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Guia do Estudante
COMUNICAÇÃO
Guia do Estudante parte 3
APOIO
Guia do Estudante parte 4
AVALIAÇÃO FINAL
Guia do Estudante parte 5
Guia do Estudante parte 6
RECOMENDAÇÕES
Apresentação
Apresentação
Olá!
Seja bem-vindo ao curso de Administração Pública do Instituto Legislativo
Brasileiro (ILB), na modalidade de Educação a Distância sem tutoria.
Conhecer a Administração Pública deixou de ser, desde há muito, do interesse
exclusivo dos agentes públicos, sejam eles gestores ou servidores. O
conhecimento do aparelho estatal e das diversas vertentes de desenvolvimento
institucional e humano da Administração atrai o interesse de todos os cidadãos.
Para melhor compreender a disciplina, torna-se necessário certo conhecimento
prévio de Administração Geral, com seu histórico e conceituação. Na verdade,
muito do que se busca implantar na área decorre de releituras e adaptações
daquilo que existe na Administração como ciência social.
Outros pré-requisitos recomendáveis são o Direito Administrativo e a Ciência
Política. Na fronteira entre as ciências, pode-se considerar que a Administração
Pública aconteça no encontro entre a Ciência Política, o Direito Administrativo e
a Administração de Empresas. Daí surge o modo operacional do Estado, na
forma de sua máquina pública.
Trata-se de um conteúdo bastante diversificado, abrangente e, ainda assim,
distante do esgotamento do assunto. É voltado ao conhecimento introdutório da
Administração. A este, muito se pode acrescentar em termos de profundidade,
especificidade e temas adicionais.
Compõem o curso, além do material teórico, exercícios de autoavaliação e
fóruns aberto à comunidade onde você poderá se colocar e interagir com seus
colegas. Aproveite bem esse espaço que é notadamente vivencial.
Comecemos agora e tenha você, então, muito sucesso nesta caminhada de
aprendizado que ora se inicia.
Para isso, vamos aprender quais são os papeis e pontos de vista do Estado, do
mercado e do bem público não estatal, que são o 1º, o 2º e o 3º setores da
sociedade respectivamente.
Será que seria possível imaginar a vida numa sociedade sem qualquer tipo de
gestão?
Vejamos:
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Nos Estados Unidos não existem hospitais públicos. Lá, ou a pessoa paga
grandes somas por tratamentos de saúde quando deles necessite ou contribui,
ao longo de sua vida, para o seguro social, que, dessa maneira, garante-lhe o
atendimento devido. Naquele país, quem não se inclui entre uma dessas opções
simplesmente não tem acesso a tratamentos de saúde.
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Com a lei, 50% das vagas devem ser preenchidas por alunos que cursaram o
ensino médio em escolas públicas, com reservas para alunos negros, pardos e
indígenas, em percentuais que variam conforme a distribuição dessas etnias no
respectivo estado da federação.
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Regidas pela Lei nº 9.790, de 1999, são entidades da sociedade civil organizada
sem fins lucrativos, com personalidades jurídicas do direito privado que, por
iniciativa autônoma e voluntária de seus membros, organizaram-se para atuar
em espaços públicos desocupados tanto pelo Estado quanto pelo mercado. Uma
das principais características dessas organizações sociais é o desinteresse pelo
lucro. Realizam trabalhos sociais de cunho relevante para a comunidade, na
qualidade de entidades filantrópicas. Os valores que porventura recolham de
sua clientela servem, exclusivamente, para a realimentação da própria
organização.
Estado x Mercado
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Há que ser assim, posto que o gestor público lida com o patrimônio comum da
nação. Não presta contas ou se reporta diretamente aos “donos da firma”, mas
sim à coletividade, representada pelos Poderes Constituídos. Nessa situação é o
legislador, representante do povo, por meio das Leis que elabora e que o
Presidente da República sanciona, quem define o que seja, ou não, permitido
fazer.
Fica claro, dessa distinção, que o mercado caminha com passos muito mais
rápidos que o Estado. Comparação injusta é aquela que busca colocar lado a
lado um e outro. É essa diferença de ritmo, imposta pela natureza diversa de
ambos os setores, a responsável pela desigualdade que resulta da mera
comparação que muitos fazem entre Estado e mercado.
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Dentre estas, destacam-se a Lei nº 8.666, de 1993, que institui normas para
licitações e contratos da Administração Pública, e a Lei nº 11.079, de 2004, que
institui normas gerais para licitação e contratação de parceria público-privada
no âmbito da administração pública.
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Pretendendo dar uma solução austera à situação existente, à mão forte Getúlio
Vargas promoveu novo rumo para a máquina administrativa do País. Com a
Constituição de 1937, criou o Departamento Administrativo do Serviço Público
(DASP), que, adotando o modelo burocrático de Max Weber, tão bem sucedido
na Alemanha pré-nazista, representou a primeira reforma do Estado, lançada
por Vargas logo no início de seu período autoritário, que perdurou de 1937 até
1945.
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A iniciativa que se seguiu datou do ano de 1979 e foi lançada pelo último
governo do regime militar. Tratou-se do Programa Nacional de
Desburocratização, criado pelo Decreto-Lei nº 83.740, de 1979, que tinha a
condição de ministério extraordinário, com o intuito de dinamizar e simplificar o
funcionamento da Administração Pública Federal.
Decreto-Lei nº 83.740, de 1979
...
Art. 3º O programa terá por objetivo:
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Acerca desse movimento de simplificação cartorial, há que se reconhecer que a
burocracia excessiva contribui com a maior incidência de corrupção. Fica
patente que a burla de procedimentos detalhados, inúteis e dispensáveis
constitua campo propício para a simplificação, ou celeridade, mediante
recompensa indevida. Desburocratizar, então, implica diretamente na redução
da corrupção.
A Nova República
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A reforma administrativa da Nova República
Compunham o plano:
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A Constituição de 1988
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Com o impeachment, Collor foi sucedido pelo vice, Itamar Franco, que lançou o
bem sucedido Plano Real. Esse sucesso possibilitou ambiente político e
institucional necessários a uma Reforma Administrativa em novos moldes,
proposta no governo seguinte, do Presidente Fernando Henrique Cardoso, que
teve no ministro Bresser Pereira, da Administração Federal e Reforma do
Estado (MARE), seu principal mentor.
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Até o final de seu primeiro mandato, FHC fez aprovar no Congresso duas
emendas constitucionais, promulgadas em 1998, com a finalidade de preparar
o caminho legislativo para a adoção de sua reforma gerencial. Uma delas foi a
Emenda nº 19, que dispôs sobre princípios e normas da Administração Pública,
servidores e agentes públicos. A outra foi a Emenda nº 20, que modificou o
sistema de previdência social do servidor.
A Emenda nº 19:
Já a Emenda nº 20:
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Outro fato relevante do período FHC foi a aprovação, durante seu segundo
mandato, da Lei de Responsabilidade Fiscal, a Lei Complementar nº 101, de
2000, que impôs forte ajuste fiscal e planejamento nos orçamentos públicos da
União, Estados e Municípios. A LRF propiciou a necessária transparência do
gasto público, além de condicionar a realização de despesa à capacidade de
arrecadação.
Depois disso, veio o governo Lula, que não apresentou proposta de reforma
administrativa. Presenciou-se a continuidade da política de privatizações, sendo
merecedora de destaque apenas a emenda constitucional que tratou, mais uma
vez, do sistema previdenciário do servidor público. Foi a Emenda nº 47, de
2005.
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As tecnologias da informação
Prova dessa eficiência tem sido, por exemplo, o processo legislativo eletrônico
das Casas do Congresso, que oferecem ao cidadão o conhecimento amplo e
pontual da elaboração das leis. Outro exemplo de agilidade é a forma com que
o INSS concede benefícios, com agendamento marcado e controle automático
do histórico previdenciário do trabalhador. Outros exemplos são o Sistema
Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI), o SIGA
BRASIL, e as páginas de governo na Internet, com toda sorte de informações e
conhecimentos sistematizados.
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A Lei de Acesso à Informação
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Unidade 3 - Tipos de Administração Pública
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O Patrimonialismo
Há que se ter em vista que a forma com que se administra o Estado está
diretamente associada à sua própria natureza e concepção, que, no caso
brasileiro, é a república, ou res publica – coisa pública. Numa república, o
interesse do Estado é o bem comum, que é de todos e a todos deve servir.
Qualquer emprego da máquina pública que se afaste desse objetivo resulta em
desvio de finalidade. Portanto, o Estado republicano exclui, de imediato, a
gestão patrimonialista.
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O Modelo Burocrático
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Nesse tipo de gestão pública, o cidadão passa a ser visto como cliente que
investe no Estado através dos impostos que recolhe. Deve ele, portanto, ter o
respectivo retorno na forma de serviços públicos bem providos e administrados.
Semelhantemente à lógica do mercado, em que o dono do negócio recebe seus
lucros, o “dono do Estado”, que é o cidadão, recebe seu “lucro” na forma do
atendimento com qualidade de suas necessidades por parte da Administração.
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São todas estas questões para as quais o administrador terá que dar resposta
no modelo gerencial.
Outra diferença reside na qualidade e quantidade das regras, que devem ser
flexíveis o suficiente para viabilizar o sucesso da gestão gerencial, em face de
um cenário vivo e pleno de mudanças que a dinâmica nacional a cada dia
apresenta. No modelo de gestão gerencial é mais natural e corriqueira a relação
do Estado com as entidades privadas e as organizações sociais.
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Vimos até aqui os três modelos básicos de administração pública, que muitas
vezes se misturam ou se alternam, conforme a contingência política e
administrativa de momento.
É certo que toda essa presença oficial na vida nacional onerou por demais as
contas públicas, uma vez que o Estado, em nenhum país do mundo, costuma
ser bom gestor de empreendimentos de produção. Isso agravou,
consequentemente, a crise econômica interna, com descontrole fiscal. Daí
resultou redução de crescimento, desemprego e inflação. Era esse o cenário do
início dos anos 1990. A crise do Estado estava levando à desaceleração
econômica dos países, com mergulho na recessão. No Brasil, isso não era
diferente.
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A globalização
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A proposta
de emenda
da
Previdência
(resultante,
com
modificaçõ
es, na
Emenda nº
20)
extinguiu a
aposentado
ria integral
e as aposentadorias precoces. A aposentadoria dos funcionários passou a
ocorrer por idade, com uma pequena correção para o tempo de serviço na
regra de transição, sendo proporcional à contribuição do servidor.
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Vejamos:
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I - a soberania;
II - a cidadania;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio
de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta
Constituição.
Conforme o artigo destacado, o Brasil
adota a república como forma de
Estado. Na república, o poder do
Estado pertence ao povo, que o
exerce de maneira indireta, através de
representantes eleitos e, em menor
escala, de maneira direta, na forma de
institutos de democracia direta que,
no Brasil, são os plebiscitos e
referendos.
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Com a afirmativa acima a Constituição brasileira retirou do chefe do Estado, e
do governo, o caráter de empoderamento personalista. Ele passa a ser mero
representante da vontade popular, cujos interesses deve defender, no exercício
de sua delegação temporária de poder. Para o Presidente da República, a
vitaliciedade e a hereditariedade dão lugar à temporariedade e à eletividade,
respectivamente.
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O Poder Executivo
O Poder Legislativo
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Sistema bicameral
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O Poder Judiciário
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Há o agente público político, que, filiado a partido político, é eleito para exercer
mandato de representação por período determinado entre eleições sucessivas.
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Princípio da Legalidade
A ação do administrador
está vinculada ao
cumprimento da lei, em sua
exata previsão. Nada que
esteja ausente na legislação
é permitido, praticando ilegalidade aquele que dessa forma deixe de proceder.
Essa restrição decorre de ser o Estado de Direito um império absoluto das leis.
Fica claro que esse princípio, embora garanta segurança jurídica à
Administração e dificulte os desvios, inegavelmente torna a máquina
administrativa mais lenta e incapaz de absorver a modernidade administrativa
no ritmo de que a sociedade necessita.
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Princípio da Moralidade
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Princípio da Impessoalidade
O gestor público não pode orientar sua ação conforme suas preferências ou
relações pessoais. Deve sempre buscar o pragmatismo e o interesse público,
sem diferenciar as pessoas por critérios subjetivos e imprevistos em lei. Brinca-
se com esse princípio, mas reforçando-o, dizendo que para o administrador
público, “o cidadão não possui CPF”.
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Princípio da Publicidade
Por tratar-se a Administração de coisa pública, todos os seus feitos devem ser
tornados públicos, conhecidos por todos, de forma clara, transparente e
objetiva. É o princípio que propicia o controle social do Estado. Tanto é assim,
que ato administrativo que prescinda da respectiva publicidade em veículo
oficial é considerado nulo de direito. São veículos de publicidade oficial o Diário
Oficial da União, dos estados e dos municípios. Esses periódicos produzem os
efeitos estabelecidos pela legislação.
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Princípio da Eficiência
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Os Poderes da Administração
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Os poderes administrativos:
Poder Disciplinar – Poder de punir seus agentes por faltas administrativas, por
processo legal próprio, em que sejam assegurados o contraditório e a ampla
defesa.
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A Administração Pública
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• Menos retrabalho.
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Quanto mais de longo prazo seja o planejamento, mais genérico e flexível este
também deve ser. No curto prazo, por exemplo, ao lidar-se com o tático e com
o operacional, as definições são mais restritas, fechadas, mais bem definidas,
imediatas.
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Um problema que pode emergir nesse processo diz respeito à eventual
descontinuidade gerencial, decorrente das transições políticas, que se observa
nas organizações públicas brasileiras. Por isso, o planejamento público deve
reservar espaço ainda mais flexível para adequações aos diversos cenários
políticos que sejam possíveis.
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A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA)
referem-se ao planejamento tático, de médio prazo, vigorando apenas para o
ano subsequente ao da aprovação. Nessas leis, devem estar contidas as
diretrizes do PPA.
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A função de Organização
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a) Autarquias;
b) Empresas Públicas;
d) Fundações Públicas.
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A Administração Direta
I - o Conselho de Governo;
II - o Advogado-Geral da União;
I - o Conselho da República;
I - a Corregedoria-Geral da União; e
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Administração Indireta
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A autarquia
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A fundação pública
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Unidade 5 - A Administração Pública em sua função de DIREÇÃO
Por meio de gestão deve-se incutir na mente das pessoas que compõem a
organização pública as definições e metas estabelecidas no planejamento. Esse
alinhamento de visões propicia um esforço coordenado e conjunto para o
atingimento dos objetivos, com redução da incidência de retrabalho e de
duplicidade de ações.
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A função de controle
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Unidade 7 - Agências executiva e fiscalizadora
A agência executiva
...
Art. 2º O plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento
institucional das entidades candidatas à qualificação como Agências
Executivas contemplará, sem prejuízo de outros, os seguintes
conteúdos:
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VIII - vigência.
a) satisfação do cliente;
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Efetividade
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Eficácia
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Eficiência
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Mais uma vez houve eficácia, sem ter havido eficiência, devido ao gasto maior
na compra. Aí se percebe clara falta de planejamento.
Nesse exemplo houve eficácia com eficiência. A meta foi alcançada com sobra,
além de ter havido racionalização de pessoal – liberou-se 3 pessoas para outra
atividade. Se, pelo contrário, com as medidas tomadas o tempo tivesse
aumentado, extrapolando os 20 minutos de espera, a meta teria deixado de ser
cumprida, não fazendo sentido falar-se em eventual eficiência, resultante da
realocação de 3 pessoas. Pior de tudo – o serviço prestado ao cidadão teria se
degradado, com perda de credibilidade, o que um gestor eficiente deve
considerar trágico.
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Ter visão sistêmica, portanto, contribui com a eficiência e com a qualidade dos
serviços prestados. O administrador que possui visão do todo está mais
preparado para enfrentar contingências externas, que raramente o pegam
desprevenido. Pode ele, inclusive, com visão sistêmica, melhor contribuir com
os sistemas periféricos que o cercam.
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Unidade 3 - Modernização administrativa no presidencialismo de coalizão
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Essa modernização tende a ser vista por alguns críticos como uma ideologia
com base no mercado. Porém, foi considerada por outros como uma
Administração híbrida, com foco contínuo nos valores fundamentais do serviço
público, embora expressa de uma nova maneira. No entanto, muitos
concordam que a nova Administração Pública deva ser encarada como uma
importante e significativa ruptura nos padrões da Administração do setor
público.
Exemplos de ações nesse sentido seriam a eliminação do desperdício no setor,
pelo desmonte dos sistemas de corrupção; a introdução de novos
regulamentos, que sejam mais flexíveis em termos de gestão; a redução da
diferenciação vertical, com adoção de estruturas decisórias mais
horizontalizadas; o emprego de terceirização em atividades que a legislação
assim o permita; a instituição de dispositivos de premiação/incentivo para os
servidores.
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Downsizing e descentralização
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Busca da excelência
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A modernização da Administração Pública, portanto, é um processo inevitável
no desenvolvimento do setor governamental. A busca de um modelo gerencial
eficiente, entretanto, passa por um amplo estudo de toda a máquina do Estado,
em que se faz necessário conhecer as funções de cada componente da
estrutura estatal.
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Unidade 4 - Ajuste fiscal de governo
Com o passar dos anos, apenas o pagamento dos serviços da dívida, que são
os juros pagos pelos empréstimos, onerou sobremaneira o orçamento público,
levando à necessidade de reduzir-se o gasto de governo. Essa disposição
governamental de redução de gastos deveu-se, inclusive, ao atendimento de
metas do Fundo Monetário Internacional (FMI), órgão financeiro multinacional
que empresta dinheiro novo para que os países endividados, como o Brasil,
refinanciem suas dívidas, conforme condições impostas de saneamento nas
contas públicas. Atualmente, devido a isso, as economias públicas de diversos
países são influenciadas por metas prescritas pelo FMI.
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Por fim, cabe mencionar que outro argumento empregado pelos críticos diz
respeito a uma necessária auditoria dessa dívida externa, que, por muitos, é
considerada já paga mais de uma vez.
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Unidade 5 - Os Agentes Públicos
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A terceirização de serviços
Não faz sentido hoje em dia, por exemplo, realizar-se concurso público para
funções de motorista, serviços gerais ou ascensorista de elevador. Tais
categorias de trabalhadores devem ser chamadas à Administração Pública por
meio de contratações de empresas de mercado, na forma da Lei nº 8.666, de
1993. Isso aponta um rumo muito correto adotado pela Administração, que é o
da especialização em suas atividades típicas, com o abandono de áreas para as
quais a iniciativa privada apresente resposta eficiente.
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Empregado público
Ao militar cabe, por exemplo, a prisão administrativa por delito funcional que
pratique, sem direito a habeas corpus, fato que não existe para o servidor civil.
Para o militar, inexiste a regra constitucional do ingresso por concurso público,
sendo deixado o assunto para a deliberação de lei específica:
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Por último, há a categoria dos servidores públicos civis, que podem ser
compreendidos em servidores efetivos de carreira, ou simplesmente
servidores efetivos, e servidores nomeados para “cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração” (CF, art. 37, II), ou
servidores comissionados.
A Lei nº 8.112, de 1990, prescreve que são requisitos básicos para investidura
em cargo público, sendo proibida a participação em gerência ou administração
de sociedade privada:
Art. 5°....
I - a nacionalidade brasileira;
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É certo que o servidor público esteja fortemente influenciado pelo meio, como
ocorre com qualquer trabalhador. Considerando que este atue em um ambiente
que apresente carências de gestão, onde o desafio e a busca pela excelência
não sejam premissas perseguidas pela organização, ou setor, o risco de que se
instale uma cultura de desinteresse pela eficiência e qualidade torna-se real.
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Outra crítica que se faz ao modelo do concurso público diz respeito à falta de
regularidade de realização. Com isso, a cada concurso absorve-se uma
quantidade grande de novos servidores, em intervalos longos sem que haja
admissões. Isso torna desigual a distribuição dos servidores ao longo das
carreiras, que são curtas, não indo além de 20% a distância entre o menor e o
maior nível remuneratório.
Destes, o inciso III refere-se à perda do cargo por baixo desempenho, cuja
avaliação seja periódica. Ocorre, contudo, que esse dispositivo ainda não
vigora, posto que a mencionada lei complementar ainda não foi, até hoje,
elaborada. O dispositivo foi acrescentado à Constituição pela Emenda nº 19, da
reforma administrativa gerencial.
Embora essa seja uma linha de raciocínio hoje posta, a estabilidade do servidor
é uma garantia da continuidade da Administração Pública. Buscando proteger a
máquina da gestão patrimonialista, que, provavelmente, submeteria à
substituição os servidores por critérios clientelistas, o instituto da estabilidade
garante ao agente público a proteção necessária de seu cargo para que atue na
forma da lei, ainda que submetido a gestões temerárias. O servidor público,
diante de situação de improbidade de que tome conhecimento, deve denunciá-
la, sem que corra o risco da perda posterior do cargo, por perseguição política.
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O cargo em comissão
(Constituição Federal)
Art. 39....
...
§ 13. Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro
cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de
previdência social.
...
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Vedação ao nepotismo
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Nesse modelo, além de uma parcela avaliativa individual, há outra, que resulta
da avaliação setorial da unidade em que atue o servidor. Essa avaliação
coletiva estimula o trabalho cooperativo e fortalece critérios de cobrança entre
colegas de um mesmo setor, posto que o resultado decorra do esforço de cada
um.
Esse é um modelo bastante desafiador para quem avalia, uma vez que as
relações pessoais constituídas ao longo tempo tendem a interferir na isenção do
processo avaliativo.
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Nada mais justo, portanto, que esse esforço de capacitação do servidor seja
refletido em sua remuneração, quer seja pela ascensão na carreira, quer seja
por meio de uma gratificação de especialização.
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Para encerrar esta breve abordagem acerca dos dispositivos de motivação para
o servidor público, destacamos citação de Chiavenato (2008), que, com lucidez,
aborda o tema em perspectiva:
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Empowerment
Sob esse novo prisma, o gestor assume mais o papel didático e desenvolvedor,
incentivando o grupo na busca de suas soluções, das quais toma parte mais
como um treinador, coach, do que propriamente um chefe. Ao invés de assumir
posição de superioridade, muitas vezes arrogante, o líder assume papel na
retaguarda, de garantidor de recursos, de legitimador da autonomia da equipe.
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Unidade 6 - Liderança, Mudança, cultura e clima, transparência
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Liderança
Assista ao vídeo "Como se forma Capital Humano" com uma entrevista com
o Professor Chiavenato.
Duração: 1min44
Caso não consiga visualizar:
1) seu acesso ao Youtube pode estar bloqueado;
2) pode precisar atualizar o Flash Player (http://get.adobe.com/br/flashplayer/)
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Em termos gerais, especialmente em face do presidencialismo de coalizão já
abordado neste estudo, administrações mais técnicas, profissionalizadas e
focadas no desempenho institucional privilegiam servidores efetivos para
posições de gestão, sem prescindir de servidores comissionados para a função
de assessoramento técnico. Administrações mais orientadas pela política e pelo
exercício de poder costumam adotar para suas posições de comando servidores
sem vínculo efetivo.
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Dessas citações, pode-se concluir que o líder deva ser, antes de tudo, um bom
comunicador. A comunicação institucional quem sabe seja uma das maiores
precariedades de gestão nas organizações públicas. Muitas vezes, o chefe deixa
de ser claro em suas comunicações, e o servidor deixa de saber o que dele se
espera.
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Esse processo de indução exercido pelo líder sobre seus subordinados resulta,
especialmente, da relação de confiança estabelecida em equipe. O líder deve
inspirar confiança no grupo, deve servir de modelo e exemplo para os que com
ele compõem a equipe.
O processo de avaliação da equipe pelo líder deve ser permanente. Ele deve ser
capaz de dialogar com os servidores, informando pontos que devem ser
melhorados, deve passar ensinamentos, estimular as pessoas no sentido do
melhor desempenho. Servidores com desempenho inferior ao que deles se
espera devem ser capacitados e motivados.
O líder deve tomar o cuidado de não praticar injustiça distributiva, que ocorre
quando o servidor de menor desenvoltura é deixado com menos atribuições,
enquanto que o de melhor performance fica sobrecarregado de tarefas. Isso
desestimula a equipe.
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Em termos de estilo, pode-se classificar o processo de liderança em:
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Mudança
Atuar ao lado de servidores com elevada formação, perfil típico dos que têm
sido, recentemente, egressos dos concursos públicos, é um desafio que se
apresenta para a geração mais antiga e, ainda, mais numerosa na área. Isso se
agrava quando se considera que, desde a última reforma previdenciária, a da
Emenda nº 47, de 2004, esses novos servidores perderam direito à
integralidade e paridade de suas aposentadorias. Aqueles que ingressarem na
atividade pública já a partir de 2012, estarão sujeitos ao teto de aposentadoria
do INSS. São realidades muito distintas que passam a coexistir na
Administração, o que já tem sido fonte de conflitos.
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Outro aspecto cultural muito típico do serviço público é o apego ao formalismo,
com baixo interesse pela inovação. Há o pensamento de que “na Administração
sempre foi assim”, que a área está imune a perturbações devido à falta de
concorrência. Tudo isso tende a lançar o servidor na área de conforto, do
desinteresse pelo desenvolvimento profissional e pela passividade diante da
mudança.
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Diante disso, fica muito claro que o clima de uma organização pública seja
fortemente influenciado pelo ambiente exterior. Em que ponto ter sido o salário
do servidor divulgado na Internet afeta seu clima interno de trabalho? Essa é
uma questão que deve ser muito bem avaliada.
Reconhece-se que a figura do servidor público tem sido alvo das políticas de
ajuste fiscal, com cortes de salários e benefícios. Infelizmente, as políticas
dessa natureza colocam gasto com funcionalismo antes como um custo, do que
como investimento. Essa é uma tendência que a administração gerencial
reverte. Nela, o agente público é o protagonista do sucesso de governos bem
avaliados.
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• cultura organizacional;
• boa comunicação;
• oportunidades de crescimento;
• salário; possibilidades de capacitação;
• estilo de liderança;
• ambiente externo;
• consciência de significado do trabalho. .
•o melhor desempenho;
•a produtividade elevada;
•a qualidade dos serviços prestados;
•a inovação.
“O importante é salientar que o gestor pode não ter muitas condições pessoais de
intervir e de modificar a cultura organizacional de sua entidade. Todavia, quase sempre
ele tem plenas condições de alterar e melhorar o clima organizacional do seu
departamento ou da sua equipe de trabalho, seja intervindo nos elementos que o
compõem, seja atuando nas variáveis de entrada que influenciam as variáveis
dependentes que produzem resultados na organização.” (CHIAVENATO,2008, p.231)
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Transparência
Art. 5º....
...
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações
de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que
serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade,
ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da
sociedade e do Estado;
...
Art. 37....
...
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na
administração pública direta e indireta, regulando especialmente:
...
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações
sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII;
...
Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro...
...
§ 2º Cabem à administração pública, na forma da lei, a gestão da
documentação governamental e as providências para franquear sua
consulta a quantos dela necessitem.
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Fica patente, portanto, que o acesso à informação pública deve ser franqueado
ao cidadão comum, ou a entidades organizadas, com a ressalva de sigilo
apenas para casos definidos em lei.
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Fato é que o controle social tem fortemente contribuído para uma verdadeira
mudança na cultura de órgãos públicos. Cada vez mais, o patrimonialismo,
atualmente ainda existente apenas em posições bastante isoladas, se vê
constrangido e menos liberto para agir. Isso contribui com a necessária
evolução que se deve dar ao ordenamento jurídico da área, onde, com menos
riscos de mau uso da máquina devido ao controle social, pode-se adotar
regulamentos menos rígidos e mais flexíveis, condição indispensável para o
atingimento da administração gerencial.
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Art. 37....
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§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na
administração pública direta e indireta, regulando especialmente:
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em
geral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao
usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos
serviços;
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III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou
abusivo de cargo, emprego ou função na administração pública.
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Unidade 7 - Qualidade total na Administração Pública
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Num passo além disso veio Qualidade Total, com novo enfoque integral da
qualidade, que, ganhou sistematização a partir do desenvolvimento industrial
japonês após a II Guerra Mundial. Dessa maneira, ao garantir-se a qualidade
do sistema, buscava-se garantir a qualidade de produtos e serviços. Essa
mudança de filosofia representou a evolução para a era da Qualidade Total
como especialidade da administração.
Note-se que o conceito de qualidade deve ser aspecto inerente de uma marca
que, em primeiro lugar, deve ser incutido na ideia de seus consumidores e,
subliminarmente, na ideia do público em geral. Isso significa que mesmo
aqueles que não consumam seus produtos sabem que determinada marca
prioriza a qualidade. Qualidade é, então, conceito associado também à opinião
pública. É necessário que a qualidade seja comunicada pela marca com
eficiência, de forma a construir uma opinião pública positiva.
A ideia original do Controle Total da Qualidade (QT) tinha como pedra
fundamental a premissa de que o interesse do cliente constituía-se no ponto de
partida. Isso se percebe nas palavras de Armand Vallin FEIGENBAUM, um dos
idealizadores da QT e especialista em qualidade da General Eletric:
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Instituir a liderança;
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Como o Estado não apresenta lucro financeiro e seus recursos são públicos,
resultam da arrecadação de impostos, a preocupação com a qualidade deve
acentuar-se na perspectiva de uma prestação de serviços a quem, de fato, por
estes já pagou antecipadamente. A alta gestão deve estar bem atenta para
essa necessidade por qualidade nos serviços públicos. Isso não apenas devido à
intensa cobrança social, mas propriamente para o atendimento dos objetivos do
Estado. Esse pensamento moderno, de atuar com qualidade, é um desafio que
se apresenta aos novos gestores públicos que possuem, nas metodologias
adotadas no mercado, modelos a serem adequados e aplicados na lida pública.
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Daí resultará, inclusive, dois grandes ganhos para a sociedade, que será a
possibilidade de redução da carga de impostos a que está sujeita pelo modelo
da “eficácia sem eficiência” e, também, pela maior confiabilidade e segurança
que terá nos serviços públicos e nos servidores do Estado de maneira geral.
Confiando e acreditando na qualidade dos serviços públicos de que disponha, o
cidadão deixará de contratar serviços paralelos de atendimento às necessidades
que apresente, como saúde suplementar, por exemplo.
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Como vimos até aqui, a atividade pública no Brasil é guiada pela legislação
vigente na área. É assim devido ao princípio da legalidade, estabelecido no
artigo 37 da Constituição. Acerca disso, há que se considerar que a disciplina
da Administração Pública muito se aproveita do Direito Administrativo, de onde
busca o fundamento para o exercício da gestão.
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A Constituição Federal
Muitos críticos afirmam que a Constituição vai além daquilo que deveria, ou
seja, diversos de seus dispositivos poderiam ter sido deixados para a legislação
comum, como é o caso da regra do concurso público, por exemplo, na qual a
Constituição define, inclusive, prazo de validade de 2 anos. Por outro lado, a
Constituição deixa de lado tema politicamente relevante, que é a estrutura
organizacional do aparelho do Estado, que, ainda hoje, vigora na forma do
Decreto-Lei nº 200, de 1967, da época do regime militar.
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Lei nº 8.112, de 1990, que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores
públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.
Lei nº 8.429, de 1992, que dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes
públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo,
emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional e
dá outras providências.
Lei nº 8.666, de 1993, que regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição
Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e
dá outras providências.
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Conclusão do curso
Créditos
Créditos
Conteudista
Revisão Geral
Valéria Maia
Desenho Instrucional
Simone Dourado
Coordenação Pedagógica
Ana Alba
Danuta Clara
Francisco Wenke
Ivone Alvino
Jenifer de Freitas
Márcia Perusso
Miguel Gil
Paula Rodrigues
Polliana Alves
Sabrine Ramos
Simone Dourado
Valéria Maia
Coordenação Estratégica
Andréa Cristina
Carlos Escosteguy
José Vicente
Marcelo Larroyed
Núcleo Administrativo
Adriano Borges
Gláucia Cristina
João Luiz
Luciano Beck
Luciano Marques
Raquel Sá
Núcleo de Divulgação
Fernanda Plentz
Leireana Silvano
Paula Meschesi
Priscilla Damasceno
Rosângela Rabello
Alessandra Brandão
Bruno Carvalho
Isabela Mendes
Renerson Ian Sales
Sônia Mendes
Vítor Marques