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Metodologia de Pesquisa em Psicologia

Ciência e Conhecimento Científico


❏ Ao se falar em conhecimento científico, o primeiro passo consiste em diferenciá-lo
de outros tipos de conhecimento existentes.
❏ O conhecimento vulgar ou popular, às vezes denominado senso comum, não se
distingue do conhecimento científico nem pela veracidade nem pela natureza do
objeto conhecido: o que os diferencia é a forma, o modo ou o método e os
instrumentos do "conhecer”.
❏ A ciência não é o único caminho de acesso ao conhecimento e à verdade.
❏ Um mesmo objeto ou fenômeno (uma planta, as estrelas, as relações entre chefes e
subordinados) pode ser matéria de observação tanto para o cientista quanto para o
homem comum. O que leva um ao conhecimento científico e o outro ao vulgar ou
popular é a forma de observação.
Ciência
❏ Entendemos por ciência uma sistematização de conhecimentos, um conjunto de
proposições logicamente correlacionadas sobre o comportamento de certos
fenômenos que se deseja estudar: a ciência é todo um conjunto de atitudes e
atividades racionais, dirigidas ao sistemático conhecimento com objeto limitado,
capaz de ser submetido à verificação.
❏ As ciências possuem:
❏ Objetivo ou Finalidade - preocupação em distinguir a característica comum
ou as leis gerais que regem determinados eventos.
❏ Função - aperfeiçoamento, através do crescente acervo de conhecimentos,
da relação do homem com o seu mundo.
❏ Objeto - subdividido em:
❏ Material - aquilo que se pretende estudar, analisar, interpretar
ou verificar, de modo geral;
❏ Formal - o enfoque especial, em face das diversas ciências
que possuem o mesmo objeto material.
❏ As hipóteses científicas são passíveis de teste (falseáveis);
❏ Utilizamos instrumentos para verificar a ocorrência dos fenômenos;
❏ O procedimento científico leva a circunscrever, delimitar, fragmentar e analisar o que
se constitui o objeto da pesquisa, atingindo segmentos da realidade.
Classificação das Ciências
Conhecimento Popular
❏ Pode-se dizer que o conhecimento vulgar ou popular, é o modo comum, corrente e
espontâneo de conhecer, que se adquire no trato direto com as coisas e os seres
humanos: é o saber que preenche nossa vida diária e que se possui sem o haver
procurado ou estudado, sem a aplicação de um método e sem se haver refletido
sobre algo.
❏ O conhecimento popular caracteriza-se por ser predominantemente:
❏ Superficial - conforma-se com a aparência, com aquilo que se pode
comprovar simplesmente estando junto das coisas: expressa-se por frases
como “porque eu vi”, “porque eu senti”, “porque me disseram”, “porque todo
mundo diz”;
❏ Sensitivo - referente a vivências, estados de ânimo e emoções da vida
diária;
❏ Subjetivo - é o próprio sujeito que organiza suas experiências e
conhecimentos, tanto os que adquire por vivência própria quanto os "por ouvi
dizer";
❏ Assistemático - esta “organização” das experiências não visa a uma
sistematização das idéias, nem na forma de adquiri-las nem na tentativa de
validá-las;
❏ Acrítico - simplesmente assumimos como corretos/verdadeiros.
Tipos de Conhecimento
O conhecimento científico diferencia-se do popular muito mais no que se refere ao seu
contexto metodológico do que propriamente ao seu conteúdo. Essa diferença ocorre
também em relação aos conhecimentos filosófico e re religioso (teológico).
Popular Científico Filosófico Religioso (Teológico)

Valorativo; Real (factual); Valorativo; Valorativo;


Reflexivo; Contingente; Racional; Inspiracional;
Assistemático; Sistemático; Sistemático; Sistemático;
Verificável; Verificável; Não verificável; Não verificável;
Falível; Falível; Infalível; Infalível;
Inexato. Aproximadamente exato. Exato. Exato.
Essas formas podem coexistir - um cientista terá sua base filosófica, pode praticar uma
religião e na vida cotidiana, agir segundo o senso comum.

Psicologia
❏ Psicologia é uma disciplina científica;
❏ Utilizamos diferentes metodologias para coletar informações sobre o ser humano;
❏ Realizamos experimentação para comprovar o efeito de variáveis ambientais sobre
o comportamento humano.

Método Científico
❏ Não há apenas “UM” ou “O MÉTODO” científico, a metodologia de uma pesquisa é
definida principalmente pelos seus objetivos - qual pergunta queremos responder e
qual a melhor maneira de respondê-la?
Pesquisa

Escolha do Tema
Para organizar um projeto de pesquisa a primeira pergunta a se fazer é “O que será
explorado?”. Este é o momento de selecionar o tema. Muitas possibilidades aparecem,
portanto você não conseguirá ter exatidão do tema logo de início. Esse momento faz parte
do processo de construção do problema pois ele indica as possibilidades, ainda que de
forma nebulosa.
É importante destacar que os temas para uma pesquisa podem surgir de várias
maneiras:
❏ Da observação do cotidiano, através do qual, direcionando o seu olhar, o
pesquisador poderá descobrir problemas interessantes;
❏ Da vida profissional, que suscita a vivência de muitas situações dilemáticas que
podem ser pensadas como projetos de pesquisa;
❏ De contato com especialistas, de maneira individual ou coletiva (através de
conferências, seminários etc.), que costumam proporcionar o levantamento de novas
questões;
❏ Do estudo de literatura especializada, que pode indicar controvérsias e lacunas a
serem preenchidas;
❏ Da criatividade, da descoberta repentina e algumas vezes casual de um problema a
ser investigado.
Na hora de escolher um tema de pesquisa, considere que o tema a ser selecionado deve
indicar a área de interesse a ser investigada. A área de interesse deve ser definida, pela
sua vontade, pela sua motivação em fazer essa pesquisa, levando em consideração a
disponibilidade do pesquisador, a utilidade da pesquisa, a determinação para terminar
apesar das dificuldades, etc. Na escolha da área de interesse também é importante ser
considerada a sua carreira e as exigências do curso.
Um aspecto relevante a ser considerado neste momento é se o tema escolhido é
exeqüível, isto é, se é possível de ser executado por você. Muitas vezes se elege um tema
interessantíssimo, mas que, diante da disponibilidade do pesquisador, da amplitude do tema
ou mesmo das condições concretas que limitam principalmente o trabalho de pesquisadores
iniciantes, não é possível de ser executado.
Lembre-se que é importante encontrar um objeto que mereça ser investigado
cientificamente e tenha condições de ser formulado e delimitado em função da pesquisa.
Primeiras Aproximações ao Tema - Revisões de Literatura - Por que Fazer?
Tendo o tema, que é muito amplo. O passo seguinte é começar a se aproximar mais para
descobrir qual é o ponto exato que você pretende pesquisar. Para determinar esse ponto é
preciso conhecer um pouco mais o tema selecionado, realizando um levantamento de
documentos, artigos, livros e contribuições mais relevantes sobre o tema.
A revisões de literatura é o primeiro passo para a construção do conhecimento científico.
Serve para identificar:
❏ Se algo já foi estudado neste tema ou em temas próximos;
❏ O que já foi estudado sobre este tema;
❏ Quais métodos foram empregados nestes estudos;
❏ Possíveis lacunas e oportunidades de novas pesquisas.
Como Planejar e Executar Buscas?

Plataformas de Busca
❏ Biblioteca virtual da Kroton;
❏ Biblioteca Digital de Teses e Dissertações;
❏ Periódicos CAPES;
❏ Google Acadêmico;
❏ Scielo.br.
Termos de Busca
❏ Asterisco *
Ex. Neuro*
Neuropsicologia, neuroanatomia, neurociências, etc.
❏ Aspas “”
Ex. “behaviorismo radical”
Essa expressão, nessa ordem. Apenas o que contém exatamente o conteúdo dentro
das aspas
Formas Básicas de Organização do Trabalho Científico
Você já escolheu o tema que pretende pesquisar. Também já realizou um levantamento
inicial dos materiais disponíveis sobre o assunto. Feito esse levantamento, você precisa
conhecer melhor o material selecionado. E, certamente, cada material examinado indicará
novas fontes a serem pesquisadas. Para evitar problemas, organize-se!
Após o levantamento inicial dos documentos, artigos, livros, contatos diretos e etc, o
passo seguinte é organizar o material. A cada leitura, registre suas impressões sobre o
material utilizando formas de sistematização como o fichamentos, resumos e resenhas.
Selecionado o material, organize uma base de dados ou um fichário de apontamentos.
Aos poucos, ao adquirir mais experiência, cada pesquisador define que tipo de
organização é mais adequada para o seu campo de pesquisa e para a sua forma de
trabalho.
A Justificativa
Depois de ter delimitado a questão de estudo, cabe indagar sobre a sua relevância. É o
momento de organizar a justificativa, considerando os seguintes aspectos: Por que escolhi
esse tema? O tema que escolhi é importante? Que motivos o justificam, nos planos teórico
e prático? Qual é a relação do tema e/ou do problema formulado com o contexto social?
Que contribuição posso oferecer com esse estudo e, se for o caso, quais os aspectos
inovadores do trabalho?
Justificar um tema é evidenciar razões suficientes para que haja o desenvolvimento da
pesquisa. Isto significa que você deve apresentar bons e convincentes motivos para
empreender o seu esforço de investigação.
O Referencial Teórico
Definido o tema e organizando o levantamento inicial, é necessário precisar mais o que
você vai estudar, especificando melhor que aspecto do seu tema você pretende privilegiar
na sua investigação. Esse é o momento da problematização e da sua delimitação.
❏ Problematização - problematizar um tema significa abrir um leque de questões que
possam colaborar para que o seu problema seja definido, para que a sua hipótese
possa emergir, para que você possa situar seu problema no interior de um debate
teórico. É importante esclarecer que o caminho para elaborar a problematização do
tema começa a exigir mais do que o levantamento bibliográfico inicial, impõe uma
análise sobre a literatura disponível sobre o tema. A tarefa aqui é a de, diante de
vários estudos e interpretações, selecionar o seu campo de atuação, fazer o seu
recorte. Isso significa que na problematização do tema deve estar contido o
referencial teórico.
❏ Delimitação - ao delimitar bem a questão, a condução da pesquisa será facilitada, os
objetivos ficam claros, a metodologia é indicada. Organizada a situação
problemática, você pode destacar o aspecto que pretende investigar, a sua questão
específica. Dentre os vários aspectos você deverá escoIher um "pedaço", a parte
que você quer estudar com profundidade. Formular a questão significa que você
deve colocar de maneira clara, específica e operacional, qual é a dificuldade que
você pretende examinar. Muitos autores sugerem que a questão deva ser formulada,
explicitamente, como pergunta. Uma vantagem de escrever dessa maneira está em
facilitar a identificação da questão para o leitor, e também em tornar rápida
associação com a hipótese e com os objetivos do projeto. Mas formular "o problema"
como pergunta não é uma condição obrigatória.
Os Objetivos da Pesquisa
O objetivo é o que você pretende atingir com a sua pesquisa e não o que você vai fazer
para atingi-lo. O objetivo torna o problema explícito.
Dentro de um projeto de pesquisa, os objetivos servem para;
❏ Dar a direção da ação do pesquisador;
❏ Definir a natureza do trabalho;
❏ Oferecer indicações sobre a escolha do seu percurso metodológico (pois norteiam a
escolha dos métodos e das técnicas de pesquisa).
Podemos esperar, portanto, uma coerência entre a delimitação da questão, a
determinação dos objetivos e a escolha da metodologia.
Os objetivos devem ser reais e atingíveis.
Exemplos:
❏ Investigar como a variável A afeta o comportamento de B;
❏ Observar correlações entre a população C e o comportamento D;
❏ Comparar a população E e F com relação ao comportamento G.
No geral os objetivos são iniciados por um verbo no infinitivo.
Conhecimento - conhecer, apontar, definir, descrever, identificar, reconhecer, relatar.
Compreensão - compreender, concluir, demonstrar, determinar, diferenciar, discutir,
interpretar, reafirmar.
Aplicação - aplicar, desenvolver, empregar, estruturar, organizar, praticar, selecionar.
Análise - analisar, comparar, criticar, diferenciar, discriminar, examinar, investigar.
Síntese - compor, construir, documentar, especificar, esquematizar, formular, produzir,
propor, reunir, resumir.
Avaliação - argumentar, avaliar, contrastar, decidir, escolher, estimar, julgar, medir,
selecionar.
Podemos distinguir os objetivos da pesquisa em objetivos gerais e objetivos específicos:
❏ Gerais - define o que se pretende alcançar com a realização da pesquisa. É um
objetivo mais amplo, a questão principal da pesquisa.
❏ Específicos - objetivos secundários, estão relacionados à questão principal e
definem aspectos mais específicos, que contribuem para alcançar o objetivo geral.
Exemplo: Geral: “O nosso objetivo geral foi investigar o efeito de duas variáveis
contextuais – reforço e frequência de tentativas – sobre a percepção temporal de
animais humanos e não humanos, conforme avaliada numa tarefa de bissecção”.
Assim, estabelecemos uma série de objetivos específicos:
“a) Avaliar os efeitos das variáveis sobre a medida de viés temporal;
b) Utilizar uma tarefa de bissecção modificada de forma a obter novas medidas;
c) Comparar e contrastar os efeitos do reforço e da frequência de tentativas;
d) Comparar o desempenho entre espécies;
e) Considerar as implicações dos estudos para os modelos teóricos existentes.”
A Elaboração da Hipótese
Delimitado o tema, elaborada a sua problematização e pontuada a questão, uma direção
é tomada. Essa direção pode indicar possíveis “respostas”, mesmo que provisórias. É nesse
momento que emerge a hipótese. A hipótese é uma “antecipação” do resultado da
pesquisa, uma suposição, uma opinião, uma possível resposta à pergunta que você fez ao
elaborar o seu problema, que poderá ou não, ser confirmada pela pesquisa. Ao elaborar a
hipótese a mesma deve ser/ se faz necessário:
❏ Plausível;
❏ Consistente;
❏ Específica;
❏ Clara;
❏ Explicativa;
❏ Simples;
❏ Não deve se basear em valores morais, indicando o que é “bom”, o que é
“prejudicial”, dentro outros;
❏ Ter conhecimento do referencial teórico;
❏ Utilizar logicamente o referencial;
❏ Conhecer as técnicas de pesquisa existentes.
Lembrando que você não é obrigado a justificar a sua hipótese. O enunciado da hipótese
é uma expressão da livre escolha, que mistura intuição, bom senso, experiência e
competência.
O Que é um Projeto de Pesquisa?
O projeto de pesquisa deve funcionar como um guia do pesquisador em relação aos
passos a seguir. Apesar de ser um roteiro pré-estabelecido e rigorosamente elaborado, o
projeto não é imutável, ao contrário, o caminho percorrido ao longo da pesquisa acaba por
imprimir-lhe novas características, novos aspectos, colocando novas exigências para o
investigador. Podemos dizer que o momento da construção do projeto é o momento mais
criativo e individual do pesquisador.
O projeto é uma apresentação organizada do conjunto de decisões que você tomou em
relação à investigação científica que pretende empreender. Para que o projeto seja
eficiente, ele precisa ser bem pensado e bem redigido, pois ele é um documento escrito, é a
materialização de um planejamento.
O projeto não é uma proposta fechada, imutável e inflexível. Ao contrário! Ao longo da
investigação você pode incorporar novos elementos ao projeto, elementos que não foram
previstos inicialmente. Esse movimento de abertura é próprio de qualquer atividade
planejada.
O projeto deve ser entendido como um produto - pois é um documento escrito resultante
de um exercício acadêmico e científico - e também como um processo - pois é um
instrumento dinâmico, que tem a importante característica de ser flexível.
O projeto também preenche a seguinte finalidade: possibilita a comunicação entre os
seus pares permitindo uma troca. Expondo seu projeto para seus colegas e professores
você pode descobrir lacunas, enxergar novas possibilidades metodológicas, dentre outras
coisas.
A Estrutura Básica de um Projeto de Pesquisa
Um projeto de pesquisa pode ser organizado de várias maneiras. Não existe um padrão
rigidamente estabelecido e imutável. Um pesquisador pode optar por apresentar o seu
sumário do projeto da forma mais “clássica”: justificativa, problema, objetivos, metodologia,
cronograma, bibliografia.
Essa é uma estrutura básica que pode ser apresentada de muitas outras formas. Uma
outra possibilidade de apresentação é a seguinte: origem do problema, âmbito da
problemática, objetivos, considerações teórico-metodológicas, cronograma e bibliografia.
Também é comum encontrarmos projetos com a seguinte sequência: delineando o objeto de
estudo, considerações teórico-metodológicas, cronograma e bibliografia.
Qualquer que seja a sua apresentação formal, o projeto de pesquisa deve contemplar um
núcleo básico. Isto significa que, mesmo que a forma de apresentação seja diversa, todo
projeto deve responder às seguintes perguntas:
❏ O que pesquisar? (Definição do problema, hipóteses, base teórica e conceitual);
❏ Porque pesquisar? (Justificativa da escolha do problema);
❏ Para que pesquisar? (Propósitos do estudo, seus objetivos);
❏ Como pesquisar? (Metodologia);
❏ Quando pesquisar? (Cronograma de execução);
❏ Com que recursos? (Orçamento);
❏ Pesquisado por quem? (Equipe de trabalho, pesquisadores coordenadores,
orientadores).
O importante não é obedecer regras - que não são fixas -, o importante é deixar que as
suas ideias sejam expostas com clareza.
Respondida cada pergunta do núcleo básico, é hora de pensar na forma de apresentar o
seu projeto. Lembre-se: A forma de apresentação do projeto está, primeiramente, vinculada
à construção do problema, já que está intimamente relacionada ao conteúdo, Isto indica
que, ao delimitar o seu problema, você deve pensar na exposição mais adequada para seu
texto.
Da mesma maneira que a estrutura do projeto tem um núcleo básico, o percurso da
investigação científica também possui alguns elementos comuns. É Interessante a
contribuição de Goldenberg (1999) neste momento. A autora compara o processo de
investigação com uma relação amorosa.
❏ Paquera - a pesquisa apresenta diferentes fases. A fase inicial, que pode ser
chamada de exploratória, Iembra uma “paquera” de dois adolescentes. É o momento
em que se tenta descobrir algo sobre o objeto de desejo, quem mais escreveu (ou
se interessou) sobre ele, como poderia haver uma aproximação, qual a melhor
abordagem dentre todas as possíveis para conquistar este objeto.
Observe que na fase exploratória você está sondando, buscando uma primeira
aproximação. Podemos dizer que a fase exploratória corresponde a um olhar, ainda
distante, mas que indica uma atenção, um desejo.
❏ Namoro - iniciada a "paquera", é necessário um cuidado maior, uma disciplina. É o
momento de organizar o projeto de investigação:
Em seguida, vem a fase que equivale ao "namoro", uma fase de maior compromisso
que exige um conhecimento mais profundo, uma dedicação quase que exclusiva ao
objeto de paixão. É a fase de elaboração do projeto de pesquisa em que a estudioso
mergulha profundamente no tema estudado.
❏ Casamento - segundo Goldenberg (1999), se a fase do "namoro" for bem-sucedida,
o pesquisador acaba por envolver-se profundamente com o seu objeto de estudo,
iniciando a fase do casamento.
A terceira fase é o casamento em que a pesquisa exige fidelidade, dedicação,
atenção ao seu cotidiano, que é feito de altos e baixos. O pesquisador deve resolver
todos os problemas que vão aparecendo, desde os mais simples (como se vestir
para realizar as entrevistas) até os mais cruciais (como garantir a verba para a
execução da pesquisa).
❏ Separação - por fim, a autora apresenta o último momento. Talvez seja uma das
poucas "separações" felizes:
Por último, a fase da "separação” em que o pesquisador precisa se distanciar do seu
objeto para escrever o relatório final da pesquisa. É o momento em que é necessário
olhar o mais criticamente possível o objeto estudado, em que é preciso fazer
rupturas, sugerir novas pesquisas. É o momento de ver os defeitos e qualidades do
objeto amado.
É observável que a "separação” não é uma condição mutável necessária para que possa
emergir um olhar mais crítico sobre a pesquisa. Há diferentes modos de emergir esse olhar
mais crítico, por exemplo:
❏ A possibilidade de compreender a partir do envolvimento;
❏ Relação sujeito-objeto do conhecimento;
❏ A afetividade do conhecimento.
Esclarecendo os termos Monografia, Dissertação e Tese
❏ Monografia - atividade de pesquisa científica, sendo geralmente solicitado para
conclusão de cursos de graduação e de pós-graduação. A monografia é um estudo
profundo sobre um autor(a), um tema, uma época, isto é, remete para um trabalho
escrito sobre um tema específico: mon(o) = único, graf(o) = escrever.
Assim, ao escrever um trabalho monográfico, você estará diante do desafio de
aprofundar um aspecto dos muitos que integram um determinado assunto.
Na monografia, o importante é a qualidade e não a quantidade. É caracterizada por
um trabalho rigoroso, que sistematiza observações, críticas e reflexões feitas pelo
aluno. Mas cabe destacar que uma monografia ultrapassa o nível de compilação de
textos, ou seja, não se trata de uma série de resumos e opiniões pessoais, trata-se
de uma análise de dados que contribua para determinados aspectos do tema
estudado.
A monografia apresenta a seguinte estrutura: introdução, desenvolvimento e
conclusão.
❏ Tese - a tese de doutorado é o tipo mais característico de monografia. Refletindo
sobre um tema único e específico, a tese deve colocar um problema, demonstrando
hipótese - se for o caso -, e, através de uma argumentação sólida, convencer o leitor
da sua proposição.
Exige-se da tese de doutoramento uma contribuição original sobre o tema. Ela deve
significar um progresso para o campo em que está inserida, uma "descoberta", por
menor que seja está. Podem ser descobertas mais modestas.
❏ Dissertação - a dissertação de mestrado, por sua vez, cumpre as exigências de uma
monografia: é a apresentação dos resultados de uma reflexão sobre um tema
delimitado. Como é um trabalho de iniciação à ciência, rigorosamente orientado, é
evidente que não se pode exigir da dissertação de mestrado um nível de
originalidade. Assim, por ser um trabalho científico que corresponde à iniciação à
investigação, a dissertação possui um caráter didático acentuado.
Fases e Elementos da Pesquisa Científica
Fases e Elementos:
❏ Definição do tema;
❏ Leitura;
❏ Elaboração de projeto de pesquisa:
❏ Introdução;
❏ Método;
❏ Cronograma de atividades;
❏ Orçamento.
Cronograma
Quando?
A pesquisa deve ser dividida em partes, fazendo-se a previsão do tempo necessário para
passar de uma fase a outra. Algumas partes podem ser executadas simultaneamente.
Porém, outras dependem das fases anteriores,por exemplo, analisar os dados depende da
coleta.

Fases e Elementos:
❏ Elaboração de instrumentos/Recrutar participantes;
❏ Coleta de dados;
❏ Análise dos dados;
❏ Relatório de Pesquisa:
❏ Introdução:
❏ Tema;
❏ Estudos anteriores;
❏ Justificativa;
❏ Objetivos.
❏ Método:
❏ Participantes/Sujeitos;
❏ Setting experimental/Materiais;
❏ Procedimento;
❏ Análise de dados.
❏ Resultados:
❏ Figuras e Tabelas (normas APA);
❏ Descrição.
❏ Discussão:
❏ Relacionar os resultados ao conteúdo da introdução;
❏ Limitações do estudo;
❏ Sugestões para estudos futuros.
❏ Referências:
❏ Todo o material citado no trabalho (livro, site, revista, jornal, vídeo
etc);
❏ Normas APA (American Psychological Association).
Métodos de Pesquisa em Psicologia
Em um projeto de pesquisa, o método mostra o caminho a ser percorrido em uma
investigação, ou seja, como se responderá aos problemas estabelecidos.
Deve estar de acordo com os objetivos específicos, abrangendo a definição de como
será feito o trabalho.Levando em consideração as seguintes perguntas:
❏ Participantes/Sujeitos:
❏ Quem? Idade, gênero, população, escolaridade etc.
❏ Quantos?
❏ Experiência Prévia?
❏ Ética.
❏ Ambiente, Materiais/Instrumentos, Equipamentos:
❏ Online? Instituição? Laboratório? (Dimensões, mobiliário, ruído, iluminação);
❏ Questionários, folhas de registro?
❏ Computador? Software? Gravador? Fone de ouvido?
Procedimento do Método
❏ Descrever em detalhes como a pesquisa será realizada;
❏ A descrição do procedimento deve ser feita, preferencialmente, na sequência em
que ele foi realizado; Atente-se para a clareza e objetividade da linguagem;
❏ Evite termos vagos, imprecisos ou ambíguos;
❏ Como o experimento ainda não foi realizado, o tempo verbal de toda a descrição
deve estar no futuro.
❏ Descreva passo a passo como o projeto foi conduzido, quantas sessões foram
feitas, quais os critérios para o encerramento ou mudança de fase do experimento e
o que os sujeitos/participantes deveriam realizar durante cada sessão.
Tipos de Métodos
Estudo de Caso
❏ Estudo detalhado de UMA pessoa.
❏ Pode consistir em observações da vida real, entrevistas, pontuações em vários
testes psicológicos.
❏ Desvantagens:
❏ Viés do observador;
❏ Difícil de tirar conclusões;
❏ Não dá para generalizar.
❏ Vantagens:
❏ Utilizado para casos raros e especiais;
❏ Casos em que não é possível realizar pesquisa experimental, por exemplo,
lesões específicas;
❏ EXEMPLO, Caso H.M.: Capaz de lembrar eventos anteriores ao dano que
sofreu, mas não se lembrava de nada que houvesse acontecido
posteriormente, inspirou os psicólogos a sugerir que possuímos diferentes
tipos de memória.
Estudo Observacional
❏ Observação no contexto natural.
❏ A observação precisa ser treinada e sistemática.
❏ Há necessidade de acordo entre observadores.
❏ Vantagens:
❏ Comportamento “espontâneo”, cotidiano;
❏ Pode fornecer idéias sobre variáveis influenciando o comportamento.
❏ Desvantagens:
❏ Muito trabalhoso;
❏ Não é possível manipulação;
❏ É necessário tomar cuidado para não enviesar o comportamento com a
presença do experimentador.
Entrevista
❏ Perguntas pré-determinadas são feitas por meio de entrevistas pessoais.
❏ As perguntas devem ser abertas, para incentivar o entrevistado a dar o máximo de
informações possíveis.
❏ As perguntas devem ser simples e claras. Jamais faça duas perguntas ao mesmo
tempo, isso confunde o entrevistado.
❏ Vantagens:
❏ É possível obter muita informação detalhada sobre as experiências e
opiniões dos entrevistados;
❏ Podem ser usadas para ajudar na elaboração de questionários.
❏ Desvantagens:
❏ É muita informação!;
❏ Poucos entrevistados;
❏ Nem sempre o que falamos equivale ao que fazemos.
Levantamento
❏ Questionário: Perguntas pré-determinadas respondidas diretamente pelo
participante no papel ou computador.
❏ As perguntas devem ser fechadas, para facilitar a análise quantitativa dos dados.
❏ As perguntas e as opções disponibilizadas devem ser simples e claras.
❏ As opções devem considerar todas as possibilidades.
❏ Vantagens:
❏ Facilidade de coleta. No papel pode ser feito com vários respondentes ao
mesmo tempo, por exemplo, pedindo para uma turma na faculdade. No
computador pode ser feito virtualmente, sem presença do experimentador na
coleta;
❏ Facilidade de encontrar participantes permite obtenção de um grande volume
de dados.
❏ Desvantagens:
❏ Grande volume de dados;
❏ Dados são apenas correlacionais, não podemos atribuir causalidade;
❏ Os dados são agrupados e não individuais;
❏ Controle limitado sobre quem responde (especialmente online);
❏ O que as pessoas falam e o que elas fazem nem sempre coincide.
Experimento
❏ Uma ou mais variáveis são sistematicamente manipuladas (VI - variável
interveniente), e o efeito dessa manipulação sobre o comportamento (VD - variável
dependente) é estudado.
❏ Vantagens:
❏ Possibilidade de manipular (não somente observar);
❏ Possibilidade de tirar conclusões sobre causalidade;
❏ Maior controle de variáveis estranhas.
❏ Desvantagens:
❏ O laboratório pode ser considerado um ambiente “artificial”;
❏ Nem sempre é possível manipular variáveis (Ex.: gênero, idade, lesões
físicas, transtornos psiquiátricos);
❏ É um procedimento bastante demorado de planejar e executar, exige um
ambiente controlado, pode exigir habilidades de programação e/ou verba
para execução.

Ética em Pesquisa
❏ Resolução 466/2012 - diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas
envolvendo seres humanos
❏ Respeito;
❏ Máximo de benefícios com mínimo de riscos;
❏ Assegurar a confidencialidade e a privacidade;
❏ Consentimento livre e esclarecido do participante da pesquisa e/ou
representante legal.
❏ Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE):
❏ Justificativa, objetivos e procedimentos;
❏ Possíveis desconfortos e benefícios;
❏ Esclarecimento sobre acompanhamento;
❏ Plena liberdade de recusar-se a participar ou retirar seu consentimento em
qualquer fase da pesquisa, sem penalização alguma;
❏ Sigilo e privacidade;
❏ Receber uma via do TCLE.
❏ http://plataformabrasil.saude.gov.br
❏ CONEP - Comissão Nacional de Ética em Pesquisa em Seres Humanos
❏ Responsável pela análise dos aspectos éticos das pesquisas, bem como
adequação e atualização das normas
❏ CEP - Comitê de Ética em Pesquisa
❏ Colegiados criados para defender os interesses dos participantes e contribuir
no desenvolvimento da pesquisa dentro de padrões éticos

Analisando os Dados - Análise Qualitativa

Análise de Dados
❏ Após a coleta, os dados são elaborados e classificados de forma sistemática:
❏ Seleção - exame minucioso dos dados. Falta algo? Há informações
confusas, difíceis de interpretar?
❏ Codificação - categorizar os dados que se relacionam. Os dados são
transformados em símbolos, podendo ser tabelados e contados.
❏ Organização - disposição dos dados para facilitar a verificação das
inter-relações entre variáveis → Figuras.
Análise Qualitativa
❏ Informação sobre valores, crenças, hábitos, opiniões, atitudes.
❏ Aprofunda a compreensão de problemas, pessoas e relacionamentos, abrindo
perspectivas para estudos posteriores.
❏ Descrição do comportamento:
❏ Ambiente, eventos e pessoas;
❏ Categorização de comportamentos;
❏ Categorização de temas que emergem na discussão/entrevista (análise de
conteúdo).
❏ Estudo de caso, observação naturalística, entrevista, grupo focal, análise
documental, biografia.
❏ Análise de Conteúdo
❏ Categorização;
❏ Descrição;
❏ Classificação;
❏ Quantificação;
❏ Interpretação (relação com a teoria).
❏ Exemplo:
❏ Objetivo - descrever as expectativas de estagiários sobre o trabalho
administrativo voluntário e sua motivação para realizar esse tipo de trabalho.
❏ Metodologia - entrevista semi-estruturada de três estagiários voluntários.
❏ Resultados:
❏ Categorias:
❏ Organização do trabalho;
❏ Expectativas com relação ao trabalho;
❏ Relacionamentos no trabalho;
❏ Conflitos no trabalho.
❏ Expectativas com relação ao trabalho
❏ Temas - experiências no trabalho, motivação, expectativas.
❏ Definição - foi relatado que é difícil realizar um trabalho voluntário por conta
das despesas, e que a motivação é devido à experiência profissional e
pessoal além da possibilidade de se tornar funcionário efetivo.
❏ Fala - “(...) achava que o meu trabalho que seria desenvolvido aqui dentro
fosse de uma outra forma, que fosse uma outra coisa.”

Análise Quantitativa
Descrição dos resultados:
❏ Comparando porcentagens entre grupos
E.g., temos 40 homens e 30 mulheres. Qual porcentagem gosta de viajar?
❏ Correlacionando escores individuais
E.g., relação entre local na sala e notas.
❏ Comparando médias entre grupos
E.g., escala de agressão em crianças que assistiram um vídeo com violência vs. que
não assistiram.
→ Tem que ter o mesmo número por grupo (e.g., 10 homens e 10 mulheres).

Estatística Descritiva
❏ Tendência Central:
❏ Média - a soma de todos os valores do conjunto de dados dividido pelo
número de valores deste conjunto de dados.
❏ Mediana - o escore médio de um conjunto de dados que tenha sido
ordenado.
❏ Moda - o escore mais frequente do seu conjunto de dados.
❏ Dispersão/Variabilidade:
❏ Variância e Desvio Padrão
❏ Amplitude (mínimo e máximo)
❏ Medidas de Dispersão
❏ Intervalo - a diferença entre a maior e a menor observação nos dados.
❏ Intervalo interquartílico - a diferença entre o 25o e 75o percentil (50% das
observações centrais).
❏ Desvio Padrão - é uma medida da dispersão dos dados ao redor da média.
❏ Pode ser entendido como a média das diferenças ao redor da média.
❏ Por que precisamos disso?
Um estatístico poderia colocar a sua cabeça no forno e os seus pés no gelo e
dizer que, em média, ele se sente bem.
Famílias têm, em média 1.5 filhos.
❏ Estatística Descritiva
❏ Representação gráfica de relações
Valor na Escala x Gênero
Horas de atividade física x Horas assistindo TV

❏ Calculando correlações
Local na sala: 2, 5, 1, 6, 3, 2, 2, 4, 6, 7
Nota na prova: 95, 50, 60, 75, 80, 100, 70, 30, 10, 20

Resultados e Discussão

Relatório de Pesquisa - Final


❏ Capa;
❏ Resumo;
❏ Introdução;
❏ Método;
❏ Resultados;
❏ Discussão;
❏ Referências.
❏ Anexos
❏ Modelo do TCLE;
❏ Instrumentos utilizados (questionário, escala).
Resultados
❏ Tabelas e Figuras:
❏ Numeração independente e na ordem que aparece;
❏ Não apresente informação repetida;
❏ Não inclua algo que não esteja descrito nos resultados.
❏ Tabelas:
❏ Não possuem traços verticais, apenas horizontais;
❏ A legenda fica em cima, com o texto em itálico.

❏ Figuras:
❏ A legenda fica embaixo, com Figura X em itálico, seguido de um ponto e
texto corrido.
❏ Resultados:
❏ Descrições RESUMIDAS sobre o observado, baseadas nas análises e na
organização dos dados coletados durante a pesquisa.
❏ Mostrar quais variáveis são apresentadas na figura ou tabela e o resultado
encontrado.
❏ Dirigir a atenção do leitor para aspectos que o autor considera relevantes.
“A Figura 1 mostra a frequência de respostas “sim” dos estudantes de direito
e enfermagem. Os estudantes de enfermagem mostraram, em média, mais
conhecimento sobre os fatores de prevenção e pósvenção do suicídio.
----INSERIR FIGURA 1 AQUI----
❏ Discussão:
❏ Relacionar os resultados ao conteúdo da introdução.
❏ Apresentar possíveis interpretações e explicações para os resultados obtidos
e para possíveis discordâncias da literatura.
❏ Limitações do estudo.
❏ Sugestões para estudos futuros.

Normas APA 6ª Edição

Normas de Formatação
Capa
❏ O título tem que fazer referência às variáveis relevantes e o tipo de participante.
Ex: Habilidades de leitura e escrita de estudantes universitários.
Resumo
❏ Redigido em apenas um parágrafo, sem recuo, em uma folha à parte.
❏ Informações gerais:
❏ Tema e objetivos;
❏ Método;
❏ Principais resultados;
❏ Conclusões.
❏ Até 250 palavras.
❏ Palavras-chave: Até 6. Facilita a busca pelo artigo.

Introdução
❏ Definição do tema
Ex: O que é Burnout?; quais são os fatores de prevenção e posvenção do suicídio…
❏ Estudos anteriores
❏ Quais pesquisas já foram realizadas e quais seus resultados?
❏ Justificativa
❏ Por que o tema é importante?
❏ Objetivos
❏ Qual a pergunta de pesquisa? O que queremos saber?
Estudos Anteriores
Colocar os fichamentos na introdução em formato de resumo, ou seja, texto corrido.
Ficha de Leitura (Artigos científicos)
Título:
Autor(es):
Ano:
Objetivo:
Sujeitos/Participantes:
Procedimento:
Principais resultados:
Citações
❏ Informações e idéias retiradas de outros estudos devem ser especificadas de forma
simplificada no texto (citação), e a referência completa deve ser incluída na seção de
Referências.
❏ Quando a estrutura do texto-fonte foi alterada em alguma medida, coloca-se apenas
o sobrenome dos autores e o ano de publicação (paráfrase):
❏ Segundo Todorov (1970), o comportamento de escolha deve ser analisado …
❏ A lei generalizada da igualação (Baum, 1974) descreve a relação entre…
❏ Quando o texto-fonte foi reproduzido literalmente, adiciona-se o número da página e
o texto deve vir entre aspas (citação direta).
❏ “Análise do Comportamento é um rótulo aplicado para identificar uma série
de procedimentos usados por um número crescente de psicólogos
interessados em problemas práticos e teóricos relacionados com questões
humanas” (Todorov, 1981, p. 307).
❏ Um ou dois autores:
❏ Todorov e Hanna (1981); (Todorov & Hanna, 1981).
❏ Três a cinco autores:
❏ Primeira vez: Albuquerque, Melo e Soares (2015); (Albuquerque, Melo &
Soares, 2015).
❏ A partir da segunda vez: Albuquerque et al. (2015); (Albuquerque et al.,
2015).
❏ Seis ou mais autores:
❏ Baum et al. (2002); (Baum et al., 2002)
Formatação
❏ Margens: 2.5 cm;
❏ Times New Roman;
❏ Tamanho 12;
❏ Espaçamento entre linhas: duplo;
❏ Espaçamento entre parágrafos: 0 pt;
❏ Texto alinhado à esquerda;
❏ Primeira linha com recuo de 1 polegada;
Títulos e Subtítulos
❏ A palavra Introdução não aparece no alto da folha;
❏ Em todas as outras seções (Resumo, Método, Resultados e Discussão), o título
aparece em uma linha à parte, centralizado, em negrito, com apenas a primeira letra
em maiúscula
❏ Centralizado, Negrito,
Maiúsculas e Minúsculas;
❏ Alinhado à Esquerda,
Negrito, Maiúsculas e
Minúsculas
❏ Recuo, negrito,
minúsculas terminando com
ponto. O parágrafo começa aqui,
na mesma linha que o título.
❏ Recuo, negrito, itálico,
minúsculas e terminando com
ponto. O parágrafo começa aqui.

Referências
❏ Todo o material citado no trabalho;
❏ Começa em uma nova folha;
❏ Ordem alfabética;
❏ Primeira linha sem recuo;
❏ Linhas subsequentes com recuo de 2.5 cm.

❏ Artigo publicado em revista científica: Sobrenome, Iniciais. (Ano). Título do artigo.


Periódico, Volume(Número), primeira-última página.
❏ Todorov, J. C. (1989). A psicologia como estudo de interações. Psicologia:
Teoria e Pesquisa, 5(2), 347-352.
❏ Capítulo de livro: Sobrenome, Iniciais. (Ano). Título do Capítulo. Em Iniciais e
Sobrenome (Eds.), Título do livro (primeira e última página do capítulo). Local:
Editora.
❏ Catania, A.C. (1988). Linguagem e Operantes Verbais. Em A. C. Catania, &
S. Harnad (Eds.), Aprendizagem: Comportamento, Linguagem e Cognição
(pp. 3-8). Cambridge: Cambridge University Press.
❏ O google acadêmico fornece referência automática em formato APA.
❏ PORÉM, quase sempre há erros, copie e cole, mas confira a formatação!
Apêndice
❏ Questionário;
❏ Escala;
❏ TCLE;
❏ Um apêndice: Apêndice;
❏ Dois ou mais: Apêndice A, Apêndice B, ... (na ordem que for apresentado no texto).

Obs: Todo o conteúdo apresentado neste arquivo é de suma importância e está resumindo
a matéria estudada, portanto será marcado apenas os títulos para uma melhor organização
e compreensão.

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