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Parecer
Manifestação de órgãos especializados sobre assuntos submetidos à sua consideração; indica a solução, ou razões
e fundamentos necessários à decisão a ser tomada pela autoridade competente. Pode ser enunciativo, opinativo ou
normativo. Em se tratando de parecer emitido por colegiado, este somente surtirá efeitos se aprovado pelo plenário,
caso em que deve ser explicitado no documento.
Suas partes componentes são:
1. Título (a palavra PARECER), seguido de numeração e sigla do órgão em letras maiúsculas.
2. Número do processo, seguido de numeração e sigla do órgão em letras maiúsculas.
3. Ementa da matéria do Parecer, em letras maiúsculas e à direita da página.
4. Texto paragrafado, analisando a matéria em questão e formulando o Parecer.
5. Data, por extenso.
6. Assinatura, nome e cargo da autoridade ou chefia que emite o Parecer.
EXEMPLO
PARECER N.º 000/00 ASJUR/SARE
PROCESSO N.º E.01/00000/00 GAB/SARE
Remetido pelo Senhor Secretário de Estado de Administração e Reestruturação, chegou o presente processo a
este órgão de Consultoria Jurídica, para pronunciamento quanto à viabilidade da transformação de cargo de Auxiliar
Técnico no de Engenheiro no Departamento de Trânsito do Estado do Rio de Janeiro.
Às fls. 00/00 encontrase pronunciamento da Superintendência Central de Recursos Humanos, que sugeriu fosse
ouvido este órgão, adiantandose ali que há manifestação "favorável à realização de Concurso Público, salvo nos
casos de ascensão em áreas vinculadas ou planos de carreiras".
Desconheço tal manifestação e acredito que a transformação, como pretendida, contraria a Constituição da
República.
A nova Carta Magna trata, de modo bastante rigoroso, a exigência do Concurso Público, exigindoo não apenas
para a primeira investidura, mas para qualquer outro tipo de investidura em cargo ou emprego público.
Não vejo, portanto, como se possa admitir que Auxiliar Técnico passe a Engenheiro com responsabilidades, tarefas
e atribuições tão diferentes.
Outra não parece ter sido a razão da norma constitucional aludida senão impedir que, sem Concurso Público, o
servidor venha a ocupar cargo ou emprego público mais elevado do que aquele no qual ingressou.
Opino, assim, que a transformação aqui tratada é inviável, de acordo com as normas constitucionais vigentes.
É o parecer, sub censura.
Rio de Janeiro, 21 de março de 1999
JOSÉ DA SILVA
Assessor Jurídico