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Resumo Melanie Klein PDF
Resumo Melanie Klein PDF
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MELANIE KLEIN
Principais contribuições:
• Fundamentos da analise de crianças e do Complexo de Édipo;
• Formulação do conceito de posição depressiva e de mecanismos de defesa maníaca;
• O estudo dos estádios mais primitivos. Formulou o conceito de posição esquizo-
paranóide.
- Formulou o conceito de fantasia, que é o representante psíquico dos instintos, que podem
ser de diferentes naturezas, o que as leva a ocorrer de modos determinados ou específicos nas
suas relações com a realidade externa.
A ação de um instinto é expressa na vida mental pela fantasia da satisfação.
Agem a partir do nascimento, a primeira fome e o esforço instintual para satisfazê-la são
acompanhados pela fantasia de um objeto capaz de satisfazê-la. Os objetos fantasiados e a
satisfação que é deles derivada são experimentados como acontecimentos físicos.
Estando o principio do prazer-sofrimento em ascendência, as fantasias são onipotentes e não
existe diferenciação entre ela e a experiência da realidade.
A sua formação é uma função do ego, e a sua concepção pressupõe um grau de organização do
ego muito maior do que o que foi postulado por Freud, que é capaz de formar relações
objetais tanto na fantasia quanto na realidade. A partir do nascimento o bebê tem de lidar
com o impacto da realidade e frustração de seus desejos.
A realidade influencia a fantasia e a fantasia influencia a realidade.
Comentários:
Uma educação autoritária inibe e cria barreiras que privam a criança do uso de sua energia
mental total.
Quando a repressão começa a operar ocorre a passagem da identificação para a simbolização,
nessa fase coisas diferentes podem ter o mesmo significado, por ex. o brincar com argila pode
simbolizar as fezes da criança.
Desse modo pode haver o deslocamento da libido para objetos prazerosos e socialmente
aceitos.
A repressão precoce impossibilita essa passagem da identificação para a simbolização.
Melanie Klein cria normas de avaliação que possibilitam a análise de crianças menores de seis
anos, que é quando ocorrem as situações edípicas segundo Freud, e que para Freud uma
criança só poderia ser analisada nessa fase.
A POSIÇÃO ESQUIZO-PARANÓIDE
- A relação com o objeto ideal: a libido é projetada, a fim de criar um objeto que irá satisfazer
o esforço instintivo do ego pela preservação da vida. Desde o início o ego se relaciona com o
seio dividido (seio bom e seio mau).
- O objetivo do bebê: Manter dentro o objeto ideal que ele vê como algo que lhe dá vida e
manter fora o objeto mau e as partes do self que contém o instinto de morte.
- Em situação de angustia a divisão (Split) é ampliada, mantendo o objeto ideal longe do objeto
perseguidor, tornando-o impermeável ao mal.
Os perseguidores são sentidos hora como ameaça externa, hora dentro, produzindo temores.
- Identificação projetiva: 1- Pode ser dirigida ao objeto ideal a fim de evitar separação; 2- Pode
ser dirigida ao objeto mau a fim de obter controle sobre a fonte de perigo.
Inicia-se quando a posição esquizo-paranóide é primeiramente estabelecida em relação ao
seio e persiste e se intensifica quando a mãe é percebida como objeto total.
Várias partes do eu podem ser projetadas com diferentes objetivos: Partes más – a fim de se
livrar delas, ou para atacar e destruir o objeto e Partes boas – a fim de evitar separação ou
para mantê-las a salvo de coisas más internas.
A POSIÇÃO DEPRESSIVA
- Em boas condições de desenvolvimento o bebê começará a sentir que seu objeto ideal e
impulsos libidinais são mais fortes do que o objeto e impulsos maus. Então ao sentir que seu
ego está mais forte ele se sentirá menos temeroso de seus impulsos maus e terá menos
necessidade de projetá-los.
- Ao perceber o objeto como total o ego também se torna um ego total, a integração do ego e
do objeto ocorre simultaneamente. A maior integração do ego vai ocasionar uma menor
deformação na percepção dos objetos.
A maturação do ego ocorre com a maturação do SNC, o que permite melhor organização das
percepções que surgem em diferentes áreas fisiológicas, como ocorre com a memória.
- Ambivalência: O bebê começa a perceber que ama e odeia a mesma pessoa e que ele
também é apenas um com ambos os sentimentos.
- O bebê com o ego mais integrado pode lembrar e reter o amor pelo objeto bom mesmo
quando o odeia. Sente culpa, experiência depressiva ocasionada do sentimento de ter
destruído o objeto mau que também é bom.
- Reparação: a experiência da depressão faz com que o bebe deseje reparar esse objeto,
restaurar e recuperar os objetos amados perdidos.
Acredita que seus ataques destruíram o objeto e que seu amor pode desfazer os efeitos de sua
agressividade.
- A relação com a realidade externa: O conflito depressivo é uma luta constante entre a
destrutividade e os impulsos reparadores e de amor do bebê. O teste de realidade se torna
- O caráter do superego: Nas fases iniciais da posição depressiva o superego ainda é sentido
como muito severo e perseguidor. A medida que se estabelece mais plenamente a relação de
objeto total, o superego perde alguns de seus aspectos monstruosos e se aproxima mais de
pais bons. Passa a ser fonte de culpa e de amor já que auxilia a criança em sua luta contra seus
impulsos destrutivos.
- Sublimação e formação simbólica: O desejo de poupar seus objetos leva o bebê a sublimar
seus impulsos sentidos como destrutivos. Sua preocupação com o objeto produz uma inibição
dos impulsos instintuais anteriores.
A medida que o ego se torna mais organizado as projeções enfraquecem e a repressão toma
lugar da divisão, nesse ponto há a gênese da formação simbólica, a fim de poupar objeto, o
bebê em parte inibe seus instintos e em parte os desloca ou os substitui.
- Para MK a posição depressiva nunca é plenamente elaborada, a vida adulta sempre contém
as experiências da infância, as ansiedades relativas a ambivalência e culpa, bem como as
situações de perda.
- Defesas Maníacas: Geradas pela culpa do individuo ao perceber os estragos feitos por ele,
pois se sente incapaz de consertar o que danificou, e sua consciência moral o ameaça com
uma carga de culpa e remorso maior do que ele é capaz de suportar.
Então para se defender o sujeito passa a desvalorizar o objeto prejudicado, julgando-o não
necessário, assim isentando-se da culpa e remorso e aplacando a angústia pelo risco de perdê-
lo. Nega seus aspectos dependentes.
Acredita que não pode contar com os outros, uma vez que se sente incapaz de preservar boas
relações. Teme os sentimentos ternos, confunde fragilidade com humilhação e dependência
com escravidão. Opta pelo cinismo e deboche.
O outro é visto como algo a ser utilizado e descartado.
As defesas maníacas são um modo de enfrentar sentimentos de culpa e perda. Caracterizam-
se pela tríade, triunfo, controle onipotente e desprezo das relações objetais.
- Desprezo do objeto: a identificação com um superego sádico permite que objetos externos
sejam tratados com desprezo.
- Negação: A introjeção é manifestada como fome de objeto, com negação de perigo para e
dos objetos. Há negação da importância dos bons e dos maus objetos e do id.
- Triunfo sobre o objeto: triunfo maníaco é manifestado por um senso de ter conquistado o
mundo.
- Estado primitivo caracterizado pela ambivalência, predominância das tendências orais e pela
escolha incerta do objeto sexual.
- Ambos os pais são desejados e odiados e o ataque é dirigido ao seu relacionamento mútuo.
Durante o desenvolvimento varia a escolha entre os pais e os objetos libidinais e agressivos
varia.
- Na posição sádico anal: a criança ainda possui o desejo de se apropriar do corpo da mãe que
é seguido por uma curiosidade em conhecer este corpo, fase do desenvolvimento marcada
pela identificação com a mãe: fase de feminilidade.
- Fase de feminilidade: Calcada na posição sádico-anal, as fezes são igualadas ao bebê que a
criança deseja ter.
A fase de feminilidade envolve um desejo frustrado por parte dos meninos: não possuem o
órgão especial. Tendências de roubar, destruir, estão ligadas aos órgãos de fecundação e seios.
O menino teme ser punido, mutilado (castrado) por causa desse desejo.
O desejo de ter um filho + impulso epistemofilico permite ao menino deslocar para o plano
intelectual. Assim, a desvantagem é ocultada e supercompensada pela superioridade de ter
um pênis.
Agressividade excessiva também está relacionada a esta fase de feminilidade no menino.
A luta prolongada entre as posições pré-genital e genital da libido. O auge caracteriza o
conflito edipiano.
- Desenvolvimento do complexo de édipo nas meninas: Objetivo oral e receptivo dos órgãos
genitais exerce uma influencia determinante sobre a escolha do pai como objeto amoroso. Por
consequência do desmame e privações anais a menina se afasta da mãe.
As tendências genitais passam a operar e o desenvolvimento genital se completa com o
deslocamento da libido da zona oral para a genital.
O caráter receptivo do órgão e a inveja e ódio da mãe fazem com que a menina se volte para o
pai no período inicial de manifestação dos impulsos edipianos. A menina sente falta do pênis e