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Universidade Federal do Rio Grande do Sul -UFRGS EEN99004 – Projeto em Energia III

Escola de Engenharia Engenharia de Energia 2014/2

FRENAGEM REGENERATIVA

Bárbara Pacheco da Rocha, pr_barbara@hotmail.com


Henrique Benicio de Souza Alberton, henrique_alberton@hotmail.com
Luisa Batista de Oliveira, isa-deoliveira@hotmail.com

Resumo. O seguinte artigo trata-se de uma pesquisa bibliográfica acerca da reutilização da energia liberada durante a frenagem
de veículos elétricos. O objetivo é analisar se tal tecnologia é uma alternativa viável, econômica e sustentável. Além disso, é
apresentado um breve histórico deste mecanismo, juntamente com suas possíveis aplicações e comprovação de viabilidade. Neste
artigo é dado enfoque na descrição geral do método, concluindo a pesquisa por meio de um comparativo entre a frenagem
convencional e a proposta apresentada, consolidando-a através de aplicações em âmbito municipal.

Palavras-chave: frenagem regenerativa, frenagem de trens, veículos elétricos, sistemas de recuperação,


reaproveitamento de energia

1. INTRODUÇÃO

A frenagem regenerativa, em âmbito geral, é um mecanismo de recuperação de energia que retarda o movimento de
veículos – geralmente elétricos – convertendo energia cinética em outras formas. Essa energia ser imediatamente
utilizada ou armazenada de diversas formas, caso necessário, conforme for conveniente ao veículo em questão. No
presente artigo, o tema é abordado levando-se em conta aspectos relativos à viabilidade e economia vinculadas a essa
tecnologia, tendo como objetivo esclarecer seus funcionamentos e vantagens através de exemplos já existentes, dando
foco à empresa Trensurb que vem utilizando tal recurso em sua nova frota desde setembro do ano corrente. Buscou-se,
também, apoio em artigos científicos que abordam a tração em trens e veículos elétricos em geral, os quais serão citados
posteriormente.
Os freios regenerativos elétricos são derivados dos freios dinâmicos, assim como os freios reostáticos. Enquanto a
frenagem reostática converte a energia do movimento em calor, a frenagem regenerativa retorna com a energia elétrica
para a rede ou bateria. Essa tecnologia vem sendo utilizada desde meados do século XX em locomotivas e bondes
movidos a diesel/eletricidade, tendo sido implantada pela primeira vez no ano de 1902 em bondes na cidade de
Newcastle, Inglaterra. Em ambos sistemas de frenagem os freios eram acoplados para atuarem como geradores. Diante
de uma possível crise energética devido à escassez de água e uso abusivo de eletricidade, vemos o reaproveitamento de
uma energia antes convertida apenas em calor com o uso de freio convencionais, como uma alternativa viável e
sustentável.
Aqui, não se tem por finalidade explicar o funcionamento técnico associado a este recurso. É apresentado um
levantamento de dados concretos acerca do presente projeto, dando ênfase a aspectos superficiais relativos a
reutilização de energia. Afinal, energia não é criada nem destruída, simplesmente se transforma. Porque não usar esta
transformação em nosso favor? Ao longo de todo texto faremos comparações entre motores que utilizam este método e
motores convencionais, afim de comprovar a eficiência e qualidade da frenagem regenerativa.

2. DEFINIÇÃO

Um freio regenerativo é um mecanismo de recuperação de energia que produz um contra torque no eixo da máquina
elétrica (motor) que causa a diminuição da velocidade de um veículo, convertendo a sua energia cinética em uma outra
forma, geralmente em energia elétrica, que é realimentada de volta para a fonte que originalmente a forneceu. A
frenagem regenerativa permite a um veículo recapturar e armazenar parte da energia cinética que seria convertida em
calor (nas lonas ou discos nas rodas) durante a frenagem por atrito no veículo convencional. Neste tipo de tecnologia,
quando o motorista aciona os freios para reduzir a velocidade do veículo elétrico, o(s) motor(es) elétrico(s) de tração
é(são) chaveado(s) para atuar como gerador(es) de eletricidade acionado(s) pela(s) roda(s) ou eixo da(s) roda(s). A
energia elétrica gerada com a frenagem do veículo é, em geral, armazenada na(s) bateria(s). Para possibilitar uma
frenagem rápida e abrupta, os veículos elétricos são providos também dos freios tradicionais. Existem outros tipos de
frenagem, mas todos tendem a desperdiçar mais energia se comparados com a frenagem regenerativa. (ABVE, 2014)
Quando a energia é transferida do motor para os pneus, ocorrem perdas em todas as partes móveis devido à fricção.
Isso significa que 100% da energia gerada pelo motor nunca chegará aos pneus, o mesmo ocorre com os freios. Para
parar o veículo, as pastilhas de freio aplicam fricção aos pneus, convertendo energia em calor. A taxa de eficiência de
um veículo é baseada nessa perda de energia. Os veículos híbridos são capazes de armazenar parte da energia perdida
durante a frenagem e, por isso, possuem maior taxa de eficiência quando comparados aos veículos convencionais
(CANTWELL, Katie, 2002).
De maneira geral, a energia regenerada pode ser:
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 Imediatamente utilizada, por exemplo, por um outro veículo que esteja, naquele mesmo momento, em
aceleração e que se alimenta da mesma fonte do veículo que está freando (exemplo do que ocorre com os
trens elétricos), ou;
 Armazenada até ser necessária, por exemplo, retornando das rodas (energia cinética) para a bateria
(energia elétrica).
Isto contrasta com os sistemas convencionais de frenagem, onde o excesso de energia cinética é convertido em
calor pelo atrito nas lonas ou pastilhas de freio e, portanto, a energia cinética é, tão somente, desperdiçada (mais calor
indo para o meio ambiente).
É importante salientar que não são em todos os sistemas que a frenagem regenerativa obtém ganhos consideráveis.
Para instalações de baixa potência, por exemplo, freios convencionais teriam uma melhor aplicabilidade. No entanto, o
método torna-se altamente viável para sistemas tais como elevadores, guindastes, sistemas de transporte em geral,
aplicações industriais, etc. Veículos híbridos e elétricos usam a frenagem regenerativa para aumentar a economia de
combustível e eficiência. O aumento na economia de combustível depende do tamanho e da voltagem do motor e das
baterias. Além disso, baterias com alta capacidade energética permitem o armazenamento da eletricidade para uso
posterior. Os veículos que não atingem esses requisitos ainda podem ter frenagem regenerativa, mas não terão a
economia de combustível melhorada (CANTWELL, 2002).
Como dito anteriormente, a frenagem regenerativa é usada em carros que fazem uso de motores elétricos,
principalmente os veículos totalmente elétricos e os híbridos. A Figura 1 abaixo mostra uma das propriedades mais
interessantes de um motor elétrico que, quando é executado em uma determinada direção, converte a energia elétrica em
energia mecânica que pode ser usada para realizar o trabalho (por exemplo, girar as rodas do carro). Porém, quando o
motor funciona na direção oposta, ele passa a ser um gerador elétrico, convertendo a energia mecânica em elétrica. Essa
energia elétrica pode, então, servir para alimentar o sistema de baterias do carro (TUR, 2006).

Figura 1 – Esquema de funcionamento [TUR, 2006]

Em um sistema de frenagem regenerativa, o “truque” para fazer com que o motor gire para trás é usar a velocidade
do veículo como energia mecânica, colocando o motor no modo reverso. Momento é a propriedade que ajuda a manter
o veículo se movimentando para frente após atingir determinada velocidade. Uma vez que o motor tenha sido revertido,
a eletricidade gerada por ele é enviada de volta para as baterias, onde pode ser usada para alimentar o motor elétrico.
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3. EFICIÊNCIA

A frenagem regenerativa, além de contribuir para a redução do consumo de combustível, no caso dos veículos
elétricos híbridos, e do consumo de energia elétrica, no caso dos veículos elétricos a bateria e híbridos plug-in,
proporciona redução do desgaste das lonas ou discos de freios, por freiar o veículo via campo eletromagnético (sem
atrito), resultando em maior durabilidade para essas partes do sistema de freios. O aumento da eficiência dos sistemas é
uma preocupação cada vez maior, não apenas devido ao aumento do custo da energia mas também por ser uma forma
de marketing. É uma forma de promover a empresa ou o produto que cause menos impacto ambiental e que opere de
maneira mais eficiente (ABVE, 2014).
A eficiência energética de um carro convencional é de apenas 30% , os 70% restantes são convertidos em calor por
meio de atrito. A grande vantagem da frenagem regenerativa é que ela permite recuperar mais da metade da energia
perdida colocando-a novamente em funcionamento. Isso pode reduzir o consumo de combustível entre 10 e 25%.
Sistemas hidráulicos de frenagem regenerativa podem proporcionar ganhos ainda mais impressionantes, reduzindo o
consumo de combustível entre 25 e 45% (Dados extraídos do relatório “Application Note on Regenerative Braking of
Electric Vehicles as Anti-Lock Braking System”). Essa eficiência da frenagem regenerativa também significa um gasto
menor na hora de abastecer o carro, já que os híbridos com motores elétricos e freios regenerativos podem percorrer
uma distância muito maior com um único tanque de combustível (ou com uma única carga de bateria).
A frenagem regenerativa contribui para aumentar a gama de veículos elétricos. Ela ajuda a economizar combustível
em veículos híbridos e a reduzir as emissões de CO2 e poluentes. Principalmente em situações de tráfego urbano que
envolvem acelerações e frenagens frequentes. Além disso, o uso do gerador para frenagem também reduz o desgaste
dos freios e o acúmulo de pós de frenagem (TUR, 2006).

4. FRENAGEM DISSIPATIVA X FRENAGEM REGENERATIVA

Como forma de comprovação da real eficiência da frenagem regenerativa, segue abaixo uma comparação feita para
uma aplicação, na qual a potência média manipulada pelo conjunto inversor/motor/carga é da ordem de 75kW/h. No
momento da desaceleração, observou-se que era requerido 80% do torque máximo, durante 20% do ciclo de operação.
Neste caso, a solução tradicional seria utilizar um freio dissipativo e desviar toda a energia devolvida pelo motor em um
resistor no momento da desaceleração (Revista Mecatrônica Atual, 2005).
Custo de instalação para freio convencional dissipativo:
Sem considerar os gastos com mão-de-obra, para implementar esta solução, é necessário a aquisição de dois
equipamentos adicionais: o módulo de chaveamento (braking unit) e o resistor de dissipação.
De acordo com a Tabela 1, o custo total - valores cotados em outubro de 2005, já acrescidos os impostos - de
equipamentos adicionais para esta solução é de R$ 12.480,00.

Tabela 1 – Custo de aquisição frenagem dinâmica [Revista Mecatrônica Atual, 2005]

Descrição Preço Unitário


Módulo de chaveamento R$ 7.280,00
Resistor de dissipação R$ 5.200,00
Total R$ 12.480,00

Custo de instalação para freio regenerativo:


Neste caso, não são necessários o módulo de chaveamento e nem o resistor de dissipação. Em troca deles, utiliza-se
uma unidade de frenagem regenerativa e um reator, que conforme a Tabela 2 tem um custo total de R$ 29.350,00.

Tabela 2 – Custo de aquisição frenagem regenerativa [Revista Mecatrônica Atual, 2005]

Descrição Preço Unitário


Unidade de frenagem regenerativa R$ 26.500,00
Reator R$ 2.850,00
Total R$ 29.350,00

De acordo com as Tabelas 1 e 2, a diferença no valor de investimento entre um sistema de frenagem dissipativa e
um regenerativo é de aproximadamente R$ 16.870,00. Após todos os cálculos feitos pela Revista Mecatrônica Atual,
constata-se que temos um total mensal de energia elétrica economizada de 8.640 kilowatts. Multiplicando-se o total de
energia regenerada, pelo valor unitário do kW/h, obtém-se uma economia mensal de R$ 1.036,80.
Ao dividir a diferença do investimento, que é de R$ 16.780,00, pela economia mensal calculada chega-se a um
índice de aproximadamente 16 meses necessários para pagar o custo de investimento [REVISTA MECATRÔNICA
ATUAL, 2005, p.33].
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5. APLICAÇÕES

O intuito básico de utilização de freios regenerativos é sem dúvida o reaproveitamento de energia. Esse
reaproveitamento dá-se de diversas maneiras, levando em conta cada situação. Cita-se abaixo alguns exemplos de
utilização desses sistemas.

5.1. Trens elétricos

Em visita técnica à empresa de trens urbanos Trensurb S.A., guiada pelo engenheiro eletricista Rafael Garske,
responsável pelo setor de oficina eletro-mecânica, foram observados diversos aspectos acerca da aplicação da
tecnologia citada neste artigo, os quais são apontados a seguir:
 A empresa funciona desde 1970, desde lá conta com 25 trens da série 100 e motor AC, que utilizam
frenagem pneumática. Recentemente foram adquiridos 15 trens da série 200 e motor DC que utilizam a
frenagem regenerativa, dos quais apenas 2 estão em operação no momento.
 As peças foram importadas pela empresa francesa Alstom, para ser feita pré-montagem dos trens em São
Paulo, para depois serem enviados a Porto Alegre para a finalização da linha de montagem.
 A empresa possui um projeto de acoplamento de trens, visando eficiência de consumo e diminuição da
lotação dos carros. Nesse contexto, os novos trens são mais fáceis de acoplar que os antigos.
 Outro ponto positivo é que o motor de um trem da série 200 custa cerca de 70% do valor de um motor da
série 100, no entanto, sua manutenção possui maior complexidade. Porém, nos motores da série antiga é
possível ser realizada apenas manutenção pois não estão mais disponíveis no mercado.
 Com a implantação dos novos modelos, o consumo de energia da empresa aumentou em 30%. Os trens da
série 200 demandam uma corrente de 1200A para arrancar enquanto os da série 100 utilizam 700A para a
mesma operação. Esse aumento de consumo deve-se, principalmente ao fato de os novos modelos serem
muito mais eletrônicos do que mecânicos, terem ar condicionado, câmeras internas e externas de
monitoramento, sistema de comunicação interno automático e demais tecnologias envolvidas.
 A empresa possui como medida sustentável a reutilização de água da chuva para limpeza da parte externa
dos trens.

Sobre a frenagem regenerativa dos trens da série 200:


 Regeneração: ocorre no momento da frenagem dinâmica do motor de tração. No trem elétrico, a energia
gerada na frenagem é alimentada de volta para o barramento de alimentação, mas o seu bom
aproveitamento envolve, muitas vezes, o sincronismo de movimento das locomotivas presentes na linha,
sempre devendo haver uma delas localizada nas adjacências, entrando em aceleração no mesmo momento
em que outra esteja freando e regenerando.
 Frenagem do trem: o freio do trem deve manter uma taxa para freio de serviço e uma taxa para freio de
emergência. O freio de emergência é puramente pneumático, já a frenagem de serviço utiliza uma parcela
de freio pneumático e outra parcela elétrica.
 A frenagem do trem pode ser pneumática, utilizando pinças de freio sobre a roda e sempre utilizada em
velocidades menores que 8km/h ou elétrica, utilizando o próprio giro do motor para diminuir a velocidade
do trem.

5.2. Carros híbridos

Veículos híbridos possuem um motor de combustão interna e um motor elétrico. O importante para a frenagem
regenerativa é o elétrico. Nela, o sistema de freio transforma a força das rodas em torque para o eixo do motor elétrico.
Os imãs no rotor ou eixo percorrem as bobinas elétricas do estator. A movimentação sobre os campos magnéticos
produz eletricidade, que em seguida é transformada em energia que pode recarregar a bateria de um veículo elétrico ou
híbrido.

5.3. Elevadores

A quantidade de calor na casa de máquinas de um elevador, que associa tecnologias de frenagem regenerativa é
inferior à notada em sistemas sem nenhuma tecnologia associada, o que implica em redução de custos de ventilação.
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5.4.Carros de fórmula 1

Desde a temporada de 2011, nove equipes utilizam o sistema. O principal motivo para não utilização, é a adição de
25 quilos ao peso do carro, penalidades nas rondas de qualidade, as quais as equipes são submetidas. Isto porque este
procedimento desloca o centro de gravidade do veículo, prejudicando a aerodinâmica do carro.

6. CONCLUSÃO

Nos últimos tempos vem se buscando cada vez mais maneiras de gerar energia de forma limpa e sustentável. Com o
aumento exacerbado da frota de veículos em circulação, devido ao fácil acesso ao consumo, cresce também a
preocupação com a emissão de poluentes derivados dos motores a combustão. Surge, então, o interesse por encontrar
formas alternativas de geração e reaproveitamento de energia.
Com esta crescente demanda energética das cidades, faz-se necessário a implementação de novos métodos, tais
como a frenagem regenerativa. Uma tecnologia que faz uso da energia que seria dissipada para o ambiente em forma de
calor , devolvendo-a a rede de forma a ser reaproveitada.
Concluída esta revisão bibliográfica, observa-se que no contexto socioeconômico brasileiro, a frenagem regenerativa
ainda é uma tecnologia dispendiosa, porém, conforme as comparações apresentadas neste artigo foi verificado que a
longo prazo este sistema torna-se vantajoso mesmo considerando-se os gastos nele investido. Todavia, sendo uma
tecnologia que apresenta avanços na eficiência de um sistema, a tendência é que entre em produção para novos sistemas
elétricos, diminuindo o custo e tornando-se acessível para ser utilizado em diversas outras aplicações, além das já
apresentadas.

7. REFERÊNCIAS

ABVE, Associação Brasileira dos Veículos Elétricos. 18 Agosto. 2014, 21h,


<http://www.abve.org.br/PF/ExibePF.asp?codigo=0009>
Revista Mecatrônica Atual, ano 4, edição 25 Dezembro 2005. 19 Aug 2014, 15h.
<http://www.mecatronicaatual.com.br/educacao/1395-frenagem-regenerativa-reaproveitamento-de-energia-eltrica>
TUR, Okan, "Application Note on Regenerative Braking of Electric Vehicles as Anti-Lock Braking System." Ansoft,
LLC. Abril 11, 2006. (Jan. 13, 2009)
CANTWELL, Katie, 2002. "Regeneration Overview." Rockwell Automation Allen-Bradley, 19 Aug 2014, 14h )

8. NOTA DE RESPONSABILIDADE

Os autores são os únicos responsáveis pelo material impresso incluído neste trabalho.

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