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11º Ano Maias Análise Do Episódio Do Jantar No Hotel Central
11º Ano Maias Análise Do Episódio Do Jantar No Hotel Central
Este episódio favorece, de certo modo a obra, pois, Eça dá uma “radiografia” da
situação do nosso país naquela altura, podendo assim apresentar a sua visão
crítica de acerca da literatura e de alguns problemas sociais, históricos, políticos
e financeiros do país e a mentalidade limitada e retrógrada dos portugueses.
Desta forma, neste episódio são discutidos alguns temas que nos permitem ter
uma perceção clara da época que a obra retrata.
Esses temas são abordados e discutidos por alguns senhores, tais como,
João da Ega (promotor da homenagem no jantar e representante do
Realismo / Naturalismo); Jacob Cohen (o homenageado, representante das
altas Finanças); Tomás de Alencar (o poeta ultra-romântico); Dâmaso
Salcede (o novo-rico, simboliza os vícios do novo-riquismo burguês, a
catedral dos vícios) e Craft (o britânico, simboliza a cultura artística e
britânica, o árbitro das elegâncias).
Marcas da época a nível Literário:
Este assunto espelha a crise financeira que o país passava nesta época
(séc.XII).
Então Ega protestou com veemência. Como não convinha a ninguém? Ora essa! Era
justamente o que convinha a todos! Á bancarrota seguia-se uma revolução, evidentemente.
Um país que vive da inscrição, em não lha pagando, agarra no cacete; e procedendo por
principio, ou procedendo apenas por vingança – o primeiro cuidado que tem é varrer a
monarquia que lhe representa o calote, e com ela o crasso pessoal do constitucionalismo.
E passada a crise, Portugal livre da velha divida, da velha gente, dessa coleção grotesca
de bestas…”
Contudo, Tomás de Alencar teme a invasão espanhola, diz ser um perigo para a
independência nacional, defende o romantismo político, a paz dos povos e esquece o
adormecimento geral do país.
Já Jacob Cohen diz que há gente séria nas camadas políticas dirigentes e afirma
que Ega é um exagerado, “…Cohen, com aquele sorriso indulgente de homem superior que lhe
mostrava os bonitos dentes, viu ali apenas «um dos paradoxos do nosso Ega.»…”.
“Então Ega, que bebera um sobre outro dois cálices de cognac, tornou-se muito
provocante, muito pessoal … Cohen e Dâmaso, assustados, agarraram-no. Carlos puxara
logo para o vão da janela o Alencar que se debatia, com os olhos chamejantes, a gravata
solta. Tinha caído uma cadeira; a correcta sala, com os seus divãs de marroquim, os seus
ramos de camélias, tomava um ar de taverna, numa bulha de faias, entre a fumaraça de
cigarros.”.
AS MARCAS DO AUTOR NO EPISÓDIO
INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR
O QUE É O REALISMO?
O QUE É O NATURALISMO?