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Universidade Federal da Bahia

Escola de Nutrição
NUT A160 – Estágio Clínico
Docente: Anna Karla Roriz

Apresentação de Artigo:
Terapia Nutricional nas DII

Giseli do Nascimento Rodrigues

Salvador, 27 de abril de 2017


Apresentação
Apresentação
• Objetivo: O objetivo do artigo é discutir o papel da
Terapia Nutricional nas Doenças Inflamatórias
Intestinais de acordo com suas indicações e
contraindicações, bem como os principais
resultados com prebióticos, probióticos, simbióticos
e outras intervenções nutricionais nessas doenças.

• Fonte dos dados: Foi realizada busca por artigos


nas bases de dados: Pubmed, Scielo e Lilacs
DII
lesões intestinais

absorção de nutrientes

anorexia
estresse oxidativo

↑ gasto energético

↑ risco de desnutrição

Tratamento Clínico + Tratamento Cirúrgico + TN:


Impedir ou corrigir a desnutrição, repor deficiências de
macro e micronutrientes e reverter parte das
consequências metabólicas patológicas.
Panorama
“Muitos pacientes acreditam que a alimentação oral é
a causa dos sintomas das DII.” (Jowett et al.,2004)

Fase Ativa X Fase de Remissão

• Recomendações: 25 a 30 kcal/Mc/dia; 1,0 a 1,5 g


ptn/kg Mc/dia; < 20% de Lip (Caruso, 2014; Bafutto,2013) .
• Antes: DC em atividade inflamatória deveria
permanecer em jejum e em uso de NP com o intuito de
preservar a mucosa intestinal.
• Agora: comparando o uso de NP, NE ou dieta oral não
houve vantagens em manter os pacientes com NP e
jejum oral (Silva, 2012).
Panorama
•Jejum favorece a hipoplasia do epitélio intestinal;

•A presença de nutrientes no trato gastrointestinal:


recuperação nutricional e manutenção do trofismo
epitelial intestinal (SILVA, 2012).

• NE: não deve ser terapia primária (casos de baixa


ingestão p/ recuperação nutricional (LOCH et al, 2006;
COCHRANE, 2010);
• NP: casos de pré ou pós-operatório (evitar distúrbios
nutricionais ou promover a recuperação) (não
indução da remissão) (VAN GOSSUM et al, 2008).
Vias de Nutrição
Recuperação da mucosa; alteração da microbiota intestinal;
ponderal;
ponderal;  dos níveis de Vit D;  do período de remissão.
Poliméricas X Oligaméricas (LOCHS, 2006)

o DC ativo – pré-
o  Risco de comp.
operatório: EN e 
Cirurgica; PP + 10%
Qualidade de vida o Suplementação
(BANNERJEE, 2004); (3 meses); IMC
de 600 kcal/dia
<18,5 ; kg/m2 Alb <
o Crianças – 6-8 (remissão)
3,0 (SILVA, 2012);
semanas (corticóides) o + cal na fase
(WALL, 2013) o Não corticóides aguda (CARUSO,
oNEX Medicamentos (ZACHOS, 2001; 2012; BAFUTTO 2013)
(FERNANDEZ-BANARES, MCINTRYRE, 1984)
1995; ZACHOS, 2005)
Micronutrientes
Micronutrientes
Diarréia crônica, fístulas, IC, supercrescimento
bacteriano e má absorção
[ B12 – íleo terminal – extração ou ressecções - anos];
[Folato];
Ciclo da homocisteína (hiperhomocisteinemia) –
trombose ou TE – Anemia macrocítica

Perda oculta de sangue – sulfato ferroso (300 mg/dia)

[D
[D e Ca] – osteoporose; Corticóides (resistência):  PTH
-  Ca Doses: 2000 e 4000 UI
Vit A (fase Aguda): Prejuízo na integridade da mucosa
(função imunológica). DRI´s
“Os Bióticos”

•Inulina; Psyllium; •Translocação •RCUI -


Oligofrutose; bacteriana + Período Benefícios:
lactulose: de remissão +  Bifidobacterium
•15g/dia de FOS  citocinas como TNF- longum, inulina e
oligofrutose -
na atividade da α +  Imunoglb. e IL- TNF-α; Inter
doença (MACFARLANE, 10 1b; melhora
2006); (IOANNIDIS, 2011;
DAMASKOS, 2002);
endoscópica das
•ferment. colônica lesões
– malefícios à •Mesalazina (E.Coli) (PATHMAKANTHAN,
mucosa(BRUGGENCAT - Ind. de remissão 2002)
E, 2005); (REMBACKEN, 1999);
•Cevada germinada: •Prednisona,
colite – controle da placebos ou outros:
diarreia (BAMBA, 2001) per. remissão.
“Os Bióticos”
Fujimori (2005)
- Pré Bióticos (Psyllium):
Melhora na função intestinal
- Pró Bióticos(Bifidobacterium logum):
Melhora na função emocional

- Simbióticos :
Melhora nas funções intestinal e emocional
+ PCR
Outros Elementos
ω-3 NP + Emul. Lip
Glutamina (SMOF)

Estudo inconclusivos Complicação


Doses >0,5g/ para pctes
kg/dia - desnutridos
mortalidade
 Reicidiva em DC e não (ricos em ω-6 )
em RCUI
NO e NP: Não Mais estudos
há benefícios Dietas com ω-3/ω-6 = 1
comprovados (> não possível)
(CHEN, 2014;
Não supera o uso da OCKENGA , 2005;
BENJAMIN , 2012;
Não houve mesalazina
UCHIYAMA , 2010;
diferença qdo DICHI, 2000;
Ptn do leite Uso do óleo de peixe e ALMALLAH , 2008;
girassol FURST , 1999)
Recomendações
Importância da TN nos pacientes com DII:
• Os resultados e controvérsias sobre as novas
propostas terapêuticas: necessárias elucidações e
recomendações;
• Complicações das DII são comuns
o Déficits nutricionais;
o Desnutrição;
o manifestações extraintestinais;
o Restrições alimentares - suplementação alimentar;
• Intestino estiver preservado e  ingestão alimentar
- enteral (DC como na RCUI) - superioridade da
terapia medicamentosa com corticoides
• NE – manter a remissão
Recomendações
• Glutamina, prebióticos, probióticos e simbióticos -
controversos em modelos experimentais, gerando
várias hipóteses (benefícios X eficiência no
tratamento da DII);
• ω-3 - redução da atividade e manutenção da
remissão das DII (DC e RCUI), porém, não podem
ainda indicar seu consumo.
• Em caso de NP com emulsões lipídicas, há poucas
referências nas DII;

Vários benefícios no uso da terapia nutricional nas DII


mais revisões sistemáticas e estudos randomizados são
necessários, comprovando os efeitos de suplementos
específicos (dosagem, período, etc).
Referências
2. Burgos MGPA, Salviano FN, Belo GMS, Bion FM. Doenças inflamatórias
intestinais: o que há de novo em terapia nutricional? Rev Bras Nutr Clin.
2008;23(3):184-9.
8. Salviano FN, Burgos MG, Santos EC. Perfil socioeconômico e nutricional de
pacientes com doença inflamatória intestinal internados em um hospital
universitário. Arq Gastroenterol. 2007;44(2):99-106. PMid:17962852.
9. Elia PP, Fogaça HS, Barros RG, Zaltman C, Elia CS. Análise descritiva dos perfis
social, clínico, laboratorial e antropométrico de pacientes com doenças
inflamatórias intestinais, internados no Hospital Universitário Clementino Fraga
Filho, Rio de Janeiro. Arq Gastroenterol. 2007;44(4):332-9.
http://dx.doi.org/10.1590/S0004- 28032007000400010. PMid:18317653.
10.Silva MLT, Vasconcelos MIL. Nutrição na doença inflamatória intestinal. In:
Cardozo CP, Sobrado CW, editores. Doença inflamatória intestinal. Barueri:
Manole; 2012. p. 299-339
15. Bafutto M. A importância da nutrição no tratamento das DII. In: IV Curso Pré-
Congresso do GEDIIB– SBAD. Grupo de Estudos da Doença Inflamatória
Intestinal do Brasil; 2013 Nov 23; Goiânia. São Paulo: GEDIIB; 2013.
18. Campos FG, Waitzberg DL, Teixeira MG, Mucerino DR, Habr-Gama A, Kiss DR.
Inflammatory bowel diseases: principles of nutritional therapy. Rev Hosp Clin
Fac Med Sao Paulo. 2002;57(4):187-98. http:// dx.doi.org/10.1590/S0041-
87812002000400009. PMid:12244339.
“As grandes conquistas da humanidade foram
obtidas conversando, e as grandes falhas pela
falta de diálogo.”

Stephen Hawking

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