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Difere-se das ações autônomas de impugnação da decisão judicial, que são a ação
rescisória, mandado de segurança, embargos de terceiro e etc.. As ações autônomas
são outros meios impugnativos utilizáveis contra decisões judiciais.
A diferença está no fato de que o recurso está inserido na própria relação jurídica
processual onde o direito de ação está sendo exercido. As ações autônomas de
impugnação representam a instauração de uma nova relação jurídica processual.
Classificação:
Devolver = restituir.
Ex. de vinculados: Embargos de declaração (art. 1.022, CPC); Recurso Especial (105,
III, CF); Recurso Extraordinário (102, III, CF).
Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal
ou decisão judicial em sentido diverso.
Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do
relator, se da imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil
ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do
recurso.
Recursos admissíveis
Ø Contra decisões de primeiro grau: a) apelação (994, I e 1.009); b) agravo de
instrumento (994, II e 1.015); c) embargos de declaração (994, IV e 1.022).
Ø Contra acórdãos: a) embargos de declaração (994, IV e 1.022); b) recurso
ordinário (994, V e 1.027); c) recurso especial (994, VI e 1.029); d) recurso
extraordinário (994, VII e 1.029); e) embargos de divergência no STF e STJ
(994, IX e 1.043).
Ø Contra decisões proferidas em segundo grau, que não são acórdãos: a) agravo
interno (994, III e 1.021); b) agravo em REsp ou em RE (994, VIII, 1.042).
PRINCÍPIOS
Exceção: ED
Pelo princípio da dialeticidade exige-se, portanto, que todo recurso seja formulado por
meio de petição na qual a parte, não apenas manifeste sua inconformidade com ato
judicial impugnado, mas, também e necessariamente, indique os motivos de fato
e de direito pelos quais requer o novo julgamento da questão nele cogitada,
sujeitando-os ao debate com a parte contrária.
Na verdade, isto não é um princípio que se observa apenas no recurso. Todo o
processo é dialético por força do contraditório que se instala, obrigatoriamente, com
a propositura da ação e com a resposta do demandado, perdurando em toda a
instrução probatória e em todos os incidentes suscitados durante o desenvolver da
relação processual, inclusive, pois, na fase recursal.
• I – Fatos impeditivos
São fatos impeditivos dos recursos a renúncia e a aceitação da sentença,
ocorridas antes de sua interposição; extingue o recurso a desistência manifestada
durante o seu processamento e antes do respectivo julgamento.
• II – Desistência do recurso
Dá-se a desistência quando, já interposto o recurso, a parte manifesta a vontade
de que não seja ele submetido a julgamento. Vale por revogação da
interposição. A desistência, que é exercitável a qualquer tempo, não depende
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Art. 1.000. A parte que aceitar expressa ou tacitamente a decisão não poderá
recorrer.
Recurso Adesivo
Art. 997. Cada parte interporá o recurso independentemente, no prazo e com
observância das exigências legais.
§ 1o Sendo vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá
aderir o outro.
III - não será conhecido, se houver desistência do recurso principal ou se for ele
considerado inadmissível.
1.4. Efeitos
O art. 995 dispõe que “os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo
disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso”. Apenas excepcionalmente a
decisão será suspensa, “se da imediata produção de seus efeitos houver risco de dano
grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de
provimento do recurso” (parágrafo único do art. 995).
(a)o recurso deverá ter sido conhecido e julgado pelo mérito; se o caso
for de não admissão do recurso, por questão preliminar, ou se o
julgamento for de anulação do julgado recorrido, não haverá como o
decidido no recurso substituir a decisão originária;
(b)deverá o novo julgamento compreender todo o tema que foi objeto
da decisão recorrida; se a impugnação tiver sido parcial, a substituição
operará nos limites da devolução apenas.
Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão
depois de confirmada pelo tribunal, a sentença:
§ 1o Nos casos previstos neste artigo, não interposta a apelação no prazo legal, o juiz
ordenará a remessa dos autos ao tribunal, e, se não o fizer, o presidente do
respectivo tribunal avocá-los-á.
§ 2o Em qualquer dos casos referidos no § 1o, o tribunal julgará a remessa necessária.
Embargos de declaração
• Omissão: suprir
Configura-se quando o ato decisório deixa de apreciar matéria sobre o qual teria
de manifestar-se.
Hipóteses de omissão: parágrafo único do art. 1.022, faz referência ao art. 489, CPC.
A alteração é inerente, mas apenas para suprir os vícios. Não se procede um novo
julgamento da causa.
Procedimento:
Efeitos:
- Não devolutivo;
- Não suspensivo;
- Interruptivo: art. 1.026, CPC;
- Integrativo: O Superior Tribunal de Justiça interpretou muito bem a natureza dos
embargos de declaração, in verbis:
“A decisão proferida em grau de embargos declaratórios (tenha ou não efeito
modificativo) é meramente integrativa do acórdão embargado, não possuindo
natureza autônoma, sem liame com este”. STJ, 1ª T., EDcl no REsp 15.072/DF, Rel.
Min. Demócrito Reinaldo, ac. 17.02.1993, DJU 22.03.1993, p. 4.510, DJ 31.05.1993,
p. 10.628)
Apelação Cível
Conceito:
Se a parte prejudicada pela decisão interlocutória for vencida na ação, deverá arguir
a matéria em preliminar de apelação, sendo a parte contrária intimada para
contrarrazoar. Se, contudo, a sentença lhe for favorável, a impugnação poderá
ocorrer em sede de contrarrazões de eventual apelação interposta pela parte
contrária.
Interposição:
Efeitos
I – Efeito devolutivo
II – Efeito suspensivo
Mesmo nas hipóteses expressamente previstas em que a apelação tem efeito apenas
devolutivo, diante das particularidades da causa, demonstrando o apelante a
probabilidade de provimento do recurso, evidenciada pela relevância de sua fun-
damentação, e havendo risco de dano grave ou de difícil reparação, pode o
relator determinar a suspensão da eficácia da sentença (art. 1.012, § 4º).
Para tanto, o apelante formulará o requerimento em petição separada, com a
seguinte destinação:
Recebimento
Juízo de retratação:
Prazo
O prazo legal é de quinze dias, tanto para apelar como para contra-arrazoar a
apelação (art. 1.003, § 5º, do NCPC).