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OTALGIA
É a “dor de ouvido”;
Pode ser primária ou secundária:
Primária: descreve dor no ouvido resultante de condições
patológicas do ouvido (orelha externa, média e interna);
Secundária: é a dor referida ao ouvido em locais não otológicos
distantes ou adjacentes;
o 50% ou mais de toda dor no ouvido é decorrente de fonte
não-otológica;
A otalgia pode não ser proporcional à gravidade da doença que a causa,
ou a otalgia pode significar doenças graves, como câncer de ouvido;
OTALGIA PRIMÁRIA
o Tampão de Cerume:
Manutenção do pH ácido (4,5);
É uma causa comum de desconforto, sensação de plenitude ou prejuízo da audição,
embora dor intensa seja incomum;
A remoção do cerume promove alívio terapêutico ao paciente;
O que não fazer: retirar com cotonete e com parafina chinesa;
O que fazer:
Curetagem;
Aspiração;
Lavagem;
Sempre por profissional capacitado;
Uso tópico:
Trietanolamina (Cerumin®);
Usado como emoliente apenas;
ALANA ZANELLA – ATM 23/2
Orelha média:
Membrana timpânica;
“Fenda auditiva” – porção ventilada da orelha média;
Cadeia ossicular e seus 2 pequenos músculos:
o Tensor do tímpano;
o Estapédio;
Barotrauma da orelha média:
o Fisiologicamente, há contração e expansão dos gases da orelha média em resposta a variação
de pressão atmosférica – é compensada pela abertura da tuba auditiva pelo bocejo e
deglutição, equilibrando a pressão;
o A pressão ideal de ar na orelha média é a pressão atmosférica;
o Barotrauma costuma causar abafamento, mas se a diferença de pressão foi muito grande,
pode gerar dor e, em casos graves, rompimento da membrana timpânica – dor aguda e intensa
com eleve sangramento. Mais comuns no mergulho, pois as diferenças de pressão são muito
intensas;
Otite média com efusão:
o Presença de líquido na orelha média sem sinais ou sintomas de inflamação aguda ou sinais
de inflamação a otoscopia;
o Há redução da mobilidade timpânica e da condução sonora;
o Achados clínicos que apontam para a presença de efusão na orelha média:
Membrana timpânica opaca ou com diminuição da transparência;
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Síndrome de Ramsay Hunt: vesiculações herpéticas (H.zoster) + paralisia facial por acometer o nervo
facial;
o Fisiopatologia:
Processo infeccioso associado com disfunção imunológica (redução do IgG materno
e início do desenvolvimento de imunoglobulinas do bebê) e da tuba auditiva (mais
curta e horizontalizada) em crianças, facilitando a coinfecção por vírus e IVAS com
bactérias (como pneumococo, Haemophilus e Moraxella);
o Fatores de risco:
Não-modificáveis:
Idade;
Etnia caucasiana;
Prematuridade;
Imunodeficiência;
Anomalias craniofaciais;
Sazonalidade;
Modificáveis:
Bico e mamadeiras;
Posição supina;
Ausência de aleitamento;
Creche ou pré-escola;
Tabagismo passivo;
Exposição a poluentes;
Obesidade;
o Recomendações para proteção:
Aleitamento materno exclusivo por 6 meses;
Evitar tabagismo passivo;
Restringir creches ou berçários;
Limitar uso de chupetas após 6 meses;
Higiene nasal (IVAS);
Limitar exposição a poluentes;
Monitorar IMC;
o Sinais de inflamação da orelha média:
Membrana timpânica opaca;
Abaulamento da membrana timpânica;
Diminuição de definição do cabo do martelo;
Bolha: miringite bolhosa (muito dolorosa);
Pulsação timpânica: observação difícil, uma vez que as crianças não ficam muito
quietas durante o exame. Indica infecção grave;
Otorreia purulenta;
o Sintomas:
Otalgia, mas sua ausência não exclui o diagnóstico;
Febre;
Choro ou irritabilidade;
Alteração do estado geral;
Diarreia;
Fadiga;
IVAS com secreção ou congestão nasal;
A história clínica isolada, principalmente em crianças, é um mau fator preditivo para
diagnosticar otite média aguda – por exemplo, o próprio choro pode causar
abaulamento da membrana;
o Diagnóstico:
É feito através da otoscopia:
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o Tratamento:
Antimicrobiano é parte essencial do tratamento;
80% cura espontaneamente – sintomas leves;
Antimicrobianos:
Toda criança menor ou igual a 6 meses;
Criança > 6 meses com sintomas importantes;
Criança entre 6 e 23 meses sem sintomas importantes, mas com OMA
bilateral;
Criança > 6 meses com doença unilateral ou > 24 meses sem sintomas
importantes: oferecer follow up;
Reavaliação em 48 horas;
Primeira linha: Amoxacilina (45-50 mg/kg/dia ou 90 mg/kg/dia);
48-72 horas: Clavulanato ou Cefalosporina 2ª ou 3ª geração (Axetil-
Cefuroxima);
Alergia: Axetil-Cefuroxima, Ceftriaxona (IM), macrolídeo;
Timpanocentese:
Doença persistente severa;
Complicação;
Neonatos;
Imunocomprometidos;
o Diagnóstico diferencial de otite média aguda e otite média com efusão:
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EFUSÃO NA SINAIS DE
ORELHA MÉDIA INFLAMAÇÃO NA
ORELHA MÉDIA
OTITE MÉDIA COM SIM NÃO
EFUSÃO
OTITE MÉDIA SIM SIM
AGUDA
OTALGIA SECUNDÁRIA
Plexo cervical:
o Músculos do pescoço + coluna cervical;
DESORDENS NA ARTICULAÇÃO
TEMPOROMANDIBULAR: uma das causas mais
comuns de otite secundária.
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QUESTÃO
1. A OTITE EXTERNA DIFUSA AGUDA é uma situação incidente nos meses de verão e de controle
geralmente fácil.
Indivíduos diabéticos, entretanto, podem fazer quadros severos e complicados de otite externa.
Como se chama esta situação e como se apresenta?
Cite 1 conduta a ser tomada durante o atendimento inicial.
Essa situação se chama Otite Externa Necrosante Maligna. O quadro clínico caracteriza-se
por otalgia lancinante, pulsátil, fronto-têmporo-parietal e noturna, associada à otorreia purulenta e
fétida, podendo evoluir para paralisia facial periférica.
Uma conduta durante o atendimento inicial é realizar uma tomografia computadorizada de
ossos temporais e se resultado confirmar otite externa necrosante maligna, utilizar antimicrobianos
como quinolonas (Ciprofloxacino) e associação com penicilina, a fim de promover uma atividade
sinérgica;