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QUIVY. Manual de Investigação em Ciências Sociais PDF
QUIVY. Manual de Investigação em Ciências Sociais PDF
OBJECTIVOS E PROCEDIMENTO
1. OS OBJECTIVOS
Esta obra foi concebida para ajudar no empreendimento de uma tese cujo
objectivo seja compreender mais profundamente e interpretar mais
acertadamente fenómenos da vida colectiva.
Recomenda-se uma primeira leitura integral desta obra, para que a coerência
global do procedimento seja bem apreendida e as sugestões sejam aplicadas
de forma flexível, crítica e inventiva.
São propostos pontos de referência tão polivalentes quanto possível para que
cada pessoa possa elaborar com lucidez dispositivos metodológicos próprios
em função dos seus objectivos. O leitor é constantemente convidado ao
recuo crítico e à reflexão lúcida sobre o sentido do seu trabalho.
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1.3. “Investigação” em “Ciências” Sociais?
2. O PROCEDIMENTO
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É necessário voltar atrás e reaprender a reflectir. Páre de acumular sem
método informações mal assimiladas e preocupe-se primeiro com o seu
procedimento.
b) A “passagem” às hipóteses
A ruptura
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A ruptura consiste precisamente em romper com os preconceitos e as falsas
evidências, que somente nos dão a ilusão de compreendermos as coisas. A
ruptura é, portanto, o primeiro acto constitutivo do procedimento científico.
A construção
A verificação
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PRIMEIRA ETAPA
A PERGUNTA DE PARTIDA
OBJECTIVOS
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Uma boa pergunta de partida deve poder ser tratada. Deve-se poder
trabalhar eficazmente a partir dela e, em particular, deve ser possível
fornecer elementos para lhe responder.
Não deve cobrir um campo de análise demasiado vasto. Deve permitir saber
aonde nos dirigimos e comunicá-lo aos outros.
Uma boa pergunta de partida terá de ser unívoca e tão concisa quanto
possível.
Uma boa pergunta de partida deve ser realista, isto é, adequada aos recursos
pessoais, materiais e técnicos, em cuja necessidade podemos imediatamente
pensar e com que podemos razoavelmente contar.
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evitar as confusões entre os registos e abordar o real em termos de análise, e
não de julgamento moral.
Uma boa pergunta de partida não deve procurar julgar, mas compreender. O
seu objectivo deve ser o do conhecimento, não o de demonstração. Devem
poder ser encaradas a priori várias respostas diferentes, não havendo a
certeza de uma resposta preconcebida.
Deve abordar o estudo do que existe ou existiu, e não o daquilo que ainda
não existe. Não visa prever o futuro, mas captar um campo de
constrangimentos e de possibilidades, bem como os desafios que esse
campo define.
- Teste esta pergunta de partida junto das pessoas que o rodeiam, de modo a
assegurar-se de que ela é clara e precisa e, portanto, compreendida da
mesma forma por todas
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SEGUNDA ETAPA
A EXPLORAÇÃO
OBJECTIVOS
1. A LEITURA
a) Os critérios de escolha
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É necessário saber o que se procura. Peça conselhos a especialistas, utilize
artigos de revistas, consulte as bibliografias, índices e sumários das obras
que vai encontrando.
a) A grelha de leitura
Divida uma folha de papel em duas colunas: dois terços à esquerda; um terço
à direita. Na coluna da esquerda vá escrevendo a ideia chave de cada
parágrafo ou secção. No final da leitura, releia a coluna da esquerda,
apreendendo as articulações e discernindo a estrutura global do pensamento
do autor: as suas ideias mestras; as etapas do raciocínio; e a
complementaridade entre as partes. Na coluna da direita devem aparecer
estas ideias: os tópicos para a estrutura do texto.
b) O resumo
2º critério: os conteúdos
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- “Que pistas sugerem essas leituras?”
2. AS ENTREVISTAS EXPLORATÓRIAS
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- Procurar que a entrevista se desenrole num ambiente e num contexto
adequados;
- Gravar a entrevista.
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TERCEIRA ETAPA
A PROBLEMÁTICA
OBJECTIVOS
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enunciados que organizam a reflexão. A partir daqui é possível escolher e
definir o ponto de vista próprio e situá-lo no campo teórico da disciplina.
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QUARTA ETAPA
OBJECTIVOS
2. PORQUÊ AS HIPÓTESES?
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Uma hipótese é uma resposta provisória a uma pergunta. Convém precisar,
uma última vez, a pergunta central da investigação, garantindo a estruturação
coerente das hipóteses.
Uma hipótese é uma proposição provisória, uma pressuposição que deve ser
verificada.
Na sua formulação, a hipótese deve ser expressa sob uma forma observável.
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b) Hipóteses e modelos
Uma hipótese pode ser testada quando existe uma possibilidade de decidir, a
partir da análise dos dados, em que medida é verdadeira ou falsa. Nunca
demonstraremos a veracidade de uma hipótese. Sabendo que o
conhecimento resulta de sucessivas correcções, o investigador não se
esforçará por provar a todo o custo o valor de objectividade das suas
hipóteses.
Para ser refutável, uma hipótese deve ter um carácter de generalidade, não
devem constituir dados relativos a uma situação particular e não reproduzível.
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QUINTA ETAPA
A OBSERVAÇÃO
OBJECTIVOS
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2ª possibilidade: estudar uma amostra representativa da população
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A primeira operação consiste em conceber um instrumento capaz de produzir
todas as informações adequadas e necessárias para testar as hipóteses.
Apresentação
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As respostas são normalmente pré-codificadas, de forma que os
entrevistados devem obrigatoriamente escolher as suas respostas entre as
que lhes são formalmente propostas.
Variantes
Principais vantagens
Limites e problemas
Método complementar
4.2. A entrevista
Apresentação
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Os métodos de entrevista distinguem-se pela aplicação dos processos
fundamentais de comunicação e de interacção humana. Correctamente
valorizados, permitem retirar das entrevistas informações e elementos de
reflexão muito ricos e matizados. Caracterizam-se por um contacto directo
entre o investigador e os seus interlocutores, e por uma fraca directividade
por parte daquele. O conteúdo da entrevista será objecto de uma análise de
conteúdo sistemática, destinada a testar as hipóteses de trabalho.
Variantes
Principais vantagens
Limites e problemas
Métodos complementares
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O método das entrevistas está sempre associado a um método de análise de
conteúdo. As entrevistas devem fornecer o máximo de elementos de
informação e de reflexão, que servirão de materiais para uma análise
sistemática de conteúdo que corresponda, por seu lado, às exigências de
explicitação, de estabilidade e de intersubjectividade dos processos.
Apresentação
Variantes
Principais vantagens
Limites e problemas
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- A interpretação das observações.
Métodos complementares
Apresentação
Variantes
Principais vantagens
Limites e problemas
Métodos complementares
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Dependem dos dados recolhidos, incluem: análise estatística, análise de
conteúdo e análise de documentos.
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2.1. A análise estatística dos dados
Apresentação
Variantes
Principais vantagens
Limites e problemas
Métodos complementares
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2.2. A análise de conteúdo
Apresentação
A escolha dos termos utilizados pelo locutor, a sua frequência e o seu modo
de disposição, a construção do “discurso” e o seu desenvolvimento são
fontes de informações a partir das quais o investigador tenta construir um
conhecimento. Este pode incidir sobre o próprio locutor ou sobre as
condições sociais em que este discurso é produzido.
Principais variantes
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latentes; e a análise estrutural propriamente dita, cujo objectivo é revelar os
princípios que organizam os elementos do discurso, independentemente do
conteúdo, tentando descobrir uma ordem oculta.
Principais vantagens
Limites e problemas
Métodos complementares
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A problemática e o modelo de análise primam, assim, sobre a observação.
Os dados só ganham existência através do esforço teórico que os constrói.
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SÉTIMA ETAPA
AS CONCLUSÕES
OBJECTIVOS
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2.2. Novos conhecimentos teóricos
3. PERSPECTIVAS PRÁTICAS
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