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UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO- SANTANA

BASES BIOLÓGICAS DO COMPORTAMENTO.


Intersexualidade.

SANTANA- SP
2018.
BRENDA ARIELA DA SILVA – RA: 333456514939

GYSELLE SANTOS TEIXEIRA DA GAMA – RA: 325654114939


HIOHANNA DIAS – CPF: 514.840.268-70
JOHNNY LEANDRO DA SILVA – RA: 32486621493

KATHERINE SOUZA SILVA – RA: 333102714939

REJANE BOTELHO SILVA – RA: 333381214939

BASES BIOLÓGICAS DO COMPORTAMENTO.

Trabalho de pesquisa apresentado


à faculdade de Anhanguera - polo
Santana, para fins de avaliação
parcial da disciplina Bases
Biológicas do comportamento, 1º
semestre de 2018.

SANTANA-SP
2018.
Introdução

O presente trabalho tem como objetivo o estudo sobre a


intersexualidade afim, de compreender as suas principais características,
causas e quais os procedimentos de tratamento.

Abordaremos também a respeito da garantia do direito à identidade da


criança intersexo, e a obrigatoriedade do registro civil de nascimento como
um direito humano.

Definição

O pseudo-hermafroditismo, também é conhecido como genitália


ambígua, que é uma condição intersexual na qual o bebê nasce com órgãos
genitais que não são nitidamente do masculino ou feminino, geralmente é
descoberta no momento do nascimento do bebê. Geralmente 75% dos casos,
são de ambos tipos de tecidos gonadal, a maioria destes indivíduos estão
presentes duas gônadas mistas, ou seja a pessoa possui ovário e testículo no
mesmo órgão. É importante ressaltarmos que não é uma doença, e sim uma
condição que afeta o desenvolvimento sexual do individuo que possivelmente
será estéril.

Causas

Causas da Intersexualidade feminina

Causas Maternas: Tumor de ovário ou de adrenal, hiperplasia adrenal


congênita virilizante materna não controlada, Uso de drogas: - Esteroides
anabolizantes, - Danazol, - Progestágenos.

Causa Fetal: Deficiência de aromatase, deficiência de P450


oxidoredutase, resistência a glicocorticoide, Hiperplasia adrenal congênita: -
Deficiência 21-hidroxilase, - deficiência de 11β-hidroxilase, - deficiência de 3β-
hidroxisteroide desidrogenase.
Margaret de Castro e Lucila Leico Elias explicam as causas maternas:

“A exposição fetal a andrógenos de origem materna é pouco comum,


mas a masculinização da genitália externa de fetos femininos foi
observada após a ingestão materna, no primeiro trimestre de
gestação, de progestágenos, testosterona e danazol, droga utilizada
no tratamento de endometriose. Alterações na genitália do feto
podem ocorrer mesmo na ausência de efeitos androgênicos na mãe,
pois a dose necessária para masculinização da genitália externa fetal
pode ser menor que a dose necessária para causar manifestações
maternas.

A masculinização do feto feminino pode, também, ocorrer devido a


um tumor materno virilizante de origem ovariana ou adrenal, ou ainda
em decorrência de subtratamento da mãe portadora de hiperplasia
adrenal congênita virilizante. Luteoma da gravidez, um pseudotumor
ovariano constituído de células da teca hiperplasiadas, regride
espontaneamente após a resolução da gestação, dificultando seu
diagnóstico. Cistos ovarianos luteínicos na gravidez, considerados
por alguns autores como uma forma cística de luteoma, são menos
freqüentemente associados à virilização materna e, mais raramente,
com masculinização fetal. Deve-se ressaltar que as causas maternas
endógenas de PHF são pouco comuns, pois o hiperandrogenismo
materno freqüentemente resulta em perda fetal.”

A deficiência de aromatase placentária é uma doença autossômica


recessiva causada por mutação do gene CP19. O citocromo P450-
oxidoredutase (P450-OR) tem um papel essencial na esteroidogênese adrenal
e gonadal, atuando como doador de elétrons nas reações catalisadas pelas
enzimas microssomais. A resistência aos glicocorticóides é uma doença
hereditária rara, que resulta da incapacidade dos glicocorticóides exercerem
seus efeitos nos tecidos-alvo, podendo ser familiar ou adquirida, generalizada
ou tecido-específica. A Hiperplasia adrenal congênita por deficiência da 21-
hidroxilase (21OH) é a causa mais frequente de PHF. A deficiência da 21OH
ocorre em 95% dos casos de HAC. A 21OH participa da síntese dos
glicocorticóides e dos mineralocorticóides. Na deficiência da 11b-hidroxilase
(11OH), 11-desoxicortisol e deoxicorticosterona (DOC) não são convertidos
eficientemente a cortisol e corticosterona, respectivamente. A diminuição da
produção de glicocorticóides resulta em elevação da secreção de ACTH que
estimula a zona fasciculada a produzir esteróides proximais ao bloqueio, além
de estimular a superprodução de andrógenos pela zona reticular. A hiperplasia
adrenal congênita decorrente da deficiência da enzima 3b-hidroxiesteróide
desidrogenase (3bHSD) é uma doença autossômica recessiva rara, descrita
em 1962 por Bongiovanni.

Cuidados que a família precisa ter e o preconceito.

Os pais de uma criança hermafrodita devem entender diferente do que muitos


pensam o hermafrodismos ou intersexualidade não é uma doença e sim uma
alteração no cromossomo. Eles de alguma forma sofrem preconceitos
juntamente com as crianças e isso acaba levando ao desespero. Por esse
motivo geralmente quando descobrem que a criança nasceu com dois sexos, e
acabam não procurando saber mais sobre o assunto e quase sempre permitem
que o recém-nascido seja operado depois dos seis messes e isso pode causar
algumas complicações futuras na criança.

Uma criança hermafrodita sofre muito preconceito na escola, pois os colegas


de classe e às vezes ate os professores não estão preparados para lidar,
deixando a criança excluída das demais, sendo motivos de piadas e ate
mesmo de agressão. Alguns dos professores não estão preparados para
trabalhar com uma criança hermafrodita e assim acabam não sabendo como
educar e ensinar tanto a criança quanto os colegas de classe.

Um jovem ou adolescente com a intersexualidade sofrem de preconceitos fora


quanto dentro de casa, pois os pais que optam por não operar quando ainda
era bebe, acabam ficando confusas com a mudança de humor, pois é nessa
fase em que o adolescente esta descobrindo qual seu verdadeiro sexo. Isso
atrapalha muito na vida de um jovem porque fica mais difícil de relacionar com
outros jovens de sua idade. É nessa idade que os jovens começam a se
envolver emocionalmente e isso acaba virando um problema porque pode
acontecer do hermafrodito não ter certeza de qual sexo se relacionar e pelo
fato de um jovem normal não saber sobre o assunto e então o intersexual é
vitima de preconceito sendo chamado de transexuais ou travestis. Isso leva o
jovem a ter sérios problemas psicológicos e sem o apoio dos familiares acabam
entrando no álcool, nas drogas e ate mesmo na depressão.

Tratamento

Antes de qualquer tratamento, vale salientar que não há maneiras de


prevenir a intersexualidade e não existem sintomas porém, os sinais da
intersexualidade, é feita visivelmente ao nascimento. Quanto ao diagnostico o
mesmo pode ser realizado baseado apenas da observação clínica.

Já o tratamento, em alguns casos é proposto o modelo da cirurgia com


medicação dentro dos primeiros 2 anos, e o segundo modelo é o modelo
centrado do paciente cujo, requer a espera do paciente crescer e poder optar
por qual gênero deseja e quando realizar a cirurgia.

Intersexualidade e o direito da identidade brasileira.

A intersexualidade ainda hoje é um tema bastante problemático, tido


como uma urgente necessidade médica e social referente ao nascimento das
crianças intersexuais, tendo em vista os possíveis problemas e impactos na
vida no individuo.

Com relação na defesa dos Direitos Humanos do intersexo, classifica-se


em duas partes: O direito á saúde e o direito á identidade. São estes os
elementos que devem ser prioritários, afim, de permitir o desenvolvimento da
dignidade do intersexo.

Partindo desse ponto, podemos compreender que a identidade sexual é


um dos princípios que permite constituir a identidade de cada individuo, através
das as características e particularidades biopsicossociais que irão distinguir a
fêmea do macho (feminino ou masculino).

Nos dias atuais, compreende-se que a constituição da identidade


sexual é definida por uma junção de eventos, dos quais são tanto
características biológicas como psicossociais. Assim, há uma necessidade de
concordância entre o sexo genético, endócrino e morfológico do individuo, do
contrário poderá ocasionar em danos ao mesmo. Devido a isso, é
indispensável não rever os cuidados e preocupação com os intersexos.

No Brasil, a legislação é omissa, não há associações públicas


especificas para atender os intesexuais e nem lei que venha proteger ou
pensar no intersexo. Outra grande problemática é as leis acerca dos registros
públicos (Lei 6.015/73), a qual determina que os indivíduos devem ser
registrados no prazo de 15 dias após o nascimento, com a indicação do nome
e o sexo da criança, com isso a família é imposta a uma escolha de
responsabilidade, pois podemos nos questionar se em 15 dias o individuo já
pode se expressar qual gênero quer pertencer? Se quando adulto o mesmo irá
se identificar com o gênero que lhe foi imposto? Essa é a questão que deve ser
preservada, definir o sexo de um indivíduo tão precocemente, sem considerar o
seu futuro, e qual gênero se identificará é ser omisso ao direito da identidade.

Em países da Europa como: Alemanha o intersexo recebe tratamento


especial e já possui uma lei que permite registrar as crianças intersexo, como
“Sexo indefinido” isto é, no campo do documento, ficará em branco. Na
Austrália é considerado um terceiro campo ao lado do “feminino ou masculino”
Com o termo “Diferente”, e outros países tais como: Afeganistão e nepal, já
reconhecem indivíduos intersexo.

Assim, compreendemos que o Brasil está atrasado para determinados


temas tão importante, pois os intersexuais em nosso País se deparam com
obstáculos de serem aceitos e reconhecidos socialmente e principalmente
conquistar o direito de decisão ao que interfere em sua saúde e corpo, poder
escolher se irão realizar intervenções cirúrgicas e sobre o espaço social que
querem ocupar.
REFERENCIAS

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<https://www.infoescola.com/doencas/pseudo-hermafroditismo> Acessado 27
de maio de 2018.

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<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6015compilada.htm> Acessado em
27 de maio de 2018.
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<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/D99710.htm>
Acessado em 27 de maio de 2018

PRIMON, Cátia Suli Fernandes. Bases Biológicas do Comportamento. 2016.


Londrina: Editora e Dsitribuidora Educacional AS.

VIDA, minha. Hermafroditismo: sintomas, tratamentos e causas. Disponível


em: <http://www.minhavida.com.br/saude/temas/hermafroditismo> Acessado
em 27 de maio de 2018.

Sales IG, Fraser RTD, Lima IMSO, Toralles MBP. Direitos Humanos de
Jovens com Intersexo: Por um Serviço de Genética Médica Resoluto. In:
Reis V, organizadora. Juventudes do Nordeste do Brasil, da America Latina e
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http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-
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https://mulher.org.pt/ser-hermafrodita/

http://www.boasaude.com.br/artigos-de-saude/3711/-1/recem-nascidos-com-
alteracoes-na-genitalia-como-diminuir-o-estresse-familiar-dessa-descoberta.html

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http://www.acessibilidadenapratica.com.br/textos/deficiencia-visual-
formas-de-leitura-e-acessibilidade-a-informacao/

http://www.ehow.com.br/meios-comunicacao-utilizados-deficientes-
info_26989/

https://biomania.com.br/artigo/mudez

http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/deficiencia-
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https://psicosaude.wordpress.com/category/imagens-mentais/

https://vidaepsicologia.wordpress.com/2013/08/01/o-grande-poder-
das-imagens-mentais/

http://www.arte-
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cacaoELinguagemImagem&Slide=33

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