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Chocolate é um produto comumente consumido, sendo que sua produção tem
aumentado nos últimos anos. Os diferentes sabores e usos para o chocolate
refletem a história da indústria dos diferentes lugares. O sabor do chocolate é
parcialmente determinado pela química do produto (RICHTER; LANNES,
2007).
Para que um chocolate tenha este nome em seu rótulo, é necessário seguir a
legislação brasileira que exige para chocolate líquido, barra e pó, um mínimo
de 25% de cacau e para chocolate branco, um mínimo de 20% de manteiga de
cacau (GAROTO, 2010).
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2 DESENVOLVIMENTO
2.1 CHOCOLATE
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Sengundo RODRIGUES (2007), o chocolate contém em média meio a meio de
chocolate e açúcar. E uma porcentagem menor de manteiga de cacau. O
cacau elaborado resulta em: manteiga de cacau, cacau ou chocolate em pó e
chocolate em barra. Cada tipo de chocolate apresenta porcentagens diferentes
de açúcar:
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• Chocolate Amargo – Chocolate feito com massa de Cacau e manteiga
de Cacau. Destaca-se pela cor escura e sabor amargo, devido ao pouco
refinamento do Chocolate e ao reduzido açúcar. Não é adicionado leite;
Açúcares
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Leite em pó
Cacau em pó
Sorbitol
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reter umidade, é muito utilizado como um agente umectante, mantendo o
alimento fresco por um período maior de tempo. Outras propriedades podem
ser citadas: espessante, edulcorante, inibidor de cristalização, plastificante,
anticongelante (reduz o ponto de congelamento). (RICHTER &LANNES, 2007).
Pode-se substituir parte da sacarose por xarope de milho anidro para diminuir a
doçura. Em chocolates dietéticos (hipoglicêmicos) adiciona-se sorbitol
(OETTERER; REGITANO-D'ARCE, 2006).
Lecitina de soja
Invertase
Aromatizantes
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Açúcar Sólidos não Sólidos não Lipídeo Flavorizantes e Total
lipídicos do lipídicos do s emulsificantes
leite cacau
Chocolate ao leite
Açúcar 46,2 - - - - 46,2
Leite em pó - 15,6 - 5,0 - 20,6
Massa de cacau - - 4,9 5,4 - 10,3
Manteiga de cacau - - - 22,4 - 22,4
Flavorizantes e - - - - 0,5 0,5
emulsificantes
Total 46,2 15,6 4,9 32,8 0,5 100
Chocolate amargo
Açúcar 48,2 - - - - 48,2
Leite em pó - - - - - 0,0
Massa de cacau - - 18,4 20,1 - 38,5
Manteiga de cacau - - - 12,8 - 12,8
Flavorizantes e - - - - 0,5 0,5
emulsificantes
Total 48,2 0,0 18,4 32,9 0,5 100
Tabela 01: Matéria-prima (%) para produção de chocolate ao leite e chocolate amargo.
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O chocolate possui ainda alguns sais minerais, em especial magnésio,
potássio, ferro e cálcio. Com tantas calorias e minerais, o chocolate pode ser
muito interessante para quem exerce esforços físicos e mentais consideráveis,
como atletas ou estudantes. No entanto, quem quer controlar o peso deve
consumi-lo com moderação (PRO TESTE, 2005).
2.3 PROCESSAMENTO
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Cada fruto de contém de 20 a 50 sementes (NITZKE, 2010). A primeira
operação, uma vez recebidas as sementes de cacau, é o peneiramento, que
consiste em separá-las de toda substância estranha. Também são
inspecionadas, excluindo as sementes danificadas por insetos que apresentem
manchas. Estas podem ser provocadas por fungos ou ter outras alterações de
seu conteúdo; são os grãos piçarrosos. Satisfeitas estas condições, o grão
passa a ser tostado. Isto é feito com ar superaquecido, geralmente a 140º,
durante minutos ou de forma contínua, por passagem a contracorrente, em
maior temperatura. Esta operação, como no caso do café, é de importância
primordial (SALINAS, 2002)
As amêndoas ou favas dos frutos recém colhidos têm cor púrpura, sabor
amargo e odor adstringente, mas não têm qualquer valor comercial, mesmo se
estiverem secas. Só após a chamada "cura" é que o cacau poderá ser um
produto de valor para a indústria e exportável (OETTERER; REGITANO-
D'ARCE, 2006).
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2.4 ARMAZENAMENTO DO CACAU
Esta etapa assume importância devido ao longo tempo em que o cacau pode
permanecer armazenado. Começa na fazenda produtora em sacos de aniagem
de 60 kg por cerca de 30 dias, fica nas cooperativas vários meses e nos
armazéns dos portos por cerca de 15 dias. A amêndoa armazenada deve ter
7% de umidade e estar em equilíbrio com a umidade relativa do ar (70%). Se
aparecer mofo na armazenagem é porque a secagem foi lenta (falta de sol) ou
pegou chuva. Pode ser feita a fumigação com brometo de metila ou névoa de
pibutrina. A temperatura do armazém deve ser elevada para manter a U.R. do
ar a 70% (OETTERER, 2001).
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2.5 FLUXO DETALHADO DO PROCESSO
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produto é uma pasta de origem grosseira (OETTERER, REGITANO-D’ARCE,
SPOTO, 2006).
2.7.1 Secagem
Depois disto as sementes são sujeitos à secagem, esta pode ser feita de uma
forma natural ou artificial, relativamente à natural tem uma duração de dez dias
e é efetuada ao sol. São mexidas regularmente para manter as sementes
arejadas impedindo assim a formação de bolores, obtendo cacau de melhor
qualidade, enquanto a secagem artificial dura cerca de quarenta horas a uma
temperatura entre os 34 – 40ºC e é executada em cilindros de rotação
mecânica, mas a qualidade do cacau é menor (RODRIGUES, 2007).
2.7.2 Torrefação
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destacam sabor e aroma utilizando precursores desenvolvidos durante a
fermentação; diminuição de ácidos voláteis como o acético e alguns aldeídos e
alcoóis; produção de coloração característica do chocolate; redução de
umidade e conseqüentemente facilidade de remoção e separação da casca
dos cotilédones (MORORÓ, 2005).
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2.7.4 Massa de Cacau
2.7.6 Cacau em Pó
2.7.7 Mistura
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2.7.8 Refinamento
A pasta obtida na etapa anterior deve ser refinada para isso o produto passa
por cilindros metálicos que reduzem as partículas de cacau e de açúcar,
transformando em um pó fino, o que é importante para que o chocolate fique
bem macio (portal Nestlé). Após o refino, o chocolate está com teor de gordura
4% menor que o específico, e deve ser corrigido na etapa seguinte
(OETTERER, 2006).
2.7.9 Conchagem
2.7.10 Têmpera
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Quando o chocolate sai da temperatura de 48°C, está fluido e entra no
resfriamento, é importante que atinja 28°C, ponto de solidificação da manteiga
de cacau. Nessa temperatura há formação dos cristais tipo β, que são estáveis
e apresentam ponto de fusão entre 35 e 35°C. Durante a embalagem e o
transporte a temperatura deve ser inferior a 28°C. O chocolate perde a
têmpera, quando fica exposto em mostruários ou em locais onde a temperatura
é alta (acima de 28°C), pois há alteração na temperagem, pois os cristais β se
rompem (OETTERER, 2006).
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Para que haja um acabamento adequado, o chocolate moldado será colocado
em fôrmas que permitam a impressão de desenhos e letras. O acabamento
pode ser feito pelo sistema de cobertura ou enrobing, realizado a partir de
bases de biscoito, fondant ou marshmallow, que são movimentadas por uma
esteira rolante onde recebem o chocolate fluido. Em seguida seguem para o
túnel ou bandejas em câmeras de resfriamento (OETTERER, 2006).
2.7.11 Embalagem
De acordo com FURG (2010), a embalagem para chocolate deve atender aos
seguintes requisitos:
• Ser barreira ao vapor d’água, à passagem de luz e à permeação de
componentes do aroma do produto e de aromas estranhos oriundos do
ambiente de estocagem;
• Atender à legislação vigente com relação aos aspectos toxicológicos
advindos da migração de componentes do material de embalagem para
o produto;
• Suportar as solicitações mecânicas do sistema de transporte e
distribuição;
• Resistir ao ataque de insetos e roedores.
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2.8 ESCURECIMENTO NÃO - ENZIMÁTICO (REAÇÃO DE
MAILLARD)
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viscosidade da massa de chocolate e análises de coliformes totais, E. coli,
microorganismos totais, mofos e leveduras, S. aureus e B. cereus, além de
Salmonellas.
Características organolépticas:
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Chocolate em pó parcialmente desengordurado 2,5a 6,4% p/p
Resíduo mineral fixo, máximo 2,5% p/p (exceto para o chocolate solúvel)
Características Microbiológicas:
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2.11 CURIOSIDADES
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10- É desses que elas gostam mais: Leite com chocolate é o tipo de
chocolate mais preferido pelas pessoas. Contudo, o chocolate preto é
especificamente o mais popular entre os homens. (UHULL S.A, 2010)
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3 CONCLUSÃO
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4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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RICHTER, Marissol; LANNES, Suzana Caetano da Silva. Ingredientes usados
na indústria de chocolates. Rev. Bras. Cienc. Farm., São Paulo, v. 43, n.
3, Sept. 2007 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1516-93322007000300005&lng=en&nrm=iso>. access
on 18 Aug. 2010. doi: 10.1590/S1516-93322007000300005.
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