Você está na página 1de 6

Pintura da Renascença Italiana

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Para informações gerais sobre o Renascimento italiano:

Para informações gerais sobre a Pintura no Renascimento:

Na arte e na ciência, a as cidades-Estado da península Itálica foram os catalisadores


do progresso durante oRenascimento.

Renascimento é uma palavra com vários significados. Por isso, a pintura dessa época
não se refere a um estilo único. A arte da Renascença surgiu de uma nova sociedade,
que se desenvolvia com rapidez. Ela marcou a passagem do mundo medieval para o
moderno e, assim, estabeleceu o alicerce da sociedade ocidental de hoje.

Os pintores do Renascimento italiano, embora ligados a cortes particulares e leais a O Festim dos Deuses, por Giovanni
Bellini, 1529, Galeria Nacional de Arte
certas cidades, viajaram por toda Itália, muitas vezes ocupando status de diplomatas
e disseminando ideias artísticas e filosóficas.A cidade que é considerada o berço do
Renascimento, e particularmente da pintura do Renascimento, éFlorença.

O Renascimento na Itália começou de forma gradual e seus primórdios se evidenciam na arte de Giotto. A busca pela precisão
científica e pelo maior realismo culminou no equilíbrio de Rafael Sanzio e Michelangelo. A influência do humanismo reflete-se na
variedade de temas temporais. Na fase final da Renascença, omaneirismo tornou-se o estilo dominante.

Desse modo, a pintura do Renascimento italiano pode ser dividida em quatro fases:

Proto-Renascença, 1290-1400.
Primeira Renascença,1400-1475.
Alta Renascença, 1475-1525.
Maneirismo, 1525-1600.

Índice
Fases do Renascimento italiano
Proto-renascença
A primeira Renascença
Renascença veneziana
A alta Renascença
O maneirismo
Pintores
Pintores da Itália
Maneiristas italianos

Escolas
Locais de visitação
Ver também
Bibliografia
Fases do Renascimento italiano

Proto-renascença

A primeira Renascença
O termo Renascimento é aplicado a um período de amplas realizações culturais que
se estendeu por três séculos. Artistas, filósofos, cientistas e governantes acreditavam
que o caminho para a grandeza e o esclarecimento passava pelo estudo das épocas
áureas dos antigos gregos e romanos. Rejeitavam o passado medieval. Inspirados
pelo humanismo, voltavam-se para as tradições literárias e filosóficas da
Antiguidade greco-romana.

A transição da pintura gótica para a Renascença não se deu da noite para o dia. Por
O Nascimento de Vênus, por Sandro
Botticelli, 1485, Galleria degli Uffizi causa da Peste Negra, o mais importante pintor italiano após Giotto nasceu somente
em 1401. Ocorreu um novo despertar com Masaccio. Ele é o revolucionário
fundador da pintura renascentista. Ele também foi influenciado pelos escultores
italianos da época (Donatello, Lorenzo Ghiberti) e pelo arquiteto Filippo Brunelleschi. O realismo escultórico está no cerne da
pintura renascentista. Paolo Uccello trouxe, junto com Leon Battista Alberti, a perspectiva, que foi fundamental para a pintura
posterior. Em seguida a Masaccio, o próximo grande pintor da Primeira Renascença foi Sandro Botticelli. O traço nítido e as linhas
sinuosas de suas figuras tiveram a influência dos irmãos Pollaiuolo, que eram também ourives e escultores. Sua arte foi elaborada na
corte da família Médici, em Florença, e reflete o ambiente esclarecido da corte. Outro grande mestre e gênio do período foi Piero
della Francesca, que mostrou em sua obras um interesse pelas paisagens reais (ao estilo do norte da Europa). Andrea Mantegna, por
sua vez, foi o primeiro grande pintor da Itália setentrional.

Renascença veneziana
A pintura produzida em Veneza durante o Renascimento pertencia à tradição do
norte da Itália e tinha uma identidade própria. Lá surgiu uma nova tradição, que se
mostrava menos preocupada com a forma escultórica e com o delineamento, e
enfatizava mais a cor e as nuances de luz. A pintura veneziana exibia um lirismo
suave, diferente da tradição florentina. O artista que conduziu a arte italiana a uma
nova fase foi Giovanni Bellini. Ele pertencia a uma família de artistas (Jacopo
Bellini, seu pai, e Gentile Bellini). Jacopo foi aluno de Gentile da Fabriano. Foi essa
família que deu à Alta Renascença seu toque veneziano. A influência de Andrea
Mantegna na obra de Giovanni Bellini é marcante, ainda mais porque os dois foram
cunhados, mas Bellini libertou-se de Mantegna, transformando-se no primeiro pintor
veneziano. Antonello da Messina foi o primeiro pintor importante do sul da Itália e
suas influências vieram do norte, da arte flamenga. Acredita-se que Antonello tenha
levado a Veneza a técnica da pintura a óleo. Assim, Messina uniu a arte italiana com
San Zaccaria, por Giovanni Bellini, 1505,
a arte setentrional da Europa. EmFerrara, surge outra escola de pintores, com nomes
Igreja de São Zacarias, Veneza
como: Cosimo Tura, Francesco del Cossa, Ercole de' Roberti e Vittore Carpaccio.

A alta Renascença
Dadas as conotações do termo Renascimento, percebe-se que este denota um progresso nas artes. Mas nunca houve um tamanho
amadurecimento das artes quanto na chamada "Alta Renascença". Nesse período, encontramos alguns dos maiores artistas de todos
os tempos: Leonardo da Vinci, Michelangelo, Rafael Sanzio, Ticiano, Tintoretto e Veronese. Leonardo, Michelangelo, Rafael e
Ticiano foram todos aprendizes de Andrea del Verrocchio, um pintor cativante, que também foi importante na escultura. Leonardo da
Vinci, um gênio da humanidade, criou a Mona Lisa, um dos quadros mais
importantes da história. Michelangelo foi, em vida, com da Vinci, universalmente
considerado um artista supremo. Seu mestre foi Domenico Ghirlandaio, pintor
florentino. É no teto da Capela Sistina que observamos Michelangelo em toda sua
majestade. Rafael, por sua vez, foi aprendiz de Pietro Perugino. Sua vida foi curta,
mas mostrou diferentes fases que evidenciam a evolução de sua pintura. Em Veneza,
outro grupo de artistas influenciou a arte da época: Giorgione, cuja vida também foi
breve; Ticiano, cuja obras mostram um desenvolvimento extraordinário da juventude
até a velhice; e Tintoretto, pintor de telas extravagantes e de grande teor emocional.
Por fim, é necessário mencionar também Paolo V
eronese, mestre da arte decorativa.

O maneirismo
Assim como o termo
Renascimento, a palavra
maneirismo aplica-se a um
movimento amplo e não a um único
Mona Lisa, por Leonardo da Vinci, 1506,
Louvre estilo. O Maneirismo italiano já
estava em declínio na primeira
metade do século XVI, e durou
cerca de sessenta anos, entre 1520 e 1580. A palavra maneirismo deriva do italiano
maniera, que, no fim do século XVI, significavaestilo na acepção de refinamento. A
arte maneirista se caracterizava por um refinamento assumido, muitas vezes forçado Laocoonte, por El Greco, 1614, Galeria
Nacional de Arte
ou exagerado. Os artistas preferiam combinações cromáticas intensas, combinações
complexas e inventivas, brilhantismo técnico e traço livre e fluido. A Alta
Renascença foi pródiga em pintores menores, cuja obra resvalava para o maneirismo, entre eles: Rosso Fiorentino, Pontormo, Andrea
del Sarto, Bronzino, Correggio, Parmigianino, Dosso Dossi, Lorenzo Lotto e Domenico Beccafumi. O maior de todos os maneiristas
foi, sem dúvida, El Greco.

Pintores

Pintores da Itália

Agostino Biagio Francesco Luca Signorelli Sofonisba


Veneziano d'Antonio Morone Ludovico Mazzolino Anguissola
Agnolo Bonifazio Francesco Marcantonio Spinello
Gaddi Veronese Pesellino Raimondi Aretino
Alessandro Carlo Crivelli Francesco Marco d'Oggiono Stefano di
Alberti Cesare da Squarcione Giovanni
Mariotto Albertinelli
Alesso Sesto Franciabigio Masaccio Taddeo di
Baldovinetti Cherubino Galasso Galassi Bartolo
Masolino
Ambrogio Alberti Gentile Bellini Taddeo
Bergognone Maturino da Firenze Gaddi
Cima da Giambattista
Amico Conegliano Melozzo da Forlì Ticiano
Moroni
Aspertini Cosimo Michelangelo Timoteo Viti
Giorgione
Andrea del Rosselli Mestre do Bigallo Vecchietta
Giovanni
Castagno Cosimo Tura Neri di Bicci
Ambrogio de Vincenzo
Andrea del Coppo di Predis Neroccio di Foppa
Sarto Marcovaldo Bartolomeo de'
Landi
Landi
Andrea del Daniele da Giovanni Antonio Niccolò di Vittore
Verrocchio Volterra Boltraffio Liberatore Carpaccio
Andrea Davide Giovanni Bellini Paolo Uccello
Mantegna Ghirlandaio Giovanni da Perin del Vaga
Andrea Defendente Udine Piero del Pollaiuolo
Schiavone Ferrari Giovanni del Piero della
Andrea Domenico Biondo Francesca
Solari Alfani Giovanni di Piero di Cosimo
Andrea Domenico di Paolo
Pietro Paolo
Vanni Bartolo Giovanni Martino Agabito
Antonello da Domenico Spanzotti
Pietro Perugino
Messina Ghirlandaio Girolamo
Pinturicchio
Antoniazzo Domenico Romani
Romano Morone Rafael
Girolamo
Antonio da Domenico Savoldo Raffaellino del
Correggio Puligo Garbo
Giuliano
Antonio Domenico Bugiardini Ridolfo Ghirlandaio
Pollaiuolo Veneziano Giuliano Pesello Rutilio di Lorenzo
Baldassare Dosso Dossi Manetti
Giulio Clovio
Peruzzi Durante Sandro Botticelli
Giulio Romano
Bartolo di Alberti Sebastiano del
Innocenzo da
Fredi Ercole de' Piombo
Imola
Bartolomeo Roberti Simone Martini
Jacopo del
Montagna Filippino Sellaio
Battista Lippi
Jacopo Palma, o
Dossi Fiorenzo di Velho
Benedetto Lorenzo
Leonardo da
Ghirlandaio Fra Angelico Vinci
Benvenuto Fra Lorenzo Costa
Tisi Bartolommeo Lorenzo di Credi
Bernardino Fra Filippo
Butinone Lorenzo Lotto
Lippi
Bernardino Lorenzo Monaco
Francesco
Campi Botticini
Bernardino Francesco
Fungai del Cossa
Bernardino Francesco di
Luini| Giorgio
Bernardino Francesco
Zenale Francia
Bernardo Francesco
Daddi Granacci
Boccaccio
Boccaccino
Bramantino

Maneiristas italianos

Escolas
Academia de São Lucas Escola Florentina
Bamboccianti Escola Lucchese
Escola de Bolonha Escola milanesa
Escola de Ferrara Escola sienesa
Escola de Veneza

Locais de visitação
Accademia (Veneza)
Accademia Carrara (Carrara) Museu de Belas Artes de Budapeste
Capela Brancacci (Florença) (Budapeste)
Capela Sistina (Vaticano) Museu de Capodimonte (Nápoles)
Castelo de Alnwick (Northumberland) Museu de História da Arte (Viena)
Castello Sforzesco Museu do Louvre (Paris)
Catedral de Milão (Milão) Museu do Prado (Madri)
Catedral de Toledo (Toledo) Museus Capitolinos
Coleção Frick (Nova York) Palácio Apostólico (Vaticano)
Galeria Nacional de Arte em Washington Palácio Belvedere (Viena)
(Washington, DC) Palazzo Colonna (Roma)
Galeria Nacional de Londres (Londres) Palácio Pitti (Florença)
Galleria Borghese (Roma) Palazzo Vecchio (Florença)
Galeria Uffizi (Florença) Palazzo Venezia (Roma)
Gemäldegalerie (Berlim) Pinacoteca de Brera (Milão)
Hermitage Pinacoteca Ambrosiana
Igreja de Santa Maria delle Grazie (Milão) Santa Maria in Cosmedin (Roma)
Ilha dos Museus (Berlim) Basílica de Santa Maria Maior (Roma)
Museu Poldi Pezzoli Santa Maria Maior (Roma)
Museu Bode (Berlim) Santa Maria Novella (Florença)
Museu de Arte de São Paulo (São Paulo) Santa Maria sopra Minerva (Roma)
Museu de Belas Artes de Boston (Boston)

Ver também
Afrescos
Antonio Pollaiuolo I Modi
Biblioteca do Vaticano Leon Battista Alberti
Dante Alighieri Neoplatonismo
Donatello Petrarca
Família Médici Pintura do barroco
Ferrara Pintura do gótico
Filippo Brunelleschi Pintura do Renascimento
Giorgio Vasari Pintura flamenga
Giovanni Boccaccio Savonarola
Jacopo Bassano Teto da Capela Sistina
História da pintura Veneza
Humanismo
Bibliografia
BECKETT, Wendy. A História da Pintura. São Paulo: Editora Ática. 1997.
JANSON, H.W. A História Geral da Arte.São Paulo: Martins Fontes. 2001.

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Pintura_da_Renascença_Italiana&oldid=48236343
"

Esta página foi editada pela última vez à(s) 12h14min de 11 de março de 2017.

Este texto é disponibilizado nos termos da licençaAtribuição-CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada (CC BY
-SA 3.0) da
Creative Commons; pode estar sujeito a condições adicionais. Para mais detalhes, consulte ascondições de utilização.

Você também pode gostar