Você está na página 1de 20

Serviço Social

LICENCIATURA EM _________________________________ (nome do curso)

PRÁTICA DE ENSINO: OBSERVAÇÃO E PROJETO

POSTAGEM 2: ATIVIDADE 2

PROJETO DE TRABALHO - APROVEITAMENTO PEDAGÓGICO DE UM


AMBIENTE NÃO ESCOLAR

Nome e RA dos integrantes do grupo

Polo de matrícula

Ano de postagem

7
1

PROJETO DE TRABALHO - APROVEITAMENTO PEDAGÓGICO DE UM


AMBIENTE NÃO ESCOLAR

Trabalho apresentado à Universidade


Paulista – UNIP INTERATIVA,
referente ao curso de graduação em
________________, como um dos
requisitos para a avaliação na disciplina
de cunho prático Prática de Ensino:
Observação e Projeto.

Polo de matrícula

Ano de postagem
2

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO........................................................................................03
2. OBJETIVOS............................................................................................05
2.1 OBJETIVO GERAL...........................................................................05
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.............................................................05
3. DESENVOLVIMENTO............................................................................06
3.1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA..............................................................06
3.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.........................................07
3.2.1 Ambientes e Público-alvo.....................................................07
3.2.2 Disciplinas, conteúdos e conceitos envolvidos.................08
3.2.3 Propostas de Ação e Estratégias Didáticas........................08
3.2.4 Tempo de duração do projeto e cronograma......................14
4. AVALIAÇÃO ...........................................................................................16
4.1 RESULTADOS ESPERADOS..........................................................16
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................17
REFERÊNCIAS...........................................................................................18
3

1 INTRODUÇÃO

Atualmente, as questões ambientais têm sido alvo de preocupação de


diversos setores e atores sociais. O acelerado e desordenado crescimento das
cidades brasileiras trouxe um cenário de crescente degradação ambiental,
impondo a necessidade de uma reflexão profunda e do enfrentamento de
desafios para alterar as formas de pensar e atuar em relação aos problemas
emergentes.
O fato de os ecossistemas nativos do Estado de São Paulo estarem
fragmentados faz com que as Unidades de Conservação Públicas
desempenhem papel primordial na conservação da biodiversidade. O Parque
Estadual do Itapetinga (PEI), localizado no município de Atibaia (a
aproximadamente 60 Km da capital paulista), compõe um Mosaico de
Unidades de Conservação de Proteção Integral (UCPI), juntamente com o
Monumento Natural Estadual da Pedra Grande e os Parques Estaduais da
Cantareira e do Itaberaba (DECRETO Nº 55.662, DE 30 DE MARÇO DE 2010).
Essas Unidades de Conservação (UCs) de proteção integral abrigam alta
diversidade de espécies da fauna e da flora silvestres, sendo consideradas
áreas estratégicas tendo em vista a sustentabilidade ambiental.
Os fragmentos remanescentes de mata atlântica situados no município
de Atibaia compõem o Corredor Cantareira-Mantiqueira, considerado um
importante corredor de vegetação que proporciona a conectividade entre
fragmentos florestais maiores, essenciais para a sustentação da biodiversidade
da Mata Atlântica, e para a proteção dos seus recursos hídricos (SCHUTZER,
2012). No entanto, a região vem sofrendo constante pressão antrópica e
degradação ambiental, o que demonstra a urgente necessidade de
implementação de projetos que estimulem o desenvolvimento da
conscientização ambiental da população local.
Em todo o território nacional as UCs sofrem pressões das comunidades
que ocupam o seu entorno, através de invasões, caça, pesca, extração de
produtos naturais, desmatamentos, expansão agrícola, e outros,
comprometendo a conservação dos recursos das áreas naturais protegidas
(MILANO, 2000). Tais transgressões ocorrem pela falta de informação da
comunidade do entorno das UCs e pela carência de participação do Estado no
4

manejo dos recursos naturais (WELLS, BRANDON e HANNAH, 1992). A forma


mais efetiva de proteger uma área natural é promover a conscientização crítica
dos grupos sociais do entorno, processo vital para que a preservação desses
ambientes ocorra (TABANEZ, PÁDUA e SOUZA, 1997; MAROTI, 2002).
Nesse contexto, torna-se evidente a necessidade de promover aos
estudantes do ensino formal do município de Atibaia, o desenvolvimento do
pensamento crítico e da conscientização ambiental (local e planetária),
buscando alcançar comportamentos ecologicamente adequados.
Assim sendo, propõe-se um questionamento para guiar este projeto de
trabalho: de que forma seria possível aproveitar um parque, localizado nas
proximidades de uma unidade escolar, para promover aos estudantes uma
aprendizagem significativa dos conteúdos das diversas disciplinas, além dos
temas “Sustentabilidade Ambiental”, “Ética”, “Meio Ambiente” e “Saúde”?
Nesse intuito, buscou-se elaborar um Projeto de Aproveitamento
Pedagógico do Parque Edmundo Zanoni, tendo em vista articular alguns temas
do currículo escolar de diversas disciplinas (Ciências Naturais, Artes e
Educação Física) e os temas transversais (Ética, Meio Ambiente e Saúde), de
forma a facilitar a compreensão da realidade e unir saberes acadêmicos ao
conhecimento experimental, pretendendo, assim, desenvolver nos estudantes
uma visão crítica e global (holística). Consequentemente, pretende-se também
possibilitar que os estudantes tornem-se protagonistas ativos que colaborem
nas tomadas de decisões pessoais e coletivas, almejando a justiça, o respeito,
a solidariedade, a tolerância e a igualdade social.
Este projeto tem como foco os estudantes dos anos finais do Ensino
Fundamental da Escola Terra Brasil, situada no entorno do parque (estudantes
do 6º e 7º ano).
Optou-se pela utilização do Parque Edmundo Zanoni para o
desenvolvimento do projeto, principalmente por se tratar de parque urbano que
permite aos estudantes o contato com a natureza, com uma área de recreação
e o desenvolvimento de diversos tipos de atividades. Portanto, seria um local
ideal para a promoção do ensino, não só de temas do conteúdo escolar de
diversas disciplinas, como também de valores e conceitos relacionados à ética,
meio ambiente e saúde.
5

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Promover a sensibilização e a conscientização dos estudantes da Escola


Terra Brasil em relação às questões ambientais e à saúde, a partir do
desenvolvimento de atividades pedagógicas em um ambiente não escolar –
Parque Edmundo Zanoni – envolvendo especialmente as disciplinas Ciências
Naturais, Artes e Educação Física e os temas transversais (Ética, Meio
Ambiente e Saúde). Para tal, pretende-se mostrar que pequenas atitudes
cotidianas podem contribuir para a promoção da sustentabilidade do Planeta
Terra e do bem estar individual e coletivo, transformando os estudantes em
multiplicadores dos conhecimentos e valores sustentáveis em sua comunidade.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Compreender a vida como manifestação de sistemas organizados e


integrados;
- Interpretar os processos de degradação e recuperação no ambiente de
estudo, apoiando-se nos conhecimentos sobre exploração de recursos naturais
e interferência humana, como a poluição e o desmatamento;
- Associar propostas de desenvolvimento sustentável a alternativas que
integram a melhoria da qualidade de vida à proteção de recursos naturais para
as gerações futuras;
- Valorizar medidas de recuperação e manutenção de ambientes naturais,
saneamento e controle de poluição em geral, e particularmente, do espaço em
que vivem;
- Desenvolver habilidades motoras, consciência corporal e o apreço à arte;
- Perceber a importância em cuidar do corpo e da saúde.
- Compreender a interdisciplinaridade inerente ao projeto com relação às
disciplinas e aos temas transversais abordados.
6

3 DESENVOLVIMENTO

3.1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A fim de preservar e conservar as UCs é necessário implementar


programas de Educação Ambiental que transmitam conceitos ecológicos para
as comunidades do entorno, sendo importante, portanto, evidenciar as
implicações ambientais das ações antrópicas e apresentar as alternativas
menos impactantes e mais sustentáveis (DIETZ e NAGAGATA, 1995).
Os educadores ambientais, que são o elo entre a ciência e conservação
ambiental, são mediadores no estímulo da percepção dos envolvidos no
processo de conservação de áreas naturais, de acordo com Silva e Junqueira
(2007).
Nessa complexa mediação, o educador ambiental não pode esquecer
que seu trabalho deve estar embasado nos princípios da Educação
Ambiental: participação, pensamento crítico-reflexivo,
sustentabilidade, ecologia de saberes, responsabilidade,
continuidade, igualdade, conscientização, coletividade, emancipação
e transformação social, sem esquecer o cunho político
(GONZALES,TOZONI-REIS e DINIZ, 2007, pg. 382).

A escola é um espaço indicado para a discussão e aprendizado de


temas atuais e urgentes, além disso, acolhe a realidade sociocultural de sua
comunidade onde é possível identificar seus sonhos, anseios, conflitos, desejos
e esperança, incentivando, assim, ações, reações e compromissos (CERATI e
LAZARINI, 2009). O papel do professor perante a escola e os estudantes
supera a transmissão do conteúdo isolado, pois faz parte do processo de
aprendizagem do estudante, da transformação deste em um ser autônomo,
crítico, reflexivo, mediando toda forma de conhecimento (SAMPAIO, 2012).
A exploração de um espaço não escolar deve ser considerada pré-
requisito para a educação científica no âmbito do respeito ao meio ambiente.
Dessa forma, a utilização dos ambientes não escolares é de extrema
importância para a construção de uma aprendizagem ecológica. Para tanto, é
imprescindível que os educadores estejam familiarizados com as
características ao redor da escola, a fim de elaborar propostas de atividades
extramuros da escola que sirvam para a construção de uma educação
científica. Assim, o estudante pode vivenciar os conceitos teóricos apreendidos
7

em sala de aula por meio de atividades participativas em situações práticas


(QUEIROS, et al., 2011). Dessa forma, o professor pode propor projetos
diversificados em sua prática pedagógica “capazes de mobilizar seus alunos e
que comportem, em sua própria execução, a possibilidade de esbarrar em
obstáculos que correspondam justamente aos objetivos programáticos”
(MEIRIEU, 2005, pg. 88).
Para o desenvolvimento de projetos que envolvam a Educação
Ambiental ao ar livre é imprescindível que sejam utilizados espaços propícios a
vivências diretas com e na natureza, pois essa imersão é fator mediador da
transformação. O estímulo a esse procedimento educativo está presente em
diversas propostas, como o Programa Nacional de Educação Ambiental
(PNEA) e os planos específicos de gestão de Unidades de Conservação (UC)
de uso indireto (BRASIL, 1999, 2000). Tais vivências despertam emoções e
motivações capazes de impulsionar mudanças nas relações das pessoas com
os ambientes, focando a preservação e o cuidado ambiental (SOUZA JÚNIOR;
ITO, 2005; TUAN, 1980). No entanto, o lugar não é suficiente para que esse
procedimento seja realmente transformador de comportamento, pois a prática
pedagógica e suas técnicas são essenciais para vivências educativas e devem
ser muito bem planejadas para a obtenção de sucesso.

3.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

3.2.1 Ambientes e Público-alvo

Para a elaboração deste projeto foi pro posto o aproveitamento


pedagógico do Parque Edmundo Zanoni tendo em vista o desenvolvimento de
um projeto de trabalho multidisciplinar, envolvendo os estudantes do 6º e 7º
ano do Ensino Fundamental da Escola Terra Brasil (aproximadamente 40
estudantes).
- Escola Terra Brasil: Rua Praça José Carlos Ribeiro, 41 - Bairro Loanda,
Atibaia - São Paulo.
- Parque Edmundo Zanoni: situado no entorno da escola, na Avenida Horácio
Neto, 1030 - Jardim Samambaia, Atibaia – SP.
8

O parque encontra-se na área urbana do município de Atibaia, localizado


a cerca de 60 km da capital do Estado de São Paulo e ocupa uma área de
40.000 m2 contendo um playground; um lago com pedalinhos; um viveiro de
plantas e de pássaros; um Museu de História Natural, com mais de mil animais
empalhados; e o Salão do Artesão, com venda de produtos artesanais. O
parque é totalmente cercado proporcionando segurança aos participantes do
projeto, possui uma vasta área verde, com gramado, árvores nativas e uma
infraestrutura com casa, varanda e galpão coberto, espaços que serão
aproveitados para o desenvolvimento das atividades pedagógicas.

3.2.2 Disciplinas, conteúdos e conceitos envolvidos

- Ciências Naturais: ecologia e sustentabilidade;


- Artes: artes visuais (produção artística visual) e música (construção de
instrumentos musicais);
- Educação Física: conhecimentos sobre o corpo (anatômicos e fisiológicos).
Além das disciplinas e dos conteúdos relatados acima, serão
trabalhados de forma interdisciplinar, em todas as etapas do projeto, os Temas
Transversais - “Ética”, “Meio Ambiente” e “Saúde” (BRASIL, 1998).

3.2.3 Propostas de Ação e Estratégias Didáticas

1a etapa – Desenvolvimento na Escola Terra Brasil


Inicialmente, no período da aula de cada disciplina, serão apresentados
aos estudantes os assuntos que serão abordados no projeto:

Ciências Naturais: ecossistemas, níveis tróficos (produção, consumo e


decomposição), relações entre seres vivos, cadeia e teia alimentar,
biodiversidade, alimentação saudável (agrotóxicos e alimentos orgânicos),
compostagem, impacto ambiental, poluição, sustentabilidade, reciclagem,
pegada ecológica e ecologia acústica.
9

Artes: observação, criação, experimentação, produção artística, comunicação


visual, decoração sustentável e musicalidade.

Educação Física: saúde, fisiologia e consciência corporal.

Os estudantes serão estimulados pelas seguintes propostas e


questionamentos:

A) Verificar se os estudantes tem conhecimento da existência de três Unidades


de Conservação na região (Mosaico de Unidades de Conservação do Contínuo
da Cantareira) e quais são seus saberes a respeito.
B) Dialogar sobre o assunto por meio das seguintes questões:

 Qual a importância dos pequenos fragmentos de vegetação presentes


na área urbana para os seres vivos que habitam a região?
 Que formas de vida são observadas em casa, na escola, no bairro
(etc.)?
 De que forma a poluição pode interferir na qualidade de vida dos
habitantes da região (fauna, flora, seres humanos)?
 Vocês conhecem a “política” dos 3R’s/ 5R’s/ 7R’s / 8R’s?

1) Reduzir; 2) Reutilizar; 3) Reciclar; 4) Repensar; 5) Recusar; 6) Reparar;


7) Reintegrar; 8) Reeducar.
A partir das respostas dos estudantes, o professor irá realizar comentários,
citar exemplos e situações de forma a melhor ilustrar/contextualizar o assunto e
esclarecer dúvidas.
C) Solicitar aos estudantes que coletem embalagens recicláveis para a
reutilização na Oficina Sustent’Art, que será realizada na próxima etapa do
projeto. Em seguida, propor as seguintes questões:

 De que forma é possível utilizar materiais naturais (sementes, folhas,


flores, etc.) e materiais recicláveis tendo em vista a produção artística e
a comunicação?
10

 Que instrumentos musicais podem ser produzidos a partir desses


materiais?
 Quais podem ser os benefícios dessas práticas (para a saúde e para o
ambiente)?
 Que mensagens podem ser transmitidas através da arte?

D) Propor aos estudantes que procurem em materiais impressos e na internet


imagens de pessoas praticando atividades físicas em áreas verdes, em
academias e espaços urbanos, como ciclovia e praças. Solicitar que organizem
e fixem as imagens num painel deixando espaço para anotarem as suas
reflexões a partir das seguintes perguntas:

 Como nosso organismo pode ser influenciado pelo ambiente?


 Quais os efeitos da atividade física para o organismo e para a saúde?
 Qual a importância da prática de atividade física? Como essa prática
influencia o meio socioambiental?

2ª etapa – Desenvolvimento no Parque Edmundo Zanoni

Serão propostas as seguintes atividades a serem desenvolvidas na área


externa do parque, em um amplo campo gramado com árvores em volta:

- Agenda 21
Para realizar o diagnóstico da percepção que os estudantes têm em
relação ao ambiente em que vivem e como suas vidas são afetadas direta ou
indiretamente, propõe-se a realização da Oficina do Futuro1. Os resultados da
Oficina do Futuro serão a base do diagnóstico de percepção ambiental.

Árvore dos Sonhos: uma árvore grande pode ser representada no solo, com
galhos secos e barbante. Os estudantes deverão escrever e/ou desenhar seus
sonhos para o futuro, respondendo a pergunta:

1
Atividade baseada na proposta do projeto educacional do Governo Federal, Com-Vida, em
http://www.mma.gov.br/estruturas/educamb/_arquivos/com-vida.pdf
11

• Como é o meio ambiente dos nossos sonhos?


• Como é a comunidade dos nossos sonhos?
Cada grupo deve escrever os seus sonhos e pregar na Árvore dos Sonhos

As Pedras no Caminho: falar das pedras no caminho serve para a turma


desabafar e identificar as dificuldades existentes para alcançar os sonhos. Um
caminho de pedras será desenhado no chão.
Os estudantes devem responder:
• Que dificuldades podem encontrar para alcançar os sonhos?
Desenvolver um debate para escolher um problema para ser colocado
sobre cada pedra no caminho.

As Soluções: Depois de identificados os anseios e as dificuldades, os


estudantes devem discutir quais são as mudanças de atitudes pessoais e da
comunidade que podem contribuir para a solução desses problemas.
Após a realização do diagnóstico inicial sobre sonhos, dificuldades e
soluções, serão desenvolvidas as atividades de sensibilização, apresentadas a
seguir:

- Dinâmica do encadeamento2
A compreensão dos conceitos ecológicos de um ecossistema pode
ocorrer de uma forma divertida. Assim, propõe-se uma atividade que
demonstre como acontece a formação de cadeias e teias alimentares e como
elas podem ser alteradas pela ação humana. Propõe-se que a atividade seja
realizada no gramado do parque e aborde o assunto no contexto do
ecossistema da Mata Atlântica, considerado um dos hotspots mundiais para
preservação ambiental.
O professor de Ciências deverá:
1) Providenciar os seguintes materiais: rolo de barbante ou novelo de lã.
2) Organizar os estudantes em um círculo.
3) Escolher 4 estudantes para representarem os produtores. Cada um receberá
um rolo de barbante ou um novelo de lã.

Atividade extraída do site:


2

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=49697
12

4) Escolher uma pessoa do círculo e entregar o barbante ou novelo de lã. O


estudante selecionado escolherá um componente da natureza que se relaciona
com o anterior.
5) Isso se procederá com todos os estudantes e no final se formará uma teia
com o barbante ou novelo de lã, simulando uma teia alimentar e um
ecossistema.
6) Escolher um componente a ser retirado que deverá arrastar o barbante.
7) Iniciar uma discussão sobre a interdependência dos componentes da
natureza. Mencionar o efeito negativo da interferência humana nos
ecossistema, enfatizando o desequilíbrio ambiental.

- Oficina Musical
Produção de instrumentos musicais a partir de sucata3. Na primeira
etapa os estudantes devem ser orientados a coletar embalagens recicláveis
para a reutilização para a elaboração dos instrumentos musicais.
Essa oficina deverá acontecer na área verde do Parque Edmundo
Zanoni.

- Oficina Sustent’Art
Os estudantes serão convidados a coletar material natural (folhas,
sementes, flores, gravetos) na área do Parque Edmundo Zanoni (nada deve
ser arrancado das árvores e canteiros, utilizar apenas o que estiver caído no
chão). Durante a oficina, o professor de Ciências deverá promover um debate
acerca da importância da biodiversidade característica da Mata Atlântica.
Serão disponibilizados diversos materiais artísticos (cartolina, tinta, giz,
etc) e, além disso, serão utilizados também os materiais recicláveis coletados
na semana anterior. Propor a realização de colagens, desenhos, pinturas, etc.,
tendo em vista a produção de uma História em Quadrinhos com o tema “Vida e
Ambiente”, transmitindo uma mensagem ecológica. Também podem ser
produzidos artesanatos, mandalas, artigos de decoração, etc.
Além de permitir o desenvolvimento de habilidades motoras e manuais,
permite também a transmissão de mensagem ecológica e sustentável.
A produção artística será exposta no fechamento do projeto.
3
http://www.lataco.com.br/zipzapzup/downloads/instrumentosmusicais.pdf
13

- Oficina de Ginástica Natural


Para essa oficina, o professor de Educação Física utilizará a área verde
do parque para a realização de uma ginástica natura, com o objetivo dos
estudantes praticarem o que foi pesquisado na primeira etapa em sala de aula
com relação ao funcionamento do nosso corpo e a importância da atividade
física.
A Ginástica Natural fundamenta-se nos movimentos naturais do ser
humano, nas técnicas de alongamento, flexibilidade e respiração do Hata-
Yoga, na movimentação do Jiu-Jitsu e na imitação de gestos, posturas e
movimentos dos animais. (ROMANO, 1998).

- Oficina de Yoga
Nessa oficina, o professor de Educação Física utilizará a área verde
(gramado plano e sombreado) do parque para a realização da Yoga, a fim de
desenvolver nos estudantes a consciência corporal, e a dinâmica de uma boa
respiração.
Patanjali apud Chanchani (2006) descreveu a Yoga como o meio pelo
qual nossa mente pode tornar-se calma, tranquila e livre de todas as
distrações.
Segundo Devi (1961) as posturas e os exercícios de respiração e
relaxamento podem ser usados por todos os que desejarem melhora suas
condições físicas e mentais e também uma oportunidade de resgatar a
essência do ser, buscando a harmonia e o equilíbrio da estrutura psicofísica e o
domínio emocional, inteiramente dedicada ao cuidado minucioso do corpo
humano e de todas as suas funções: da respiração à eliminação.
Assim, estas posturas corporais trazem saúde e bem estar, permitindo a
harmonização energética e muscular, além de contribuir para administração do
estresse físico e mental.

3ª etapa – Fechamento do projeto (produto final)

O material produzido na Oficina Sustent’Art será exposto no galpão do


parque e os estudantes deverão explicar aos demais participantes o propósito
14

da exposição, apresentando os conhecimentos e valores apreendidos. Haverá


também a apresentação de slides com fotos das atividades desenvolvidas.
Todos os envolvidos direta ou indiretamente no projeto serão convidados
para a exposição, ou seja, a comunidade escolar e do bairro (incluindo os pais
ou responsáveis).
Esta etapa será utilizada para avaliação do projeto.

3.2.4 Tempo de duração do projeto e cronograma

Esse projeto terá a duração de 10 dias letivos divididos em três etapas.

1ª etapa: de 25 a 29/5 – Na escola: apresentação dos conceitos que serão


abordados no projeto.

2ª etapa: de 1 a 4/6 – No Parque Edmundo Zanoni: desenvolvimento das


atividades.

HORÁRIO Dia 1 de junho

13:00 - 13:30 Apresentar aos estudantes toda a área do parque e a biodiversidade


presente

13:30 - 14:30 Agenda 21 (Muro das Lamentações e Árvore dos Sonhos)

14:30 - 15:00 Dinâmica do encadeamento

15:00 - 16:00 Lanche saudável - piquenique na área sombreada do parque (frutas,


pães integrais, água mineral e sucos naturais)

16:00 - 18:00 Oficina Musical - produção de instrumentos musicais a partir de sucata

HORÁRIO Dia 2 de junho

13:00 - 15:00 Oficina Sustent’Art - produção artística

15:00 - 16:00 Lanche saudável - piquenique na área sombreada do parque (frutas,


pães integrais, água mineral e sucos naturais)

16:00 - 18:00 Oficina Musical - finalização da produção instrumental


15

HORÁRIO Dia 3 de junho

13:00 - 15:00 Oficina Sustent’Art - finalização da produção artística que será exposta
no fechamento do projeto

15:00 - 16:00 Lanche saudável - piquenique na área sombreada do parque (frutas,


pães integrais, água mineral e sucos naturais)

16:00 - 17:00 Consciência Corporal (alongamento e relaxamento)

17:00 - 18:00 Ensaio Musical (utilizando os instrumentos produzidos pelos


estudantes)

HORÁRIO Dia 4 de junho

13:00 - 14:00 Oficina de Ginástica Natural: professor de educação física especializado

14:00 - 15:00 Ensaio Musical (utilizando os instrumentos produzidos pelos


estudantes)

15:00 - 16:00 Lanche saudável - piquenique na área sombreada do parque (frutas,


pães integrais, água mineral e sucos naturais)

16:00 - 17:00 Oficina de Yoga: professor de educação física especializado


(convidado) - noções básicas/ relaxamento/ alongamento/ meditação

17:00 - 18:00 Acabamento Final (da produção artística e instrumental)

3º etapa: 5/6 - No Parque Edmundo Zanoni: fechamento e avaliação do


projeto.

HORÁRIO Dia 5 de junho - Dia Mundial do Meio Ambiente

13:00 - 14:00 Palestra ministrada por um educador ambiental, sobre os temas ‘Vida e
Ambiente” e “Política dos 3R’s/R’s/7R’s/8R’s ?”

14:00 - 15:00 Consciência Corporal Interativa (propõe-se que pais e filhos interajam
através de exercícios e alongamentos em dupla)

15:00 - 16:00 Lanche saudável - piquenique na área sombreada do parque (frutas,


pães integrais, água mineral e sucos naturais)

16:00 - 17:00 Apresentação Musical (com os instrumentos elaborados pelos


estudantes)

17:00 - 18:00 Exposição Sustent’Art (produto final do projeto)


16

4 AVALIAÇÃO

A avaliação ocorrerá em dois formatos e em dois momentos distintos. No


primeiro formato a avaliação será contínua, acompanhando cada estudante
individualmente através da sua postura, dúvidas e observações ao longo de
todas as atividades do projeto. Os momentos de lanche serão utilizados na
busca do contato pessoal com cada estudante, especialmente os que se
manifestaram pouco ao longo das aulas. No segundo formato serão avaliados
os trabalhos finais produzidos e a apresentação desse material para o público
(fechamento do projeto), buscando identificar modificações no comportamento
dos estudantes a partir das informações disponibilizadas ao longo do projeto.
Os dois processos, juntos, devem disponibilizar aos professores um
diagnóstico de incorporação dos conceitos apresentados e definir se os
objetivos propostos foram alcançados ou não.

Portanto, como produto final, para o fechamento do projeto, propõe-se


uma exposição no galpão do parque para os pais, professores, demais colegas
e comunidade, explorando especialmente as três disciplinas abordadas
(Ciências, Artes e Educação Física) e os Temas Transversais “Ética”, “Meio
Ambiente” e “Saúde”. O material produzido na Oficina Sustent’Art será exposto
no galpão do parque e os estudantes deverão explicar aos demais
participantes, o propósito da exposição, apresentando os conhecimentos e
valores apreendidos. Haverá também a apresentação de slides com fotos das
atividades sendo desenvolvidas.

4.1 RESULTADOS ESPERADOS

Ao final do projeto espera-se que os estudantes tenham aprimorado o


aprendizado nos conteúdos teóricos e práticos das disciplinas desenvolvidas
nesse projeto, participando das atividades propostas com curiosidade e
empenho. Além disso, espera-se que seja desenvolvida a conscientização com
relação à importância da preservação e recuperação de áreas naturais; e com
17

relação à necessidade de promover o consumo consciente, tendo em vista a


sustentabilidade ambiental. A preocupação com a saúde (alimentação e
atividade física) também é almejada.
Assim sendo, espera-se que os participantes do projeto atuem como
multiplicadores, propagando os conceitos e valores ecológicos e saudáveis ao
seu redor. Além da exposição, haverá também a apresentação de slides com
fotos das atividades desenvolvidas.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O desenvolvimento deste projeto, ao envolver a multidisciplinaridade


entre as disciplinas de Ciências, Artes e Educação Física e a transversalidade
contemplando a ética, meio ambiente e saúde, permitirá que o estudante
compreenda os conceitos teóricos e valores implícitos nas atividades propostas
e construídas no ambiente escolar, promovendo uma maior consciência
ecológica. As atividades, o debate e a interiorização dos principais conceitos
envolvidos neste projeto, deverá promover uma atuação mais adequada à
preservação do meio ambiente, fruto da ampliação da sua própria consciência
ecológica, bem como a adoção de uma postura de respeito, verificável em seu
comportamento. Dessa forma, ocorrendo a sensibilização e conscientização
em relação às questões ambientais, assim como a compreensão da
importância de suas ações com o meio ambiente e com a qualidade de vida, os
mesmos poderão vir a ser multiplicadores na promoção de uma sociedade
sustentável, o que demonstraria que os objetivos do projeto foram alcançados.
Diversos ambientes, inclusive os não escolares, podem contribuir para
promover aos estudantes uma aprendizagem significativa, por meio de
atividades bem planejadas e integradas com as diversas áreas de
conhecimento, a fim de proporcionar uma educação de qualidade. Entretanto, é
importante salientar que sempre haverá a necessidade de planejar e
desenvolver novos projetos que envolvam ambientes não escolares, pois o
conhecimento e as demandas educacionais da atualidade são dinâmicos e
exigem estratégias de ensino flexíveis e variadas.
18

REFERÊNCIAS

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ciências Naturais.


Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC, 1998. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/ciencias.pdf> Acesso em:
17/junho/2015.

______. Decreto-Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999. Legislação federal.


Brasília - DF; Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/educacaoambiental/lei9795.pdf>
Acesso em: 17 junho. 2015.

______. Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000. Legislação federal. Brasília,


2000. Disponível em: <http://www.ibama.gov.br>. Acesso em: 17 junho. 2015.

CERATI, T. M.; LAZARINI, R. A. M. A pesquisa-ação em educação


ambiental: uma experiência no entorno de uma unidade de conservação
urbana. Ciência & Educação (Bauru), v. 15, n. 2, 2009 .

CHANCHANI, R.; CHANCHANI, S. Ioga para crianças: um guia completo e


ilustrado de ioga: incluindo manual para pais e professores. São Paulo:
Madras Editora Ltda. 2006.

DEVI, I. Hatha ioga: paz e saúde. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira
S.A, 1961.

DIETZ, L. A.; NAGAGATA, E. Y. Golden lion tamarin conservation program:


a community educational effort for forest conservation in Rio de Janeiro
State, Brazil. Conserving wildlife: International education and communication
approaches, p. 64-86, 1995.

GONZALES, L. T. V.; TOZONI-REIS, M. F. C.; DINIZ, R. E. S. Educação


ambiental na comunidade: uma proposta de pesquisa-ação. Revista
Eletrônica Mestrado em Educação Ambiental, Rio Grande, v. 18, 2007.

MEIRIEU, P. O cotidiano da escola e da sala de aula: o fazer e o


compreender. Porto Alegre: Artmed, 2005.

MILANO, M. S. Arborização de vias públicas. Rio de Janeiro: Light, 2000.

MAROTI, P. S. Educação e interpretação ambiental junto à comunidade do


entorno de uma unidade de conservação. 2002. 145f. Tese (Doutorado em
Ecologia e Recursos Naturais) - Centro de Ciências Biológicas e Saúde,
Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2002.

QUEIROZ, R. M.; TEIXEIRA, H. B.; VELOSO, A. S.; TERÁN, A. F.; QUEIROZ,


A. G. A caracterização dos espaços não formais de educação científica
para o ensino de Ciências. Revista Amazônica de Ensino de Ciências,
Manaus, v. 4, n. 7, p. 12-23, 2011.
19

ROMANO, A. Ginástica Natural. Rio de Janeiro: Ed. Press, 1998.

SAMPAIO, M.C.S. A importância de trabalhar com projetos no ensino


fundamental. Capivari: CNEC, 2012.

SCHUTZER, J.G. Análise estratégica do relevo e planejamento territorial


urbano: Compartimentos ambientais estruturantes na macrometrópole de
São Paulo. Revista Labverde, v. I, n. 5, p. 11-36, 2012.

SILVA, J. M. C.; JUNQUEIRA, V. Educação e conservação da


biodiversidade: uma escolha. In: JUNQUEIRA, V.; NEIMAN, Z.
(Orgs.). Educação ambiental e conservação da biodiversidade: reflexões e
experiências brasileiras. Barueri: Manole, p. 35-48, 2007.

TABANEZ, M. F.; PÁDUA, S. M.; SOUZA, M. G. Avaliação de trilhas


interpretativas para educação ambiental. In: PÁDUA, S. M.; TABANEZ, M.
F. Educação ambiental: caminhos trilhados no Brasil. Brasília: IPE, 1997.

WELLS, M.; BRANDON, K.; HANNAH, L. People and parks. Linking Protected
Area Management with Local Communities. The World Bank, WWF, USAID.
Washington, DC, 1992.

Você também pode gostar