácil previsão, também relacionadas as vendas (população, renda, PIB);
_ Influência da propaganda.

Qualitativas
_ Opinião dos gerentes;
_ Opinião dos vendedores;
_ Opinião dos compradores;
_ Pesquisas de mercado.

As técnicas de previsão podem ser classificadas em três grupos:


_ Projeção: admite que o futuro será repetição do passado ou as vendas evoluirão no tempo. Técnica de natureza essencialmente quantitativa;
_ Explicação: procura relacionar vendas do passado com outras variáveis cuja evolução é conhecida ou previsível. Basicamente aplicações de
técnicas de regressão e correlação;
_ Predileção: funcionários experientes e conhecedores de fatores influentes nas vendas e no mercado estabelecem a evolução das vendas
futuras.

Técnicas quantitativas para calcular a previsão de consumo

_ Método do último período

É um método simples e sem embasamento matemático. Consiste em utilizar como previsão ara o período seguinte o valor ocorrido no período
anterior.

Exemplo:
12
Mês Quantidade
Jan 10
Fev 10
Mar 11
Abr 12

Mai 12 (previsão)

_ Método da média móvel

Neste método, a previsão para o próximo período é obtida calculando-se a média dos valores de consumo nos “n” períodos anteriores. A previsão
gerada por esse modelo é geralmente menor que os valores ocorridos se a tendência de consumo for crescente. Inversamente, será maior se o
padrão de consumo for decrescente. Se o número de períodos for grande, a reação da previsão diante dos valores atuais será muito lenta.
Inversamente, se o número for pequeno, a reação será muito rápida. A escolha do número de experimental.

Exemplo:
Mês Quantidade
Jan 10
Fev 10
Mar 11
Abr 12

Mai 11 (previsão)

Mai = (12+11+10)/3 = 1

Método da média móvel ponderada

Este método é uma variação do modelo anterior, em que os valores dos períodos mais próximos recebem peso maior que os valores
correspondentes aos períodos menos atuais.

Exemplo:
Mês Quantidade Peso
Jan 10 x1 = 10
Fev 10 x2 = 20
Mar 11 x3 = 33
Abr 12 x4 = 48

Mai 11,1 (previsão) 111 / 10 = 11,1

_ Método da média com ponderação exponencial

Este método elimina muitas desvantagens dos métodos da média móvel e da média móvel ponderada. Além de valorizar os dados mais recentes,
apresenta menor manuseio de informações passadas. Apenas três fatores são necessários para gerar a previsão para o próximo período:

_ A previsão do último período;


_ O consumo ocorrido no último período;
_ Uma constante que determina o valor ou ponderação dada aos valores mais recentes

Este modelo procura prever o consumo apenas com a sua tendência geral, eliminando a reação exagerada a valores aleatórios. Ele atribui parte
da diferença entre o consumo atual e o previsto a uma mudança de tendência e o restante a causas aleatórias.

Ra – Consumo real do período anterior


Pa – Previsão de consumo para o período anterior
@ – Constante de suavização exponencial (0,1 a 0,3)
Exemplo:

Mês Quantidade
Jan 53
Fev 59
Mar 70
Abr 58
Mai 65
Jun 63

13
Jul = MMPE = (63 x 0,2) + (1 – 0,2) x 65
Jul = MMPE = 12,6 + 52
Jul = MMPE = 64,6 (previsão)
Atualizado em 19.01.2010 – 20:58 11
Jul 64,6

_ Método dos mínimos quadrados

Este método é usado para determinar a melhor linha de ajuste que passa mais perto de todos dados coletados, ou seja, é a linha de melhor
ajuste que minimiza as distâncias entre cada ponto de consumo levantado.

3.1.6.2 Reposição de Estoques

 Revisão Permanente (Perpetual Inventory System): continuamente faz-se a verificação e reposição de estoque, se
necessário.
 Método das duas gavetas: o estoque é dividido em duas gavetas. Findando a primeira, faz-se o pedido. A segunda deve
ser suficiente para atender a demanda até o pedido ser atendido.
 Reposição Periódica (Periodic Inventory System): é feito o pedido de uma quantidade determinada em períodos
regulares.
 Reposição por ponto de pedido (Order Point Policies): define-se um nível de estoque que, se atingido, define o momento
de ser fazer um novo pedido.
 Lote Econômico de Compra (Economic Order Point): no sistema do lote econômico de compra o objetivo é determinar as
quantidades que geram mais economia no processo de aquisição de material.

3.1.6.3 Estoque de Segurança

Conhecido também como estoque mínimo ou reserva, é o mínimo de peças que tem que existir no estoque para cobrir as possíveis variações do
sistema que podem ser: atrasos no tempo de entrega, rejeição do lote de compra ou aumento da demanda do produto ou serviços.
Sua principal finalidade é não afetar o processo produtivo e principalmente não acarretar transtornos aos clientes por falta de material e
conseqüentemente atrasar a entrega de nosso produto ao mercado (POZO, 2002).
Um fato importante a ser considerado é referente ao valor de estoque de segurança, visto que o ideal é ter esse estoque igual a zero por saber
que dentro de uma organização os materiais não são utilizados em uma taxa uniforme e que também o tempo de reposição para qualquer
produto não é fixo e garantido por nossos fornecedores em razão das variáveis do mercado.
A situação mais cômoda é adotar um estoque de segurança que supra toda e qualquer variação do sistema, porém, isso implicará custos
elevados e que talvez a empresa possa não suportar (POZO, 2002).
A solução é criar um estoque de segurança que possa otimizar os recursos disponíveis e minimizar os custos envolvidos. Esse tipo de estoque é
feito para cobrir flutuações aleatórias e imprevisíveis do suprimento, da demanda ou do tempo de reposição. Se por alguma eventualidade a
demanda ou o tempo de reposição é maior que o esperado, haverá um esvaziamento do estoque. O estoque de segurança é mantido para
proteger a empresa dessa possibilidade. Sua finalidade é prevenir perturbações no atendimento ao cliente. Também denominado estoque de
armazenamento intermediário ou estoque de reserva (MARTINS, 2002).

3.1.6.4 Ponto de Pedido


É a quantidade de peças em estoque que garante o processo produtivo para que não sofra problemas de continuidade, enquanto aguardamos a
chegada do lote de compra. Isso quer dizer que quando um item de estoque atinge seu ponto de pedido deve-se fazer o pedido de compra
(POZO, 2002).
Afirma Martins (2002), que o sistema de ponto de pedido é o mais popular método utilizado nas fábricas e consiste em disparar o processo de
compra quando o estoque de um certo item atinge um
nível previamente determinado. O ponto de pedido é calculado em função do consumo médio e do prazo de atendimento.
O modelo de ponto de pedido parte da lógica de que assim que o nível de estoque atingir ou ficar abaixo de um determinado patamar, chamado
de ponto de ressuprimento, é aberta a requisição de um pedido.

3.1.7. FUNÇÃO ARMAZENAGEM: SELEÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS: ESPECIFICAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E


CODIFICAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO ABC; INVENTÁRIO FÍSICO E ACURÁCIA DOS ESTOQUES.

A classificação de materiais é o processo de aglutinação de materiais por características semelhantes.


O sucesso no gerenciamento de estoques depende, em grande parte, de bem classificar os materiais da empresa. Dependendo da situação,
serve também de processo de seleção para identificar e decidir prioridades.

3.1.7.1 Classificação de Materiais – Atributos:

Abrangência: Deve tratar de uma gama de características em vez de reunir apenas materiais para serem classificados
Flexibilidade: Deve permitir interfaces entre os diversos tipos de classificação, de modo que se obtenha ampla visão do gerenciamento de
estoques
Praticidade: A classificação deve ser direta e simples

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Tipos de classificação:

Por tipo de demanda

1. MATERIAIS DE ESTOQUES
São materiais que devem existir em estoques para futuras aplicações.
Classificação:
a) Quanto à aplicação:
- Materiais produtivos: material ligado ao processo de fabricação.
- Matérias primas: materiais básicos e insumos que constituem os itens iniciais.
-Produtos em fabricação: são os materiais que estão sendo processados ao longo do processo produtivo.
- Produtos acabados: produtos já prontos.
- Materiais de manutenção: materiais aplicados em manutenção
- Materiais improdutivos: materiais não incorporados ao produto.
-Materiais de consumo geral: materiais de consumo, aplicados em diversos setores da empresa.

b) Quanto ao valor do consumo anual:


-Materiais A: materiais de grande valor de consumo;
-Materiais B: materiais de médio valor de consumo;
-Materiais C: materiais de baixo valor de consumo

c) Quanto à importância operacional:


-Materiais X: materiais de aplicação não importante, com similares na empresa;
-Materiais Y: materiais de média importância vital para a empresa, com ou sem similar;
-Materiais Z: materiais de importância vital, sem similar e que acarreta paralisação na produção.

2. MATERIAIS NÃO DE ESTOQUE: São materiais de demanda imprevisível para os quais não são definidos parâmetros para o
ressuprimento. Estes são utilizados imediatamente.

Perecibilidade: Muitas vezes, o fator tempo influencia na classificação. Neste caso, os materiais podem ser classificados em:

1. Não perecível
2. Perecível:

a) Ação higroscópica*: ex -sal , cal virgem;


b) Tempo: ex -alimentos, remédios;
c) Instáveis: ex -ácidos, óxido de etileno;
d) Voláteis**: ex -amoníaco, éter;
e) Contaminação da água: ex -óleo para transformadores;
f) Contaminação por partículas sólidas: ex -graxas;
g) Gravidade: ex -eixos de grande comprimento;
h) Colisão: ex –vidro, cristais;
i) Temperatura: ex-vedantes de borracha;
j) Ação da luz: ex -filmes fotográficos;
k) Atmosfera: ex –ferro, fósforo, sais;
l) Animais: ex -grãos, madeira.

Periculosidade: Classificação devido à características físico-químicas,oferecendo risco à segurança no manuseio, transporte, armazenagem e
incompatível com outros materiais. Ex –líquidos inflamáveis.

Especificação: Dela depende o ressuprimento da empresa. Detalhada e completa, evita a compra de materiais em desacordo com as
necessidades.
Como subproduto, temos a Catalogação dos materiais utilizados e a possibilidade se efetuar a padronização

Objetivo

A especificação propicia, entre outras coisas:


a) Facilidades às tarefas de coleta de preços;
b) Cuidados no transporte, identificação, inspeção, armazenagem e preservação de materiais.

Critérios sobre a descrição


A descrição deve ser concisa, completa e permitir a individualização do material.
15
Deve-se abolir a utilização de vocábulos regionais, gírias, marcas comerciais. A descrição deve ser sumária e objetiva, termos técnicos
adequados e usuais e critério de qualidade para determinado uso.

Dentre os critérios, destacam-se:


a) A denominação deverá, em princípio, ser sempre no singular;
b) A denominação deverá prender-se ao material especificamente e não na sua forma ou embalagem, apresentação ou uso;
c) Utilizar, sempre que possível, denominações únicas para materiais da mesma natureza;
d) Utilizar abreviaturas devidamente padronizadas.

Estrutura e forma
Nome básico:
Trata-se do primeiro termo da especificação.
Ex. - lâmpada
- sabão
Nome modificador:
Trata-se do termo complementar.
Ex. - lâmpada incandescente
- sabão em barra

Características físicas:
Trata-se de informações detalhadas e referentes às propriedades físicas e químicas dos materiais, tais como densidade, peso específico,
granulometria, viscosidade, dureza, resistência.
Elementos auxiliares:

a) Unidade metrológica: informações referentes à unidade de fornecimento do material,a unidade de controle adotada pele empresa;
b) Medidas: capacidade, potência (HP), freqüência (HZ), corrente (A), tensão (V), etc;
c) Características de fabricação: indicar os processos de fabricação, detalhes de construção ou execução, acabamento do material etc;
d) Características de operação: garantias exigidas, testes de aceitação,etc;
e) Cuidados em relação ao manuseio: detalhes sobre o manuseio, transporte, armazenagem, preservação, etc;
f) Embalagem: deve levar em conta a finalidade do material, visando sua integridade.

Classificação tipos padronizados


Se faz necessário estabelecer uma lógica para dispor as informações técnicas, a fim de garantir a homogeneidade da descrição e,
principalmente, que os materiais de um mesmo grupo contenham as mesmas informações na mesma seqüência:

a) Conforme a amostra: utilizado quando há dificuldade em detalhar as características do material;


b) Por padrão e características físicas: quando os materiais possuem normas técnicas (ABNT);
c) Por composição química: quando há exigência de teor predeterminado para os componentes químicos do material. Ex:sulfato, amônia,
para análise, solução 10% H2S;
d) Por marca de fábrica: utilizada quando se deseja garantir a qualidade do material, aceitando-se a marca como padrão;
e) Conforme desenho: utilizado quando a forma e as características do material são complexas, não havendo possibilidade de
especificação.

Codificação: É a representação por meio de um conjunto de símbolos alfanuméricos ou simplesmente números que traduzem as características
dos materiais, de maneira racional, metódica e clara, para se transformar em linguagem universal de materiais na empresa.
Consiste em ordenar os materiais da empresa segundo um plano metódico e sistemático, dando a cada um deles determinado conjunto de
caracteres.
Da combinação da Codificação e Especificação obtém-se o Catálogo de Materiais da empresa.

Objetivo
a) Facilitar a comunicação interna na empresa no que se refere a materiais e compras;
b) Evitar a duplicidade de itens no estoque;
c) Permitir as atividades de gestão de estoques e compras;
d) Facilitar a padronização de materiais;
e) Facilitar o controle contábil dos estoques.

Tipos
Em geral, os Planos de Codificação seguem o mesmo princípio, dividindo os materiais em grupos e classes, assim:
a) Grupo: designa a família, o agrupamento de materiais, com numeração de 01 a 99;
b) Classe: identifica os materiais pertencentes à família do grupo, numerando de 01 a 99;
c) Número identificador: é um individualizador do material, é feito a partir de 001 a 999;
d) Digito de controle: para os sistemas mecanizados, é necessário a criação de um dígito de controle para assegurar a confiabilidade de
identificação pelo programa.

O sistema de codificação escolhido deve possuir as seguintes características:

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a) Expansivo: deve possuir espaço para novos itens;
b) Preciso: um código para cada material;
c) Conciso: número mínimo de dígitos;
d) Conveniente: ser facilmente compreendido;
e) Simples: de fácil utilização.

Classificação ABC

O sistema de classificação ABC agrupa os itens de acordo com o volume de vendas anuais, para identificar um pequeno número de itens que
representam o maior volume de vendas e que são os mais importantes para o controle.
Após ordenados os itens, são divididos em 3 categorias:
A – constituída por poucos itens ( de 10 a 20% dos itens) o valor de consumo acumulado é alto (acima de 60 até 80% em geral)

B – formada por um número médio de itens (20 a 30% em geral), com um consumo acumulado em valor médio (em torno de 20 a 30%)

C – constituída por um grande número de itens (acima de 50%), o valor de consumo acumulado é baixo (em torno de 10%).

3.1.7.2 INVENTÁRIO DOS PRODUTOS

Inventário

Como os estoques representam parcela substancial dos ativos das empresas, devem ser encarados como um fator potencial de geração de
negócios e de lucros. Assim, cabe ao administrador verificar se estão tendo a utilidade adequada ou sendo um “peso morto”, não apresentando o
retorno sobre o capital neles investido.
Em épocas de alta de inflação, manter estoques elevados poderia ser a forma mais adequada de obter grandes lucros, pois a reposição dava-se
sempre a preços bem maiores. Numa economia mais estável e de baixa inflação, isso não é verdadeiro e uma boa gestão de estoques poderá
ser a responsável pelo lucro.
A gestão de estoques se constitui em uma série de ações que permitem ao administrador verificar se os estoques estão sendo bem utilizados,
bem localizados em relação aos setores que deles se utilizam, bem manuseados e bem controlados. Existem vários indicadores de produtividade
na análise e controle dos estoques, sendo os mais usuais diferenças entre o inventário físico e o contábil, acurácia dos controles, nível do serviço
(ou nível do atendimento), giro de estoques e cobertura dos estoques.

2. Inventário Físico
O inventário é um processo de avaliação criado dentro da organização para examinar e avaliar a gestão em determinados períodos. O objetivo é
assessorar os membros da organização para que se tenha um controle maior sobre seus produtos. Em todo o mundo, o inventário é realizado
nos mais diversos setores e dentro de organizações cujo porte, finalidade e estrutura variam. Além dos tradicionais objetivos empresariais de
otimização de lucros e de resposta às necessidades dos mercados em que se inserem num mundo em constante mutação, as empresas
deparam-se com novas situações, que conduzem a uma forte motivação, relativamente a preocupações com a
eficácia e eficiência dos recursos. Atualmente, o inventário constitui uma função de apoio à gestão que além de importante, tornou-se
imprescindível no mundo empresarial atual.
Os membros da Administração demonstram cada vez mais a aceitação do inventário como um meio de obter análises, avaliações e informações
objetivas sobre os controles e o desempenho da organização. Outros departamentos da empresa, como logística, operações e prevenção de
perdas, utilizam os resultados do trabalho do inventário para complementar o seu próprio e até mesmo encontrar soluções para os problemas
encontrados.
O inventário físico consiste na contagem física dos itens de estoque. Caso haja diferenças entre o inventário físico e os registros do controle de
estoques devem ser feitos os ajustes conforme recomendações contábeis e tributárias. O inventário físico é a contagem de todos os estoques da
empresa, para verificação se as quantidades correspondem aos controles do estoque. Esta contagem também deve ser efetuada em
componentes, aguardando definição da qualidade para
serem rejeitados. Os benefícios dos inventários é a verificação de eventuais desvios no controle - estoques de peças rejeitadas, cujos controles
não são lançados por alguma falha.

Acurácia dos Estoques

Uma vez terminado o inventário, pode-se calcular a acurácia dos controles que mede a porcentagem de itens corretos, tanto em quantidade
quanto em valor, ou seja:

Acurácia = Número de itens com registros corretos


Número total de itens

Ou

Acurácia = Valor de itens com registros corretos


Valor total de itens
Exemplo:
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Calcule a acurácia do controle, sabendo-se que no exemplo do item 2.2, após os três primeiros meses, foram encontradas as seguintes
divergências entre o número de unidades contadas por item e o número indicado pelo controle.

O objetivo principal é assegurar que as quantidades físicas ou existentes no almoxarifado estejam de acordo com as listagens e os relatórios
contábeis dos estoques.

1. Inventário Periódico
2. Inventário Permanente

3. Acurácia dos estoques

Acurácia=Número de itens corretos


Número total

ANÁLISE DOS ESTOQUES:

ACURÁCIA DOS CONTROLES = INVENTÁRIO FÍSICO


Inventário ROTATIVO - contagem durante todo o ano, alguns itens por dia
Inventário PERIÓDICO – contagem uma ou duas vezes por ano (balanço)
Após o levantamento físico, pode-se apurar o número de ítens em desacordo com os registros contábeis.
A porcentagem de itens corretos em relação ao total de itens é a acurácia.
Pode ser medida em quantidade ou em valor.
Quanto menor a diferença, maior a ACURÁCIA.

Exercício 1
Apurou-se em um inventário 112500 itens corretos
de um total de 113900 no almoxarifado. Qual a acurácia?
Resposta: A = 112500/ 113900 = 98,77% corretos

3.1.8. Função Administração Patrimonial: administração e manutenção de imóveis e prestação de serviços gerais e sistemas
prediais: manutenções preventiva, corretiva e preditiva.

3.1.8.1 ADMINISTRAÇÃO E MANUTENÇÃO DE IMÓVEIS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS GERAIS

O ingresso de bens imóveis no que tange a administração patrimonial é realizado por meio de processo de aquisição
que deverá conter, no mínimo:
a) Escritura do imóvel; b) Certidão de registro do imóvel;
c) Projeto arquitetônico quando edificações; d) Nota de empenho quando adquirido por compra;
e) Termo de doação, cessão, comodato ou permuta (se for o caso);
f) Processo de desapropriação ou usucapião, quando adquirido por esse meio.

De posse do processo de aquisição do bem, o setor competente para registro de imóveis procederá à inclusão em sistema específico de
gerenciamento de imóveis. São possibilidades de ingresso de bens imóveis nos órgãos:
a) Compra; b) Construção; c) Cessão ou doação; d) Permuta; e) Comodato;
f) Transferência; g) Locação; h) Avaliação; i) Usucapião; e j) Desapropriação.

Executar os serviços de manutenção e conservação dos bens imóveis, suas instalações e equipamentos, bem como manter e conservar os
sistemas elétricos, hidráulicos e de comunicação são responsabilidade da administração patrimonial, que deve assegurar a preservação do seu
patrimônio por meio de manutenção preventiva e vistorias
constantes. Competem ainda à administração patrimonial os serviços internos de limpeza e de copa e cozinha; coordenar o controle, a
adequada utilização de materiais e serviços; promover o controle patrimonial, compreendendo a localização e identificação de todos os e
imóveis; operacionalizar sistemas informatizados de controle patrimonial.

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3.1.8.2 Sistemas prediais: mantutenções preventiva, corretiva e preditiva

Sistemas prediais, por definição, é um conjunto de insumos e serviços necessários para o desenvolvimento das atividades em um edifício, ou
seja, um bem imóvel. Esse conjunto é composto por:
a) Insumos energéticos; b) Água (higiene); c) Segurança ao fogo e patrimonial;
d) Conforto Ambiental; e) Transporte e circulação; f) Comunicação e informação; g) Automação.

Sistemas prediais são sistemas físicos, integrados a um edifício e que têm por finalidade dar suporte às atividades dos usuários, suprindo-os com
os insumos prediais necessários e propiciando os serviços requeridos.
Esses sistemas exigem uma grande manutenção para retardar sua depreciação. Um bom sistema de manutenção deve visar ao aproveitamento
total dos equipamentos, isto é, quebra zero, para a garantia da competitividade e do sucesso da empresa. Qualquer equipamento, do mais
simples ao mais sofisticado, apresenta problemas inesperados mesmo dentro de seu tempo de vida útil. Eles são causados por defeitos de
fabricação, por manuseio incorreto e/ou por manutenção deficiente.

Os diversos tipos de manutenção: preventiva, corretiva e preditiva

Quando um equipamento quebra é precisa sair correndo atrás de “alguém” para consertar. Se for um micro, então, o desespero é total: “não
posso ficar sem ele! TUDO o que tenho está lá!” Este é um exemplo típico de uma “manutenção corretiva”, onde o conserto é feito depois que o
defeito se manifestou. Mas esta situação está longe de ser a ideal. O certo é o técnico de manutenção (e o usuário do equipamento) ter um plano
para manter o equipamento sempre em ordem e evitar surpresas. O ideal, portanto, é fazer uma manutenção corretiva quando tiver acontecido
realmente um acidente, um desastre, isto é, algo não previsível. É a mesma coisa que você usar um carro sem fazer as manutenções e ficar
“surpreso” quando um belo dia ele te deixa na mão. Assim como o carro, os equipamentos de informática também precisam de manutenção
rotineira, justamente para que seu usuário não seja pego de surpresa e tenha que sair correndo atrás do prejuízo.

Você já deve ter percebido, portanto, que existem diversos tipos de manutenção. Sendo mais específico, existem três tipos de manutenção:
preventiva, corretiva e preditiva. Vejamos em detalhes:

Manutenção Preventiva: A manutenção preventiva é realizada com a intenção de reduzir a probabilidade de falhas de um equipamento,
instalação ou serviço prestado, antes que elas apareçam. São os serviços podem ser previstos e programados antes do aparecimento
dos problemas. Essa previsão é indicada pelo fabricante, construtor ou histórico do equipamento ou da instalação. É o procedimento
mais barato e garantido, ou seja, corrigir os defeitos antes que se manifestem ou logo que comecem a se manifestar, para causar danos
menores.

Exemplo do carro: não é muito melhor trocar o óleo do motor, a correia dentada e as pastilhas de freio antes que o motor pare ou que o carro se
espatife num muro por falta de freio? Num computador e em qualquer outro equipamento é a mesma coisa. A vantagem de manutenção
preventiva é que ela pode ser programada, assim o dono do equipamento não é pego de surpresa. Os procedimentos de manutenção preventiva
podem evitar a maior parte dos defeitos dos equipamentos diminuindo ao máximo as manutenções corretivas, que são de longe as mais caras e
prejudiciais para quem depende do equipamento.

Manutenção Corretiva: Este é o tipo mais comum aqui no Brasil, notadamente entre os usuários domésticos, mas também existe muita
empresa por aí que usa seus equipamentos até eles chegarem “no osso”. E geralmente não têm um plano de emergência ou um
equipamento substituto, quando o problema aparece é um corre-corre...
A manutenção corretiva é a manutenção realizada depois de ocorrida uma falha. Neste caso, o problema já aconteceu e precisa ser reparado ou
corrigido. A manutenção corretiva acontece porque o equipamento quebrou de vez ou deixou de funcionar de acordo com o esperado, aí então é
preciso acionar o profissional de manutenção para “dar um jeito” na situação. O interessante é que, aparentemente, os equipamentos quebram
quando mais se precisa deles. Por isto, o ideal seria que a manutenção corretiva acontecesse raramente, ou seja, deveria ser realmente um
acidente.

Para tanto, é preciso caprichar na manutenção preventiva, até porque uma manutenção corretiva geralmente sai mais caro, pois um componente
que vai ficando defeituoso acaba forçando as demais partes do equipamento. No caso dos computadores, por exemplo, uma fonte de
alimentação cuja ventoinha começa a fazer barulho. O usuário do micro acaba se acostumando com o barulho e vai levando. Só que a ventoinha
ruim acaba prejudicando o funcionamento da fonte, esta começa a diminuir sua eficiência, gasta mais energia e começa a não regular
adequadamente a energia que vai para a placa-mãe. Esta começa a sofrer com a alimentação ruim, e vai ter sua vida útil encurtada, e assim por
diante. Aquela mera ventoinha poderia ter sido trocada logo, aumentando em alguns anos a vida útil do micro.

Manutenção Preditiva: É a manutenção feita, em componentes ou equipamentos, por meio de análises com sensores ou parâmetros
específicos. O objetivo é detectar futuras falhas e evitá-las. É ela que visa realizar ajustes no maquinário ou no equipamento apenas
quando eles precisarem, porém, sem deixá-los quebrar ou falhar. Com um acompanhamento direto e constante é possível prever falhas,
saber quando será necessário fazer uma intervenção e, claro, entrar em ação. É uma variação da manutenção preventiva, onde os
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componentes são trocados ou verificados antes que apresentem qualquer defeito. Isto é feito com base em estudos que determinam o
MTBF, termo inglês que é uma abreviação de “Maximum Time Between Failures”, ou seja “Tempo Máximo Entre Falhas”.

Exemplo: Como funciona isto? Digamos que os estudos feitos por um fabricante ou empresa especializada indiquem que determinado
modelo de disco rígido tem a vida útil estimada em 10.000 horas MTBF. Se ele trabalha 10 horas por dia, isto significa que ele vai durar
1.000 dias ou aproximadamente 3 anos, considerando-se os dias parados. Assim, estes HDs devem ser trocados, por medida preditiva,
no máximo cada 3 anos, mesmo que aparentemente estejam funcionando bem. Falando em linguagem popular, seria algo assim: - “Veja
bem... este negócio já está pra pifar, é melhor trocar logo...”

O caso dos discos rígidos é típico da falta de atenção com a manutenção. A maioria dos usuários, domésticos e empresariais, só trocam um HD
quando ele deixa de funcionar. Mas estes componentes “avisam” bem antes que estão para falhar, aumentando sensivelmente o nível de ruido e
começando a apresentar falhas, que vão se avolumando até quebrar por completo. Muita gente confia muito, também, nos HDs e os usa durante
anos a fio, e ficam bravos quando perdem tudo o que tinham no HD.

Os procedimentos de manutenção podem se classificar ora como manutenção preventiva, ora como corretiva. O importante mesmo é o técnico
de manutenção não se perder, precisa saber exatamente o que está fazendo e seguir uma metodologia. São muitos detalhes a serem lembrados,
por isto é importante ter uma seqüência lógica e bem treinada, ensaiada mesmo, para não esquecer de nada.

Bibliografia

ARAÚJO, Jorge Siqueira de. Administração de compras e armazenamento. São Paulo: Atlas, 1998.
MARTINS, Petrônio G.; ALT, Paulo Renato Campos. Administração de Materiais e Recursos Patrimoniais. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
VIANA, João José. Administração de Materiais – um enfoque prático. São Paulo: Atlas, 2000.
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POZO, Hamilton. Administração de recursos materiais e patrimoniais.
São Paulo: Atlas, 2002.
Manual de Redação da Presidência da República
CHIAVENATO, Idalberto. Iniciacao a administracao de materiais. Sao Paulo: Makron Books, 1991. 167p.
CHIAVENATO, Idalberto. Introducao a teoria geral da administracao. 4. ed Sao Paulo: Makron Books, McGraw-Hill, 1993.
CHIAVENATO, Idalberto. Administracao de recursos humanos. 2. ed Sao Paulo: Atlas, 1980. v. IS

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