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UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA

FACULDADE DE ENGENHARIA
ENGENHARIA MECÂNICA

CASSIO CEIKI BASSO - RA 100560


RENAN MARTINS DE ALMEIDA - RA 072686
RENATA CLAUDINO PETRIS - RA 110714
RAPHAEL SANTOS PAVANELLI - RA 119598

RELATÓRIOS DE EXPERIMENTOS DE MECÂNICA DOS


FLUIDOS E MÁQUINAS HIDRÁULICAS

Santos - SP
2019
UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA
FACULDADE DE ENGENHARIA
ENGENHARIA MECÂNICA

CASSIO CEIKI BASSO - RA 100560


RENAN MARTINS DE ALMEIDA - RA 072686
RENATA CLAUDINO PETRIS - RA 110714
RAPHAEL SANTOS PAVANELLI - RA 119598

RELATÓRIOS DE EXPERIMENTOS DE MECÂNICA DOS


FLUIDOS E MÁQUINAS HIDRÁULICAS

Relatórios apresentados como exigência para


composição de nota na disciplina de Laboratório
de Engenharia Mecânica IV, ministrada pelo Prof.
Dr. Carlos Alberto Amaral Moino

Santos - SP
2019
FACULDADE DE ENGENHARIA INDUSTRIAL MECÂNICA DA
UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA

Disciplina: Sigla:
Laboratório de Engenharia Mecânica IV 1047N8E

Módulo:
8º Semestre

Trabalho/Relatório: Ensaio de Viscosidade

Data de Realização: De 05/02/2019 a Obs.:


19/03/2019

Aluno(s): Nº(s):

Cassio Ceiki Basso 100560


Renan Martins de Almeida 072686
Renata Claudino Petris 110714
Raphael Santos Pavanelli 119598

Data de Entrega: Nota:

02/04/2019
Sumário
1. EXPERIMENTO 01 - VISCOSIDADE .................................................................. 5
2. EXPERIMENTO 02 - ADIMENSIONAL DE REYNOLDS ................................... 15
3. EXPERIMENTO 03 – BOCAL CONVERGENTE ............................................... 30
4. EXPERIMENTO 04 – MEDIÇÃO DE PRESSÃO............................................... 42
5. EXPERIMENTO 05 – TUBO DE PITOT ............................................................ 48
6. EXPERIMENTO 06 – MEDIDOR DE VAZÃO.................................................... 53
7. EXPERIMENTO 07 - PERDA DE CARGA ........................................................ 61
8. EXPERIMENTO 08 – CURVA CARACTERÍSTICA DA BOMBA ....................... 66
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 74

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1. EXPERIMENTO 01 - VISCOSIDADE

1.1 Objetivo

O experimento proposto tem por objetivo proporcionar ao aluno um


entendimento abrangente dos ensaios de viscosidade utilizado na inspeção de
determinadas situações, estruturas diretamente ligada a indústria, oferecendo
ainda um melhor entendimento sobre a viscosidade do material em relação ao
seu uso em qualquer situação que for submetido.

1.2 Fundamentação Teórica

A Reologia é definida como a ciência que estuda a deformação e o


escoamento de corpos sólidos ou fluídos (gases ou líquidos) sob a influência de
uma força ou tensão. É um ramo da Física que estuda a viscosidade, a
plasticidade, a elasticidade e o escoamento da matéria em geral. Existem dois
tipos básicos de tensão que podem ser exercidas sobre qualquer material.
As tensões normais e as de cisalhamento, que agem, respectivamente,
perpendicularmente e tangencialmente à face da matéria.
Existe uma contribuição direta da Reologia para inúmeras áreas da
Engenharia. Os estudos reológicos no Brasil são recentes, necessitando difundir
e ser compreendidos entre os estudantes, professores e pesquisadores para
auxiliar nos estudos avançados e na inovação tecnológica.
Neste relatório serão descritos os procedimentos realizados pelo
professor em sala de aula para demonstração da atuação da viscosidade dos
fluidos newtonianos nos equipamentos mecânicos, através de um medidor de
viscosidade que realizou os testes utilizando água e glicerina, dando aos alunos
a noção da importância da escolha correta de um fluido que deverá ser
introduzido em um projeto de um equipamento para se obter o melhor
desempenho através de uma baixa força de arraste ou até de como deverão ser
manuseados os fluidos levando em conta a viscosidade como um dos
importantes fatores para selecionar, por exemplo, uma bomba para uma

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tubulação petrolífera ou bombas para vazão de produtos (fluidos) alimentícios
em tubulações dentre de uma indústria.

O entendimento e o controle das propriedades reológicas são de


fundamental importância na fabricação e no manuseio de uma grande
quantidade de materiais (borrachas, plásticos, alimentos, cosméticos, tintas,
óleos lubrificantes) e em processos (bombeamento de líquidos em tubulações,
moldagem de plásticos).

Quanto à deformação os fluidos podem ser classificados como “elásticos”


quando os fluidos não escoam, sua deformação é reversível e o sistema obedece
à lei de Hooke e o “viscoso”, quando o fluido escoa, sua deformação é
irreversível e o sistema obedece a lei de Newton, de viscosidade constante.

Os fluidos também podem ser classificados quanto à relação entre taxa


de deformação e a tensão de cisalhamento, sendo classificados como fluidos
newtonianos quando sua viscosidade é constante seguindo a lei de Newton. Esta
classe abrange todos os gases e líquidos não poliméricos e homogêneos. (ex.:
água, leite, soluções de sacarose, óleos vegetais) e os fluidos não-newtonianos,
quando a relação entre a taxa de deformação e a tensão de cisalhamento não é
constante.

O fluido newtoniano, ou um material classificado como newtoniano, é


aquele cuja viscosidade é igual, independente da taxa de cisalhamento na qual
é medido, numa dada temperatura.

Ao medir a viscosidade de um material em diferentes velocidades num


viscosímetro rotacional, ou sob várias condições de pressão num viscosímetro
capilar e as viscosidades resultantes forem equivalentes, então o material
newtoniano, sobre as condições de cisalhamento em que foi medido. Muitos
fluidos são newtonianos, como a água, solvente, soluções muito diluídas, óleos
minerais e fluidos de silicone.

Fluidos dilatantes: a viscosidade aumenta com o aumento da taxa de


cisalhamento. Se o material é medido de baixa para alta velocidade e a
viscosidade aumenta com o aumento da velocidade, o material é classificado
como dilatante. Este tipo de comportamento é mais raro que a

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pseudoplasticidade, e observado em fluidos contendo altos níveis de
defloculantes como: argilas, lama, amido de milho em água, ingrediente de balas.
Plásticos: este tipo de fluido comporta-se como sólido em condições
estáticas ou de repouso e, após aplicação de uma força, começa a fluir. Esta
força aplicada denomina-se tensão de deformação. Após começar a fluir o
comportamento pode ser newtoniano, pseudoplástico ou dilatante (ex. Catchup).

Dependente de tempo
Alguns fluidos apresentam mudança na viscosidade em função do
tempo sob condições constantes de taxa de cisalhamento. Há duas categorias a
serem consideradas.

Glicerina
A Glicerina ou glicerol, como também é conhecido é o nome
comercial do composto de nomenclatura IUPAC propano 1,2,3- triol. Este é um
composto fundamental dentro do sistema metabólico de diversos micro
organismos.

A Glicerina é um composto atóxico que pode ser utilizado como


matéria prima para a produção de diversos produtos e também no meio da
produção como, por exemplo, em cosméticos. Por não ter sabor e nem odor, a
glicerina vem sendo usada como emoliente e umectante em diversos produtos,
como batom, blush, sombra e afins.
Essas mesmas propriedades conferem elasticidade às fibras de
tecidos e até evita a quebra das fibras de tabaco na produção de cigarros É de

7
grande utilidade como lubrificante de equipamentos processadores de alimentos,
por não ter problema em entrar em contato com o próprio.
Ultimamente a glicerina vem ganhando um espaço especial nos
assuntos sobre química verde. Em busca de novas alternativas para
os combustíveis fosseis, altamente poluentes e de fontes cada vez mais
escassas, um dos principais substitutos para ele tem sido o biodiesel. A produção
de biodiesel por catálise ácida, que é a mais utilizada hoje em dia devido ao seu
alto rendimento, produz como subproduto uma grande quantidade de glicerina
que não pode ser descartada na natureza. Com o maior investimento na
produção dessa forma de combustível alternativo, cada vez mais aumentam as
reservas de glicerina. Como espelho dessa crescente produção, tem-se
observado a queda gradativa do custo da glicerina.
Normalmente a glicerina é produzida por vias fermentativas ou
químicas em processos bem pouco complexos. Se a produção de biodiesel
continuar aumentando como vem acontecendo, em breve essa será a principal
fonte de glicerina, tomando o lugar da produção fermentativa que estava
ganhando seu espaço no mercado mundial.
Muitas pesquisas são conduzidas a fim de descobrir novas aplicações
para a glicerina. Essa tem sido uma grande preocupação, pois se não houver o
que fazer com toda essa glicerina produzida, acabará se tornando um fardo para
o meio ambiente, indo contra o principal motivo da produção de biodiesel. Uma
linha de pesquisas que vem gerando grandes frutos é a conversão microbiana
de glicerina em produtos de maiores valores agregados.
A fermentação anaeróbica de glicerina pode resultar na formação de
etanol e butanol. Ambos de maior valor agregado. Outro composto valioso
produzido é o 1,3-propanodiol, esse composto é um intermediário na síntese de
compostos cíclicos e monômeros para poliésteres e poliuretanos. Outras vias de
formação desse composto, que não a partir do glicerol, são conhecidas por gerar
compostos nocivos, fazendo com que esse seja um dos compostos mais
procurados para a produção por via microbiana.
Outras características da glicerina é o seu importante uso nos
instrumentos de medição, como os manômetros diafragma glicerina, que são
estruturas feitas com caixa em aço inoxidável, aço carbono ou fenol, e possuem

8
a parte de dentro constituída em latão ou aço inoxidável. A glicerina contém
propriedades amortecedoras intrínsecas, desse modo inibe os fortes impactos
no aparelho de aferimento e também proporciona maior durabilidade ao
instrumento de mensuração.

1.3 Desenvolvimento do Experimento

1.3.1 Dados:

Fluido = Glicerina
D0= 104mm
D1= 40,6mm
D2= 40,9mm
L= 69mm
ΔS= 800mm
Δt= 2,53s
m= 443g

1.3.2 Espessura do Fluido (y):

𝐷2−𝐷1 (40,9−40,6)
y=R2-R1 ∴ 𝑦 = 2
∴𝑦= 2
∴ y=0,00015m

1.3.3 Calculo da Área molhada: (A):

A = 2. π. D1. L ∴ 𝐴 = 2. (𝜋. 40,6 . 69) ∴ 𝐀 = 𝟎, 𝟎𝟏𝟕𝟔𝐦²

1.3.4 Cálculo da Força Viscosa (Fv):

m
G = m. g ∴ G = 0,443Kg. 9,81 ∴ 𝐆 = 𝟒, 𝟑𝟒 𝐍
s2

𝐺.𝑅0 4,34 𝑁.0,052𝑚


𝐹𝑣 = 𝑅1
∴ 𝐹𝑣 = 0,0203𝑚
∴ 𝐅𝐯 = 𝟏𝟏, 𝟏𝟐 𝐍

1.3.5 Cálculo da Velocidade (v):

9
0,8m 𝐦
v0 = ∴ 𝐯𝟎 = 𝟎, 𝟑𝟏𝟔
2,53s 𝐬

1.3.6 Cálculo da Velocidade Angular (ω):

𝑣0 0.316𝑚 𝑟𝑎𝑑 𝐫𝐚𝐝


v0 = ω. R0 ∴ 𝜔 = 𝑅0 ∴ 𝜔 = 0,052𝑠 𝑚
∴ 𝛚 = 𝟔, 𝟏 𝐬

1.3.7 Cálculo da Velocidade

𝑟𝑎𝑑 𝑚 𝐦
𝑣 = 𝜔. 𝑅1 ∴ 𝑣 = 6,1 𝑠
0,0203 𝑟𝑎𝑑 ∴ 𝐯 = 𝟎, 𝟏𝟐𝟑 𝐬

1.3.8 Cálculo da Viscosidade Dinâmica (µ):

 Sistema Internacional (SI):

Fv.y 11,12 N.1,5.10−4 m.s 𝐍.𝐬


μ= A.v
∴ 0,0176m².0,123m
∴ 𝛍 = 𝟎, 𝟕𝟕𝟏 𝐦² = 𝐏𝐚. 𝐬

 CGS:

10 P
μ = 0,771 Pa. s. ∴ 𝝁 = 𝟕, 𝟕𝟏 𝑷𝒐𝒊𝒔𝒆
1Pa. s

 MK*s

𝑁 𝑠 1 𝐾𝑔𝑓 𝐾𝑔𝑓 𝑠
μ = 0,771 = μ = 0,078
𝑚² 9,81 𝑁 𝑚²

1.3.9 Cálculo do Peso Específico (𝜸):

γ = ρ. g

 Sistema Internacional (SI):

Kg m 𝐍
γ = 1126,7 m3 . 9,81 s2 ∴ 𝛄 = 𝟏𝟏𝟎𝟓𝟐, 𝟗𝟑 𝐦𝟑

10
 CGS:

𝑛 105 𝑑𝑖𝑛𝑎 1m3 𝒅𝒊𝒏𝒂


γ = 11052,93 3
. ( ) . ( 9 3 ) ∴ 𝜸 = 𝟏, 𝟏𝟎𝟓𝟐
m 1𝑁 10 cm 𝒄𝒎𝟑

 MK*s

𝑁 1 𝐾𝑔𝑓 𝐾𝑔𝑓
γ = 11052,93 = γ = 1126,7
𝑚3 9,81 𝑁 𝑚3

1.3.10 Cálculo da Viscosidade Cinemática (𝝂):

μ
ν=
ρ

 Sistema Internacional (SI):

0,771 Kg. m. m3 . s −𝟒
𝐦𝟐
ν= ∴ 𝛎 = 𝟔, 𝟖𝟒. 𝟏𝟎
1126,7 m2 . Kg. s 2 𝐬

 CGS = MK*s :

m2 1002 cm2
ν = 6,84 .10−4 .( ) ∴ 𝛎 = 𝟔, 𝟖𝟒 𝐒𝐭𝐨𝐤𝐞𝐬
s 1m2

1.3.11 Densidade (ρ):

Sistema Internacional (SI) :


𝑲𝒈
𝛒 = 𝟏𝟏𝟐𝟔, 𝟕 𝐦𝟑

CGS:
𝑲𝒈 𝒈
𝝆 = 𝟏𝟏𝟐𝟔, 𝟕 ( 𝟏𝒎³ ) (𝟏𝟎³𝒈) ∴ 𝝆 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟏𝟏𝟐𝟔𝟕
𝒎³ 𝟏𝟎𝟗 𝒄𝒎³ 𝟏𝑲𝒈 𝒄𝒎³

MK*s

11
𝑲𝒈 𝟏 𝒖𝒕𝒎 𝒖𝒕𝒎
𝝆 = 𝟏𝟏𝟐𝟔, 𝟕 = 𝟏𝟏𝟒, 𝟖𝟓
𝒎³ 𝟗, 𝟖𝟏 𝑲𝒈 𝒎³

SI CGS MK*s
Densidade 1126,7 Kg/m³ 0,0011267 g / cm³ 114,85 utm / m³
Peso Especifico 11052,93 N/m³ 1,105 dina / cm³ 1126,7 Kgf / m³
Viscosidade 0,771 N s / m² 7,71 dina s / cm² 0,078 Kgf s / m²
Dinâmica
Viscosidade 6,84 . 10−4 𝑚2 /𝑠 6,84 m² / s 6,84 m² / s
Cinemática
Tabela 1

1.4 Conclusão

Com a realização deste experimento, pudemos obter de forma


satisfatória os parâmetros referentes à glicerina: Peso Específico, Densidade,
Viscosidade Cinemática e Viscosidade Dinâmica. Tais valores foram obtidos
utilizando-se dados do Sistema Internacional e no padrão CGS, de modo a se
trabalhar com diferentes unidades.
O valor encontrado para o peso específico da glicerina (11052,93
N/m³) está um pouco menor do que o valor real (12360,6 N/m³), o que não
compromete a validade dos resultados obtidos.
O uso correto das fórmulas, bem como o domínio das ferramentas de
conversão de unidades permitiu aos componentes do grupo realizar os cálculos
de forma rápida e precisa.

12
1.5 Apêndices e Anexos

Figura 1 - Aparelho para medição e demonstração da atuação da viscosidade

Figura 2 - Equipamento utilizado para calcular a viscosidade da glicerina

13
Figura 3

Figura 4 - Enrolando o barbante com o peso para calcular o tempo de descida

14
2. EXPERIMENTO 02 - ADIMENSIONAL DE REYNOLDS

2.1 Objetivo

Este relatório tem como objetivo descrever a teoria e os procedimentos


realizados no laboratório pelo professor para mostrar aos alunos com o auxílio
de um equipamento contendo água e corante, os diferentes regimes de
escoamento através do escoamento dos mesmos por duas tubulações de
diferentes diâmetros, onde com o auxílio de um béquer graduado e um
cronômetro, realizou-se as medições de vazão, podendo assim através dos
cálculos verificar se houve coerência nos resultados em relação ao estabelecido
por Reynolds.

2.2 Introdução

Neste relatório serão descritos os procedimentos realizados pelo


professor em sala de aula para demonstração do regime de escoamento de um
fluido, utilizando a água como fluido e um corante azul dispersado no meio da
tubulação onde está passando a água para que os alunos possam ver o
comportamento do fluido nas diferentes vazões impostas pela abertura gradativa
de uma válvula globo no final dos tubos, medindo a vazão do fluido nas diferentes
tubulações, podendo no final do experimento calcular o coeficiente de Reynolds,
verificando então se o resultado encontrado confere com os números
estabelecidos por ele para os determinados regimes.
Fluidos são substâncias que são capazes de escoar e cujo volume toma
a forma de seu recipiente. Quando em equilíbrio, os fluidos não suportam forças
tangenciais ou cisalhantes. Todos os fluidos possuem um certo grau de
compressibilidade e oferecem pequenas resistência à mudança de forma.
O número de Reynolds (abreviado como Re) é um número adimensional
usado em mecânica dos fluídos para o cálculo do regime de escoamento de
determinado fluido dentro de um tubo ou sobre uma superfície. É utilizado, por
exemplo, em projetos de tubulações industriais e asas de aviões. O seu nome
vem de Osborne Reynolds, um físico e engenheiro irlandês. O seu significado
físico é um quociente entre as forças de inércia e as forças de viscosidade.

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Os escoamentos podem ser classificados de diversas maneiras, sendo
que uma das mais importantes se refere ao nível de turbulência presente.
Diferentes níveis de turbulência podem representar variações significativas nos
valores de grandezas que costumam ser avaliadas em equipamentos industriais
(perda de carga, troca térmica, difusão etc.).

2.3 Fundamentação Teórica

2.3.1 Regime de Escoamento

Os regimes de escoamento, definidos de acordo com o nível de turbulência,


são os seguintes:
 Escoamento laminar: é aquele no qual as partículas se movem em
camadas paralelas, ou lâminas, sem invadirem o caminho das outras
partículas. Na figura abaixo (Figura 01) é representado pela imagem (a).
 Escoamento em transição: é aquele em que há algumas flutuações
intermitentes do fluido em um escoamento laminar, embora não seja
suficiente para caracterizar um escoamento turbulento. Na figura abaixo
é representado pela imagem (b).
 Escoamento turbulento: é aquele no qual há flutuações no
escoamento o tempo todo e as partículas invadem o caminho das
partículas adjacentes, misturando-se e movendo-se de uma forma
aleatória. Representado pela imagem (c) na figura abaixo.

16
Figura 1 - Modelos de Escoamento dos Fluidos

Para identificar o regime de escoamento, utiliza-se o Número de


Reynolds, que é um número adimensional que relaciona as forças de
inércia com as forças viscosas, da seguinte forma:

Onde ρ é a massa específica, V é a velocidade, L é uma dimensão


característica e μ é a viscosidade dinâmica.
Quando as forças de inércia (numerador) são muito maiores do que
as forças viscosas (denominador), o escoamento passa a ser turbulento (número
de Reynolds alto).

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Figura 2 - Demonstração do Número de Reynolds

2.3.2 Características da Turbulência

 Multiplicidade de escalas: a turbulência é caracterizada pela presença


de várias escalas, desde as maiores – que são proporcionais à
geometria – até as menores – que são inversamente proporcionais ao
número de Reynolds. A energia cinética é transferida das maiores para
as menores escalas.
 É um fenômeno contínuo: as menores escalas são maiores do que o
livre caminho médio entre as moléculas.
 É um fenômeno irregular: não pode ser calculada a partir de equações
determinísticas.

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 Difusão: a turbulência provoca aumento na difusão do fluido, ou seja,
há um aumento na taxa de mistura.
 Dissipação: a turbulência é altamente dissipativa. Caso a fonte de
energia seja removida, a turbulência deixa de existir, rapidamente.
 Tridimensionalidade: as flutuações turbulentas são tridimensionais.
 Transiente: a turbulência é um fenômeno que apresenta variações no
tempo.

2.3.3 Análise do Escoamento Turbulento

O Escoamento turbulento é um dos fenômenos mais críticos da física


moderna e que, apesar de existirem teorias e modelos que expliquem boa parte
desses fenômenos, ainda não existe uma teoria única que forneça previsibilidade
a uma série de situações que envolvam escoamento turbulento.
Analisar este fenômeno mesmo por experimentos físicos é um grande
desafio, uma vez que para investigá-lo, existe a necessidade de incluir sensores.
A inclusão de sensores ou outras ferramentas de observação do fluxo pode
causar interferência no comportamento do fluido. Investigar o comportamento
desses fenômenos é importante para prever situações que possam interferir
na eficiência, condição de operação e funcionamento de equipamentos
industriais.
As ferramentas de modelagem computacional são grandes aliadas
quando o objetivo é analisar e predizer o comportamento de escoamentos de
fluidos. Com elas é possível recriar diversos cenários em um ambiente virtual e
realizar diferentes testes e até mesmo prever o comportamento desses
escoamentos.

19
2.3.4 Número De Reynolds

A importância fundamental do número de Reynolds é a possibilidade


de se avaliar a estabilidade do fluxo podendo obter uma indicação se o
escoamento flui de forma laminar ou turbulenta. O número de Reynolds constitui
a base do comportamento de sistemas reais, pelo uso de modelos reduzidos.
Um exemplo comum é o túnel aerodinâmico onde se medem forças desta
natureza em modelos de asas de aviões. Pode-se dizer que dois sistemas são
dinamicamente semelhantes se o número de Reynolds for o mesmo para ambos.

Re<2000 - Escoamento Laminar


2000<Re<2400 - Escoamento de Transição
Re>2400 - Escoamento Turbulento

2.4 Desenvolvimento do Experimento

Para a realização do experimento foi utilizado um equipamento (figura


1) que permitiu fornecer os três regimes de escoamentos através da abertura de
uma válvula globo (figura 2), onde ao mesmo tempo em que o professor abria a
válvula para a vazão da água, ele também abria uma segunda válvula para saída
do corante azul (figura 3), permitindo assim aos alunos verificar todos os regimes
de escoamento nas duas tubulações (uma de cada vez).
Ao mesmo tempo com a ajuda de alunos voluntários, mediu-se um
determinado volume colocando um béquer graduado na saída do tubo,
cronometrando o tempo para a obtenção deste volume em cada um dos regimes,
podendo assim através dos cálculos, verificar se o resultado foi coerente com o
especificado por Reynolds.

20
2.4.1 Cálculos

Regime 1º Ensaio 2º Ensaio


Laminar 200 ml 31,13 s 200 ml 28,75 s
Transição 300 ml 26,75 s 300 ml 17,33 s
Turbulento 2000 ml 28,28s 2000 ml 47,62 s

1º Ensaio
Dados: d =19,10 mm; ν=10^-6 m²/s

 Cálculo da Área

𝜋. 𝑑² 𝜋. 0,0191²
𝐴= ∴ ∴ 𝑨 = 𝟐, 𝟖𝟔. 𝟏𝟎−𝟒 𝒎²
4 4

 Cálculos Regime Laminar

𝑉 200𝑚𝑙. 1𝑙. 60𝑠


𝑄= ∴ ∴ 𝑸 = 𝟎, 𝟑𝟖𝒍𝒑𝒎
𝑡 31,13𝑠. 1000𝑚𝑙. 1𝑚𝑖𝑛

𝑄 0.38𝑙. 1𝑚³. 1𝑚𝑖𝑛 𝒎


𝑣= ∴ −4
∴ 𝒗 = 𝟎, 𝟎𝟐𝟏𝟗
𝐴 𝑚𝑖𝑛. 2,86.10 𝑚2.1000𝑙. 60𝑠 𝒔

𝑣. 𝑑 0.0219𝑚. 0,0191𝑚². 𝑠
𝑅𝑒 = ∴ ∴ 𝑹𝒆 = 𝟒𝟏𝟖, 𝟐𝟗
𝜈 𝑠. 10−6 𝑚²

 Cálculo Regime de Transição

𝑉 300𝑚𝑙. 1𝑙. 60𝑠


𝑄= ∴ ∴ 𝑸 = 𝟎, 𝟔𝟕 𝒍𝒑𝒎
𝑡 26,75𝑠. 1000𝑚𝑙. 1𝑚𝑖𝑛

𝑄 0.67𝑙. 1𝑚³. 1𝑚𝑖𝑛 𝒎


𝑣= ∴ −4
∴ 𝒗 = 𝟎, 𝟎𝟑𝟖𝟗
𝐴 𝑚𝑖𝑛. 2,86.10 𝑚2.1000𝑙. 60𝑠 𝒔

𝑣. 𝑑 0.0389𝑚. 0,0191𝑚². 𝑠
𝑅𝑒 = ∴ ∴ 𝑹𝒆 = 𝟕𝟒𝟐, 𝟗𝟗
𝜈 𝑠. 10−6 𝑚²

 Cálculo Regime Turbulento

21
𝑉 2000𝑚𝑙. 1𝑙. 60𝑠
𝑄= ∴ ∴ 𝑸 = 𝟒, 𝟐𝟒 𝒍𝒑𝒎
𝑡 28,28𝑠. 1000𝑚𝑙. 1𝑚𝑖𝑛

𝑄 4,24𝑙. 1𝑚³. 1𝑚𝑖𝑛 𝒎


𝑣= ∴ −4
∴ 𝒗 = 𝟎, 𝟐𝟒𝟔𝟕
𝐴 𝑚𝑖𝑛. 2,86.10 𝑚2.1000𝑙. 60𝑠 𝒔

𝑣. 𝑑 0,2467𝑚. 0,0191𝑚². 𝑠
𝑅𝑒 = ∴ ∴ 𝑹𝒆 = 𝟒𝟕𝟏𝟏, 𝟗
𝜈 𝑠. 10−6 𝑚²

2º Ensaio
Dados: d=16,15 mm; ν=10^-6 m2/s

 Cálculo da Área

𝜋. 𝑑² 𝜋. 0,01615²
𝐴= ∴ ∴ 𝑨 = 𝟐, 𝟎𝟒. 𝟏𝟎−𝟒 𝒎²
4 4

 Cálculos Regime Laminar

𝑉 200𝑚𝑙. 1𝑙. 60𝑠


𝑄= ∴ ∴ 𝑸 = 𝟎, 𝟒𝟐 𝒍𝒑𝒎
𝑡 28,75𝑠. 1000𝑚𝑙. 1𝑚𝑖𝑛

𝑄 0.42𝑙. 1𝑚³. 1𝑚𝑖𝑛 𝒎


𝑣= ∴ ∴ 𝒗 = 𝟎, 𝟎𝟑𝟒𝟏
𝐴 𝑚𝑖𝑛. 2,04 .10−4 𝑚2.1000𝑙. 60𝑠 𝒔

𝑣. 𝑑 0.0341𝑚. 0,01615𝑚². 𝑠
𝑅𝑒 = ∴ ∴ 𝑹𝒆 = 𝟓𝟓𝟎, 𝟕
𝜈 𝑠. 10−6 𝑚²

22
 Cálculo Regime de Transição

𝑉 300𝑚𝑙. 1𝑙. 60𝑠


𝑄= ∴ ∴ 𝑸 = 𝟏, 𝟎𝟒 𝒍𝒑𝒎
𝑡 17,33𝑠. 1000𝑚𝑙. 1𝑚𝑖𝑛

𝑄 1.04𝑙. 1𝑚³. 1𝑚𝑖𝑛 𝒎


𝑣= ∴ −4
∴ 𝒗 = 𝟎, 𝟎𝟖𝟒𝟔
𝐴 𝑚𝑖𝑛. 2,04.10 𝑚2.1000𝑙. 60𝑠 𝒔

𝑣. 𝑑 0.0846𝑚. 0,01615𝑚². 𝑠
𝑅𝑒 = ∴ ∴ 𝑹𝒆 = 𝟏𝟑𝟔𝟔, 𝟑
𝜈 𝑠. 10−6 𝑚²

 Regime Turbulento

𝑉 2000𝑚𝑙. 1𝑙. 60𝑠


𝑄= ∴ ∴ 𝑸 = 𝟐, 𝟓𝟐 𝒍𝒑𝒎
𝑡 47,62𝑠. 1000𝑚𝑙. 1𝑚𝑖𝑛

𝑄 2.52𝑙. 1𝑚³. 1𝑚𝑖𝑛 𝒎


𝑣= ∴ −4
∴ 𝒗 = 𝟎, 𝟐𝟎𝟓𝟎
𝐴 𝑚𝑖𝑛. 2,04.10 𝑚2.1000𝑙. 60𝑠 𝒔

𝑣. 𝑑 0.2050𝑚. 0,01615𝑚². 𝑠
𝑅𝑒 = ∴ ∴ 𝑹𝒆 = 𝟑𝟑𝟏𝟎, 𝟖
𝜈 𝑠. 10−6 𝑚²

Tabela 1
Volume Tempo Vazão Velocidade
Visualizado (ml) (s) (lpm) (m/s) Reynolds Resultado
Laminar 200 31,13 0,38 0,0219 418,29 ok
1º Transição 300 26,75 0,67 0,0389 742,99 não ok
Ensaio Turbulento 2000 28,28 4,24 0,2467 4711,9 ok

Laminar 200 28,75 0,42 0,0341 550,7 ok


2º Transição 300 17,33 1,04 0,0846 1366,3 não ok
Ensaio Turbulento 2000 47,62 2,52 0,2050 3310,8 ok

23
2.5 Conclusão

Com a realização deste experimento, pudemos vivenciar na prática a


relação do número de Reynolds com os efeitos decorrentes do escoamento dos
fluidos nas tubulações.
Os valores encontrados, apesar das medições poderem ter sofrido
alguma variação, foram considerados satisfatórios. Mais de uma medição foi
realizada com o intuito de se aferir melhor os tempos e a condição de abertura
das válvulas.
Com o uso correto das fórmulas, bem como o domínio das
ferramentas de conversão de unidades permitiu aos componentes do grupo
realizar os cálculos de forma rápida e precisa.
Assim, fica clara a importância do correto dimensionamento do
sistema de escoamento, tendo em vista que a simples mudança de um
parâmetro pode impactar as condições de operação do sistema, acarretando
deposição de sedimentos, ou até mesmo a mistura de substâncias indesejadas.

24
2.6 Anexos

Figura 3 – Equipamento

25
Figura 4 - Demonstração do experimento

26
Figura 5 – equipamento (2)

27
Figura 6 - Escoamento regime de transição

28
Figura 07 - Escoamento regime turbulento

29
3. EXPERIMENTO 03 – BOCAL CONVERGENTE

3.1 Objetivos

Este experimento tem como objetivo relacionar os dados teóricos do


calculo de energia de um sistema aos valores encontrados em laboratório. Num
reservatório aberto em regime não permanente, deve-se plotar as seguintes
curvas:
 Vazão real em função do nível do tanque (altura de fluido), h = f (Qr)
 Vazão real em função do alcance do jato, x = f (Qr)
 Coeficiente de descarga em função de Reynolds Teórico, Cd = f (Re)
 Coeficiente de velocidade em função de Reynolds Teórico, Cv = f (Re)
 Coeficiente de contração em função de Reynolds Teórico, Cc = f (Re)

3.2 Introdução

3.3 Procedimentos

3.3.1 Descrição do Experimento

REAL
C
TEÓRICO

(1
)
h
(2
)
y

Figura 01 - Representação da descarga do Reservatório

30
O experimento propriamente dito foi realizado em etapas, associando
o nível do reservatório ao tempo que o fluido demorou a escoar. A referência
para acompanhar o nível estava em uma escala graduada que mostrava a
variação da altura (h) de 50 em 50 milímetros. Com o auxílio de um cronômetro,
deu início a contagem do tempo gasto pelo fluido passar em um bocal
convergente em um diferencial de altura de 50 mm
Este procedimento foi efetuado treze vezes até o esvaziamento do
reservatório, consequentemente pondo fim ao escoamento do fluido pelo bocal.
Com os dados coletados, foram calculados a vazão real e os coeficientes de
descarga, velocidade e contração, além da construção dos gráficos com as
respectivas informações.
É importante destacar que não havia máquina hidráulica fornecendo
ou retirando energia do sistema. Além disso, a pressão atmosférica na saída do
bocal foi considerada nula.
Com base nas hipóteses adotadas, a Primeira Lei da Termodinâmica
fica reduzida à equação de Bernoulli:

Define-se a velocidade teórica do jato, como sendo aquela que o jato


adquiriria se não houvesse perdas (K=0). Tal velocidade será expressa como:

v  2 gh

Para o cálculo da velocidade real (vr) é necessário considerar a


existência de dois tipos de movimento:
 Movimento Retilíneo Uniforme (MRU)
x
x  xo  v  t  v 
t

 Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV)

31
g t2 2 y
y  y 0  v0 y  t  t 
2 g

Deste modo teremos:


x
v  v real
2 y
g

A vazão real é determinada pelo ensaio, medindo o tempo que o


volume entre dois pontos no nível do reservatório passe pelo bocal.

V  ABASE  h

Será determinada pelo produto da velocidade teórica pela área do


bocal.

Qteorica  vteorica. Abocal

A razão entre a velocidade real e a teórica é denominada Coeficiente


de Velocidade, com notação Cv, conforme indicado abaixo:
v real
Cv 
v teórica

Outro coeficiente importante no estudo dos orifícios e bocais é o


denominado Coeficiente de Descarga, Cd, definindo como razão entre a vazão
real, Qr e a vazão teórica, Qt , ou seja:
Q real
Cd 
Qteórica

32
 .Dc ²
Ac 
A razão entre a área do jato na seção contraída, 4 , e a área
 .D ²
A 
nominal do orifício ou bocal, 4 , define o denominado Coeficiente de
Contração Cc:
Acontraída
Cc 
Abocal

Qr v r Ac Cd
 .  Cd  Cv.Cc   Cc
Qr vt Ab Cv

3.3.2 Dados do experimento

Tabela de dados

Altura do bocal (y) 383 mm

Diâmetro do bocal 5,6 mm

Diferença de altura 50 mm

Comprimento do reservatório (L1) 250 mm

Largura do reservatório (L2) 245 mm

Área do bocal 0,0000246 m²

33
3.3.3 Memória de cálculo

a) Cálculo da Velocidade Teórica ( vt )

P1 v12 P2 v 22
  z1  Hm    z 2  Hp1, 2  v2  2 gh
 2g  2g

h (mm) 600 550 500 450 400 350 300 250 200 150 100 50 0

vt (m/s) 3,4310 3,2850 3,1321 2,9714 2,8014 2,6205 2,4261 2,2147 1,9809 1,7155 1,4007 0,9905 0

b) Cálculo da Vazão Teórica (Qt)


Qt  vt .Abocal

vt (m/s) 3,431 3,285 3,132 2,971 2,801 2,620 2,426 2,215 1,981 1,716 1,401 0,990 0

Qt (lpm) 5,06 4,85 4,62 4,39 4,13 3,87 3,58 3,27 2,92 2,53 2,07 1,46 0

c) Cálculo de Reynolds teórico (Re)

vt  D
Re 
 H 2O

vt (m/s) 3,431 3,285 3,132 2,971 2,801 2,62 2,426 2,215 1,981 1,716 1,401 0,99 0

D (m) 0,0056 0,0056 0,0056 0,0056 0,0056 0,0056 0,0056 0,0056 0,0056 0,0056 0,0056 0,0056 0,0056

 H 2O 10-6 10-6 10-6 10-6 10-6 10-6 10-6 10-6 10-6 10-6 10-6 10-6 10-6
(1cSt)

Reynolds 19213,6 18396 17539,2 16637,6 15685,6 14672 13585,6 12404 11093,6 9609,6 7845,6 5544 0

d) Cálculo da Velocidades Reais


34
x  x0  v.t y  y0  v0 .t

x
v
2. y
g

x
82,5 790 760 720 680 640 600 550 490 430 350 265 0
(mm)

vr
0,288 2,76 2,66 2,52 2,38 2,24 2,10 1,92 1,71 1,50 1,22 0,92 0
(m/s)

e) Cálculo da Vazão Real


volume
V  Abase.h Qreal 
tempo

3 3 3
V  256.10  245.10  50.10  0,003136 m  3,136l
3

V(l) 3,136 3,136 3,136 3,136 3,136 3,136 3,136 3,136 3,136 3,136 3,136 3,136 3,136

t(s) 40,49 45,5 47,45 50 50,6 56 61,31 59,15 69,05 80,9 87,41 110,92 161,59

Qr (lpm) 4,62 4,14 3,96 3,78 3,72 3,36 3,06 3,18 2,7 2,34 2,16 1,68 1,14

f) Coeficiente de descarga (Cd)

𝑄𝑟
𝐶𝑑 = (𝑎𝑑𝑚)
𝑄𝑡

Qr (lpm) 4,62 4,14 3,96 3,78 3,72 3,36 3,06 3,18 2,7 2,34 2,16 1,68 0

Qt (lpm) 5,06 4,85 4,62 4,39 4,13 3,87 3,58 3,27 2,92 2,53 2,07 1,46 0

Cd (adm) 0,91 0,85 0,85 0,86 0,90 0,87 0,85 0,97 0,92 0,92 1,04 1,15 0

35
g) Coeficiente de velocidade

𝑣𝑟
𝐶𝑣 = (𝑎𝑑𝑚)
𝑣𝑡

vr (m/s) 0,288 2,76 2,66 2,52 2,38 2,24 2,10 1,92 1,71 1,50 1,22 0,92 0

vt (m/s) 3,4310 3,2850 3,1321 2,9714 2,8014 2,6205 2,4261 2,2147 1,9809 1,7155 1,4007 0,9905 0

Cv (adm) 0,08 0,84 0,85 0,85 0,85 0,85 0,87 0,87 0,86 0,87 0,87 0,93 0

h) Coeficiente de contração

𝐶𝑑
𝐶𝑐 = (𝑎𝑑𝑚)
𝐶𝑣

Cd (adm) 0,91 0,85 0,86 0,86 0,90 0,87 0,85 0,97 0,92 0,92 1,04 1,15 0

Cv (adm) 0,08 0,84 0,85 0,85 0,85 0,85 0,87 0,87 0,86 0,87 0,87 0,93 0

Cc (adm) 10,87 1,02 1,01 1,02 1,06 1,02 0,99 1,12 1,07 1,06 1,20 1,24 0

36
3.3.4 Tabela dos valores obtidos

h vr Qt x vt t Qr Cv Cd Cc Re

(mm) (m/s) (l/s) (mm) (m/s) (s) (l/s)

600 0,288 5,06 82,5 1,27 45,5 4,62 0,08 0,91 10,87 19213,6

550 2,76 4,85 790 3,94 47,45 4,14 0,84 0,85 1,02 18396

500 2,66 4,62 760 3,86 50 3,96 0,85 0,86 1,01 17539,2

450 2,52 4,39 720 3,76 50,6 3,78 0,85 0,86 1,02 16637,6

400 2,38 4,13 680 3,65 56 3,72 0,85 0,90 1,06 15685,6

350 2,24 3,87 640 3,54 61,31 3,36 0,85 0,87 1,02 14672

300 2,1 3,58 600 3,43 59,15 3,06 0,87 0,85 0,99 13585,6

250 1,92 3,27 550 3,28 69,05 3,18 0,87 0,97 1,12 12404

200 1,71 2,92 490 3,10 80,9 2,7 0,86 0,92 1,07 11093,6

150 1,5 2,53 430 2,90 87,41 2,34 0,87 0,92 1,06 9609,6

100 1,22 2,07 350 2,62 110,92 2,16 0,87 1,04 1,20 7845,6

50 0,92 1,46 265 2,28 161,59 1,68 0,93 1,15 1,24 5544

0 0 0 0 0 0 1,14 0 0 0,00 0

37
3.3.5 Gráficos

h = f ( Qr )
700

600

500
h ( mm )

400

300

200

100

0
0,000 0,010 0,020 0,030 0,040 0,050 0,060 0,070 0,080 0,090
Qr (l/s)

38
X = f ( Qr )
800

700

600

500
X ( mm )

400

300

200

100

0
0,000 0,010 0,020 0,030 0,040 0,050 0,060 0,070 0,080 0,090
Qr (l/s)

Cd = f ( Re )
1,26
1,24
1,22
1,2
Cd ( adm )

1,18
1,16
1,14
1,12
1,1
1,08
0 5000 10000 15000 20000 25000
Re (adm)

39
Cv = f ( Re )
0,75
0,74
0,73
0,72
Cv ( adm )

0,71
0,7
0,69
0,68
0,67
0,66
0 5000 10000 15000 20000 25000
Re (adm)

40
Cc = f ( Re )
2
1,8
1,6
1,4
1,2
Cc ( adm )

1
0,8
0,6
0,4
0,2
0
0 5000 10000 15000 20000 25000
Re (adm)

3.4 Conclusão

É facil de observar que a vazão quanto o alcance do jato d’água é


proporcional a altura da coluna de água do reservatorio, quanto maior a altura
mais energia potencial assim teremos maior vazão e maior distancia do jato,
referentes aos graficos h = f (Qr) e x= f ( Qr )

Quanto aos os demais graficos Cd = f ( Re ), Cv = f ( Re ), Cc = f ( Re ) não


demostraram nenhuma tendencia ou padrão, ele ocilou do começo ao fim, desta
forma o numero de”Re” não interfere no coeficiente entre os valores reais e
teoricos.

41
4. EXPERIMENTO 04 – MEDIÇÃO DE PRESSÃO

4.1 Objetivos
O objetivo deste trabalho é realizar a experiência de medição de
pressão para demonstrar aos alunos o funcionamento do equipamento que serve
para medir a pressão dos fluidos utilizados nas indústrias. Os dados coletados
através deste equipamento são utilizados nos cálculos para escolha do
equipamento adequado para especificação da potência do motor elétrico que é
responsável pelo acionamento da bomba hidráulica.

4.2 Resumo

Esta experiência realizada é sobre os medidores de pressão,


mostrando a importância da sua utilização na indústria e na área de pesquisa.
Na sala de aula foi possível realizar algumas medições, podendo compreender
melhor o funcionamento destes equipamentos. Os medidores de pressão podem
ser desde o mais simples como o barômetro com mercúrio até os mais
sofisticados com medidores digitais.

4.3 Introdução

Pressão atmosférica é a pressão que o ar da atmosfera exerce sobre


a superfície plana. Essa pressão pode mudar de acordo com a variação de
altitude. Quanto maior a altitude menor a pressão e, consequentemente, quanto
menor a altitude maior a pressão exercida pelo ar na superfície da terra.
O físico e matemático italiano Evangelista Torricelli foi o responsável
pela determinação do valor da pressão atmosférica ao nível do mar em 1643.
Ele encheu um tubo de aproximadamente um metro de comprimento com
mercúrio, e logo em seguida mergulhou o tubo em um recipiente também com
mercúrio, logo após ele notou que o mercúrio desceu um pouco e se
estabilizando aproximadamente a 76 cm acima da superfície, este equipamento
ficou conhecido como barômetro. Torricelli interpretou essa experiência dizendo

42
que o que mantinha a coluna de mercúrio nesta altura era a pressão atmosférica.
A coluna de 76 cm só é obtida no nível do mar, pois quando a altitude varia a
pressão atmosférica também varia como citado anteriormente. Com essa
experiência é definido que ao nível do mar 1 uma atmosfera é a pressão
equivalente a exercida por uma coluna de 76cm de mercúrio, onde g = 9,8 m/s²,
portanto:
1 atm = 76 cmHg = 760 mmHg = 1,01.105 Pa

Além do barômetro que mede a pressão da atmosfera, existem outros


medidores de pressão, como o manômetro que é utilizado para medir a pressão
de diferentes fluidos. Os medidores de pressão são de suma importância para a
engenharia, para que se possa ter um adequado transporte e armazenamento.

4.4 Desenvolvimento do Experimento

4.4.1 Materiais

Barômetro

Tanto o barômetro mais simples, quanto os mais modernos são


chamados de barômetros torricellianos e aneroides (de discagem).
O tipo mais simples de barômetro é um tubo alto e fechado que fica
de cabeça para baixo em banho de mercúrio. Utiliza-se o mercúrio em
barômetros porque é mais conveniente do que usar água. A água é menos densa
do que o mercúrio, então a pressão do ar elevará um certo volume de água muito
mais acima de um tubo do que o mesmo volume de mercúrio. Se usasse água,
precisaria de um tubo muito alto e o barômetro teria que ser enorme. Mas usando
mercúrio, pode-se conseguir um equipamento muito menor.
Ao nível do mar, a atmosfera empurrará uma coluna de mercúrio e
fará com que ela suba em um tubo até uma altura de aproximadamente 760mm.
Nós chamamos essa pressão de ar de uma atmosfera (1 atm).

43
Figura: Barômetro

Manômetro De Bourdon

O medidor Bourdon é um dos instrumentos mais comuns para a


medição de pressão na indústria. Este medidor consiste de um tubo curvado de
secção elíptica com uma das pontas conectado a pressão medida e a outra no
indicador de pressão. Quando o fluído é submetido a uma pressão, ele enche o
tubo, e sua secção elíptica tende a se tornar circular. Este movimento é
transmitido ao indicador de pressão.

44
Figura: Manômetro de Bourbon

Tubo Em “U”

O estudo inicia pelo manômetro de tubo em U devido a sua


simplicidade e importância. Ele pode ser construído facilmente, e lê a diferença
de pressão entre dois pontos desconhecidos, portanto, uma diferença
monométrica. Nessa situação, conhecendo-se as massas específicas dos fluidos
envolvidos, o manômetro em de tubo em U não necessita de calibração para ler
diferenças de pressão. Trata-se de um instrumento histórico, pois serviu a Boyle
para determinar a pressão estática de fluidos, em 1662. Empregado para
medidas de pressão de fluidos em regime permanente e em condições
controladas, é um instrumento padrão para as pressões na faixa de 2.54
milímetros de coluna d'água (cerca de 25 Pa) até 0.7 MPa, com incertezas que
variam de 0,02 a 0,2 % da leitura

45
Figura: Tubo em “U”

4.4.2 Procedimento

Iniciando o experimento dia 26/02/2019 as 19:30h foi medido a


pressão atmosférica no barômetro e constatado um valor de 752mmHg, em
seguida foi medida a pressão de entrada e saída da bomba, onde obtivemos os
valores de Pe= -0,08 Kgf/cm² e Ps= 1,2Kgf/cm², com o manômetro metálico. Com
o paquímetro foi medido um h= 262mmm.
Na válvula globo foi obtido uma diferença de pressão de (Ps-Pe= 1,28
Kgf/cm²).
Temos que:

𝐾𝑔ℎ
𝛾𝐻𝑔 = 13600 𝑚3

𝛾𝐻2𝑂 = 1000𝐾𝑔𝑓/𝑚³

Com a formula:
𝑃1 − 𝑃2 = ℎ (𝛾𝐻𝑔 − 𝛾𝐻2𝑂)

Conseguimos obter o valor desejado da pressão entre a entrada e a


saída da válvula globo.

46
𝑃1 − 𝑃2 = 0,262𝑚(13600 − 1000) 𝐾𝑔𝑓/𝑚3

𝑃1 − 𝑃2 = 3301,2 𝐾𝑔𝑓/𝑚2

4.5 Conclusão

Foi possível comprovar a aplicação do venture para medição da


vazão, comparando com o aumento do nível do reservatório e o aumento do
desnível no tubo em “U” simultaneamente, validando a aplicação da formula.
No gráfico da curva característica é possível observar que todos os
ensaios ocorreram dentro do regime de escoamento turbulento. A grande

variação no coeficiente de descarga (


Cd  Qreal / Qteo ) nos revela a discrepância

entre as vazões reais e teóricas obtidas devido a falta de precisão nas medições.

47
5. EXPERIMENTO 05 – TUBO DE PITOT

5.1 Objetivo
- Calcular a velocidade na seção de escoamento.
- Construir o diagrama de velocidades.
- Determinar a velocidade média.
- Determinar a vazão.

5.2 Introdução

O tubo de Pitot pode ser utilizado para a medição e o cálculo da


velocidade de um fluido em escoamento. O modelo utilizado mede a velocidade
ponto a ponto na seção transversal.
Os cálculos serão feitos à partir da medições de pressão total e
pressão estática.

Tubo de Pitot é um instrumento de medida de pressão utilizado para


medir a velocidade de fluidos, muito utilizado para medir a velocidade dos aviões.
Deve o seu nome ao físico francês do século XVIII Henri Pitot.

48
Consiste basicamente num tubo orientado para o fluxo de fluido a
medir. Visto que o tubo contém ar pode assim ser medida a pressão necessária
para colocar o ar em repouso: a pressão de estagnação, ou pressão total.
A pressão de estagnação só por si não é suficiente para determinar a
velocidade do fluido. Todavia, visto que o equação de Bernoulli determina que
Pressão de estagnação = pressão estática + pressão dinâmica
a pressão dinâmica é a diferença entre a pressão de estagnação e a
pressão estática.

A pressão estática, isto é, a que não depende do movimento, pode


ser recolhida por detectores adequados ou ser obtida a partir de um tubo que
envolve o primeiro no sentido coaxial e possui orifícios laterais perpendiculares
ao movimento(este tubo também é chamado tubo de Prandtl).

5.3 Desenvolvimento

Aplica-se Bernoulli entre (1) e (2) e considerando que o fluido é


perfeito, teremos:

2 2
v P v P
H 1  H m  H 2  Hp1, 2  1  1  Z1  2  2  Z 2 
2 g  2 g 
2 2 2 2
v1 P v P v v P P
 1 2  2 1  2  2 1
2 g  2 g  2 g 2 g  
49
Como a velocidade na ponta do tubo de Pitot é nula teremos:

P  P1
2
v1 P2 P1 v12
    2 (Equação 1)
2 g   2 g 
Aplicando-se a equação manométrica, teremos:

P2  P1  h  ( Hg   água ) (Equação 2)

Isolando a velocidade e substituindo a equação 2 na equação 1


teremos:

2  g  h  ( Hg   água )
v1 
 água

Obs.: Como o tubo de Pitot está no centro da tubulação à velocidade


v1 é a velocidade máxima e como o escoamento é feito por meio de bomba
podemos considerar regime turbulento no conduto.
Para regime trubulento:

vm 49
 ..  ..vm  0,81  v max .
v max 60

5.4 Memória de cálculo

5.4.1 Dados
 h: partindo do meio 0,5,10,15,20 e 25.

 Hg : 13600 Kgf/m³

 H 2O : 1000 Kgf/m³

 Diâmetro do conduto: 0,0525 m


 Diâmetro do tanque: 0,58 m
 Tempo da variação de altura: 30 segundos
 Altura (h) do tanque: 0,490 m

50
Determinação da velocidade teórica.

2 gh(Hg  H 2O) 2  9,81m  Y m  (13600  1000 ) kgf


v1   m3
H 2O s 2 1000 kgf
m3

Distância do pitot
h do tubo em
em relação ao Velocidade
U
centro do tubo.

0 32 2,14

5 32 2,14

10 31 2,17

15 30 2,05

20 26 1,99

25 14 1,86

26,25 0 0

Velocidade media 2,05 m/s

vm 49
Re  4000  Escoamento Turbulento  
v máx 60
49
vm   2,05  1,78m / s
60

Verificando o regime turbulento.


v D 1,78  0,0525
Re    93467 ,5
 10 6

As vazões serão:
 .D ²  .0,0525 ²
Qteórica  v m .  1,78m / s.  3,85.10 3 m³ / s  3,85 l/s
4 4

51
V  ..Dt ² h  ..0,58² 0,49
Qreal       4,31.10 3 m³ / s  4,31 l/s
t 4 t 4 30

Determinando o erro
Qreal 4,31
Cd    1,12  12%
Qteorico 3,85

5.5 Conclusão

Através das medições feitas no tubo de Pitot foi possível determinar a


velocidade do fluido naquele ponto e com a dimensão do diâmetro interno da
tubulação conhecida, calcular a vazão do fluído.

52
6. EXPERIMENTO 06 – MEDIDOR DE VAZÃO

6.1 Objetivo

O objetivo deste experimento foi determinar a vazão em uma


tubulação utilizando um tubo Venturi, a fim de coletar dados suficientes para
construir um gráfico da curva característica e da calibração

6.2 Resumo

Através desta experiência podemos analisar o funcionamento do


medidor de pressão tipo Venturi e coletar dados para medir a vazão no sistema
de tubulação montado no laboratório, para que os futuros engenheiros tenham
contato com os equipamentos que são utilizados nos processos industriais.

6.3 Introdução

O tubo de Venturi é um instrumento que indica a variação da pressão


exercida por um líquido que se encontra em movimento por tubos com áreas de
diferentes tamanhos. Inventado por Giovanni Battista Venturi , tubo de Venturi é
um equipamento que indica a variação da pressão de um fluido em escoamento
em regiões com áreas transversais diferentes. Onde a área é menor haverá
maior velocidade, assim a pressão será menor. Este efeito é explicado pelo
princípio de Bernoulli.
A utilização do medidor do tubo de Venturi é indispensável para
indústria visando o controle de perda de carga em processos industriais.
A imagem abaixo mostra um fluido em escoamento por um tubo que
apresenta áreas de secção transversal diferentes, a região central possui área
menor. A passagem do líquido gera uma determinada pressão sobre as paredes
do tubo. Observe que há três manômetros que fazem a determinação da pressão
do líquido, na parte central, onde a área de secção transversal é menor, a
pressão indicada é menor.

53
Isso ocorre devido diferença de pressão iniciar- se pela equação de
Bernoulli, que pode ser escrita da seguinte forma:

𝑝1 + ½ 𝜌. 𝑣12 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒

Onde:

𝑝 = Pressão exercida pelo fluido (pa);

𝜌 = densidade do fluido (kg/m3);

𝑣 = Velocidade de escoamento (m/s).

Aplicando essa equação para duas regiões distintas de um tubo, por


onde escoa um fluido, teremos:

𝑝1 + ½ 𝜌. 𝑣12 = 𝑝2 + ½ 𝜌. 𝑣22

A chamada equação da continuidade nos mostra que quanto menor


for a área de escoamento de um fluido maior será a sua velocidade, isso irá
garantir uma taxa de vazão constante do fluido, ou seja, o mesmo volume de
fluido por segundo fluindo em todos os pontos de um tubo. Essa ideia fica clara
quando observamos um rio, nas regiões onde a distância entre as margens é
maior, a velocidade da correnteza é menor. Já em pontos de proximidade entre
as margens, a velocidade é visivelmente maior, assim podemos escrever:

𝑣1 . 𝐴1 = 𝑣2 . 𝐴2

54
Os termos dessa equação são:

𝑣1 𝑒 𝑣2 = Velocidade de escoamento do fluido

𝐴1 𝑒 𝐴2 = Área de escoamento

A igualdade proposta pela equação de Bernoulli para regiões com


área de secção transversal diferentes só será mantida caso exista variação das
pressões.
Voltando à imagem inicial do texto, percebemos que a região central
do tubo, por ser mais fina, apresentará maior velocidade de escoamento, logo, a
igualdade na equação de Bernoulli só será mantida se a pressão nesta região
for menor. O tubo de Venturi é o equipamento que indica essa alteração nos
valores das pressões, por isso os manômetros da imagem marcam valores
diferentes, pressões maiores para áreas de secção transversal maior e vice-
versa.

6.4 Desenvolvimento do Experimento

O experimento de início ligando a bomba e todos os presentes na sala


se reuniram em frente ao tubo em “U” onde encontrava-se ligado o tubo de
Venturi. Quando o fluido começou a circular na tubulação, foi possível observar
que o mercúrio do tudo de Venturi apresentou uma diferença na altura entre as
superfícies. E essa diferença foi medida pelos alunos com um paquímetro.

Assumindo que o escoamento é incompressível e que a densidade do


fluido é constante, da equação de conservação da massa teremos:

A1v1  A2 v 2

A fórmula acima relaciona as áreas das seções transversais com as


velocidades, v1 e v 2 do conduto.

55
2
A  D1 
v 2  v1 1     v1
A2  D 2 

Sabendo a relação entre as velocidades, a equação de Bernoulli nos


fornece a relação entre as pressões:

v12 P1 v2 2 P2 v 2²  v1² P1  P 2
  Z1    Z2  
2g  2g  2g h2o

Da equação manométrica:
P1  P 2  h (hg  h 2o)

Unindo as equações, pode-se determinar a velocidade de entrada v1

, sabendo-se apenas a diferença de pressão P1  P2 e as áreas das duas seções


do tubo de Venturi. Por substituição, teremos:
2( P1  P2 )
v1 
 ( A1 / A2 )²  1

A vazão teórica é encontrada da seguinte forma:

Qteórica  v1  A1

Para calcularmos a vazão real, devemos anotar o volume que foi


preenchido no tanque e o tempo que isto ocorreu:

V Abase  L   D 2  L
Q  
t t 4t

Com os valores das duas vazões, encontraremos o coeficiente de


descarga:

56
Q real
Cd 
Qteórica
Determinação do número de Reynolds:

v D
Re 

Após a coleta dos dados e calculando chegamos aos seguintes


resultados:

h vt Qt Re Δt Qr Cd
(m) (m/s) (l/s) - (s) (l/s) -
0,012 0,71 1,537 37301 73,2 1,082 0,70
0,019 0,894 1,934 46935 41,81 1,895 0,98
0,042 1,329 2,876 69783 25,04 3,164 1,10
0,062 1,615 3,494 84785 19,97 3,967 1,14
0,078 1,811 3,919 95098 17,77 4,458 1,14
0,09 1,946 4,21 102152 16,26 4,872 1,16
0,103 2,082 4,504 -5,989 15,54 5,098 1,13
0,112 2,171 4,696 113955 14,89 5,32 1,13
0,13 2,338 5,06 122771 14,55 5,445 1,08
0,139 2,418 5,232 126950 14,24 5,563 1,06
Tabela de dados para as curvas

57
Curva de Calibração
0,16
0,14
0,12
0,1
0,08
m

0,06
0,04
0,02 h (m)
0

Qr

Figura: Curva de Calibração

Curva Característica
1,40
1,20
1,00
0,80
0,60
0,40
0,20 Cd
0,00

Re

Figura: Curva Característica

6.5 Conclusão

Foi possível comprovar a aplicação do Venturi para medição da


vazão, comparando com o aumento do nível do reservatório e o aumento do
desnível no tubo em “U” simultaneamente, validando a aplicação da formula.

58
No gráfico da curva característica é possível observar que todos os
ensaios ocorreram dentro do regime de escoamento turbulento. A grande

variação no coeficiente de descarga ( Cd  Qreal / Qteo ) nos revela a discrepância


entre as vazões reais e teóricas obtidas devido à falta de precisão nas medições.

6.6 Anexo

59
60
7. EXPERIMENTO 07 - PERDA DE CARGA

7.1 Objetivo

Determinar a perda de carga singular em uma válvula globo e levantar


as curvas.

7.2 Introdução

Para entendermos o procedimento do ensaio, segue duas figuras


que mostam um trecho de tubulação com duas condições distintas, uma onde
está instalada uma válvula globo e outra onde está instalado um venturi. De
acordo com a posição da válvula (se mais aberta ou mais fechada), ela oferecerá
mais ou menos restrição ao fluido, portanto, para manter o mesmo desempenho
a bomba tende a fazer mais ou menos força, alterando seu ponto de operação.
Apenas como comparativo imediato, se a válvula estiver mais fechada, a força
de atrito entre o fluido e os componentes internos da válvula será maior, isso
resulta em aumento da perda de carga, porém se para a mesma condição de
instalação, mas desta vez sem válvula, também haverá perda de carga em
função de outros fatores, entre eles o atrito do fluido com a parede do conduto.
Para tanto, há dois tipos de perda de carga:

Perda de Carga Distribuída: se dá ao longo do escoamento de dutos, de seção


transversal de área constante, devido aos atritos das próprias partículas do fluido
entre si ou com as paredes. Essa perda é considerável se tivermos trechos
relativamente compridos dos dutos.

Perda de Carga Singular: ocorre em locais, chamados de acessórios, de uma


instalação, nos quais o fluido sofre perturbações bruscas no seu escoamento.
Pode ser grande em trechos relativamente curtos da instalação, como as perdas
em válvulas, mudanças de direção, expansões ou alongamentos bruscos,
passagens divergentes, obstruções parciais, Tê ou “T”, cotovelos, etc.

61
7.3 Desenvolvimento do Experimento

Quando falamos em Perda de Carga, estamos nos referindo à


perda de energia que o fluido sofre no conduto durante o bombeamento. A perda
de carga é diretamente influenciada pelo tipo ou características do fluido,
diâmetro do conduto, vazão do fluido, pressão, velocidade, trechos retos ou não
(com curvas, por exemplo). De posse dessas informações e realizando cálculos
posteriores, chegaremos aos valores que indicam os coeficientes de perda de
carga.

Sendo assim, este experimento tem como objetivo determinar o


comprimento equivalente da válvula globo instalada.

Dados:

 L = 1,5m;
 D = 2” SCH40 (52,5mm);

Através do desnível do Venturi (140mm) é possível calcular consultar a vazão


com a curva de calibração.

62
Curva de Calibração
25

20
Qr(m³/h)

15

10

0
0 20 40 60 80 100 120 140 160
h(mm)

Vazão= 22,2 (m³/h)

Tendo a equação de Bernoulli como ponto de partida, definimos as


equações a seguir:

Perda de Carga Distribuída

De Bernoulli (entre dois pontos, sem máquina) tiramos que:

HP1, 2  H1  H 2  HP1, 2  h f

hf 
P1  P
 P1  P2  h 
 Hg   H 2O h  12,6hdist
H O
2
H O 2
f

hf  12,6 x0,020  0,252 m

63
Cálculo do coeficiente de Perda de Carga Distribuída ( f )

L v2 8 f  L  Q2 hf  2 g  D
hf  f    hf  2  f 
D 2 g  D g5
L  v2

hf  2  g  D 12,6hpd   2  D5  g 12,6 x0,020   2  0,05255  9,81


f  f  f   0,1840
L  v2 LTx8x Q2 1,5x8x 20,8 / 3600 2

Considerando:

1cSt = 0,01St = 0,01cm2/s = 1x10-6m2/s

v  DH 0,969  0,0525
Re    Re  50917 ,26
 1 10 -6

f vs Re
0,0350
0,0300
0,0250
0,0200
f

0,0150
0,0100
0,0050
0,0000
0 20000 40000 60000 80000 100000 120000 140000 160000
Re

Gráfico: f vs Re

Bernoulli, D=cte, Q=cte e Z3=Z4=PHR:

64
v 2 v 2 P  P P P
H 3  H  HP  h  3 4  3 4  Z  Z  h  3 4  h  12,6h
4 3,4 s 2 g  3 4 s  s sin g
H O
2
h  12,6 xhps 
s

Cálculo do coeficiente de Perda de Carga Singular (Ks)

v2 Ksx8 x Q 2 12,6 xhps 2 x D 4 xg 12,6 x0,280 x 3,1415 2 x 0,0525 4 x9,81


h K   hs   Ks    9,71
s s 2 g  2 x D 4 xg 8x Q 2 8 x 20,8 / 3600 2

(12,6𝑥3,538)𝑥 𝜋 2 𝑥 𝐷 5 𝑥 𝑔
𝐿𝑒𝑞 = = 3,66 𝑚
208002
8 𝑥 0,0121459 x ( )
3600

7.4 Conclusão

É possível visualizar o peso que as perdas singulares tem sobre a


perda de carga total do sistema, devido está importância devemos considerar e
estudar os pontos e a necessidade de aplicação de acessórios e equipamentos
nas linhas.
Neste estudo não elevado em consideração a variação da vazão,
mas em situações de projeto sempre devemos considerar a vazão máxima de
projeto com o acréscimo de um coeficiente de segurança para garantir o
funcionamento perfeito do sistema.

65
8. EXPERIMENTO 08 – CURVA CARACTERÍSTICA DA BOMBA

8.1 Objetivo

Determinar a curva característica da bomba, presente no laboratório


de mecânica dos fluidos, através da altura manométrica por vazão durante a
entrada e saída de fluxo na bomba e determinar o rendimento da bomba em
função da vazão.

8.2 Resumo

Amplamente utilizadas para os trabalhos de engenharia, as bombas


centrifugas são capazes de trabalhar com sensível variação de vazão, de
pressão e de rotação. As curvas características das bombas centrífugas
relacionam a vazão recalcada com a altura manométrica alcançada (H), com a
potência absorvida (P) e com o rendimento (). Muitas vezes também
apresentam a altura máxima de sucção (Hs,máx) ou a energia específica positiva
líquida de sucção requerida pela bomba (NPSH ou net positive suction head)
A melhor forma de descrever as características operacionais das
bombas é pela utilização de suas curvas características. Para traçarmos a curva
característica de uma bomba, partimos do balanço de energia (ou equação de
Bernoulli modificada) aplicada no ponto de sucção (1) e da descarga (2),
mediante Equações:

v1 2 𝑃1 v2 2 𝑃2
𝐻1 + 𝐻𝑚 = 𝐻2 + 𝐻𝑃1,2 → + + 𝑍1 = + + 𝑍2
2∙𝑔 𝛾 2∙𝑔 𝛾

HB = altura manométrica ou carga da bomba (= energia por unidade


de peso do fluido que deve ser fornecida ao sistema).

v𝑠 2 − v𝑒 2 𝑃𝑠 − 𝑃𝑒
𝐻𝐵 = + + ∆𝑍 (1)
2∙𝑔 𝛾

𝑄. 4 𝑄. 4
v𝑒 = (2) v𝑠 = (3)
𝜋. 𝐷𝑠𝑢𝑐 2 𝜋. 𝐷𝑟𝑒𝑐 2

66
Substituindo (2) e(3) em (1), teremos:

 8Q 2   8Q 2   Ps  Pe 
HB     ²  D 4  g    
   Zs  Ze
  ²  D 4
rec  g   suc   

Com HB determinado, iremos calcular a potência entregue ao fluido


(N), conforme a equação a baixo:
γH2 O . 𝐻𝐵 . 𝑄
𝑁= (𝐶𝑉)
75
Para determinar a potência no eixo da bomba (NB), iremos utilizar a
seguinte equação:

𝑁𝐵 = F  2  n  b (𝐶𝑉)
Com as potências conhecidas, iremos calcular o rendimento da
bomba B.

𝑁
𝑛𝐵 = . 100 (%)
𝑁𝐵
Tipos de curvas características da bomba

Dependendo do tipo de bomba, da largura dos rotores, da quantidade


de pás dos rotores, do ângulo de inclinação destas pás, as curvas características
das bombas, também chamadas de curvas características do rotor, podem se
apresentar de várias formas.

67
Figura 01 - Tipos de curvas características.

Já em escoamento turbulento não é possível avaliar a queda de


pressão analiticamente, por isso deve ser realizado experimentos para
correlacionar os valores obtidos dos valores teóricos, se comparado ao
escoamento laminar o escoamento turbulento apresenta três diferenças
importantes: o valor da perda de carga é maior para escoamentos turbulentos; a
perda de carga varia com uma potência maior da vazão e por último a superfície
interna do tubo que para o escoamento laminar não tem tanta potência para
efeito da perda de carga para o escoamento turbulento é o oposto.

Aplicando a equação da energia, temos:

v1 2 𝑃1 v2 2 𝑃2
𝐻𝑃1,2 = + + 𝑍1 − ( + + 𝑍2 )
2∙𝑔 𝛾 2∙𝑔 𝛾

Separando as parcelas de energia, obtemos:

v1 2 v2 2 𝑃1 𝑃2
𝐻𝑃1,2 = ℎ𝑠 = − + −
2∙𝑔 2∙𝑔 𝛾 𝛾

Aplicando a equação da continuidade:

68
𝑄𝑀1 = 𝑄𝑀2 → v1 = v2 → (para 𝜌 e 𝐷 constantes)

Obtemos a equação:

ℎ ∙ (𝛾𝐻𝑔 − 𝛾á𝑔𝑢𝑎 )
ℎ𝑠 =
𝛾

8.3 Materiais e Métodos

8.3.1 Materiais

Os itens da bancada utilizados par no ensaio e obtenção dos dados


necessários foram:

• Manômetro na saída da bomba;

• Medidor de vazão tipo Venturi;

• Motor elétrico da bomba;

• Dinamômetro;

• Vacuômetro na entrada da bomba;

• Reservatórios;

69
Figura 02 - Tubo de Venturi

Figura 03- Medidor da variação de altura Δh

70
Figura 04-Vacuômetro para Entrada da Bomba e Manômetro Ligado Medindo a Saída

Figura 05-Taquímetro Para Obtenção Da Força De Reação do Motor Elétrico

8.4 Métodos

O experimento, se deu início com o enchimento do reservatório em


um tempo pré-determinado, após isso a bomba foi acionado e foram feitas
visualizações da pressão de entrada em um vacuômetro, pressão de saída em
um manômetro, após isso foi visualizado a força exercida através de um
dinamômetro pelo fato do motor elétrico estar livre e um braço que estava ligado,
ao dinamômetro.

8.5 Ensaios

71
Para o ensaio, obtemos os seguintes dados:

Tanque Pe Ps
F (kgf)
∆h (mm) (kgf/cm²) (kgf/cm²)
1 20 0 1,2 4,1
2 50 -0,02 1,2 4,3
3 73 -0,04 1,2 4,5
4 85 -0,04 1,2 4,5
5 101 -0,045 1,2 4,6
6 112 -0,06 1,2 4,7
7 122 -0,06 1,2 4,7
8 128 -0,07 1,2 4,7
9 138 -0,07 1,2 4,8
10 142 -0,07 1,2 4,8
11 144 -0,08 1,2 4,8

8.6 Resultados

Através dos dados obtidos pelos ensaios, obtivemos os seguintes


resultados:

Curvas Características da Bomba - CCB


Tanque ∆h Pe Ps Tanque ∆h
Q (m³/h) Q (m³/s) Hb (m) F (kgf) N (cv) Nb (cv) η (%) Q (l/s)
(m) (kgf/cm²) (kgf/cm²) (mm)
0,02 0,634099 0,000176 0 1,2 12,19031 4,1 0,02863 2,277850151 1% 20 0,1761386
0,05 1,585248 0,00044 -0,02 1,2 12,39196 4,3 0,07276 2,388964792 3% 50 0,4403466
0,073 2,314462 0,000643 -0,04 1,2 12,59418 4,5 0,10796 2,500079434 4% 73 0,642906
0,085 2,694921 0,000749 -0,04 1,2 12,59567 4,5 0,12572 2,500079434 5% 85 0,7485892
0,101 3,2022 0,00089 -0,045 1,2 12,64801 4,6 0,15001 2,555636754 6% 101 0,8895001
0,112 3,550955 0,000986 -0,06 1,2 12,79985 4,7 0,16834 2,611194075 6% 112 0,9863763
0,122 3,868004 0,001074 -0,06 1,2 12,80169 4,7 0,1834 2,611194075 7% 122 1,0744456
0,128 4,058234 0,001127 -0,07 1,2 12,90286 4,7 0,19394 2,611194075 7% 128 1,1272872
0,138 4,375284 0,001215 -0,07 1,2 12,90495 4,8 0,20912 2,666751396 8% 138 1,2153565
0,142 4,502103 0,001251 -0,07 1,2 12,90583 4,8 0,2152 2,666751396 8% 142 1,2505843
0,144 4,565513 0,001268 -0,08 1,2 13,00628 4,8 0,21993 2,666751396 8% 144 1,2681981

Dados
Δz = 190 mm
b= 230 mm
n= 1730 RPM
Dsuc = 102,3 mm
Drec = 52,5 mm

72
g= 9,81 m/s²
γH2O = 1000 kgf/m³

Gráfico HB= f(Q)


13,1
13
12,9
12,8
12,7
HB (m)

12,6
12,5
12,4
12,3
12,2
12,1
0 0,0002 0,0004 0,0006 0,0008 0,001 0,0012 0,0014
Q (m³/s)

Figura 06 – Gráfico da altura manométrica HB (m) pela vazão Q (m³/s)

Gráfico ηB= Q
9%
8%
7%
6%
5%
ηB

4%
3%
2%
1%
0%
0 0,0002 0,0004 0,0006 0,0008 0,001 0,0012 0,0014
Q (m³/s)

Figura 07 – Gráfico rendimento ηB (%) pela vazão Q (m³/s)

8.7 Conclusão

O ensaio de bombas, realizado em ambientes controlado, nos dá


todas as informações necessárias para a escolha e aplicação deste equipamento
e o circuito de tubulação em que deverá ser aplicado.

73
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/371659/mod_resource/content/1/REO
LOGIA%20DE%20FLUIDOS%20-%20apostila.pdf>
Acessado em 28 de março de 2019.

<http://www2.ufersa.edu.br/portal/view/uploads/setores/111/arquivos/CAP_1_D
EFINICOES.pdf>
Acessado em 28 de março de 2019

<https://seaerj.org.br/2017/03/28/importancia-da-reologia-na-engenharia/>
Acesso em: 28 de março de 2019.

<https://www.infoescola.com/compostos-quimicos/glicerina/>
Acesso em: 28 de março de 2019.

<http://www.willtec.com.br/manometros-diafragma-glicerina>
Acesso em: 28 de março de 2019.

http://www.engbrasil.eng.br/pp/mf/aula10.pdf
Acesso em: 29 de março de 2019

http://www2.ufersa.edu.br/portal/view/uploads/setores/111/CAP%20V%20TIPO
S%20E%20REGIME%20DE%20ESCOAMENTO.pdf
Acesso em: 29 de março de 2019

http://www.madeira.ufpr.br/disciplinasalan/AT087-Aula04.pdf
Acesso em: 29 de março de 2019

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Acesso em: 29 de março de 2019

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FOX, Robert W. INTRODUÇÃO À MECÂNICA DOS FLUIDOS – 6ª Edição.
Editora LTC – Rio de Janeiro, 2006.

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