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Direcção Geral do Ensino Básico e Secundário

PROGRAMA DE MATEMÁTICA

2º CICLO DO ENSINO BÁSICO

5º e 6ºanos de escolaridade
(versão experimental)

CONCEPTORAS:

Nilda Linete Vaz


Teresa Tavares
Lourdes Semedo

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3. Matemática – 2º ciclo do ensino básico

3.1. Natureza e papel da disciplina no currículo do Ensino (Fundamentos,


objecto e finalidades)

A Matemática é uma das mais antigas disciplinas científicas. A validade das suas
teorias subsiste através dos tempos. Porém, a posição dessas teorias e das técnicas a
elas associadas varia bastante em termos de importância, alcance e eficácia em face
dos novos desenvolvimentos, das novas descobertas e da ocorrência de áreas
recentes de aplicação, dentro e fora da matemática. Tais mudanças devem,
necessariamente reflectir-se no ensino, a fim de que este cumpra a sua missão de
preparar os jovens para a vida moderna.

A Matemática no Ensino Básico deve fornecer ao aluno um instrumento de trabalho,


desenvolver a sua formação intelectual e adaptá-lo à vida. De facto, o ensino da
Matemática, fornece ao aluno um instrumento para calcular, modelar, projectar,
prever, abstrair, favorecendo o raciocínio lógico, o cálculo mental e a resolução de
problemas que encontrará na vida. Saliente-se, no entanto, que é principalmente
sobre a formação intelectual decorrente de um bom ensino da Matemática que é
necessário insistir, pois, uma preparação para a vida não se pode fazer, em boas
condições, sem uma formação matemática adequada.

Uma formação matemática proporciona um enriquecimento conceptual que não pode


ser adquirido em nenhuma outra disciplina. Os conceitos de número, de operação, de
razão, de proporcionalidade, de verdade matemática, de formas geométricas, etc.
fazem parte da bagagem intelectual do homem moderno. Uma formação matemática
também habitua o aluno a ultrapassar a realidade concreta para a traduzir por uma
nova linguagem, mais abstracta, mas que permite mostrar afinidades entre situações
aparentemente muito afastadas umas das outras. É esta aproximação de situações,
este reagrupamento de problemas que apuram a capacidade de raciocínio e permitem
descobrir formas gerais.
Estudar Matemática no Ensino Básico é, essencialmente, aprender a raciocinar e a
criar o hábito de se tomar consciência do raciocínio pessoal realizado.

Assim sendo, as finalidades da disciplina de Matemática no currículo do Ensino Básico


visam desenvolver nos alunos:

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 A compreensão de conceitos matemáticos;
 A capacidade de analisar informação, assim como a de resolver e formular
problemas;
 A capacidade de argumentação com um raciocínio lógico;
 A capacidade de comunicar em Matemática, por escrito e oralmente;
 A autoconfiança nos seus conhecimentos e capacidades matemáticas;
 A autonomia na utilização de conhecimentos matemáticos;
 A confiança e segurança em lidar com situações que envolvam a Matemática na
vida pessoal e social.

Assim, para que essas finalidades se concretizem, é necessário que os alunos tenham
uma formação intelectual consistente, isto é, uma formação que permita aos mesmos
compreenderem e utilizarem a Matemática no seu dia-a-dia.

3.2. A evolução da disciplina (situação actual e situação desejável)

A Matemática ocupa um lugar de relevo na Educação, (ensino obrigatório durante dez


anos de escolaridade), devido ao seu valor educativo.
Apesar dessa importância, como se sabe, actualmente, esta disciplina é
frequentemente apontada como uma disciplina de insucesso no ensino, pois os
resultados revelam um fraco aproveitamento dos alunos a nível de todo o ensino,
principalmente no ensino secundário.
Em geral, os professores dos níveis subsequentes são de opinião que os alunos
chegam ao secundário com nível baixo, sem o domínio das operações e noções
básicas como as de “parte” ou “fracção”; com dificuldades na leitura e interpretação
de problemas com texto, por causa do Português; dificuldades em visualizar as
representações geométricas no espaço. Muitas vezes as crianças e os jovens
interrogam-se sobre a utilidade dos temas que são obrigados a estudar.
Essas dificuldades devem-se, principalmente, à forma como muitas vezes se ensina a
Matemática, levando o aluno à reprodução mecânica de símbolos, fórmulas, regras e
conceitos esvaziados de sentido. Muitos professores só resolvem problemas já
existentes em certos capítulos do manual escolar, mesmo que esses problemas
abordem uma realidade desconhecida do aluno, e aplicando regras fixas.
O papel do professor é levar o aluno a estudar Matemática, ou seja, desenvolver nele,
de uma forma progressiva, hábitos de trabalho e persistência, de raciocínio lógico, de
autoconfiança, de abstracção, de formalização.
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Torna-se necessário, por um lado, fazer com que os alunos, confrontados com
situações complexas, consigam mobilizar diferentes recursos (saber, saber-fazer e
saber-ser) para resolver problemas do seu quotidiano, isto é, os alunos deverão ser
capazes de transferir as suas aprendizagens do contexto escolar para o contexto do
quotidiano. Por outro lado, será também imprescindível que os professores disponham
de um conjunto de ferramentas que possibilitem ao aluno desenvolver competências
básicas que lhe sirvam nas diferentes situações da vida.
Para isso o professor terá que ser criativo. Deve saber encontrar aplicações
significativas e elaborar, se necessário, o material (incluindo a formulação de
problemas e situações novos) adequado a realidade dos seus alunos.
A falta de motivação e de aplicações para os temas estudados na aula são,
possivelmente, os principais responsáveis pelo insucesso em Matemática.
E ainda desejável que a sala de aula possua condições que proporcionem à criança um
lugar atraente e motivador para a aprendizagem; que o professor seja capaz de
promover valores como a auto estima e a segurança e saiba combater o medo e a
ansiedade excessiva que muitos têm da Matemática.
O mais importante, que se poderá desejar numa revisão curricular é que se consiga
preparar as gerações futuras para a convivência com a dinâmica da evolução das
sociedades, fornecendo-lhes os instrumentos para a entenderem criticamente.

3.3. Orientações pedagógico-didácticas

O alargamento do acesso à educação escolar torna a situação da sala de aula de hoje


distinta da de há alguns anos. As diferenças individuais, o ritmo pessoal, as
experiências dos alunos, são cada vez mais diversificadas.
Assim, requerem-se metodologias assentes em pedagogias diferenciadas de forma a
responder a tais diferenças.
A aprendizagem da Matemática exige muito trabalho individual do aluno, trabalho
esse que depende, em grande parte, das tarefas propostas pelo professor.
A revisão curricular que ora se propõe baseia-se na pedagogia da integração que se
apoia numa abordagem por competências (a APC). Esta nova pedagogia não põe de
parte a pedagogia por objectivos (a PPO). A PPO consiste em desdobrar as
aprendizagens complexas em objectivos distintos a serem atingidos pelo aluno. O
aluno aprende saberes fragmentados, sem mesmo chegar a compreender o sentido.
A pedagogia da integração permite criar relações entre os diversos objectivos.

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Na resolução de uma situação-problema ou situação de integração, o aluno e
confrontado com um problema ligado à vida corrente, complexo e significativo para
ele. Esta situação deve obrigá-lo a mobilizar os saberes, o saber-fazer e o saber-ser
para exercer uma competência.
A resolução de problemas, simples ou complexos, nos primeiros anos de
escolaridade, permite estabelecer conexões entre os temas matemáticos, entre a
matemática e as outras disciplinas e ainda com a realidade. Por conseguinte, deve
estar sempre associada ao raciocínio e à comunicação e integrada em diversas
actividades de carácter física e mental por parte das crianças que envolvam a
manipulação, a exploração de materiais, a investigação e a descoberta.
A aprendizagem da Matemática pressupõe que o aluno trabalhe de diferentes formas
– em grupo ou individualmente. Efectivamente, o trabalho de grupo tem a sua função
no processo de aprendizagem, mas o trabalho individual é de extrema importância
nesta disciplina. Por um lado permite ao aluno tomar consciência das suas próprias
potencialidades e dificuldades. Por outro lado, permite ao professor obter uma
informação mais detalhada do progresso do aluno, já que a competência é analisada
individualmente.
São atitudes desejáveis do professor:
Respeitar as diferenças individuais e o ritmo pessoal; valorizar as experiências
anteriores (escolares e extra - escolares); considerar os interesses e necessidades
individuais; favorecer as interacções e trocas de experiências e saberes; estimular a
iniciativa e participação; valorizar as aquisições e produções dos alunos; criar um
clima favorável de socialização.
Portanto, há que destacar três grandes capacidades transversais no
ensino/aprendizagem da Matemática que são:

 A resolução de problemas

A resolução de problemas constitui, nos nossos dias, uma actividade fundamental


para a aprendizagem dos diversos conceitos, representações e procedimentos
matemáticos.
Portanto, as noções matemáticas básicas devem ser fundadas e construídas a partir
de situações problemáticas concretas, provenientes de experiências reais das crianças
e que proporcionem, também, a oportunidade de repensar constantemente o conjunto
dos seus saberes, de os estruturar de uma nova forma, de os aperfeiçoar, de os
aplicar.

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O professor deve confrontar a criança com problemas simples, com uma ou varias
operações, mas também problemas mais complexos em que a estratégia deve ser
encontrada pela própria criança e ainda problemas em que, perante um certo número
de dados, ela formula e resolve vários problemas.
Iniciar cada novo capítulo com um problema cuja solução requer o uso da matéria que
vai ser estudada pode ser uma forma de motivar o aluno. É, no entanto, muito
importante que o enunciado do problema não contenha palavras que digam respeito
ao assunto ainda desconhecido. As aulas devem ser conduzidas de forma que o aluno,
no fim desse capítulo, seja capaz de resolver não só o problema proposto no início,
mas outras situações de aplicações.
As actividades lúdico - didácticas como os jogos e desafios da matemática revelam ser
de extrema importância, visto que exigem da criança uma forte operação mental e,
consequentemente, contribuem para o desenvolvimento de capacidades matemáticas.
Para compreender e resolver problemas a criança precisa mobilizar todos os recursos
como os seus saberes, as suas experiências, as suas capacidades e os seus
sentimentos. Por isso, há que fornecer a criança oportunidades de enriquecer a sua
formação intelectual. Jogos e desafios da matemática, artigos e pequenas histórias
sobre as descobertas matemáticas e problemas antigos, criação de clubes de
matemática e ou de jornais de matemática podem dinamizar pedagogicamente as
escolas, criando um ambiente mais alegre e criativa, mais entusiasmante, um espaço
de intercâmbios culturais.

 O raciocínio matemático

Qualquer forma de raciocínio implica a utilização de certas formas lógicas, mas é


sobretudo durante a aprendizagem da matemática que a sua aplicação se torna mais
sistemática e mais importante.
Desde o ensino básico a criança deve aprender a raciocinar e a criar o hábito de tomar
consciência do raciocínio pessoal realizado.
Para isso o professor deve levar o aluno a descobrir, progressivamente, as regras de
dedução matemática, a compreende-las e a utiliza-las a fim de o apetrechar com os
quadros básicos sem os quais um raciocínio não pode ser correcto.
Convém, no entanto, evitar possíveis traumatismos, impondo à criança, desde muito
cedo, um método demasiado rigoroso visto que o processo do raciocínio infantil pode
não estar suficientemente desenvolvido para responder as nossas expectativas.

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Para testar o raciocínio matemático envolvido na resolução de uma tarefa pode
começar-se pela simples justificação dos passos das operações e, progressivamente,
exigir argumentações mais complexas.
Na sala de aula, o professor pode utilizar outros métodos pedagógicos como o
intuitivo ou indutivo. Sucessivos aperfeiçoamentos do método dedutivo constituirão
degraus de uma progressiva utilização dos axiomas do pensamento lógico adulto.
O pensamento matemático é também caracterizado por uma actividade de resolução
de problemas. Isto vem ao encontro da tendência da criança de fazer perguntas e de
procurar as respostas.
No seu dia-a-dia a criança desenvolve conceitos matemáticos espontâneos em
diferentes situações como jogar, brincar, desenhar e comunicar com outras pessoas.
Cabe, portanto, ao professor saber aproveitar e fazer frutificar o capital intelectual
que a criança possui em si.

 A comunicação matemática

A linguagem simbólica matemática, pelo seu rigor e complexidade, não pode ser
imposta ao aluno. O aperfeiçoamento dessa linguagem deve ser feito a par com a
língua portuguesa. Esta deve ser cada vez mais concisa, visto que não existe um rigor
de raciocínio sem um rigor na forma como se exprime. Por isso, todas as outras
disciplinas curriculares do ensino deve intervir no ensino - aprendizagem da língua,
devendo contribuir para o desenvolvimento das capacidades do aluno a nível da
compreensão e produção de enunciados orais e escritos; da interpretação e
descodificação das ideias que lhe são apresentadas; da elaboração e aplicação de
regras; da participação em discussões e da comunicação.
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3.3.1 Orientações, para a integração das temáticas transversais
Pretende-se que o ensino da Matemática seja integrado com as outras áreas do
conhecimento do aluno. Uma boa formação em Matemática deve contribuir para a
compreensão de relações entre ideias matemáticas, no interior de cada tema, entre
diferentes temas da disciplina e ainda com outras áreas transversais.
As diferentes áreas de conhecimento devem oferecer ao aluno oportunidades de
desenvolver habilidades, valores e atitudes necessárias à actuação na sociedade onde
está inserido.

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A integração de temas estudados nas outras disciplinas contribui para estabelecer as
relações interdisciplinares que se deseja, obriga o aluno a rever os seus
conhecimentos e ainda a dar sentido às aprendizagens.
A integração de temáticas como Direitos Humanos, Cidadania e Cultura da Paz,
Educação Ambiental e Educação para a Saúde na resolução de situações – problemas
deverá contribuir para preparar jovens cidadãos com aptidões, mas também com
comportamentos sobre os quais se apoiará a sociedade de amanhã.
Assim, nas aulas de Matemática, deve propor-se, problemas que abordem uma dessas
temáticas. Num problema que refere a despesas com medicamentos para alguém com
uma doença diarreica, pode ser possível um debate sobre a Saúde e Educação
Ambiental, por exemplo, antes da sua resolução. Pode ainda ser um problema onde o
aluno organiza os dados recolhidos para um estudo e pretende-se que comente
criticamente.

3.4. Avaliação (critérios de avaliação das competências)

A revisão curricular exige uma mudança na avaliação e, consequentemente, novas


competências e atitudes do professor nesta área.
O alargamento da escolarização exige uma avaliação mais criteriosa de forma a
permitir o desenvolvimento de pedagogias mais diferenciadas dando resposta a cada
vez maior diversidade da população escolar.
A progressiva inter e transdisciplinaridade do currículo requerem uma maior
valorização das capacidades transversais (raciocínio, comunicação, resolução de
problemas, etc.).
A avaliação é um processo de produção de informação a ser utilizada na melhoria do
processo de ensino-aprendizagem. Deste modo, deve ser um processo contínuo,
dinâmico e, em muitos casos, informal.
É através da avaliação que o professor recolhe informações que lhe permitirão
diagnosticar problemas e insuficiências na aprendizagem dos alunos e no seu
trabalho, verificando assim a necessidade (ou não) de alterar a sua planificação e
acção didácticas. A avaliação deve fornecer informações relevantes sobre o estado das
aprendizagens dos alunos, no sentido de auxiliar o professor a gerir o processo de
ensino-aprendizagem.
Na Pedagogia de Integração, a avaliação deve ser encarada como um meio de
valorizar as competências do aluno e de o ajudar a adquirir novas competências. Por
isso, o professor não deve incidir apenas nos aspectos negativos da produção de um

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aluno. A avaliação deve ser feita de forma individual e com a finalidade de ajudar
cada aluno, dando-lhe a possibilidade de melhorar.

Neste sentido, para que a avaliação seja objectiva, o professor deve estabelecer
critérios de correcção que permitem ao professor ter várias formas de analisar um
mesmo trabalho.
Em Matemática, o professor deve levar em consideração os seguintes critérios:
 C1: Interpretação correcta do enunciado (analisar se o aluno escolheu boas
operações)
 C2: Utilização correcta das ferramentas matemáticas (verificar se as técnicas
de cálculos estão afinadas)
 C3: Coerência da resposta (analisar a adequação da resposta)

Para a correcção da produção de um aluno, o professor deve estabelecer uma grelha


de correcção, contendo os critérios de correcção e três indicadores no mínimo para
cada critério. Os indicadores têm como objectivo esclarecer o que deve ser avaliado
em cada critério.
Na avaliação de uma competência deve o professor construir uma prova (situação-
problema) adaptada à competência visada. É preferível apresentar três instruções (as
questões, no caso da Matemática). Essas questões devem ser independentes , com o
mesmo nível de complexidade, para verificar cada critério, no mínimo três vezes,
como forma de garantir se o aluno domina um critério.

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4. CTI, CII e as competências de base para a disciplina

4.1. Quadro síntese do CTI e das competências de base

CTI (competência terminal de integração) do 2º Ciclo


No final do 2º Ciclo do Ensino Básico o aluno ou a aluna deverá ser capaz de resolver uma situação-
problema, fazendo apelo a: números inteiros e racionais positivos: operações e propriedades;
proporcionalidade directa; sentido espacial; figuras geométricas; construções geométricas; perímetro de
círculos e polígonos; áreas de rectângulos, círculos e triângulos, volumes de paralelepípedos e cilindros;
cálculo de frequências, determinação da moda e da média aritmética e interpretação do seu significado.
Competência de base 3 Patamar 2
No 2ºano do 2º Ciclo o aluno ou a aluna deve ser
No final do 2ºano do 2º Ciclo o aluno ou a aluna
capaz de resolver uma situação-problema envolvendo
deve ser capaz de resolver uma situação-problema,
conceitos de simetria e eixos de simetria, bem como
envolvendo a construção geométrica, rectas
os conceitos de área e volume.
paralelas e concorrentes, quadriláteros, bem como
os conceitos de área e volume.
Patamar 1
No 2ºano do 2º Ciclo o aluno ou a aluna deve ser
capaz de resolver uma situação-problema,
envolvendo a construção geométrica, rectas paralelas
e concorrentes e quadriláteros.
Competência de base 2
No final do 2ºano do 2º Ciclo o aluno ou a aluna deve ser capaz de resolver uma situação-problema,
envolvendo a recolha e organização dos dados agrupados em tabelas de frequências (absolutas e relativas) e
gráficos de barras, e interpretar esses dados através de medidas de tendência central.

Competência de base 1 Patamar 3


No final do 2ºano do 2º Ciclo o aluno ou a aluna No 2ºano do 2º Ciclo o aluno ou a aluna deve ser
deve ser capaz de resolver uma situação-problema, capaz de resolver uma situação-problema,
envolvendo conjunto de números racionais envolvendo escalas, percentagens, juros e
positivos, diferentes formas de representação dos representações gráficas.
seus elementos, comparação e operações, bem Patamar 2
como a proporcionalidade directa, percentagens, No 2ºano do 2º Ciclo o aluno ou a aluna deve ser
escalas e juros. capaz de resolver uma situação-problema,
envolvendo a proporcionalidade directa, razões e
proporções e representações gráficas.
Patamar 1
No 2ºano do 2º Ciclo o aluno ou a aluna deve ser
capaz de resolver uma situação-problema,
envolvendo conjunto de números racionais positivos,
diferentes formas de representação dos seus
elementos, comparação e operações adição,
subtracção, multiplicação e divisão de números
racionais positivos.

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CII (competência intermédia de integração) do 5º ano
No final do primeiro ano do segundo ciclo o aluno ou a aluna deve ser capaz de resolver uma situação-
problema que envolva conjunto de números inteiros e racionais positivos, diferentes formas de
representação dos seus elementos, comparação e operações, a recolha e organização dos dados em tabelas
de frequências (absolutas e relativas), gráficos (de barras, pictogramas, circulares) e interpretar dados
representados graficamente.
Patamar 3
Competência de base 3 No 1ºano do 2º Ciclo o aluno ou a aluna deve ser
capaz de resolver uma situação-problema,
No final do 1ºano do 2º Ciclo, o aluno ou a aluna envolvendo o perímetro do círculo e áreas do
deve ser capaz de resolver uma situação-problema, quadrado e do rectângulo e as relações entre eles.
envolvendo a construção geométrica,
nomeadamente sólidos geométricos, polígonos Patamar 2
(triângulos, quadriláteros, pentágonos e hexágonos), No 1ºano do 2º Ciclo o aluno ou a aluna deve ser
rectas, segmentos de recta e semi-rectas, ângulos, capaz de resolver uma situação-problema,
propriedades de figuras geométricas bem como o envolvendo rectas, segmentos de recta e semi-rectas,
conceito de perímetro e de área e as relações entre ângulos, triângulos, e as relações entre eles.
eles.
Patamar 1

No 1ºano do 2º Ciclo o aluno ou a aluna deve ser


capaz de resolver uma situação-problema,
envolvendo a construção geométrica, nomeadamente
sólidos geométricos e polígonos (triângulos,
quadriláteros, pentágonos e hexágonos).

Competência de base 2
No final do 1ºano do 2º Ciclo o aluno ou a aluna deve ser capaz de resolver uma situação-problema,
envolvendo a recolha e organização dos dados em tabelas de frequências absolutas e gráficos (de barras,
pictogramas) e interpretar dados representados graficamente.
Patamar 2
Competência de base 1
No 1ºano do 2º Ciclo o aluno ou a aluna deve ser
No final do 1ºano do 2º Ciclo o aluno ou a aluna capaz de resolver uma situação-problema,
deve ser capaz de resolver uma situação-problema, envolvendo conjunto de números inteiros e racionais
envolvendo conjunto de números inteiros e positivos, diferentes formas de representação dos
racionais positivos, diferentes formas de seus elementos, comparação e operações
representação dos seus elementos, comparação e multiplicação e divisão.
operações. Patamar 1

No 1ºano do 2º Ciclo o aluno ou a aluna deve ser


capaz de resolver uma situação-problema,
envolvendo conjunto de números inteiros e racionais
positivos, diferentes formas de representação dos
seus elementos, comparação e operações adição e
subtracção.

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COMPETÊNCIAS DE BASE

5º ANO – 2º CICLO DO ENSINO BÁSICO

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Patamar 1 de competência de base 1

No 1ºano do 2º ciclo o aluno ou a aluna deve ser capaz de resolver uma situação-problema, envolvendo conjunto
de números inteiros e números decimais, diferentes formas de representação dos seus elementos, comparação e
operações adição e subtracção.
Saberes Saber-fazer Sugestões de actividades
Ex
 O sistema de  Ler e escrever números;  Pretende-se consolidar e ampliar os
conhecimentos adquiridos nos anos
numeração decimal  Relacionar unidades de diferentes
anteriores, assegurando a compreensão
 Números inteiros e ordens; da estrutura que serve de base à
representação de números no sistema
números decimais;  Identificar ordens e classes na
de numeração decimal.
 Adição de números escrita de um número;
inteiros e decimais;  Representar números inteiros e  Através de representação de números
 Propriedade decimais na recta numérica; na recta numérica, os alunos podem
comutativa e associativa  Comparar e ordenar números aperceber-se de que entre dois números
 Subtracção de inteiros e decimais; inteiros não pode haver outro número
números inteiros e inteiro, enquanto entre dois números
 Usar os termos parcelas e soma;
decimais; decimais há sempre outros números
 Expressões  Identificar as propriedades decimais.
numéricas; comutativa e associativa da adição

 Utilizar as propriedades da adição  Devem propor-se algumas sugestões


para simplificar o cálculo mental e que levem os alunos a distinguir

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escrito; operação do resultado dessa operação.
 A construção de uma tabela dá
 Estimar ordens de grandeza de ocasião a que os alunos verificam que a
somas; subtracção nem sempre é possível.

 Construir uma tabela de dupla  Os alunos devem estimar, em


entrada relativa à subtracção; seguida calcular e depois comparar o
resultado com valor estimado.
 Utilizar a identidade fundamental
da subtracção  As expressões numéricas devem ser
simples e envolver números inteiros e
 Estimar ordens de grandeza de números decimais.
diferenças;
 Efectuar mentalmente cálculos  O estudo das propriedades é feito
simples; com intuito de facilitar os cálculos.

 Traduzir em linguagem simbólica  Propor situações para efectuar


matemática uma situação dada em cálculos com os algoritmos, usando o
língua corrente e reciprocamente; caderno e o lápis ou mentalmente.

 Calcular o valor de expressões  Deve-se resolver situações –


numéricas em que intervenham somas, problemas que permite desenvolver a
diferenças e parênteses curvos; capacidade de raciocinar, analisar e
comunicar.
 Resolver exercícios e problemas da
vida corrente que envolvem o cálculo de
somas e diferenças.
Saber-ser:
 Realizar actividades de forma autónoma, responsável e criativa; Desenvolver a confiança em si próprio, criar
hábitos de trabalho, de responsabilidade, espírito de tolerância e de cooperação.
 Exprimir e fundamentar as suas opiniões.
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…………………………….

Patamar 2 de competência de base 1

No 1ºano do 2º ciclo o aluno ou a aluna deve ser capaz de resolver uma situação-problema, envolvendo conjunto de
números inteiros e racionais positivos, diferentes formas de representação dos seus elementos, comparação e
operações multiplicação e divisão.
Saberes Saber-fazer Sugestões de actividades
Ex
 Multiplicação de  Calcular o produto de dois números  Propor cálculos que exijam a
números inteiros e números inteiros, de um número inteiro por um simplificação através da aplicação das
decimais; propriedades das operações.
decimal e de dois números decimais;
 Propriedades
comutativa e associativa;  Deve-se resolver situações –
 Calcular múltiplos de um número problemas que permite desenvolver a
 Propriedade inteiro; capacidade de raciocinar, analisar e
distributiva da multiplicação comunicar.
em relação à adição;  Identificar as propriedades
comutativas e associativas da  Propor situações para efectuar
 Multiplicação com cálculos com os algoritmos, usando o
multiplicação;
números decimais; caderno e o lápis ou mentalmente.

 Multiplicação por:  Identificar a propriedade distributiva


10 ; 100 ; 1000 e por 0,1 ; da multiplicação relativamente à adição;
0,01 ; 0,001;
 Utilizar propriedades da
 Expressões multiplicação para simplificar o cálculo
numéricas;
mental e escrito;
 Potências;

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 Expressões com  Identificar uma potência como um  Pretende-se que o aluno seja capaz de
potências; produto de factores iguais e vice-versa; substituir um produto de factores iguais
por uma potência e de calcular o valor de
uma potência.
 Múltiplos de um  Identificar os elementos de uma
número; potência;
 Os exercícios a propor devem dar
 Linguagem  Calcular o valor de uma potência de ocasião a que os alunos pratiquem o
matemática. Resolução de expoente natural; algoritmo da divisão, verifiquem que:
problemas;  Dividendo = divisor x quociente +
resto
 Resolver problemas da vida corrente
 e que o resto é sempre menor que o
que envolvam as operações adição, divisor.
subtracção, multiplicação;
 São de propor, seguidamente,
 Traduzir o enunciado de um problema situações que façam sentir aos alunos a
por uma expressão numérica com adição, necessidade de calcularem o valor exacto,
subtracção, multiplicação e parênteses ainda que não inteiro, de um quociente.
curvos;
 Divisão de números  Há que ter em conta que as
inteiros e decimais: dificuldades relativas à divisão se
 Divisão como  Calcular o valor de expressões acentuam quando o dividendo e/ou o
operação inversa da numéricas em que intervenham somas, divisor são números decimais. É pois de
multiplicação; diferenças, multiplicações e parênteses propor a resolução de problemas simples
 Divisão exacta e curvos; que ajudem os alunos a adquirir um maior
divisão inteira; domínio das técnicas de cálculo.
 Divisão com números  É importante que os alunos distingam
decimais;  Descobrir a regra para dividir um divisor de um número de divisor numa
 Divisão por : 10; número inteiro por 10, 100 e 1000; dada divisão.
100; 1000 e por 0,1; 0,01;  Através de situações da vida real
0,001;  Reconhecer que multiplicar um evidenciar a prioridade da divisão em
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 Divisores de um número por 0,1; por 0,01; ou por 0,001 é relação à adição e à subtracção.
número; equivalente a dividi-lo por 10, 100, ou por  A motivação para investigar relações
 Critérios de 1000 respectivamente. numéricas em problemas envolvendo
divisibilidade; divisores e múltiplos de números. Obter o
 Expressões numéricas reconhecimento dos critérios de
e problemas;  Calcular o quociente de um número divisibilidade.
decimal por um número inteiro, de um
número inteiro por um número decimal e  Ter a aptidão para dar sentido a
de dois números decimais; problemas numéricos e para reconhecer as
operações que são necessárias à sua
 Efectuar uma divisão com números resolução.
inteiros e não inteiros
 Demonstrar a sensibilidade para a
ordem de grandeza dos números, assim
 Aplicar a identidade fundamental da como a aptidão para estimar valores
divisão; aproximados de resultados de operações e
analisar os resultados obtidos.
 Reconhecer que dividir um número
por 0,1, por 0,01, ou por 0,001 é  As expressões numéricas devem ser
simples e envolver números inteiros e
equivalente a dividi-lo por 10, 100, ou por
números decimais.
1000 respectivamente;

 Identifica divisores de um número


inteiro;

 Conhece e aplica os critérios de


divisibilidade por 2,5; 10: 100; e 1000;

 Resolver problemas da vida corrente


que envolvam as operações adição,
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subtracção, multiplicação e divisão;

 Traduzir o enunciado de um problema


por uma expressão numérica com adição,
subtracção, multiplicação, divisão e
parênteses
Saber-ser:
 Realizar actividades de forma autónoma, responsável e criativa; Desenvolver a confiança em si próprio, criar hábitos
de trabalho, de responsabilidade, espírito de tolerância e de cooperação.
 Exprimir e fundamentar as suas opiniões.
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Competência de base 2:
No 1ºano do 2º ciclo o aluno ou a aluna deve ser capaz de resolver uma situação-problema, envolvendo a recolha e
organização dos dados em tabelas de frequências absolutas e gráficos (de barras e pictogramas) e interpretar dados
representados graficamente.
Saberes Saber-fazer Sugestões de actividades
 Recolher e organizar dados  O estudo de algumas situações tais
 Estatística: respeitante a situações do dia-a-dia; como: número de irmão, idade, desportos
 Noções elementares preferidos etc., pode ser feito a partir de
de estatísticas (população,  Indicar a frequência de um dados obtidos pelos alunos através de
amostra, variável, etc.); acontecimento; realização de inquéritos na turma ou na
 Recolha e escola.
organização de dados  Construir tabelas de frequências,
simples; gráficos de barras e pictogramas a partir  Ter a noção de frequência absoluta e
 Tabelas de de dados; relativa, assim como a aptidão para
frequências (absolutas e calcular estas frequências em situações
relativas);  Ler e interpretar informações simples;
 Gráficos de barras; contidas em gráficos ou tabelas;
 Pictogramas;  Os dados devem ser, depois
 Leitura e  Tirar conclusões a partir da análise organizados quer em tabelas de
interpretação de gráficos da informação e fazer conjecturas. frequências, quer em gráficos de barras ou
gráficos circulares.

 Propor actividades para ler e


interpretar tabelas e gráficos à luz das
situações a que dizem respeito e para
comunicar os resultados das
interpretações feitas;
Saber-ser:
 Comunicar, discutir e defender ideias e descobertas, dando espaço de intervenção aos seus parceiros;
 Questionar a realidade observada;
 Realizar actividades de forma autónoma, responsável e criativa;

19
……………………..

Patamar 1 de Competência de base 3:


No 1ºano do 2º ciclo o aluno ou a aluna deve ser capaz de resolver uma situação-problema, envolvendo a
construção geométrica, nomeadamente sólidos geométricos e polígonos (triângulos, quadriláteros, pentágonos e
hexágonos).
Saberes Saber-fazer Sugestões de actividades
 Sólidos geométricos:  Identificar prismas, pirâmides,  O estudo da Geometria deve ser feito
 Poliedros e não cilindros, cones e esferas; por via intuitiva, sendo de propor
poliedros;  Identificar faces, arestas e actividades que dêem ao aluno a
 Elementos de um vértices; possibilidade de manipular, observar,
poliedro (faces, vértices e  Indicar o número de faces, comparar medir, traçar.
arestas); arestas e vértices de um dado prisma  A observação de formas do meio
ou pirâmide; ambiente, a manipulação de objectos e de
modelos de sólidos geométricos devem
 Relacionar o número de faces, constituir o ponto de partida para o estudo
de arestas e de vértices de uma a realizar.
pirâmide e de um prisma, com o  Os alunos podem manipular modelos
polígono da base de sólidos enquanto disso sentirem
necessidade; contudo, para que possam ir
 Polígonos (triângulos,  Reconhecer planificações de caminhando no sentido da abstracção,
quadriláteros, pentágonos, sólidos geométricos; sugere-se a realização de jogos de
hexágonos);  Construir modelos de sólidos a descoberta de sólidos geométricos,
partir de planificações dadas. conhecidos, identificando alguns dos seus
elementos.

 Identificar polígonos: triângulos,  Os alunos podem, aproveitando


quadrados, quadriláteros, pentágonos, embalagens vazias de cartão e reciclá-los
hexágonos; de modo a obter planificações de
determinados sólidos, segundo algumas
arestas.
 Podem, em seguida, reconstruir os
20
sólidos a partir das planificações obtidas.

 Os alunos, em seguida devem utilizar


os instrumentos de desenho adequados
(compasso, régua, esquadro e transferidor)
no traçado de circunferências ou polígonos.

 Na exploração das propriedades dos


polígonos usar materiais manipulativos
como geoplanos, tangrans, puzzles,
mosaicos, , cartolina e elásticos, palhinhas
e peças poligonais encaixáveis.
Saber –ser:
 Estabelecer e respeitar as regras para o uso colectivo de espaços, enriquecer a comunicação através de formas
de comunicação alternativas.

……………………….

21
Patamar 2 de Competência de base 3:
No 1ºano do2º ciclo o aluno ou a aluna deve ser capaz de resolver uma situação-problema, envolvendo rectas,
segmentos de recta e semi-rectas, ângulos, triângulos, e as relações entre eles.

Saberes Saber-fazer Sugestões de actividades


 A partir das arestas dos sólidos
 Rectas, semi-rectas e geométricos podem dar-se as noções de
segmentos de recta;  Identificar segmentos de recta, segmento de recta e semi-recta e
semi-rectas e rectas. informar das notações simbólicas
respectivas.
 Identificar a posição relativa de
duas rectas  Os alunos podem, aproveitando
embalagens vazias de cartão e reciclá-los
 Identificar e representar rectas de modo a obter planificações de
paralelas, perpendiculares e determinados sólidos, segundo algumas
concorrentes; arestas.
 Podem, em seguida, reconstruir os
 Ângulos (rectos,  Identificar ângulos rectos, sólidos a partir das planificações obtidas.
agudos, obtusos e agudos, obtusos, rasos;  Os alunos, em seguida devem utilizar
rasos); os instrumentos de desenho adequados
(compasso, régua, esquadro e
 Medir, em graus, a amplitude de transferidor) no traçado de circunferências
um ângulo; ou polígonos.
 Os alunos devem utilizar o
 Traçar ângulos com uma dada transferidor quer para medir amplitude de
amplitude; um ângulo, quer para traçar ângulos com
amplitudes dadas. O professor deve
 Triângulos:  Classificar triângulos quanto aos prestar apoio individualizado na utilização
 Classificação lados e quanto aos ângulos. do transferidor.
22
quanto aos lados  Propor situações para estimar a
e quantos aos  Construir um triângulo sendo ordem de grandeza de ângulos.
ângulos; dados:
- o comprimento dos  O nível de precisão usado nas
 Construção de lados; construções deve ser gradualmente
triângulos; melhorado, devendo os alunos tomar
- o comprimento de dois consciência da necessidade de usar
lados e a amplitude do ângulo por eles correctamente os instrumentos de
formado; desenho e de medição.
- o comprimento de um
lado e a amplitude dos ângulos  Usar materiais como régua,
adjacentes a esse lado. esquadro, transferidor, compasso e
também materiais manipuláveis como
geoplano, tangram, puzzles, peças
poligonais encaixáveis, cartolina e
elásticos, espelhos e mira.

Saber –ser:
 Estabelecer e respeitar as regras para o uso colectivo de espaços, enriquecer a comunicação através de
formas de comunicação alternativas.

23
Patamar 3 de Competência de base 3:
No 1ºano do 2º ciclo o aluno ou a aluna deve ser capaz de resolver uma situação-problema, envolvendo o perímetro do
círculo e áreas do quadrado e do rectângulo e as relações entre eles.
Saberes Saber-fazer Sugestões de actividades

 Identificar o círculo;  Convém, começar por recordar as


 Círculo:  Distinguir círculo de uma unidades de comprimento já conhecidas
 Perímetro do circunferência; dos alunos e resolver problemas simples
círculo.  Identificar o comprimento da que envolvam a noção de perímetro de um
circunferência como o perímetro do polígono.
círculo;
 Relacionar o perímetro do círculo  A fórmula P    d deve ser obtida
com o comprimento do seu diâmetro experimentalmente a partir da medição do
 Estimar, em casos simples, o perímetro de objectos circulares.
perímetro de círculos
 Calcular o perímetro da
circunferência;
 Resolver problemas que
envolvam o cálculo de perímetros;

 Distinguir figuras equivalentes de  Através de actividades de desenho em


 Áreas: figuras geometricamente iguais; papel quadriculado, da utilização do
 Sistema de geoplano, da construção de puzzles, etc.,
medidas;  Calcular áreas usando o sistema os alunos podem ampliar e aprofundar os
 Área de rectângulo; métrico; seus conhecimentos sobre áreas.
 Área de quadrado;  Para a descoberta das fórmulas
 Usar as fórmulas das áreas do sugere-se a realização de desenhos em
rectângulo e do quadrado para calcular papel quadriculado ou ponteado, a
áreas de figuras; utilização do geoplano, etc.
 Os alunos devem desenhar, nos
 Calcular áreas de figuras planas cadernos, quadrados com 1 dm de lado,
24
pela decomposição das figuras em para terem a percepção do dm2 de área.
rectângulos e em quadrados;  Sugere-se, ainda que no recreio e com
ajuda de uma corda e pregos, construam
 Conhecer e relacionar entre si as um quadrado com 1 m de lado, portanto
unidades de área do sistema métrico; com 1 m2 de área.

 Estabelecer a equivalência entre o


hectare (ha) e o hectómetro quadrado
(hm2);

 Distinguir área de perímetro;

 Resolver exercícios e problemas


que envolvam o cálculo de áreas.
Saber –ser:
Estabelecer e respeitar as regras para o uso colectivo de espaços, enriquecer a comunicação através de formas de
comunicação alternativas.

………………………………

25
COMPETÊNCIAS DE BASE

6º ANO – 2º CICLO DO ENSINO BÁSICO

26
Patamar 1 de Competencia de base 1

No 2ºano do 2º ciclo o aluno ou a aluna deve ser capaz de resolver uma situação-problema, envolvendo números
racionais positivos, diferentes formas de representação dos seus elementos, comparação e operações adição,
subtracção, multiplicação e divisão de números racionais positivos.

Saber Saber - fazer Sugestões de actividades

 Obter números a partir de outros, por  Solicitar exemplos de números


 Números primos e composição ou por decomposição; primos menores que 100.
números compostos;  Procurar estratégias adequadas a Pedir a decomposição em factores
resolução de problemas com números; primos, pelo menos de números
 Decomposição de um  Efectuar cálculos e pesquisas com a menores que 20.
número num produto de calculadora, discutindo os resultados; • Determinar o valor do MDC e
factores primos;  Identificar números Primos; de MMC de dois números, usando
 Identificar números compostos, perfeitos a decomposição em factores
 Máximo Divisor Comum e abundantes; primos ou a representação dos
e Mínimo Múltiplo  Decompor um número em factores primos seus múltiplos e divisores.
Comum; utilizando os critérios de divisibilidade por 2, 3,
5, etc.
 Determinar MDC e MMC, pela
decomposição em factores primos;

 Identificar uma fracção com o quociente  Será agora o momento de


 Números Racionais: entre dois números inteiros (divisor diferente dizer aos alunos que são números
 Representação gráfica de zero); fraccionários que temos
de números racionais;  Identificar o numerador e o denominador designado por números decimais.
 Fracções equivalentes; de uma fracção;  Representando o numero 1
 Fracções Decimais;  Distinguir número inteiro de um nº por um rectângulo, por um
 Comparação e fraccionário; circulo, … e dividindo a unidade
27
ordenação de números  Representar um número inteiro ou um gráfica em 2, 3, 4 partes iguais,
racionais; número fraccionário sob a forma de fracção; os alunos vêm facilmente como
 Identificar número racional como sendo se pode representar 1/2 , 1/3,
todo o número que se pode representar por 1/4, … 3/4, …
uma fracção;  Para compararem números
 Representar graficamente partes da representados por fracções os
unidade; alunos podem apoiar-se enquanto
 Representar números racionais na recta disso sentirem necessidade, em
numérica; material concreto (por exemplo
 Identificar fracções que representam: sectores circulares de papel).
 O número 1 Podem também utilizar a redução
 Números menores que 1 à forma decimal.
 Números maiores que 1;  Os alunos podem escrever
fracções decimais equivalentes a
 Comparar e ordenar números racionais
fracções de denominadores 2, 4,
representados de diversas formas; 5, 25 ou 50.
 Identificar fracções equivalentes;  Será, porem conveniente que
 Identificar fracção decimal; se apercebam que nem todos os
 Converter uma fracção decimal em números racionais se podem
número decimal e vice-versa; representar por fracções
 Calcular a soma de dois ou mais números decimais.
 Adição de números racionais;  Quando num problema
racionais;  Aplicar as propriedades da adição de aparecem números na forma de
 Propriedades da adição números racionais; fracção, os alunos devem poder
de números racionais;  Calcular, quando possível, a diferença de resolvê-lo, passando-os à forma
 Subtracção de números dois números racionais seja qual for a sua decimal.
racionais; representação;

 Multiplicação de  Calcular o produto de dois números


números racionais; racionais;
 Propriedades da  Aplicar as propriedades da multiplicação
multiplicação de números de números racionais;
28
racionais;
 Potência de números  Calcular o valor numérico de uma
racionais; potência de base racional;

 Divisão de números  Resolver situações-problema envolvendo


racionais os números racionais;
 Expressões numéricas
envolvendo todas as  Calcular o quociente de dois números
operações estudadas; racionais;

Valores aproximados  Representar o quociente de dois números


na forma decimal quando possível;

 Indicar o valor aproximado de um


quociente, por defeito ou por excesso, as
unidades, às décimas, ou às centésimas;

Saber-ser:
 Realizar actividades de forma autónoma, responsável e criativa; Desenvolver a confiança em si próprio, criar
hábitos de trabalho, de responsabilidade, espírito de tolerância e de cooperação.
 Exprimir e fundamentar as suas opiniões.

………………………………..

29
Patamar 2 de competência de base 1

No 2ºano do 2º ciclo o aluno ou a aluna deve ser capaz de resolver uma situação-problema, envolvendo a
proporcionalidade directa, razões e proporções e representações gráficas.

Saber Saber - fazer Sugestões de actividades

 Escrever a razão de duas quantidades  Para introduzir a noção de


 Proporcionalidade dadas; proporcionalidade directa escolher-
Directa.  Formar proporções se-ão exemplos adequados da vida
 Identificar uma proporção a uma corrente. Devem também ser
 Razões; identidade de duas razões; apresentados situações em que as
 Proporções;  Utilizar a identidade fundamental das grandezas não sejam directamente
 Proporcionalidade proporções na resolução de problemas; proporcionais.
directa e constante de  Calcular um meio ou um extremo de uma  Descoberta a propriedade
proporcionalidade; proporção conhecendo os outros elementos da fundamental das proporções será
proporção; oportuno que os alunos verifiquem
que qualquer meio (extremo) é
 Verificar se duas grandezas são igual a produto dos extremos
directamente proporcionais; (meio) a dividir pelo outro meio
 Reconhecer situações de (extremo).
proporcionalidade directa;  Deve ter-se presente que os
 Determinar a constante de estudos das proporções – noção e
proporcionalidade entre duas grandezas identidade fundamental – tem
directamente proporcionais; como finalidade facilitar a
 Determinar o valor de uma grandeza resolução de exercícios e
sendo conhecida a constante de problemas de proporcionalidade
proporcionalidade e o valor correspondente da directa.
outra grandeza.  Os problemas a propor
 Resolver problemas que envolvam o devem ser simples e ligados à vida

30
conceito de proporcionalidade directa; real.
 Com frequência os dados
relativos às percentagem são
apresentados em gráficos de
barras ou circulares.
 Daí o interesse em propor
um ou outro exercício de
interpretação de gráficos.
 As situações a propor devem
estar relacionadas com a vida real.
 A interpretação de gráficos
circulares relativos a percentagem
permitindo que os alunos associem
50% a metade, 25% a um quarto,
facilitará a cálculo mental de
percentagens.

Saber-ser:
 Realizar actividades de forma autónoma, responsável e criativa; Desenvolver a confiança em si próprio, criar
hábitos de trabalho, de responsabilidade, espírito de tolerância e de cooperação.
 Exprimir e fundamentar as suas opiniões.

…………………………..

31
Patamar 3 de competência de base 1

No 2ºano do 2º ciclo o aluno ou a aluna deve ser capaz de resolver uma situação-problema, envolvendo escalas,
percentagens, juros e representações gráficas.

Saber Saber - fazer Sugestões de actividades

 Percentagem;  Escrever uma percentagem na forma de  Representar percentagens


fracção ou na forma decimal; pictoricamente usando o símbolo
 Gráficos de
%, e relacionar percentagens com
percentagens;  Calcular a percentagem de uma dada fracções e decimais.
quantidade;
 As situações a propor devem
 Calcular conhecendo o valor inicial e o ser simples e ligadas à vida real.
valor final;
 Com frequência os dados
 Interpretar uma percentagem num dado relativos às percentagem são
contexto; apresentados em gráficos de
 Interpretar gráficos de barras e gráficos barras ou circulares.
circulares relativos a percentagens;  Daí o interesse em propor
 Construir gráficos circulares relativos a um ou outro exercício de
 Escala;
percentagens; interpretação de gráficos.
 Interpretar gráficos circulares relativos a  A interpretação de gráficos
percentagens; circulares relativos a percentagem
 Resolver problemas, ligados à vida real, permitem que os alunos associem
que envolvam a aplicação da percentagem; 50% a metade, 25% a um quarto,
 Interpretar uma escala facilitará a cálculo mental de
 Determinar escala de uma figura percentagens.
conhecendo ;
32
 Juro;  Calcular distâncias reais utilizando a
escala;
 Calcular o juro simples de determinado
capital ao fim de um certo tempo.

Saber-ser:
 Realizar actividades de forma autónoma, responsável e criativa; Desenvolver a confiança em si próprio, criar
hábitos de trabalho, de responsabilidade, espírito de tolerância e de cooperação.
 Exprimir e fundamentar as suas opiniões.

…………………….

33
Competência de base 2:
No final do 2ºano do 2º ciclo o aluno ou a aluna deve ser capaz de resolver uma situação-problema, envolvendo a
recolha e organização dos dados agrupados em tabelas de frequências (absolutas e relativas) e gráficos de barras,
e interpretar esses dados através de medidas de tendência central.
Saber Saber - fazer Sugestões de actividades
 Recolher e organizar, em  O estudo de algumas situações
 Estatística: classes, dados respeitante a tais como: altura, idade, peso,
 Recolha e organização situações do dia-a-dia; desportos preferidos etc., pode ser feito
de dados agrupados; a partir de dados obtidos pelos alunos
 Tabelas de frequências  Indicar a frequência de um através de realização de inquéritos na
(absolutas e relativas); acontecimento; turma ou na escola ou ainda na
 Histogramas;  Construir tabelas de localidade.
 Medidas de tendência frequências absolutas e relativas de  Ter a noção de frequência
central de dados simples (média, dados agrupados; absoluta e relativa, assim como a
moda e mediana). aptidão para calcular estas frequências
 Ler e interpretar informações em situações simples;
contidas num histograma; Os dados devem ser, depois
organizados quer em tabelas de
 Calcular a média aritmética; frequências, quer em gráficos de barras
 Indicar a moda; (histogramas).
 Determinar a mediana;  Adquirir aptidão para ler e
 Tirar conclusões a partir da interpretar tabelas e gráficos à luz das
análise da informação e fazer situações a que dizem respeito e para
conjecturas. comunicar os resultados das
 interpretações feitas;
 O estudo a fazer deve contribuir
para o desenvolvimento do espírito
crítico dos alunos.
Saber-ser:
 Comunicar, discutir e defender ideias e descobertas, dando espaço de intervenção aos seus parceiros;
 Questionar a realidade observada;
 Realizar actividades de forma autónoma, responsável e criativa;
34
………..
Patamar 1 de Competência de base 3
No 2ºano do 2º ciclo aluno ou a aluna deve ser capaz de resolver uma situação-problema, envolvendo a construção
geométrica, rectas paralelas e concorrentes e quadriláteros.

Saber Saber - fazer Sugestões de actividades

 Rectas concorrentes e  Identificar rectas paralelas,  O nível de precisão usado nas


Rectas paralelas; rectas concorrentes oblíquas e construções deve ser gradualmente
concorrentes perpendiculares; melhorado, sensibilizando os alunos
para a necessidade de usar
 Traçar rectas paralelas e rectas correctamente os instrumentos de
concorrentes utilizando régua e desenho e de medida.
esquadro;

 Na classificação de quadriláteros
 Quadriláteros;  Classificar quadriláteros; os alunos devem tomar consciência
que os rectângulos são
 Descrever quadriláteros paralelogramos e que os quadrados
são rectângulos e também losangos.
 Identificar a diagonal de um
polígono;  Usar régua, esquadro,
 Reconhecer e distinguir as transferidor, compasso e também
propriedades dos materiais manipuláveis como geoplano,
paralelogramos; tangram, puzzles, peças poligonais
 Resolver problemas aplicando encaixáveis, cartolina e elásticos,
propriedades dos espelhos e mira.
paralelogramos.
Saber – ser:
Estabelecer e respeitar as regras para o uso colectivo de espaços, enriquecer a comunicação através de formas de
comunicação alternativas.
35
…………………………

O Patamar 2 de Competência de base 3

No 2ºano do 2º ciclo o aluno ou a aluna deve ser capaz de resolver uma situação-problema envolvendo conceitos
de simetria e eixos de simetria, bem como os conceitos de área e volume.
Saber Saber - fazer Sugestões de actividades

 O estudo da simetria já iniciado


 Construir em papel em anos anteriores deve ser feito de
 Simetria em relação a uma quadriculado a figura simétrica de forma intuitiva e experimental e
recta; uma figura simples; construir para aprofundar o
 Descobrir e traçar eixos de conhecimento das figuras,
simetria de figuras geométricas nomeadamente de quadriláteros.
simples (triângulos, quadriláteros e
ângulos);

 Descobrir as fórmulas das áreas


 Áreas do: do triângulo e do paralelogramo;  A fórmula da área do círculo deve
 Triângulo; ser fornecida.
 Paralelogramo;  Determinar áreas de um  Os problemas a propor devem
 Circulo; polígono por decomposição em estar relacionados com a vida real.
triângulos e paralelogramos;  Algumas das situações devem
envolver o cálculo de áreas de figuras
 Calcular áreas de triângulos, de compostas.
paralelogramos e de círculos;
 Resolver problemas que  Usar materiais manipuláveis
envolvem o cálculo de áreas; como geoplanos, tangrans, peças
poligonais encaixáveis, poliminós, etc.
 Volumes do:  Identificar sólidos equivalentes;
 Paralelepípedo  Reconhecer que a medida do

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Rectângulo; volume de um sólido depende da  Propor actividades que permitem
 Cubo unidade escolhida; ao aluno reconhecer que objectos
 Volume do cilindro  Descobrir as fórmulas dos diferentes podem ter o mesmo
volumes do paralelepípedo rectângulo volume.
e do cubo;  A determinação da fórmula do
 Conhecer, relacionar as volume do paralelepípedo rectângulo
unidades de volume do sistema deve ser feita com base em material
métrico; concreto ou a partir de figuras
 Calcular o volume de sugestivas.
paralelepípedos e cubos;  A fórmula do volume do cilindro
 Relacionar as unidades de deve ser fornecida aos alunos.
volume do sistema métrico com as  Os problemas a propor devem
unidades de capacidade; estar relacionados tanto quanto
 Calcular o volume do cilindro; possível, com a vida real.
 Resolver problemas que
envolvem o cálculo de áreas e de
volumes.
Saber – ser:
Estabelecer e respeitar as regras para o uso colectivo de espaços, enriquecer a comunicação através de formas de
comunicação alternativas.

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