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A Petição Inicial PDF
A Petição Inicial PDF
I
A PETIÇÃO INICIAL
A petição inicial é o articulado em que o autor expõe os fundamentos de
facto e de direito da acção e formula o pedido correspondente introduzindo o feito em
juízo, dando início à causa (artigos 151.º, n.º 1 e 467.º, ambos do Código de Processo
Civil).
A petição tem uma dupla função: -
a) - introduzir o feito em juízo, iniciando a instância (artigos 267.º, n.º 1 e
467.º, ambos do Código de Processo Civil); e
b) - individualizar a acção no plano subjectivo (tribunal e partes) e no plano
objectivo (mediante a exposição dos fundamentos de facto e de direito e a formulação
do pedido).
A petição inicial consiste no acto processual da parte demandante que
desencadeia o exercício do direito de acção, traduzindo-se no acto constitutivo da
relação processual e sendo o único articulado absolutamente indispensável à existência
do processo.
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Não existem normas legais sobre o estilo e a disposição gráfica dos dizeres
a empregar na elaboração da petição. Os critérios legais serão o da inteligibilidade do
pedido e da causa de pedir (artigo 193.º, n.º 1, alínea a), do Código de Processo Civil) e
o da articulação obrigatória dos factos (artigo 151.º, n.º 2 do mesmo Código)1.
A articulação faz-se por enumeração dos factos sob números, em caracteres
árabes, colocados ao centro da linha, precedidos ou não da palavra ou da abreviatura de
«artigo».
Cada artigo deverá conter, em princípio, um só facto e não deverá ser
desdobrado em alíneas.
Também não parece boa técnica fazer a ligação dos artigos por conjunções
ou advérbios colocados no artigo antecedente como por vezes se verifica pois, a ter de
se recorrer a esses elementos de ligação, eles deverão figurar antes no início de cada
artigo (Paulo Cunha, Da Marcha do Processo Comum de Declaração, Tomo I, 2.ª
edição, 1944, pgs. 138 e 144).
Os factos essenciais integradores da causa de pedir bem como os factos
instrumentais que a parte considere relevantes deverão ser deduzidos com subordinação
a números ou artigos, visando-se proporcionar o exercício esclarecido do contraditório,
por banda do demandado, tendo em conta o ónus de impugnação que sobre este
impende, bem como facilitar a tarefa de selecção da base instrutória (artigos 490.º e
511.º, ambos do Código de Processo Civil).
É recomendável um facto por artigo, recortando-o de forma concisa nos
seus traços essenciais, sem prejuízo dos elementos acidentais que relevem para a
decisão, procedendo-se à ordenação da matéria de facto de forma lógica e
cronologicamente sequencial e coerente, para que não saia prejudicada a dimensão
integral do litígio.
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É também de toda a conveniência que o discurso utilizado seja claro,
conciso, logicamente ordenado, num estilo que, não sendo literário, seja de fácil
apreensão quanto às questões fundamentais suscitadas.
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Com excepção do processo comum sob a forma sumaríssima (artigo 793.º, n.º 1 do Código de Processo
Civil) e algumas formas especiais de processo.
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É exemplo desta fórmula ritual o pedido de “costumada, serena e boa justiça” por parte do tribunal.
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A linha divisória entre o facto e o direito não tem carácter fixo, dependendo, em considerável medida,
não só da estrutura da norma, como dos termos da causa; o que é um juízo de facto num caso, poderá ser
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direito ou juízo de direito no outro pelo que os limites entre um e outro são, assim, flutuantes (Anselmo
de Castro, Processo Civil Declarativa, vol. III, pg. 270).
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Ao contrário dos Ac. RC de 21/06/1983 in BMJ 329.º-629 e Ac. RC de 08/11/1983 in BMJ 332.º-520
em que a questão essencial não era a qualificação da relação jurídica e foi considerada como questão de
facto.
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Por seu turno, “haver ou não semelhança entre as marcas (ou outros
sinais distintivos)” em confronto é matéria de facto enquanto que “haver ou não
imitação, em presença das semelhanças e diferenças” é questão de direito (Ac. STJ de
21/01/2003 in CJ-STJ, I, 34).
Contudo, existem outras expressões que têm sido consideradas matéria de
direito ou juízos de valor insusceptíveis de integrar a base instrutória: -
a) - “regadio arvense”, “regadio agrícola” e “sequeiro” (Ac. RP de
30/05/1995 in CJ, III, 228);
b) - “conduzir por conta de outrem” (Ac. RL de 25/05/1995 in CJ, III,
117);
c) - “necessidade da casa para habitação” (Ac. RC de 20/03/1984 in BMJ
335.º-359.º);
d) - “velocidade exagerada, excessiva ou inadequada” (Ac. RC de
18/02/1986 in CJ, I, 49);
e) - “economia comum” (Ac. RL de 15/12/1981 in CJ, V, 177);
f) - “acidente de trabalho” (Ac. RL de 13/01/1993 in CJ, I, 167);
g) - “interpelar” para efeitos de cumprimento de um contrato (Ac. RE de
25/02/1993 in BMJ 424.º-755);
h) - “residência permanente” (Ac. RE de 23/02/1984 in BMJ 336.º-484;
Ac. RL de 14/04/1988 in BMJ 376.º-648; Ac. RL de 14/11/1999 in BMJ 411.º-636)5;
i) - “essencialmente” quando esteja em causa o erro sobre os motivos por se
considerar assumir o conteúdo da norma (Ac. RP de 10/01/2002 in CJ, I, 177);
j) - “proprietário de veículo” (Ac. RL de 09/12/1993 in CJ, V, 149);
k) - “necessidade de habitação própria” (Ac. RC de 20/03/1984 in BMJ
335.º-350);
l) - “posse pública, pacífica e continuada” (Ac. STJ de 26/04/1994 in CJ-
STJ, II; Ac. RC de 13/05/1980 in CJ, III, 261).
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A causa de pedir é entendida como o facto jurídico de que depende a
pretensão do autor (artigo 498.º, n.º 4 do Código de Processo Civil).
Cabe ao advogado estabelecer o primeiro crivo ou a primeira selecção da
matéria de facto, separando os factos impertinentes dos factos relevantes, averiguando
aqueles que, de acordo com o direito ou o meio de defesa escolhido, devem ser alegados
e provados para que a pretensão ou defesa sejam procedentes.
É por esta via que se traduzem em linguagem apropriada os acontecimentos
concretos da vida real que subjazem ao litígio, sem correr os riscos inerentes a
afirmações de pendor puramente jurídico ou de natureza conclusiva, sabendo-se quão
difícil é, por vezes, encontrar expressões ou termos que substituam as expressões legais.
É fundamental a alegação de matéria de facto, não correspondendo ao
cumprimento desse ónus que impende sobre o autor a simples referência a conceitos
legais ou a afirmação de certas conclusões desenquadradas dos factos subjacentes.
Também não satisfaz o ónus de alegação a simples remissão para o
conteúdo de documentos, não obstante essa petição inicial não se deva considerar inepta
(neste sentido, Ac. STJ de 22/04/1997 in CJ-STJ, II, 60).
Nem todos os factos alegados pelo autor na petição inicial integram a causa
de pedir, sendo natural que o autor alegue factos meramente circunstanciais ou com
simples função de enquadramento e clarificação dos factos essenciais.
Vejamos a exemplificação de algumas causas de pedir: -
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Esta expressão foi considerada como de uso comum para considerar que o inquilino tem no local a sua
morada habitual (Ac. STJ de 20/05/1986 in BMJ 357.º-418).
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Quer esta menção de citação do réu, quer a menção de condenação deste nas custas e procuradoria, vêm
mencionadas nos diversos prontuários e formulários processuais, expressando uma prática forense
actualmente ultrapassada mas cuja inclusão (ou não inclusão) não tem quaisquer consequências
processuais.
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II
A CONTESTAÇÃO
A defesa por contestação traduz-se no acto processual mediante o qual o
demandado, por articulado ou por mera junção de documentos, se opõe à pretensão
deduzida pelo demandante.
O prazo para contestação é um prazo processual, de natureza peremptória,
cujo decurso extingue o direito de praticar o acto, radicando tal natureza no princípio da
preclusão segundo o qual toda a defesa deve, em regra, ser deduzida na contestação
(artigos 145.º, n.º 3 e 489.º, ambos do Código de Processo Civil).
O oferecimento prematuro da contestação constitui mera irregularidade
processual que não implicará necessariamente a sua rejeição, devendo ficar no processo
a aguardar validação, salvo se a mesma ocorrer antes do próprio acto de citação em que
o juiz poderá recusá-la ou mandá-la desentranhar (artigo 265.º, n.º 1 do Código de
Processo Civil).
A contestação apresentada depois de estar esgotado o respectivo prazo legal,
incluindo a sua eventual prorrogação, diz-se extemporânea, discutindo-se a natureza do
vício que afecta a apresentação da defesa nestas condições em que se configura como
nulidade decorrente da prática de um acto que a lei não admite (Alberto dos Reis,
Comentário ao Código de Processo Civil, vol. 2.º, Coimbra, pg. 508) e o conhecimento
oficioso da extemporaneidade do acto processual decorre directamente do princípio da
preclusão e do carácter público da disciplina processual relativa à sua fixação (Alberto
Baltasar Coelho, Apresentação da Contestação fora do Prazo - Sua Natureza e Efeitos,
in Revista dos Tribunais, n.º 1882, pgs. 243 a 355).
Em suma, poder-se-á concluir que o conhecimento da nulidade emergente
da prática de acto que a lei não admite, por esgotamento do respectivo prazo
peremptório, não depende de arguição da parte interessada, mas é de conhecimento
oficioso.
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A defesa por contestação deve obedecer a um estilo e disposição gráficas
em que a expressão literal deverão pautar-se pelo critério da inteligibilidade e os factos
deverão ser deduzidos sob artigos.
É de boa regra que o discurso utilizado seja claro, logicamente ordenado e
em estilo que, sem ser rebuscado, permita uma fácil apreensão dos meios e argumentos
da defesa.
A linguagem utilizada deve obedecer aos ditames da urbanidade, evitando-
se expressões desnecessárias ou injustificadamente ofensivas da honra ou do bom nome
da parte contrária e do tribunal, sendo admitido o emprego de fórmulas consagradas na
prática forense, que se revelem úteis à luz das exigências de economia processual.
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Na narração dos factos, podemos destacar três segmentos essenciais: -
a) - o plano dos factos concretos que constituem o substracto factual da
matéria de impugnação ou de excepção, os quais terão que ser deduzidos por artigos,
devendo seguir-se a técnica de dedução de um facto por artigo, talhando-o nos seus
traços essenciais e proceder a uma arrumação lógica e cronologicamente sequencial e
coerente do factualismo pertinente, de modo a permitir a fácil apreensão dos
fundamentos da defesa e tendo em conta que as excepções deverão ser especificadas
separadamente (artigo 488.º, “in fine” do Código de Processo Civil);
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É dada por confessada a matéria de facto articulada pelo autor quando o réu, na contestação, diz apenas
não saber se a dívida existe e o seu montante quando o mesmo era um sócio não exonerado da respectiva
gerência, o qual tinha o dever de conhecer a administração e a actividade comercial da sociedade (Ac. RL
de 22/02/1974 in BMJ 234.º-336).
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contestante tiver dificuldade na reconstituição do facto, poderá dizer que, tanto quanto
se lembra, tal facto não ocorreu do modo descrito pelo autor, podendo mesmo
apresentar uma versão apoiada nos elementos que recorda.
O que não é lícito é limitar-se a dizer que não sabe nem tem obrigação de
saber se o facto é verdadeiro por já ter ocorrido há bastante tempo pois esta atitude é
violadora do ónus de impugnação especificada, equivalendo a confissão (Alberto dos
Reis, Código de Processo Civil Anotado, vol. III, 3.ª ed., pg. 61).
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O ónus de impugnação consiste na necessidade de o réu tomar posição
definida perante os factos articulados na petição inicial, sob pena de os mesmos serem
admitidos por acordo, ónus esse que se estende aos articulados posteriores à contestação
(artigo 505.º do Código de Processo Civil).
Não obstante a redacção emergente da Reforma de 1995/1996 ter operado
alguma atenuação deste ónus de impugnação, importa reter a seguintes regras básicas: -
a) - não se dispensa, em regra, a impugnação;
b) - não exige que a mesma se faça, necessariamente, sob a forma
especificada, facto por facto, podendo ser dirigida tanto a uma determinada espécie
factual como a um conjunto fáctico, desde que assuma um recorte definido em função
da densidade, heterogeneidade e extensão dos factos impugnados;
c) - não implica a admissibilidade da impugnação genérica do articulado, na
medida em que esta modalidade de impugnação se mostra incompatível com a exigência
de uma posição definida perante os factos;
d) - permite que a impugnação continue a poder ser efectivada pela menção
do número dos artigos identificadores dos factos narrados, sem necessidade de
reproduzir o conteúdo da alegação objecto de impugnação;
e) - basta-se com a simples oposição (ainda que não manifesta) do facto com
a defesa considerada no seu conjunto (artigo 490.º, n.º 2 do Código de Processo Civil);
f) - é de admitir que a impugnação ambígua ou equívoca possa ser passível
de despacho de convite ao aperfeiçoamento (artigos 266.º, n.º 2 e 508.º, n.º 3 do Código
de Processo Civil).
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A impugnação de facto pode ser efectuada: -
a) - por individualização, singular ou conjunta, directa dos factos que se
pretendem impugnar, com referência aos seus traços essenciais, sem que seja necessária
a especificação de todos os seus pormenores8;
b) - pela menção, total ou parcial, do número dos artigos que identificam os
factos a impugnar;
c) - por junção de documento cujo teor contradiga facto narrado pelo autor;
d) - por oposição resultante do confronto de facto narrado pelo autor com a
defesa considerada no seu conjunto (artigo 490.º, n.º 2 do Código de Processo Civil).
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Na impugnação de facto e ónus de prova, importa reter que, segundo as
regras basilares deste princípio (artigo 342.º do Código Civil), impende sobre o autor o
ónus de provar os factos constitutivos alegados como fundamento da sua pretensão.
Não cabe ao réu provar os factos aduzidos em impugnação daqueles, tanto
mais que lhe basta apenas tornar duvidosos os factos constitutivos, para que a questão
seja decidida contra o autor (artigo 346.º do Código Civil).
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Sobre a impugnação dos traços essenciais do facto, sem necessidade de impugnar todos os pormenores
(Ac. RE de 03/04/1987 in CJ, II, 250); sobre a impugnação de verbas contabilizadas em conta-corrente
(Ac. RP de 13/12/1984 in CJ, V, pg. 268).
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III
SANEAMENTO E CONDENSAÇÃO
Cabem na condensação da matéria de facto não apenas os factos
controvertidos mas ainda os factos que, nesse momento, já possam considerar-se
provados, pela interferência dos diversos factores de ordem substantiva ou processual
que a isso conduzem: - a confissão judicial ou extrajudicial expressas, confissão ficta ou
tácita, acordo das partes ou por documentos com força probatória suficiente.
Assim, serão considerados provados os factos que estiverem expressa ou
tacitamente confessados, salvo se a confissão não for admissível ou for insuficiente
(artigo 490.º do Código de Processo Civil)9.
A par desses factos, serão considerados assentes aqueles sobre os quais
exista acordo, desde que a vontade das partes seja suficiente para vincular o tribunal.
Por último, são de considerar provados os factos comprovados por
documento com força probatória suficiente.
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O bom advogado deve submeter a um paciente trabalho de selecção e
depuração os materiais fornecidos pelo seu constituinte mas, mesmo quando esta
operação de filtragem seja efectuada com escrúpulo, cuidado e apuro técnico, sempre
fica alguma matéria que pode considerar-se estéril e inerte, dada a natural tendência do
advogado para reputar importantes e úteis factos que se lhe afiguram favoráveis ao
ponto de vista do mandante.
Na verdade, os articulados deveriam servir para colocar a questão ao
tribunal e para definir e delimitar os termos precisos do litígio; convertê-los num longo
arrazoado jurídico, num debate de argumentos, considerações e razões de direito, é
adulterá-los e desvirtuá-los, transformando-os em alegações jurídicas (Alberto dos Reis,
Código de Processo Civil Anotado, vol. II, pg. 355).
Na fixação da base instrutória, o juiz deverá atender aos factos relevantes
para a decisão final, segundo as várias soluções plausíveis de direito e que devam
considerar-se controvertidos (artigo 511.º, n.º 1 do Código de Processo Civil). Se o juiz
entender que a matéria de facto releva para uma decisão final que as partes não
equacionaram deve dar-lhes a oportunidade de completarem ou corrigirem as suas
posições, para evitar as denominadas decisões-surpresa, o que não ocorre, como é
óbvio, em caso de desnecessidade (artigo 3.º, n.º 2 do mesmo Código).
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Os factos controvertidos deverão ser reunidos numa peça processual que a
lei designa por base instrutória.
No preenchimento do conteúdo desta expressão normativa, parece-nos que
deve ser afastada uma interpretação que considere suficiente o isolamento da matéria de
facto através de “grandes temas”, correspondentes a outras tantas questões jurídicas que
no processo se suscitem.
Correspectivamente, parece ser dispensada a necessidade do preenchimento
da base instrutória com factos funcionalmente instrumentais, indiciários ou probatórios,
a não ser naquelas situações em que tal selecção se revele útil para a boa decisão da
causa, na perspectiva da matéria de facto ou da matéria de direito.
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Se a contraparte impugnou o facto principal, estão igualmente impugnados os respectivos factos
instrumentais eventualmente alegados pela outra parte; se a contraparte não alegou o facto principal, este
facto considera-se admitido por acordo, pelo que os factos instrumentais alegados, porque se destinavam
apenas a realizar a prova do facto principal, tornam irrelevantes.
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Nalguns casos, a realização da audiência preliminar tem permitido diminuir o conteúdo da instrução e
do enunciado dos factos controvertidos, o que pode trazer vantagens acrescidas para ambas as partes, não
apenas pela celeridade e menor duração das diligências de instrução mas também porque liberta as partes
das preocupações subjacentes ao respeito pelos limites da prova que podem produzir. Basta pensar nas
situações de limites de testemunhas por cada facto, para mais tendo em consideração que o advogado não
pode ter quaisquer contactos com as testemunhas.
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Nada vale a integração na base instrutória de questões de direito na medida em que, se tal ocorrer e o
tribunal, depois de produzida a prova, lhe der resposta, considera-se não escrita (artigo 646.º, n.º 4 do
Código de Processo Civil).
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Sobre esta questão, existe jurisprudência que entende inadmissível a remissão para documentos
relativamente aos factos integradores da causa de pedir (Ac. RL de 11/01/1981 in CJ, III, 93; Ac. RL de
27/09/1988 in CJ, IV, 115) e outra que entende admissível, podendo suscitar a prolacção de despacho de
aperfeiçoamento (Ac. RL de 24/02/1994 in CJ, I, 137; Ac. STJ de 08/02/1994 in CJ-STJ, I, 85; Ac. RL de
23/02/1989 in CJ, I, 141).
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