Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O conhecimento resulta da interação do sujeito com o objeto. O desenvolvimento cognitivo ocorre pela
assimilação do objeto de conhecimento a estruturas próprias e existentes no sujeito e pela acomodação
dessas estruturas ao objeto da assimilação.
Projeto de Pesquisa
1. 1 – Escolha do tema. Por mais que pareça a parte crucial do trabalho, você
não deverá concebê-la como algo natural, necessário. ...
2. 2 – Problematização (problema) ...
3. 3 – Justificativa. ...
4. 4 – Definição dos objetivos. ...
5. 5 – Hipóteses. ...
6. 6 – Fundamentação teórica ou revisão de literatura.
VILELAS CONSTRUCAO DO CONHECIMENTO SEGUNDO VILELAS
O homem parece ter estado sempre preocupado em perceber o mundo que o rodeia, em penetrar nas
suas conexões e compreender o possível sentido das coisas que existem à sua volta. Não podemos aqui
discutir porque é que ocorre isto, nem resumir as várias teorias que se elaboraram acerca do tema. Dado
que a espécie humana é, por definição, geradora de cultura, decidindo modificar e remodelar o
ambiente que a rodeia para sobreviver e desenvolver-se, o conhecimento surge indissoluvelmente ligado
à prática vital e ao trabalho dos homens, sendo um instrumento na sua relação com o meio ambiente
que procuram pôr ao seu serviço. Mas, segundo as mais antigas narrativas, o pensamento nessas épocas
não se circunscrevia exclusivamente ao conhecimento instrumental, aplicado diretamente à melhoria
das condições materiais. Com este, apareceu simultaneamente a inquietação inerente à compreensão
do sentido geral do cosmo e da vida. A tomada de consciência do homem relativamente à sua morte
originou uma peculiar angústia face ao próprio destino, perante o desconhecido, o que não foi possível
entender nem aceitar. Daí as primeiras tentativas de elaboração das explicações globais de toda a
natureza, primeiro recorrendo à magia e às explicações religiosas, e mais tarde aos sistemas filosóficos
Começa, assim, a investigação, escolhendo e definindo um tema. Este surge, normalmente, a partir das
seguintes situações (Barros & Lehfeld, 1999, citado por Vilelas, 2008):
16
(c) Encontrar áreas de trabalho nas quais se pode contar com uma ajuda efectiva
(d) Encontrar um tema de investigação que tenha, tanto quanto possível, um real interesse para si.
Em síntese, estes são os primeiros passos a dar na elaboração de um projecto de investigação. Na secção
seguinte, iremos debruçar-nos sobre a questão da problemática, eixo central de uma investigação
científica.
Vilelas PARADIGMA
1.1 Paradigma quantitativo Este paradigma, do ponto de vista filosófico, inscreve-se nas correntes do
empirismo, positivismo e realismo. Para um aprofundamento destas correntes pode consultar-se
Sampieri, et al. (2006) e Vilelas (2009.
1.1 Paradigma quantitative
Este paradigma, do ponto de vista filosófico, inscreve-se nas correntes do empirismo, positivismo e
realismo. Para um aprofundamento destas correntes pode consultar-se Sampieri, et al. (2006) e Vilelas
(2009). 1.1.1 Enfoque Procurando evidenciar o essencial deste paradigma, podemos referir que este
enfoque parte da ideia de que existe uma realidade objectiva e independente das nossas crenças e
experiências subjectivas. É possível produzir um conhecimento objectivo e neutro, desde que o
investigador se mantenha distante do objecto de estudo. Para tal, importa produzir instrumentos
rigorosos e confiáveis, de modo a que a subjectividade do investigador seja reduzida o mais possível.
Assim, salientamos as seguintes características: (a) O enfoque quantitativo sustenta que existe uma
realidade objectiva e que pode ser conhecida de forma confiável. (b) Para que se garanta esta
objectividade, importa seguir determinadas regras lógicas (o método científico). 9 (c) Uma das condições
determinantes para garantir a neutralidade entre o investigador e o objecto de estudo é conceber
instrumentos rigorosos e serem objecto de um processo de validação científica, antes mesmo de os
aplicar no campo.
1.2 Paradigma qualitativo Este paradigma, do ponto de vista filosófico, inscreve-se nas correntes do
idealismo, fenomenologia e hermenêutica. Para um aprofundamento destas correntes, pode consultar-
se Flick (2005) e Vilelas (2009). 1.2.1 Enfoque Sem pretendermos aprofundar este modo de fazer ciência,
podemos sintetizar algumas das suas características: (a) O enfoque qualitativo assume que a realidade é
uma construção social; 11 (b) Essa realidade subjectiva vai ser construída na interacção entre o
investigador e o fenómeno em estudo; (c) Para este enfoque, a forma confiável para conhecer a
realidade, é por interpretação dos sentidos (significados) que os actores atribuem a um determinado
fenómeno ou acontecimento; (d) O objecto de estudo, neste enfoque, inscreve-se na singularidade das
situações contextuais; (e) A finalidade deste enfoque visa compreender os sentidos/significados co-
produzidos pelos actores em contexto, sendo que o investigador procura, tão-somente, ser um
intérprete a partir das narrativas/textos produzidos pelos participantes no estudo (Flick, 2005; Mack, et
al., 2005).