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Avaliação em um currículo a
favor da aprendizagem
Maria Esther Provenzano Aula
04
Mônica Waldhelm
DURAÇÃO
8 horas
OBJETIVOS
Apresentar subsídios para a construção da Avaliação em
um currículo a favor da aprendizagem.
Atividade
Para Hoffmann (2001), o processo avaliativo não pode
ser delimitado em etapas: inicio, meio e fim, mas por momentos
contínuos e simultâneos de mobilização de experiências
educativa e expressão do conhecimento por educadores e
educandos, momentos provisórios e complementares que só
podem ser analisados em seu conjunto (p.123).
Considerando, agora, as informações que você possui dos
tipos de avaliação e de suas funções nas abordagens conserva-
doras e transformadoras, analise sua prática de avaliação à luz
das considerações feitas por Hoffmann buscando refletir sobre as
seguintes questões:
▪▪ Quando você avalia seu aluno? Com que freqüência? Essa
freqüência é suficiente para fornecer o quadro de refe-
rência de que você precisa para emitir um julgamento?
▪▪ Com que propósito (ou em função do que) você avalia o
seu aluno: para o controle da aprendizagem? Para atender
à burocracia exigida pelo sistema educacional? Para classi-
ficar, diagnosticar, formar, ou por que outras razões?
▪▪ Retome suas anotações sobre a reflexão proposta no inicio
desta aula. Após as discussões que aqui desenvolvemos
houve alguma mudança em relação à concepção de
avaliação? Qual?
Elabore um texto com até duas laudas, respondendo as
perguntas, e encaminhe ao seu tutor.
26 Educação Tecnológica – Currículo e Avaliação
Recapitulando
A avaliação originou-se de uma ciência chamada docimo-
logia, do grego dokimé, que quer dizer “nota”. O termo avaliação
provém, etimologicamente, do latim avalere, que quer dizer “dar
valor a”. A avaliação nasce, portanto, sob o estigma da medida.
Mas, novas concepções vêm buscando romper com essa origem e
dar novos sentidos à prática avaliativa.
Quanto às concepções de avaliação, depreendemos duas
concepções básicas: conservadora e transformadora.
Na concepção conservadora, observamos que:
▪▪ o aluno é avaliado a partir dos objetivos preestabelecidos
pelo professor;
▪▪ os fatores externos ao processo escolar: condições sociais,
econômicas, culturais, são raramente considerados;
▪▪ os meios selecionados são considerados fundamentais para a
aprendizagem, mais do que a relação entre o professor e o aluno.
▪▪ a avaliação tem caráter de “medida” e consiste essen-
cialmente na aferição e constatação da quantidade do
conteúdo que o aluno foi capaz de apreender/adquirir.
Já na concepção transformadora, temos que a avaliação:
▪▪ é uma prática solidária e integrada às demais práticas pedagógicas;
▪▪ está voltada para o desenvolvimento da consciência crítica
e para a emancipação do aluno;
▪▪ contribui para que a relação professor-aluno assuma uma
forma democrática, dialogada, de troca, de reciprocidade
de relações, de negociações.
▪▪ envolve todo o processo educativo (ambientes, meios,
professor e sua prática pedagógica);
▪▪ apesar de não excluir a aferição de aspectos quantita-
tivos, predomina a concepção qualitativa, segundo a qual
avaliar é “atribuir valor”, havendo preocupação com a
qualidade do processo;
▪▪ enfatiza o caráter diagnóstico e formativo do aluno, de
modo a levá-lo a conhecer, analisar e superar seus erros.
Aula 04 – Subsídios para a construção da Avaliação em um currículo a favor da aprendizagem 27
Referências Bibliográficas