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ORL - Ear, Nose and Throat PDF
ORL - Ear, Nose and Throat PDF
OTOSCLEROSE (114-117)
Doença não infeciosa localizada do osso da cápsula labiríntica. Caracteriza-se por um aumento
anormal da atividade enzimática das células mesenquimais mesta zona (histiócitos,
osteócitos…). Resulta numa remodelação óssea que provoca a fixação da base do estribo à
janela oval.
Causa não muito explicada mas que assenta em distúrbios genéticos e hormonais (gravidez é
um pico de progressão da doença).
Patogénese (multifocal):
Hereditariedade e constituição
Alterações hormonais ou do metabolismo ósseo (gravidez é um pico de progressão da
doença)
Diagnóstico:
Diagnóstico diferencial:
Anomalias congénitas
Fratura ou deslocação pós traumática dos ossículos
Processos adesivos
Timpanoesclerose
Gellé’s Positivo (normal ou surdez neuro sensorial): a intensidade do som percebido pelo diapasão o diminui à medida
que se aumenta a pressão do meato, o que indica um estribo móvel
Gellé’s Negativo (anormal): a intensidade do som percebido não se altera com a variação da pressão, o que indica
estribo rígido.
2. TRAUMATISMOS DO OUVIDO MÉDIO E INTERNO (117-127)
45% das fraturas da base do crânio estendem-se ao osso temporal afetando o ouvido médio e
interno.
2.1 Fraturas do osso temporal
2.2 Concussão labiríntica
2.3 Lesões diretas do ouvido médio e interno
2.4 Barotrauma
2.5 Doença do mergulhador (ou doença do caixão ou doença da descompressão)
2.6 Trauma acústico agudo
FRATURAS DIRETAS por força externa concentrada numa pequena área de superfície (ex: ferida
de tiro) fratura penetrante perfurante com dano cerebral.
FRATURAS INDIRETAS por força externa difusa. 2 rumos:
Fratura longitudinal: ao longo do eixo piramidal; afeta o ouvido médio.
Fratura transversal: atravessa o eixo piramidal; afeta o labirinto ósseo e o meato
auditivo interno.
Em ambos os casos a dura-máter pode estar rasgada produzindo uma conexão aberta
entre o sistema pneumático do osso temporal e o espaço sub aracnóideo na fossa
craniana ( meningite através das trompas de Eustáquio!)
Diagnóstico: Diagnóstico:
Otoscopia Otoscopia
RX Schueller Rx Stenvers
TC se paralisia facial ou otorreia TC
Nota: Não devem ser realizadas Se paralisia facial : EMG, teste de
manipulações ou seringagens do CAE Schirmer’s e gustometria
Otite média aguda com mastoidite Otite média crónica com mastoidite
Meningite ou labirintite Meningite otogénica tardia
Abcesso epidural
Abcesso cerebral otogénico
Colesteatoma pós traumático
Sintomas
Tinnitus
Surdez neurosensorial uni/bi com recrutamento positivo principalmente para sons
agudos (4000 Hz)
Tonturas com mudanças deposição ou rápidas
Perda de equilíbrio
Diagnóstico
Otoscopia normal
RX normal (Schueller’s e Stenvers’s)
Audiograma: surdez neurosensorial com entalhe (“notch”) a 4000Hz ou perda para os
sons agudos com recrutamento
Nistagmo vestibular provocado na presença de vertigem (sem nistagmo espontâneo)
Diagnóstico diferencial
Trauma acústico agudo (no qual estão ausentes os sintomas vestibulares)
Surdez psicogénica pós traumática (na qual os achados são inconsistentes e os sintomas
vestibulares estão ausentes)
Tratamento
Dextran de baixo peso molecular IV (possíveis CI: HTA ou alergia)
Medicamentos anti vertiginosos
Prognóstico
Resolve-se espontaneamente em pacientes jovens e naqueles com circulação normal. Nos
restantes apenas se resolve parcialmente. Os defeitos vestibulares irreversíveis são
compensados centralmente.
2.3 LESÕES DIRETAS DO OUVIDO MÉDIO E INTERNO
Sintomas:
Lesão na Memb timpância Lesão no ouvido médio Lesão no ouvido interno
Dor momentânea Otorragia profusa Tinnitus imediato
Ligeira otorragia Dor Surdez (neurosensorial)
Surdez moderada Surdez (condução) Tonturas
Som pulsante no ouvido Náuseas e vómitos
Paralisia facial ocasional
Diagnóstico
Otoscopia: membrana timpânica perfurada, sangue no CAE misturado com perilinfa se
lesão no ouvido interno
Audiograma
2.4 BAROTRAUMA
Sintomas
Dor aguda
Som pulsante no ouvido
Surdez
Vertigens e desequilíbrios (ocasionalmente)
Diagnóstico
História
Otoscopia (retração da membrana timpânica, e ocasionalmente hemorragia subepitelial
da pars tensa, transudado por trás da membrana ou hemotímpano)
Surdez de condução
Tratamento
Gotas nasais descongestionantes e,
Cateterização da tuba e,
Paracentese (ocasionalmente) e,
Analgésicos e anti inflamatórios orais
Timpanotomia imediata se surdez neurosensorial (não esquecer que o “normal” é cursar
com surdez de condução) por possível rotura concomitante da janela redonda.
Profilaxia
Evitar andar de avião ou fazer mergulho durante a inflamação da nasofaringe, nariz ou seios
paranasais.
Corrigir deformidades anatómicas que causem obstrução e favoreçam inflamação (desvio do
septo, hipertrofia dos cornetos ou da adenoide).
2.5 DOENÇA DO MERGULHADOR
Sintomas
Tonturas, vómitos e cefaleias
Barulho nos ouvidos que rapidamente evolui para perda de audição
Latência dos sintomas de minutos a horas
Alterações da visão, ataxia e consciência (em casos severos)
Diagnóstico
História do acidente
Surdez neurosensorial
Nistagmo vestibular espontâneo e provocado
Prognóstico Depende da severidade e do tempo que demorou a instituir terapêutica. Pode levar
a surdez, cegueira permanentes ou mesmo morte se tratamento atrasado.
Diagnóstico
Otoscopia: apenas há alterações no trauma por explosão
Audiograma:
o Explosão: surdez neurosensorial (ouvido interno) ou mista (ouvido interno e médio)
o Tiro: “notch” aos 4000Hz ou para sons agudos (recrutamento +)
Tratamento
Dextran IV (idealmente dentro de 24h pós trauma)
Bloqueio do gânglio estrelado(2) pode ajudar
Timpanoplastia se lesões do ouvido médio (+ comum com a explosão)
Prognóstico
Lesões no ouvido médio: normalmente cura sem complicações ou reversível por
operação. Bom prognóstico.
Lesões no ouvido interno: parcialmente reversível mas por vezes degeneração contínua.
Sintomas
Sensação de pressão nos ouvidos e cabeça
Sensação de surdez Reversíveis assim que o indivíduo se
Cansaço generalizado e falta de concentração habitua ao som
Tinnitus
Diagnóstico
História
Audiograma tonal: diminuição da acuidade bilateral e inicialmente para os sons agudos
a 4000Hz, mas tardiamente para os sons graves e por último para nas frequências da
voz (agudos graves voz)
Tratamento
NÃO HÁ mas se afetar o dia-a-dia pode se usar aparelhos auditivos.
Profilaxia
Protetores auriculares (rolhão de algodão não protege!), reduzir tempo de exposição, diminuir
som da maquinaria.
3. TUMORES DO OUVIDO (127-134)
Desenvolve-se a partir da neuro ectoderme tendo uma estrutura similar ao tumor do tecido
quimiorrecetor do corpo carotídeo. Tem grande vascularização. Os locais prediletos são o plexo
timpânico (limitado ao ouvido médio, 1), o bulbo da VJI (sem destruição óssea,2; com extensão
óssea à mastoide e petroso,3; com extensão intracraniana,4), e o nervo petroso superficial
pequeno.
Sintomas
Tinnitus unilateral síncrono com a pulsação
Surdez unilateral e sensação de pressão
Alterações do equilíbrio
Síndrome do forâmen jugular (Lesões dos nervos cranianos inferiores hipoglosso,
glossofaíngeo, vago): paralisia facial, paralisia do palato, rouquidão, dificuldade na
deglutição e mais tardiamente paralisia da língua
Diagnóstico
Clínica
Otoscopia: tumor vermelho a brilhar através da membrana timpânica
Testes de audição: surdez de condução unilateral nos estádios iniciais; também sensorial
mais tardiamente; total quando atingir o labirinto (condução mista total)
TC para avaliar a extensão intracraneana
Tratamento Cirurgia
Prognóstico
Tumor de crescimento LENTO. Em casos avançados a morte pode advir da compressão do tronco
cerebral ou por trombose da carótica.
Sintomas
Dores neurálgicas no ouvido
Otorreia fétida e sanguinolenta
Surdez progressiva
Ocasionalmente: tonturas, alterações do equilíbrio, paralisia do nervo facial, cefaleia
intensa (se o tumor invadir a dura)
Diagnóstico
Otoscopia: pólipo sangrante, destruição da membrana timpânica por granulações
hemorrágicas, destruição da parede POSTERIOR do meato
Paralisia facial periférica, linfonodos palpáveis, nistagmo vestibular espontâneo para o
lado saudável
RX e TC: destruição do osso temporal a partir do ouvido médio e CAE
Audiograma: surdez de condução, mista ou mesmo total
Tratamento Cirurgia ou RT
Tumor benigno, origem nas células de Schwann no nervo vestibular (ramo do n.c. vestibulococlear VIII).
Pacientes com neurofibromatose de von Recklinghausen têm alto risco para neuromas do nervo
auditivo e facial. Dependendo do local da origem e do seu tamanho:
Pequenos tumores 1-8mm ou Neuroma acústico lateral: exclusivamente no meato
auditivo interno MAIsintomas localizados
Tumores médios até 2,5cm ou Neuroma acústico médiolateral: parcialmente no MAI e
parcialmente no ângulo cerebelo pontino sintomas localizados + sintomas por dano
às estruturas vizinhas
Grandes tumores > 2,5 cm ou Neuroma acústico medial: exclusivamente no ângulo
crebelopontino sintomas leves do n.c. VIII + sintomas marcados dos n.c. adjacentes,
tronco cerebral e cerebelo e de HIC
Sintomas
Prognóstico Crescimento LENTO. Diagnóstico tardio. Bom prognóstico nos tumores pequenos e
médios.
Sintomas
Paralisia facial progressiva ou espasmo hemifacial
Dependendo local, cursa ou não com sintomas semelhantes ao neuroma auditivo
Raro. Sem ligação ao CAE nem à membrana timpânica. Normalmente oculto atrás de uma
membrana timpânica oculta.
4 LESÕES TÓXICAS DOS APARELHOS AUDITIVO E DO EQUILÍBRIO (136-138)
Sintomas
Tinnitus o 1º sintoma
Surdez neurosensorial pura progressiva e bilateral. Inicialmente para sons agudos, mas
depois também para as frequências médias e baixas.
Vertigem posicional e associada a náusea
Alterações do equilíbrio e da marcha
Oscilopsia (i.e. fraqueza na fixação por distúrbio vestíbulo coclear)
ANTIBIÓTICOS AMINOGLICOSÍDEOS
Patogénese:
Devido a:
Tempo de semi vida longoretenção por longos períodos
Maior concentração nos fluídos ou ouvido interno que nos restantes fluidos do corpo
Provoca:
1º Degeneração das células cabeludas externas 2º degeneração das células cabeludas
internas a concentrações mais elevadas 3º degeneração da estria vascular, dos vasos
do ouvido interno e das células ganglionares Dano irreversível coclear e vestibular
Tratamento
Parar imediatamente os aminoglicosídeos e,
Dextran IV (melhora metabolismo endo e perilinfático do ouvido interno) e,
Cortisona (certos casos)
5 PATOLOGIA DA PIRÂMIDE, VESTÍBULO E SEPTO NASAIS (203-207, 260-262)
Sintomas principais
Secreção nasal aumentada
Obstrução nasal
Sangramento
Odor fétido
Olfato ausente ou alterado
Cefaleias ou dores na cara
Doenças dos órgãos vizinhos (dentes, sistema lacrimal, olhos, boca e garganta)
A pele do nariz e da cara é afetada pelas mesmas doenças dermatológicas que afetam o resto
do corpo e são tratadas como tal. As mais importantes a nível do nariz são:
Causada por secreção nasal anormal, alergia de contacto ou fatores promotores como DM,
eczema generalizado e alergias alimentares em crianças.
Sintomas
Húmido nas fases inicias (com vesículas e pústulas)
Mais tardiamente crostas e depois fissuras dolorosas
No estado crónico Coceira, ardejamento e descamação
Afeta pele do nariz e do vestíbulo. Nunca afeta a mucosa
Tratamento
Pomada gordurosa suave para amolecer as crostas seguido de corticosteroide
Solução de nitrato de prata para as fissuras
Eliminar a causa
5.1.2 FOLICULITE DO VESTÍBULO NASAL (SICOSIS) E FURÚNCULO NASAL
É uma piodermia por estafilococos com origem nos folículos pilosos do vestíbulo nasal ou do
lábio superior. Limitada à pele.
Sintomas
Dor e sensibilidade à compressão
Sensação de pressão na ponta do nariz, seguida de vermelhidão e inchaço da ponta e
das asas do nariz e do lábio superior.
Febre
Mais tarde inicia se a formação de um furúnculo (foliculite furúnculo) com pus e
centro necrótico
Tratamento
Foliculite circunscrita: Cremes antibióticos (tópicos)
Suspeita de início de furúnculo: Antibióticos orais em alta dose e longo prazo e tópicos
Dieta de fluidos e descanso da voz (para diminuir o movimento da ponta do nariz e lábio
superior)
Manipulação do nariz está proibida (espremer um furúnculo pode levar à disseminação
da infeção provocando tromboflebite e trombose do seio cavernoso)
5.1.3 ERISIPELA
Por estreptococos. Porta de entrada é uma pequena abrasão na pele. Período de incubação de
algumas horas a 2 dias.
Sintomas
Inicia com alta febre com arrepios
Dor marcada e vermelhidão circunscrita à pele edematosa
Extensão para os dois lados do nariz (em forma de borboleta)
5.1.4 RINOFIMA
Sintomas
Engrossamento da pele sobre a parte cartilaginosa do nariz
Pseudotumor granuloso vermelho azulado evolui para um inchaço protuberante
marcado do nariz anterior que pode obstruir a respiração e a alimentação.
Normalmente em homens mais velhos
Sintomas
Obstrução nasal (normalmente unilateral)
Hiposmia ou anosmia
Cefaleias
Diagnóstico
Rinoscopia
Rinomanometria (por vezes)
Normalmente ocorre por trauma e em crianças. Trauma contundente no nariz efeito de corte
com separação e elevação do mucoperiósteum formação de hematoma no novo espaço se
infecionarabcesso
Sintomas
Obstrução nasal
Sensibilidade e dor
Se abcesso: dor local aumentada, com cefaleia, febre e vermelhidão da ponte to nariz
Tratamento
Incisão e drenagem do hematoma
Tamponamento das narinas (auxilia na re-aderência)
Se abcesso: drenar, mas deixar dreno para impedir a necrose, e dar antibiótico
Devido a trauma, operação ao nariz, rinite sicca anterior, “nose picking”, snifar cocaína, infeção
(lúpus, sífilis).
Sintomas
Crostas
Otorragias frequentes
Assobio durante a inspiração e expiração se perfuração pequena
Tratamento Cirurgia (também pode ser tratamento conservativo com lavagens frequentes)
Devido a trauma, abcesso septal, cirurgia ao nariz incorreta ou congénita. Ausência parcial ou
total da cartilagem do nariz.
Sintomas
Perfil típico do nariz
Obstrução nasal
Tratamento Rinoplastia
5 TUMORES DAS FOSSAS NASAIS E SEIOS PERINASAIS (289-298)
6.1 BENIGNOS
Sintomas
Cefaleia e pressão na cabeça
Sinusite recorrente ou mucocelos (por obstrução à drenagem)
Deslocação do olho (por vezes)
Diagnóstico
Rx dos seios: tumor calcificado bem demarcado
Biópsia
Sintomas
Expansão unilateral do esqueleto facial
Cefaleias
Diminuição do campo de visão
Diagnóstico
Rx: tumor radiopaco a surgir do esqueleto normal
Biópsia
Sintomas
Obstrução nasal
Epistáxis
Normalmente congénitos. 90% no 1º ano de vida. 60% no sexo feminino. São os tumores
benignos mais comuns na infância. Pode ocorrer remissão espontânea (> 1º ano de vida).
Tratamento
Como pode ocorrer remissão espontânea, este deve ser preterido (adiado) até aos 3, 4
anos de vida.
É cirúrgico (remoção por laser ou criocirurgia; a RT é desaconselhada porque pode
influenciar o crescimento das estruturas ósseas da pele)
Tumores congénito e benigno da região frontal ou da raíz do nariz na linha média e consiste em
tecido glial sólido.
6.2 MALIGNOS
Localizações: 86% na cabeça; 26% no nariz, 19% na área temporal e frontal, 16% na bochecha,
14% no olho nos cantos mediais, 11% no pavilhão da orelha. Tumores
malignos do nariz
É o tumor maligno mais comum do nariz externo. externo;
-1º Basalioma
Sem preferência de sexo, surge aos 60-70 anos de idade. -2º Pavimentocel
Raramente metastiza.
Sintomas
Inicialmente, pequeno nódulo firme com centro retraído e de crescimento lento.
Posteriormente ulcera e infiltra se superficialmente nas camadas
Pode sofrer degeneração maligna se tiver sido previamente irradiado ou
insuficientemente excisado
Diagnóstico Biópsia
Tratamento Excisão generosa com uma boa margem seguida de reconstrução imediata
6.2.2 CARCINOMA ESCAMOSO/PAVIMENTO CELULAR QUERATINIZADO (maligno, nariz
externo)
É o 2º tumor maligno mais comum no nariz externo. É mais comum no terço inferior da face.
Sintomas
Começa como uma lesão pré cancerosa ou como uma lesão que não cura. Cresce RAPIDAMENTE
e forma uma úlcera.
Diagnóstico Biópsia
Tratamento Remoção generosa (osso e cartilagem). Reconstrução após 1 ano se não houver
recorrência.
Melanoma
maligno é o
6.2.3 MELANOMA MALIGNO (maligno, nariz externo) tumor da pele
mais comum
É o tumor da pele mais comum.
Diagnóstico
A biópsia deve ser EVITADA porque ativa e espalha o tumor.
Suspeita em dermatologia
Tratamento Cirurgia de remoção extensa e imediata assim que hajam suspeitas suficientes.
Carcinomas
malignos das
TUMORES MALIGNOS DAS CAVIDADES NASAIS E SEIOS PARANASAIS cavidades e seios
paranasais:
6.2.4 Carcinoma de células escamosas - é o tumor maligno mais comum das cavidades -1º Pavimentocel
-2º Adenocarcino
e seios paranasais
6.2.5 Adenocarcinoma - é o 2º tumor maligno mais frequente das cavidades e seios
paranasais.
6.2.6 Carcinoma adenoquístico
6.2.7 Histiocitose x (granuloma eosinofílico) e rabdomiossarcoma – comuns em
crianças
6.2.8 MESENQUIMAIS (RAROS)
Sintomas
Tumores nas cavidades nasais normalmente SILENCIOSOS durante um longo período
(diagnóstico tardio)
Sintomas de suspeição (especialmente se> 50 anos):
o Obstrução nasal unilateral
o Secreção nasal crónica
o Secreção sanguinolenta
o Secreção fétida
o Perda da sensação de um dos ramos do trigémeo
o Inchaço da bochecha ou do ângulo medial
o Sensação de pressão na cara ou cabeça
o Sensação de plenitude no nariz
o Cefaleia resistente apenas ocorre em fases avançadas (tumor alcança a dura)
o Sinais de invasão da vizinhança: restrição dos movimentos oculares, proptose,
edema do tecido mole no angulo medial do olho, das pálpebras e perda dos
dentes
Diagnóstico
História
Endoscopia
Rx e TC
Angiografia e análise do LCR se suspeita de invasão da base do crânio
Tratamento
Cirurgia com reconstrução posterior (o método preferencial)
Radioterapia (isoladamente está reservada para tumores radiossensíveis como os
mesenqui9mais e para os tumores inoperáveis mas também para os pequenos e
externos sem invasão. Nas outras situações é combinado com cirurgia)
Quimioterapia (sem utilidade; usada apenas para paliação)
Prognóstico
Niveis de Sébileaus (pior prognóstico de I III, ou seja, melhor prognóstico no terço inferior
do que no superior)
Podem ter origem no tecido conjuntivo (+fibroma, lipoma, mixoma, condroma, hemangioma,
linfangioma, neurinoma) ou no epitélio (papiloma, queratoacantoma, adenoma verdadeiro, e
adenopma pleomórfico)
Diagnóstico Biópsia
Sintomas
Locais prediletos: língua, bochecha e parótida
Podem ameaçar a vida quando são extensos: sangramentos, obstrução nasal ou à
alimentação
Tratamento
Normalmente resolvem espontaneamente antes dos 2 anos de vidaremoção cirúrgica
deve ser adiada até aos 3, a anos de idade, se possível
Radioterapia não está indicada pelo risco de afeção do desenvolvimento do esqueleto
facial
Se o tumor crescer muito rapidamenteembolização dos vasos da artéria carótida
externa ou stilbestrol
7.1.2 PAPILOMA Papiloma na boca normalmente não causa sintomas. Tratamento apenas
se a lesão estende para a faringe ou para laringe.
Sintomas
Obstrução nasal crescente
Rinossinusite purulenta (devido à obstrução da nasofaringe)
Sangramentos espontâneos graves do nariz ou faringe
Rinolalia clausa
Cefaleias
Obstrução do ostium e da tuba de Eustáquio surdez de condução, coriza do ouvido
médio e otite média purulenta
Em estágios avançados pode provocar inchaço da parte lateral do nariz, bochecha e
exoftalmos
Diagnóstico
Rinoscopia posterior: massa tumoral suave cinzento avermelhada com superfície bem
marcada com os vasos
Palpação: muito duro à palpação (deve ser feito cuidadosamente pelo risco de
sangramento)
TC
Angiografia das carótidas externa e interna bilaterais
Bioópsia é perigosa pelo risco de sangramento massivo.
Tratamento
Não responde à Quimioterapia (muita fibrina?)
Terapêutica de embolização de ramos da carótida (para reduzir risco de sangramento
durante a cirurgia) seguida de cirurgia de remoção
Diagnóstico
Semelhante ao do Angiofibroma nasofaríngeo.
A demonstração de antigénios ou anticorpos EBV também é importante.~
Tratamento
RADIOTERAPIA é o tratamento de escolha para os tumores mesenquimais e carcinomas
anaplásicos. Pode ser combinada com quimioterapia.
Cirurgia de remoção é apenas considerado para tumores muito pequenos e circunscritos
e em que seja verificado a sua não extensão para a tuba de Eustáquio ou base do crânio.
8 MALFORMAÇÕES CONGÉNITAS LARINGOTRAQUEAIS (399-402)
8.1 LARINGOMALÁCIA
Anomalias congénitas
da laringe:
É a anomalia congénita da laringe mais frequente. - 1º Laringomalácia
Metabolismo anormal do cálciofraqueza do esqueleto laríngeo supraglótico (epiglote) (75%)
- 2º distúrbios
neurogénicos (10%)
Sintomas
Estridor inspiratório (que começa imediatamente ou alguma semana pós parto)
Cianose (em casos severos)
Sintomas pioram durante a alimentação
Diagnóstico
Laringoscopia direta e broncoscopia:
o Epiglote em forma de ómega e laxa
o Cordas vocais normais em aspeto e função
Tratamento
Observação cuidadosa da criança e tranquilização dos pais
A epiglote torna-se mais rígida ao longo das semanas e os sintomas vão desaparecendo
Traqueotomia ou entubação só em casos severos
Sintomas
Se unilateral: um pequeno grito e um choro fraco
Se bilateral: estridor inspiratório
Diagnóstico
Laringoscopia direta: uma ou as duas cordas vocais na posição paramediana
Tratamento
Se unilateral: não requer tratamento
Se bilateral: entubação inicial e traqueotomia posterior se persistência da obstrução
Larga percentagem recupera espontaneamente
8.3 ATRESIAS E WEBS
Sintomas
Tentativas de respiração poderosas mas inúteis
Cianose e incapacidade de chorar ao nascimento morte
Diagnóstico
Laringoscopia direta: atrésia ou (subtotal) web na glote
Tratamento
Separação endoscópica da web, ou
Traqueotomia no período imediato pós parto
8.4 LARINGOCELO
Sintomas
Dispneia e disfagia
Sensação de corpo estranho
Diagnóstico
Laringoscopia
Palpação: nódulo mole; aumenta de tamanho ao soprar, tocar instrumento de sopro e
com o esforço
TC
Tratamento
Expectante se dispneia não severa
Mais tarde remoção por incisão externa ou endoscopicamente se pequeno e interno
Sintomas
Estridor inspiratório e expiratório
Sem anormalidade da voz (sem disfonia!)
Diagnóstico
Laringoscopia
Traqueoscopia
Imagiologia
8.6 HEMANGIOMA
Sintomas
Rouquidão
Afonia
Ataques de tosse
Dispneia (pólipos grandes)
Se pólipo tiver pedículo e saltar entre cordas vocais, poderá haver breves momentos em
qua voz é normal
Diagnóstico
Laringoscopia: pópilo na borda livre da corda vocal, séssil ou pediculado,
seroedematoso, fibroso se antigo
Sintomas
Rouquidão e engrossamento da voz
Difonia
Estridor com o esforço (edema marcado)
Tratamento
Remoção da mucosa por decorticação com preservação
Se a comissura anterior estiver afetada: as cordas devem ser separadas para prevenir
adesões futuras (laser CO2)
9.1.3 PAPILOMA
Tem etiologia VIRAL.
Alguns papilomas juvenis resolvem espontaneamente na puberdade. Papilomas:
- etiologia VIRAL
Papilomas em adultos desde a infância não são incomuns e são considerados lesões pré - nas crianças
cancerosas. benignos
- nos adultos pré
Sintomas malignos
Rouquidão severa
Obstrução respiratória
Diagnóstico
Laringoscopia direta: podem ter aspeto amarelado, granuloso, viloso ou de amora
Exame histológico
Tratamento
CIRURGIA
Regressão espontânea raramente ocorre
Vacinais e antivirais sem sucesso
9.1.5 CONDROMAS
Tumor com origem na cartilagem cricóideia e crescimento lento
Uma LEUCOPLASIA surge por agentes como tabaco, radiação. Abrange diferentes lesões com
diferentes graus de severidade. É sempre necessário estudá-la porque pode ser uma lesão pré-
maligna ou maligna. Assim sendo:
Grau I: displasia simples: hiperplasia epitelial sem alteração da estrutura celular
Grau II: displasia de médio grau: LESÃO PRÉ MALIGNA, perda da polaridade basal da
célula, polimorfismo
Grau III: displasia de alto grau: CARCINOMA IN SITU
Devem ser removidas para diagnóstico e para tratamento definitivo.
10 TUMORES DA LARINGE (423-426)
Sintomas
Rouquidão (1º sintoma e o principal quando atinge glote) SUSPEITAR rouquidão
Sensação de corpo estranho com duração superior a 2
Necessidade de limpar garganta e tosse ou 3 semanas
Dor de garganta e disfagia
Hemoptise
(….estou farta…desisto…para mais informações páginas 424, 425 e 426)
Diagnóstico
Laringoscopia indireta (extensão e mobilidade das cordas vocais?)
Microlaringoscopia (avaliar ângulos escondidos e características da superfície)
TC ou RMN (avaliar a profundidade)
11 CORPOS ESTRANHOS LARINGOTRAQUEAIS (414, 452, 453)
Na laringe são mais raros que a traqueia ou brônquios. Objetos pontiagudos ou largos podem
ficar empactados na laringe. Por vezes pode ser expelido pela tosse, mas normalmente é
aspirado.
Sintomas iniciais
Ataques de tosse
Dor tipo facada na laringe
Disfagia
Dispneia por edema da mucosa (em crianças)
Diagnóstico
Laringoscopia indireta
Laringotraqueobroncoscopia
Tratamento
Remoção com endoscópico rígido
Traqueotomia pode ser necessária antes da remoção de um corpo maior associado a
edema
Esteroides (edema em crianças)
Diagnóstico
História
Percussão: timpanismo
Auscultação: silvo estenótico e roncos ao nível da obstrução
Se provoca oclusão do brônquio: ausência de sons respiratórios nesse lado,
movimento atrasado de respiração nessa metade do tórax
+ crianças (<3anos), engolem moedas, espinhas de peixe, brinquedos, ossos, sementes grandes
+no primeiro esfíncter. Corpos retidos ou impactados podem provocar a necrose do tecido e
provocar, dependendo do local, mediastinite, pleurite ou peritonite abcesso esofágico
enfisema
Sintomas
Disfagia considerável (dificuldade em engolir)
Odinofagia (dor a engolir): +referenciada ao pescoço e retroesternal e menos
epigástrica
Ataques de tosse
Sintomas de perigo de vida: dor severa nas costas entre as omoplatas e
retroesternal indica mediastinite precoce
Diangóstico
História
RX lateral do pescoço e tórax (posição de objetos radiopacos)
Gastrografina (para corpos estranhos radiolucentes)
Esofagoscopia (para diagnóstico e tratamento)
Tratamento
Remoção do corpo com esofagoscópio rígido e se não resultar, esofagotomia cervical
Se perfuração: suturar e antibióticos
Se paraesofagite ou abcesso: drenagem
O QUE É…
RECRUTAMENTO AUDITIVO
O recrutamento tem origem nas células ciliadas externas (“outter hair cells”):
Intervêm na transformação de ondas sonoras em impulsos elétricos
Parte mais frágil da audição, sujeitas a lesões genéticas, infeciosas, inflamatórias, tóxicas ou por excesso
de barulho
Quando lesadas, não se regeneram
Lesão das células ciliadas surdez neurosensorial Sistema auditivo recruta células ciliadas
vizinhas para ajudar na função das lesadas (especialmente na surdez para sons agudos) MAS as células
ciliadas são responsáveis por captar sons mais agudos ou graves dependendo da sua localização
na cóclea (recrutamento de células para diferentes frequências) Estímulo auditivo exagerado “alto
demais” (diminuição da faixa auditiva entre som baixo/inaudível e alto/desconfortável…é o 8 ou
80)
1 Otosclerose--------------------------------------------------------------------------------------------------------- 1
2 Traumatismos do ouvido médio e interno
2.1 Fraturas do osso temporal------------------------------------------------------------------------------- 2
2.2 Concussão labiríntica------------------------------------------------------------------------------------- 3
2.3 Lesões diretas do ouvido médio e interno----------------------------------------------------------- 4
2.4 Barotrauma------------------------------------------------------------------------------------------------- 4
2.5 Doença do mergulhador--------------------------------------------------------------------------------- 5
2.6 Trauma acústico agudo----------------------------------------------------------------------------------- 5
3 Tumores do ouvido
3.1 Paraganglioma não cromafin (tumor glomus)------------------------------------------------------ 7
3.2 Tumores ósseos------------------------------------------------------------------------------------------- 7
3.3 Carcinoma do ouvido médio---------------------------------------------------------------------------- 8
3.4 Neuronioma acústico ou schwannoma-------------------------------------------------------------- 8
3.5 Neuroma do nervo facial-------------------------------------------------------------------------------- 9
3.6 Histiocitose ou reticuloendoteliose------------------------------------------------------------------ 9
3.7 Colesteatoma congénito-------------------------------------------------------------------------------- 9
4 Lesões tóxicas do aparelho auditivo e do equilíbrio---------------------------------------------------- 10
5 Patologia da pirâmide, vestíbulos e septos nasais
5.1 Doenças inflamatórias do nariz e seios paranasais
5.1.1 Eczema nasal--------------------------------------------------------------------------------------- 11
5.1.2 Foliculite do vestíbulo nasal (sicosis) e furúnculo nasal---------------------------------- 12
5.1.3 Erisipela----------------------------------------------------------------------------------------------12
5.1.4 Rinofima---------------------------------------------------------------------------------------------12
5.1.5 Lupus vulgaris
5.1.6 Ulceras do frio e queimaduras
5.2 Doenças do septo
5.2.1 Desvio do septo nasal---------------------------------------------------------------------------- 13
5.2.2 Hematoma septal e abcesso septal----------------------------------------------------------- 13
5.2.3 Perfuração septal----------------------------------------------------------------------------------13
5.2.4 Nariz em sela (saddlenose, Duckbill)----------------------------------------------------------13
6 Tumores das fossas nasais e seios paranasais
6.1 Tumores benignos
6.1.1 Osteoma----------------------------------------------------------------------------------------- 14
6.1.2 Fibroma ossificante (displasia fibrosa)--------------------------------------------------- 14
6.1.3 Papiloma-----------------------------------------------------------------------------------------15
6.1.4 Hemangioma e Linfangioma---------------------------------------------------------------- 15
6.1.5 Glioma--------------------------------------------------------------------------------------------15
6.2 Tumores malignos
6.2.1 Carcinoma basocelular----------------------------------------------------------------------- 15
6.2.2 Carcinoma escamoso/pavimento celular queratinizado-----------------------------16
6.2.3 Melanoma maligno----------------------------------------------------------------------------16
6.2.4 Carcinoma de células escamosas---------------------------------------------------------- 16
6.2.5 Adenocarcinoma-------------------------------------------------------------------------------16
6.2.6 Carcinoma adenoquístico--------------------------------------------------------------------16
6.2.7 Histiocitose X (granuloma eosinofílico) e rabdomiossarcoma
6.2.8 Mesenquimais (raros)
7 Tumores malignos da cavidade oral, língua, orofaringe e nasofaringe
7.1 Tumores benignos da cavidade oral, lingua e orofaringe------------------------------------------18
7.1.1 Hemangioma e linfangioma
7.1.2 Papiloma
7.1.3 Tumores linguais da tiroide
7.1.4 Tumores de órgãos vizinhos que se extendem para a boca e orofaringe
7.2 Tumores malignos da cavidade oral, lingua e orofaringe------------------------------------------19
7.2.1 Carcinoma do lábio
7.2.2 Carcinoma da cavidade oral e corpo da língua
7.2.3 Carcinoma da base da língua e amígdalas
7.3 Tumores benignos da nasofaringe----------------------------------------------------------------------- 20
Angiofibroma nasofaríngeo
7.4 Tumores malignos da nasofaringe----------------------------------------------------------------------- 20
Carcinoma das células escamosas
Tumor linfoepitelial
8 Malformações congénitas laringotraqueais
8.1 Laringomalácia (75%)----------------------------------------------------------------------------------- 21
8.2 Distúrbios neurogénicos (10%)----------------------------------------------------------------------- 21
8.3 Atresias e webs------------------------------------------------------------------------------------------- 22
8.4 Laringocelos----------------------------------------------------------------------------------------------- 22
8.5 Estenoses subglóticas----------------------------------------------------------------------------------- 22
8.6 Hemangioma---------------------------------------------------------------------------------------------- 22
9 Lesões benignas e pré malignas da laringe
9.1 Tumores benignos
9.1.1 Pólipos das cordas vocais------------------------------------------------------------------------23
9.1.2 Edema de Reinke---------------------------------------------------------------------------------- 23
9.1.3 Papiloma-------------------------------------------------------------------------------------------- 24
9.1.4 Quisto de retenção
9.1.5 Condroma
9.2 Leucoplasia, displasia, e carcinoma in situ da mucosa laríngea-------------------------------- 24
9.3 Tumores malignos (próximo capítulo 10)
10 Tumores malignos da laringe-------------------------------------------------------------------------------- 25
11 Corpos estranhos laringotraqueais------------------------------------------------------------------------ 26
12 Corpos estranhos do esófago--------------------------------------------------------------------------------27
Gaku