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João PDF
João PDF
,,., Segundo
JOAO
O Autor O autor deste Evangelho foi, provavel- res concluíram que uma fé ideal não tem interesse em milagres. O
mente, um judeu. Ele exibe um profundo conheci- problema com esta conclusão é duplo. Primeiro, se a fé resultante
mento dos costumes. festas e crenças judaicas. Seu de milagres não é boa, por que Jesus realiza milagres? Segundo,
conhecimento geográfico detalhado sugere que era por que João relaciona estes sinais à fé em Cristo (20.31 )?
natural da Palestina e parece que foi uma testemunha ocular de Crer em Jesus significa não somente reconhecer sua capaci-
muitos dos acontecimentos registrados no seu Evangelho (19.35). dade de realizar milagres. mas também aceitar o que aqueles mila-
Embora a obra não registre o nome do autor, contém alguns in- gres, como "sinais", revelam sobre sua pessoa e sua obra. O
dícios a respeito da autoria. Este é o único Evangelho que se refere evangelista indica que o registro escrito dos sinais de Jesus é tes-
a um dos apóstolos com a expressão "a quem Jesus amava" temunho suficiente para aqueles que não são testemunhas ocula-
(13.23) em lugar do seu nome. Esse discípulo é aquele identificado res. Esta forma de pensar está implícita no que Jesus disse a Tomé:
como a testemunha ocular que "dá testemunho a respeito destas "Bem-aventurados os que não viram e creram" (20.29). Paulo apre-
coisas e que as escreveu" (21.24). Além do mais, qualquer leitor senta uma relação semelhante entre o ver e o crer: "Andamos por
cuidadoso observaria que João, filho de Zebedeu. um dos mais fé, não pelo que vemos" (2Co 5.7; cf. Rm 8.24-25).
destacados discípulos, não é mencionado pelo nome no Evange- A fé pode ser produzida e encorajada pelos sinais que Jesus
lho. É difícil explicar esta omissão, a não ser que se admita que o realizou. Mas o objetivo desta fé é compreender Jesus em sua to-
Evangelho foi escrito por João e que ele evitou identificar-se. talidade, não meramente como um operador de milagres. Jesus é
A tradição da Igreja primitiva, tal como os textos de lrineu no revelado por seus "sinais" como a eterna Palavra de Deus. um em
século li, atribui este Evangelho de forma constante e explícita ao glória com o Pai e o Espírito. Não é necessário ser testemunha ocu-
apóstolo João. As dúvidas modernas sobre a confiabilidade daque- lar dos sinais: o seu registro é suficiente para transmitir seu poder
la tradição levaram muitos estudiosos a rejeitar a autoria joanina do para descobrirmos e fortalecermos a nossa fé em Jesus como o
livro, mas nenhuma outra opinião oferece uma explicação satisfa- Messias. o Filho de Deus.
tória dos fatos.
·: 114
nhais vida em seu nome" (20.31 ). pecado humano. Jesus é rejeitado não porque ele é um estranho.
mas porque as pessoas amam mais as trevas do que a luz.
Dificuldades de Interpretação Um OEvangelho de João faz uso de contrastes bem marcados: luz
1 desafio especial para os intérpretes do Evangelho de
_ e trevas (1.4-9). amor e ódio (15.17-18). de cima e de baixo (8.23).
1 ,S João é a relação entre ver "sinais" e crer. Oautor dá vida e morte (6.57-58). verdade e falsidade (8.32-47). Outros tra-
'---=- - - grande ênfase ao significado singular dos milagres de ços distintivos aparecem no tema da má compreensão (2.21;
Jesus por revelarem muito sobre sua pessoa e obra (20.30-31). 6.51-58, notas). no uso de duplo sentido (3.14; 6.62, notas) e no
Mas algumas passagens parecem sugerir que a fé baseada exclu- papel dos ditos "Eu sou" (6.35, nota).
sivamente no fato de se ter pessoalmente visto os sinais não é algo João destaca de vários modos a realidade do pecado, mas es-
bom. Em 4.48, por exemplo, Jesus repreende seus ouvintes: "Se, pecialmente pela ênfase na nossa total dependência de Deus para
porventura, não virdes sinais e prodígios, de modo nenhum crere- a salvação. Assim como nosso nascimento físico não foi o resulta-
is". Esta passagem traz à mente a afirmação de Tomé em 20.25: do de nosso próprio esforço ou desejo, também nosso nascimento
"Se eu não vir. .. de modo algum acreditarei". Portanto, muitos leito- espiritual não depende de nós. mas da vontade de Deus e do poder
1227 JOÃO
de seu Espírito (1.12-13; 3.5-8). Homens e mulheres pecadores Prólogo (1.1-18) que apresenta Jesus como o eterno Logos, ou Pa-
são incapazes de chegar à salvação em Jesus se não forem atraí- lavra, aquele que revela o Pai. Cristo revela o Pai porque comparti-
dos pelo Pai (6.44). Mas quando vêm a Jesus, eles têm "vida eter- lha da divindade do Pai. Ele é quem criou o universo (1.3). Ele
na, e não entram em juízo" (5.24); pertencem ao Pai, e ele não os satisfez as necessidades dos israelitas no deserto e agora oferece
deixará morrer (10.27-29). o pão e a água espirituais (4.13-14; 6.35). Em resumo, ele é um
Uma das características mais marcantes deste Evangelho é o com o Pai, o "Eu Sou" (5.18; 8.58; 10.30-33; cf. Êx 3.14).
• C[CI 117] 16 d[CI 119; 2.9] 7Cl.NU TR e ME 17 e [Êx 20.1]/[Rrn 5.21; 6.14] g[Jo 832; 14 6; 1837] 18 hÊx 33.20 i1Jo 4.9 Bcf.
NU; TR e M Filho
•1.16 graça. Esta palavra, freqüente nas epístolas de Paulo, aparece nos escri- ração. A graça e a verdade de fato existiram nos dias de Moisés, mas foram
tos de João só nesta passagem e como saudação costumeira em Ap 1.4; 22.21. plenamente reveladas com a vinda de Cristo.
Ela acentua que a salvação é um dom. A Reforma expressou isto com o lema Sola
•1.18 Ninguém jamais viu a Deus. Éfundamental que Deus seja invisível e
Gratia ("Só pela Graça"). sem forma (1Trn 6.16). Contudo. Cristo revela Deus. Em si ele une o invisível e o
•1.17 Moisés... Jesus Cristo. Há aqui tanto um contraste corno urna campa- visível, e isto de um modo sem paralelo nem analogia.
JOÃO 1 1230
João Batista repete o seu testemunho se passaram sem 1 Betânia, do outro lado do Jordão, onde
19 Este foi io testemunho de João, quando os judeus lhe João estava batizando.
enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para lhe pergunta-
rem: Quem és tu? 20 1Ele confessou e não negou; confessou: João Batista toma a repetir o seu testemunho
Eu não sou o Cristo. 21 Então, lhe perguntaram: Quem és 29 No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e
pois? És tu Elias? Ele disse: Não sou. És tu mo profeta? Res'. disse: Eis 1o Cordeiro de Deus, uque tira o pecado do mundo!
pondeu: Não. 22 Disseram-lhe, pois: Declara-nos quem és, 30 É este a favor de quem eu disse: após mim vem um varão
para que demos resposta àqueles que nos enviaram; que dizes que 2 tem a primazia, porque já existia antes de mim. 31 Eu
a respeito de ti mesmo? 23 Então, ele respondeu: mesmo não o conhecia, mas, a fim de que ele fosse manifesta·
nEu sou ºa voz do que clama no deserto: Endireitai oca- do a Israel, vim, vpor isso, batizando com água.
minho do Senhor,
como disse o profeta Isaías. O batismo de Jesus
24 Ora, os que haviam sido enviados eram de entre os fari- 32 xE João testemunhou, dizendo: Vi o Espírito descer do
seus. 25 E perguntaram-lhe: Então, por que batizas, se não és céu como pomba e pousar sobre ele. 33 Eu não o conhecia;
o Cristo, nem Elias, nem o profeta? 26 Respondeu-lhes João: aquele, porém, que me enviou a batizar com água me disse:
PEu batizo com água; qmas, no meio de vós, está quem vós Aquele sobre quem vires descer e pousar o Espírito, 2 esse é o
não conheceis, 27 ro qual vem após mim, ºdo qual não sou que batiza com o Espírito Santo. 34 Pois eu, de fato, vi e tenho
digno de desatar-lhe as correias das sandálias. 28 Estas coisas testificado que ele é o ªFilho de Deus .
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lidade contra Deus, como ocorre em outra parte deste Evangelho. Ainda que to-
das as pessoas indiscriminadamente não serão salvas, o sacrifício é a única
expiação para o pecado humano, e sua eficácia não é limitada por tempo ou lugar
(3.16, nota).
40km •1.31 não o conhecia. Ainda que João Batista possa ter tido contato pessoal
Mediterrâneo anterior com Jesus (cf Lc 1.39-45), ele não sabia quem era Jesus lo Cordeiro e
Filho de Deus), até que o Espírito o identificou lv 32). Ver "O Batismo de Jesus",
em Me 1.9.
•1.33 que batiza com o Espírito Santo. OAntigo Testamento previu o tempo
de redenção como o tempo quando o Espírito seria derramado sobre o povo de
Deus. Paulo se refere a Jesus como o segundo Adão, que veio como "espírito vivi-
ficante" 11 Co 15.45, nota). Édepois de seu retorno ao céu que Jesus envia este
Ajudador Celestial, para habitar com o seu povo sobre a terra 114.26; 167). OBa-
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tismo no Espírito Santo ocorre com o novo nascimento, que faz de pecadores de-
samparados filhos e filhas de Deus lvs 12-13; 1Co 12. 13) Esse batismo também
lhes dá poder para o serviço cristão (Lc 24.49; At 1.8).
•1.34 ele é o Filho de Deus. Este é o modo de João referir-se à voz celestial
que acompanhou o Espírito enviado do céu, como é registrado em Mt 3.17,
"Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo" Embora a expressão "Fi-
lho de Deus" fosse usada diferentemente por judeus l2Sm 7.14; SI 2.7) e genti-
PERÉIA os !Me 15 39, nota), o testemunho de João Batista, que é o último dos profetas
da antiga ordem IMt 11. 11-14) é claro. Jesus é o Filho de Deus, o "unigênito do
Pai" lv 14).
Filipe e Natanael 3 Tendo acabado o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Eles não
43 No dia imediato, resolveu Jesus partir para a Galiléia e têm mais vinho. 4 Mas Jesus lhe disse: dMulher, e que tenho
encontrou a !Filipe, a quem disse: Segue-me. 44 Ora, gFilipe eu contigo? f Ainda não é chegada a minha hora. 5 Então, ela
era de Betsaida, cidade de André e de Pedro. 45 Filipe encon- falou aos serventes: Fazei tudo o que ele vos disser. 6 Estavam
trou a hNatanael e disse-lhe: Achamos aquele de quem iMoi- ali seis talhas de pedra, gque os judeus usavam para as purifi-
sés escreveu na lei, e a quem se referiram os /profetas: Jesus, cações, e cada uma levava duas ou três metretas. 7 Jesus lhes
1o Nazareno, mmho de José. 4ó Perguntou-lhe Natanael: nDe disse: Enchei de água as talhas. E eles as encheram totalmen·
Nazaré pode sair alguma coisa boa? Respondeu-lhe Filipe: te. 8 Então, lhes determinou: Tirai agora e levai ao mestre-
Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, dse alguém não lhe perguntou Nicodemos: hComo pode suceder isto? Acudiu
nascer 1 de novo, não pode ver o reino de Deus. 4 Pergun- Jesus: to Tu és mestre em Israel e não compreendes estas coi-
tou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo sas? 11 iEm verdade, em verdade te digo que nós dizemos o
velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer que sabemos e testificamos o que temos visto; contudo, inão
segunda vez? 5 Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te aceitais o nosso testemunho. 12 Se, tratando de coisas terre-
digo: e quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar nas, não me credes, como crereis, se vos falar das celestiais?
no reino de Deus. 6 O que é nascido da carne é f carne; e o 13 Ora, 1ninguém subiu ao céu, senão aquele que de lá des-
que é nascido do Espírito é espírito. 7 Não te admires de eu te ceu, a saber, o Filho do Homem 2 [que está no céu]. 14 mE do
dizer: importa-vos nascer de novo. 8 gO vento sopra onde modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim
quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para nimporta que o Filho do Homem seja levantado, 15 para que
onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito. 9 Então, todo o que nele ºcrê 3 Ptenha a vida eterna .
·-31
maritana: Como, sendo tu judeu, pedes de beber a mim, que mos, porque a qsalvação vem dos judeus. 23 Mas vem a hora
mJci31;; 8.23
316-17; 6.47XRm 1.18
n~t 2818~1Co 15~;P~o 6.33 ~-;-QJo3-11:-1~ 15 33 ;~~~ ~;~ SJ~ 1~ ~· -;~-
7 16 U[Hb ;8] 36 v.;~
CAPÍTULO 4 1 a Jo 3.22,26 5 bGn 3319 cGn 48.22 9 d At 10.28 e 2Rs 17.24; Mt 10.5-6; Lc 9.52; 10.33; 17.16; Jo 8.48 1Of[Rm
5 15] g1s 12.3; 44.3; Jr 2.13; Zc 13.1; 14.8; Jo 7.38 14 h [Jo 6.35,58] i Jo 7.37-38 15 j Jo 6.34-35; 17.2-3; [Rm 6.23; 1Jo 5.20] 19 IMt
21 11; Lc 7 16,39; 24.19; Jo 6.14; 7.40; 9.17 20 mGn 12.68; 33.18,20; Jz 9 7 n Dt 12.5, 11; 1Rs 9.3; 2Cr 7.12; SI 122.1-9 21 º[MI 1 111;
1Tm 2.8 22 P [2Rs 1728-41] q [Is 2.3; Lc 24.47; Rm 31; 9.4-5]
•3.31 Ouem vem das alturas. Jesus se distingue de todos os seres humanos, referindo-se à legislação que proíbe aos judeus comer ou beber com os samarita-
que são da terra lv. 13, nota). nos, que eram mais relaxados na sua maneira de entender o ritual da purificação.
•3.32 ninguém aceita o seu testemunho. João repete a idéia de 1.10-11, A surpresa não foi tanto pelo fato de Jesus estar falando com a samaritana. mas
idéia de que nem a sua própria nação nem o mundo em geral estavam prontos pelo fato de ele beber !água) de um recipiente samaritano.
para receber a Cristo. A barreira é o pecado e a cegueira que só Deus pode pene- •4.1 Oo dom de Deus. Esta expressão dá ênfase ao fato de que a salvação não
trar lv. 3; 1 5) é merecida, mas dada IEf 2.8). Opróprio Jesus é o dom de Deus 13.16; GI 2 20; Ef
•3.33 Quem ... aceita o testemunho. O mundo recusou a luz, porém João, 525)
imediatamente, menciona aqueles que estão vindo para a luz, especialmente água viva. No Antigo Testamento, água viva ou corrente era empregada figurati-
ele próprio como o primeiro expoente da verdade. A pregação de João é a cul- vamente como referência à atividade divina (Jr 2.13; Zc 14.8. Ver também v. 14;
minância do Antigo Testamento e o começo do Novo Testamento 11.15; Mt 7.37-39)
11.11)
•4.11 Como os judeus e Nicodemos antes dela, a mulher samaritana não com-
•3.34 Deus não dá o Espírito por medida. Estas palavras podiam certamente
preendeu os termos-chaves que Jesus usa (v. 15; 2.19-21; 33-10).
ser aplicados ao Espírito que dotou de poder o ministério terreno de Jesus (Lc
3.22; 4.1 ). Mas é também possível que esses versículos se refiram à plenitude do •4.13 tornará a ter sede. Jesus contrasta a satisfação transitória com a satis-
Espírito, que Jesus dá àqueles que o servem, e alguns estudiosos antigos e mo- fação eterna, ensinando que todos os prazeres terrenos, mesmo quando legíti-
dernos têm entendido o texto deste modo. Posteriormente, Jesus é o agente que mos, se desvanecem.
envia o Espírito (15.26). •4.14 Aqui, "eu lhe der" expressa a origem divina da bênção, "uma fonte a 1orrar"
•3.35 O Pai ama ao Filho. Ver 5.20. se refere à sua grande abundância; "para a vida eterna" significa duração sem
•4.1-42 Opano de fundo deste incidente é o profundo desprezo que os judeus e fim.
os samaritanos sentiam uns pelos outros lv. 9). Não é surpresa que os samarita- •4.18 cinco maridos já tiveste. Oconhecimento da vida anterior da mulher sa-
nos respondessem com inimizade aos judeus. Quando viajavam entre a Galiléia e maritana é idêntico ao conhecimento que Jesus revelou a respeito de Natanael
a Judéia, muitos judeus preferiam atravessavam o Jordão a passar por Samaria. 1148)
Jesus não seguiu esta prática llc 9.52) •4.20 Nossos pais adoravam neste monte. Algum tempo depois de o reino
•4.6 Cansado. Jesus sentiu fadiga e mesmo exaustão, por causa de sua nature- do Norte cair sob a Assíria 1721 a.C.), uma ruptura surgiu entre os judeus, em
za humana (Mt 8 24). Ver "A Humanidade de Jesus", em 2Jo 7. Jerusalém, e os israelitas que viviam em Samaria. Estes samaritanos, posterior-
hora sexta. Meio-dia. mente, construíram um templo no Monte Gerizim, que foi destruído em cerca
•4.9 os judeus não se dão com os samaritanos. Esta frase poderia ser tradu- de 130 a.C. Eles continuam a cultuar no Monte Gerizim, mesmo nos tempos
zida também como "os judeus não usam nada em comum com os samaritanos", modernos.
JOÃ04 1236
e já chegou, em que os verdadeiros adoradores 'adorarão o virtude do testemunho da mulher, que anunciara: Ele medis-
Pai em 5 espírito 1e em verdade; porque são estes que o Pai se tuó.o quante> tenho feito. 40 Vindo, pois, os samaritanos ter
procura para seus adoradores. 24 uoeus é espírito; e importa com Jesus, pediam-lhe que permanecesse com eles; e ficou ali
que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade. dois dias. 41 Muitos outros creram nele, por causa da sua 1pa-
25 Eu sei, respondeu a mulher, que vhá de vir o Messias, cha- lavra, 42 e diziam à mulher: Já agora não é pelo que disseste
mado Cristo; quando ele vier, xnos anunciará todas as coisas. que nós cremos; mas porque mnós mesmos temos ouvido e
26 Disse-lhe Jesus: 'Eu o sou, eu que falo contigo. 27 Neste sabemos que este é verdadeiramente 1 o Salvador do mundo.
ponto, chegaram os seus discípulos e se admiraram de que es-
tivesse falando com uma mulher; todavia, nenhum lhe disse: Jesus volta à Galiléia
Que perguntas? Ou: Por que falas com ela? 28 Quanto à mu- 43 Passados dois dias, partiu dali para a Galiléia. 44 Porque
lher, deixou o seu cântaro, foi à cidade e disse àqueles ho- o mesmo "Jesus testemunhou que um profeta não tem hon-
mens: 29Vinde comigo e vede um homem ªque me disse ras na sua própria terra. 45 Assim, quando chegou à Galiléia,
tudo quanto tenho feito. Será este, porventura, o Cristo?! os galileus o receberam, porque ºviram todas as coisas que
30 Saíram, pois, da cidade e vieram ter com ele. ele fizera em Jerusalém, por ocasião da festa, Pà qual eles tam-
bém tinham comparecido.
A ceifa e os ceifeiros
31 Nesse ínterim, os discípulos lhe rogavam, dizendo: A cura do filho de um oficial do rei
Mestre, come! 32 Mas ele lhes disse: Uma comida tenho para 46 Dirigiu-se, de novo, a Caná da Galiléia, qonde da água
comer, que vós não conheceis. 33 Diziam, então, os discípulos fizera vinho. Ora, havia um oficial do rei, cujo filho estava do-
uns aos outros: Ter-lhe-ia, porventura, alguém trazido o que ente em Cafarnaum. 47 Tendo ouvido dizer que Jesus viera da
comer? 34 Disse-lhes Jesus: b A minha comida consiste em fa- Judéia para a Galiléia, foi ter com ele e lhe rogou que descesse
zer a vontade daquele que me enviou e crealizar a sua obra. para curar seu filho, que estava à morte. 48 Então, Jesus lhe
35 Não dizeis vós que ainda há quatro meses até dà ceifa? Eu, disse: 'Se, porventura, não virdes sinais e prodígios, de modo
porém, vos digo: erguei os olhos e vede os campos, epois já nenhum crereis. 49 Rogou-lhe o oficial: Senhor, desce, antes
branquejam para a ceifa. 3610 ceifeiro recebe desde já a re- que meu filho morra. sovai, disse-lhe Jesus; teu filho vive. O
compensa e entesoura o seu fruto para a vida eterna; e, des- homem creu na palavra de Jesus e partiu. 51 Já ele descia,
sarte, 8se alegram tanto o semeador como o ceifeiro. 37 Pois, quando os seus servos lhe vieram ao encontro, anunciando-
no caso, é verdadeiro o ditado: hLJm é o semeador, e outro é o lhe que o seu filho vivia. 52 Então, indagou deles a que hora o
ceifeiro. 38 Eu vos enviei para ceifar o que não semeastes; ;ou- seu filho se sentira melhor. Informaram: Ontem, à hora séti-
tros trabalharam, e VÓS entrastes no seu trabalho. ma a febre o deixou. 53 Com isto, reconheceu o pai ser aquela
precisamente a hora em que Jesus lhe dissera: Teu filho vive;
Muitos samaritanos crêem em jesus e creu ele e toda a sua casa. 54 Foi este o segundo sinal que fez
39 Muitos samaritanos daquela cidade creram nele, iem Jesus, depois de vir da Judéia para a Galiléia.
e~~~~
23 'Mt 18.20; [Hb 13.10-14] SFp 3.3 t[Jo 1.17] 24 u2co 3.17 25 VOt 18 15 XJo 4.29,39 26 zon 9.25; Mt 26.63-64; Me 14.61-62
29 a Jo 4.25 34 b SI 40.7-8; Hb 10.9 e Já 23.12; [Jo 6.38; 17.4; 19.30] 35 d Gn 8.22 e Mt 9.37; Lc 10.2 36 /Dn 12.3; Rm 6 22g1Ts
2.19 37h1Co3.5-9 38iJr44.4;[1Pe1.12] 39/Jo4.29 411Lc4.32;[Jo6.63] 42mJ017.8;1Jo4.141Cf.NU;TReM
acrescentam o Cristo; NU omite 44 n Mt 13.57; Me 6.4; Lc 4.24 45 o Jo 2.13,23; 3.2 PDt 16.16 46 q Jo 2.1, 11 48 r Jo 6.30; Rm
15.19; 1Co 122; 2Co 12.12; [2Ts 2 9]; Hb 2.4
•4.23 vem a hora e já chegou. Ver 6.25. Logo virá otempo em que as divisões cípulos têm uma responsabilidade diferente da sua. Eles colherão o que Jesus
entre judeus e samaritanos serão removidas lv. 21) e o culto do templo será subs- semeou. Afrase pode antecipar deliberadamente o que ocorre em 12.23-24.
tituído. Otempo "já chegou", porque Jesus está presente e começou a obra que •4.42 o Salvador do mundo. Eles reconheceram que Jesus era mais do que
conduz à presença do Espírito Santo na igreja 17.39; 20.22) um profeta (vs. 19,29,39); ele é o Salvador (1 Jo 4.14)
•4.24 importa que... o adorem em espírito e em verdade. O"verdadeiro" •4.44 um profeta não tem honras na sua própria terra. "Sua própria terra"
culto é contrastado com o culto regulado pelas disposições temporárias da lei. é, provavelmente, a Galiléia mais do que a Judéia lcf. v. 3). AGaliléia é considera-
especialmente a separação entre judeus e gentios e as exigências do culto no da como sendo olugar de origem de Jesus. neste Evangelho (1.46; Z.1; 7.42,52).
templo de Jerusalém. Os aspectos cerimonial e sacrificial da lei não eram falsos; Ainda que os galileus otenham recebido (v. 45). otexto indica que Jesus foi des-
eram temporários e provisórios. Oculto "em espírito" é o culto no Espírito Santo. prezado por eles. porque tinham necessidade de ver"sinais e prodígios", para crer
Ele continua a obra começada por Jesus (14.16-18; At 2.33). Marcas proeminen- (v. 48; ver Introdução: Dificuldades de Interpretação).
tes da era do Espírito são a remoção da barreira entre judeus e gentios e a capaci- •4.46 oficial do rei. Um oficial a serviço de Herodes Antipas, tetrarca da Galiléia
dade de os cristãos adorarem sem necessidade de templo de qualquer espécie. (cf. Mt 14.1-12; Lc 23.7).
•4.26 Eu o sou. Esta é uma ocasião antes do seu julgamento, quando Jesus é •4.50 teu filho vive. Esta foi uma expressão de poder para curar e não mera-
citado apresentando-se como o Messias. Talvez insinuações políticas associadas mente uma profecia de que ele se recuperaria.
a este titulo desaconselhassem Jesus a empregá-lo com mais freqüência (cf. •4.52 à hora sétima. Uma hora da tarde.
6.14-15). •4.54 segundo sinal. Embora Jesus tenha realizado muitos outros sinais 12.23),
•4.27 se admiraram. Aatitude dos discípulos reflete tanto o desprezo dos ju- este é o segundo que teve lugar em Caná da Galiléia lcf. 2.11). Arepetição, por
deus pelos samaritanos como ochauvinismo machista que considerava o ensinar três vezes, da expressão "teu filho vive" (vs. 50-51,53) mostra o propósito do si-
a uma mulher como perda de tempo. nal, que é revelar que Jesus tem poder para dar a vida. Correspondendo a esta re-
•4.30 Sairam. Otestemunho da mulher foi mais eficiente do que a visita dos petição está a progressão da fé no oficial (vs. 48,50,53). Este enfoque sobre a
doze apóstolos. vida através do poder da palavra de Jesus prepara o leitor para o discurso seguin-
•4.37 Um é o semeador, e outro é o ceifeiro. Jesus torna claro que seus dis- te sobre a vida através do Filho (5.19-30).
1237 JOÃO 5
A cura de um paralítico 1
ainda mais procuravam matá-lo, porque não somente viola-
Passadas ªestas coisas, havia uma festa dos judeus, e Je- va o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai,
5 sus bsubiu para Jerusalém.
2 Ora, existe ali, e junto à Porta das Ovelhas, um tanque,
mfazendo-se igual a Deus.
chamado em hebraico 1 Betesda, o qual tem cinco pavilhões. Jesus explica a sua missão
3 Nestes, jazia uma multidão de enfermos, cegos, coxos, para- 19 Então, lhes falou Jesus: Em verdade, em verdade vos
líticos 4 2 [esperando que se movesse a água. Porquanto um digo que no Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somen-
anjo descia em certo tempo, agitando-a; e o primeiro que en- te aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo o que este fizer, o Fi-
trava no tanque, uma vez agitada a água, sarava de qualquer lho também semelhantemente o faz. 20 Porque ºo Pai ama ao
doença que tivesse]. 5 Estava ali um homem enfermo havia Filho, e Plhe mostra tudo o que faz, e maiores obras do que
trinta e oito anos. 6 Jesus, vendo-o deitado e sabendo que es· estas lhe mostrará, para que vos maravilheis. 21 Pois assim
tava assim há muito tempo, perguntou-lhe: Queres ser cura- como o Pai ressuscita e vivifica os mortos, q assim também o
do? 7 Respondeu-lhe o enfermo: Senhor, não tenho ninguém Filho vivifica aqueles a quem quer. 22 E o Pai a ninguém julga,
que me ponha no tanque, quando a água é agitada; pois, en- mas ao Filho rconfiou todo julgamento, 23 a fim de que todos
quanto eu vou, desce outro antes de mim. 8 Então, lhe disse honrem o Filho do modo por que honram o Pai. 5 Quem não
Jesus: d Levanta-te, toma o teu leito e anda. 9 Imediatamente, honra o Filho não honra o Pai que o enviou. 24 Em verdade,
o homem se viu curado e, tomando o leito, pôs-se a andar. E em verdade vos digo: 1quem ouve a minha palavra e crê na-
e aquele dia era sábado. to Por isso, disseram os judeus ao que quele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo,
fora curado: Hoje é sábado, e !não te é lícito carregar o leito. ªmas passou da morte para a vida. 25 Em verdade, em verda-
11 Ao que ele lhes respondeu: O mesmo que me curou medis· de vos digo que vem a hora e já chegou, em que vos mortos
se: Toma o teu leito e anda. 12 Perguntaram-lhe eles: Quem é o ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem viverão.
homem que te disse: Toma o teu leito e anda? 13 Mas o que 26 Porque xassim como o Pai tem vida em si mesmo, também
fora g curado não sabia quem era; porque Jesus se havia retira- concedeu ao Filho ter zvida em si mesmo. 27 E lhe ªdeu auto-
do, por haver muita gente naquele lugar. 14 Mais tarde, Jesus ridade para julgar, bporque é o Filho do Homem. 28 Não vos
o encontrou no templo e lhe disse: Olha que já estás curado; maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se
hnão peques mais, para que não te suceda coisa pior. 15 O ho- acham nos túmulos e ouvirão a sua voz de sairão: 29 eos que
mem retirou-se e disse aos judeus que fora Jesus quem o ha- tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tive-
via curado. 16 E os judeus iperseguiam Jesus, 3 porque fazia rem praticado o mal, para a ressurreição do juízo.
estas coisas no sábado. 17 Mas ele lhes disse: iMeu Pai trabalha 30/Eu nada posso fazer de mim mesmo; na forma por que
até agora, e eu trabalho também. 18 Por isso, pois, os judeus ouço, julgo. O meu juízo é justo, porque gnão procuro a minha
· - CAPÍTULO 5 1 aLv 23.2; Dt 16.16 bJo 2.13 2 CNe 3.1,32; 12.39 1Cf. TR e M; NU Betzatá, Gr. Bethzatha 4 2Conteúdo dos colchetes
conforme TR e M; NU omite; texto correspondente ao final do v. 3 e todo o v. 4 no NTG 8 dLc 5.24 9 e Jo 9 14 1OIJr17.21-22 13 gLc
13.14; 22.51 14hJo 8.11 16 iJo 8.37; 10.393Cf NU; TR e M acrescentam e procuravam matá-lo, NU omite 17) [Jo 9.4; 17.41
181 Jo 7.1,19 m Jo 10.30 19 n Jo 5.30; 6.38; 8.28; 12.49; 14.10 20 o Mt 3.17 P [Mt 11.27] 21 q [Jo 11.25] 22 r [At 17.31]
23 s 1Jo 2.23 24 t Jo 3.16, 18; 6.47 u [1Jo 314] 25 V[CI 2.13] 26 xs136.9z1 Co 15.45 27 a [At 10.42; 17.31 J bDn 7.13 28 C(1Ts
415-17]dls2619 29eDn122 30/Jo5.19gMt26.39
•5.1 festa dos judeus. Provavelmente uma das festas de peregrinação que ele mesmo, porque está apenas fazendo aquilo que o Pai faz. Os judeus entende-
eram observadas em Jerusalém: dos Tabernáculos, Páscoa ou Pentecostes. ram o que Jesus disse e por isso o acusaram de fazer-se igual a Deus (v. 18).
•5.5 um homem enfermo. A doença exata não é especificada, mas o evento •5. 18 fazendo-se igual a Deus. Jesus se apresentava como aquele que tem
indica que a doença impedia-o de mover-se e andar. sobre o sábado a mesma autoridade que tem o Autor do sábado (Lc 6.5), que foi
dado não só no Sinai, mas na própria ordem da criação.
•5.8 toma o teu leito. A tradição judaica tinha interpretado a proibição do traba-
lho no sábado para proibir que se carregasse peso. Jeremias protestou contra o •5.19 o Filho nada pode fazer. Isto não expressa incapacidade pessoal, mas
carregar e descarregar no sábado (Jr 17 21-22). dá ênfase à completa unidade de propósito e ação na Trindade. Ver nota teológica
"A Humilde Obediência de Cristo"
•5.9 o homem se viu curado. Não se afirma que a fé em Jesus foi exigida do
homem, como ocorreu em muitos milagres de Jesus (Mt 9.22; 13.58; Me 6.5-6). •5.20 e maiores obras do que estas. Há uma obra maior do que a de curar um
Oenfoque aqui é sobre o poder de Jesus. doente. Esta obra, segundo o v. 21, é ressuscitar um morto.
•5.14 coisa pior. A "coisa pior" é deixada indefinida. A razão da admoestação •5.21 o Pai ressuscita ... os mortos. Uma clara afirmação daquilo que está ex-
não é, necessariamente, que o homem tivesse ficado doente por causa de algum presso menos claramente no Antigo Testamento. Jesus concorda com os fariseus
pecado específico. Alguns pecados podem levar Deus a juízos físicos e temporais contra os saduceus, que negam a ressurreição (Mt 22.23). Fazer os mortos res-
11Co11.28-32), mas a doença não está necessariamente relacionada com algum suscitarem só é possível a Deus, contudo Jesus reivindica esse poder para si
mesmo (v 25).
· pecado específico (9.3).
•5.23 honra. Aqui "honrar" é o santo temor a Deus despertado pelo conheci-
•5.17-47 Jesus debate com os judeus o seu relacionamento com o sábado e
mento do juízo vindouro (v 22). OFilho, não menos do que o Pai, é Um a quem to-
com Deus. Jesus não argumenta com seus oponentes a respeito de se eles en-
dos deverão prestar contas.
tendem a legislação do sábado corretamente. Seu interesse é saber se eles enten-
dem quem Jesus é. Jesus reivindica ser Deus, indicando algumas de suas •5.24 vida eterna. A salvação não é apenas um objeto de esperança para o fu-
prerrogativas divinas (vs. 17-30), e mostra a base de sua reivindicação (vs. turo, mas uma presente realidade para o crente; pois aquele que crê "passou da
31-47) morte para a vida" (cf 6.47).
•5.17 Meu Pai ... e eu trabalho também. Jesus não discute com os judeus se •5.26 vida em si mesmo. Ver "A Auto-Existência de Deus", no SI 90.2.
eles estão certos em criticar o paralítico. Ele nega que os judeus possam criticar a •5.29 ressurreição. Ver "Ressurreição e Glorificação", em 1Co 15.21.
JOÃO 5 1238 ------ ---------------
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própria vontade, e sim a daquele que me enviou. 31 h Se eu tes- ouvido a sua voz, rnem visto a sua forma. 38 Também não ten-
tifico a respeito de mim mesmo, o meu testemunho não é des a sua palavra permanente em vós, porque não credes na-
4verdadeiro. 32 iüutro é o que testifica a meu respeito, e sei quele a quem ele enviou. 39 5 Examinais as Escrituras, porque
que é verdadeiro o testemunho que ele dá de mim. 33 Mandas- julgais ter nelas a vida eterna, e são 1elas mesmas que testifi-
tes mensageiros a João, ie ele deu testemunho da verdade. cam de mim. 40 "Contudo, não quereis vir a mim para terdes
34 Eu, porém, não aceito humano testemunho; digo-vos, entre- vida. 41 vEu não aceito glória que vem dos homens; 42 sei, en-
tanto, estas coisas para que sejais salvos. 35 Ele era a lâmpada tretanto, que não tendes em vós o amor de Deus. 43 Eu vim
que ardia e 1alumiava, e mvós quisestes, por algum tempo, ale- em nome de meu Pai, e não me recebeis; se outro vier em seu
grar-vos com a sua luz. 36 Mas n eu tenho maior testemunho próprio nome, certamente, o recebereis. 44 xcomo podeis crer,
do que o de João; porque ºas obras que o Pai me confiou para vós os que aceitais glória uns dos outros e, contudo, não pro-
que eu as realizasse, Pessas que eu faço testemunham a meu curais za glória que vem do Deus único? 45 Não penseis que
respeito de que o Pai me enviou. 37 O Pai, que me enviou, esse eu vos acusarei perante o Pai; ªquem vos acusa é Moisés, em
mesmo qé que tem dado testemunho de mim. Jamais tendes quem tendes firmado a vossa confiança. 46 Porque, se, de fato,
• 31 h Jo 8.14 4 válido como testemunho 32 i [Mt 3.17] 33 i [Jo 1.15, 19,27,32] 35 12Pe l _19 m Me 6.20 36 n 1Jo 5.9 o Jo 3.2;
10.25; 17.4 P Jo 9.16; 10.38 37 q Mt 3.17 r Jo 4.12 39 s Is 8.20; 34_16 t Lc 24_27 40 u [Jo 1.11; 3.19] 41 v 1Ts 2.6 44 x Jo
12.43Z [Rm 2.29] 45 a Rm 2. 12
•5.31-47 Jesus apresenta quatro tipos de testemunho que afirmam as suas rei- (10.25,38), ainda que nem toda obra maravilhosa seja um milagre neste sentido
vindicações: Otestemunho de João Batista, o das próprias obras de Jesus. o de (Êx 7.11-12; Mt 7.22-23; 24.24; Ap 13.13).
Deus Pai e o das Escrituras, especialmente Moisés. •5.37-38 sua voz... sua palavra. Estes termos se relerem, provavelmente, às
Escrituras, que são a "voz" e a "palavra" de Deus, mas que os descrentes não re-
•5.31 o meu testemunho não é verdadeiro. Otestemunho de Jesus não se-
ceberam.
ria falso, mesmo que ele talasse isoladamente_ Pela expressão "não é verdadeiro"
Jesus quer significar que esse testemunho não seria permitido no tribunal de •5.39 as Escrituras... testificam de mim. Jesus concorda que o Antigo Testa-
acordo com a lei Mosaica (Dt 17_6; 19.15; ver nota textual). mento conduz à vida eterna (cf. 2T m 3.15), revelando que esta vida está nele, o
Autor da vida eterna. A busca daqueles que se recusam a encontrar Cristo nas
•5.36 essas que eu faço. Este é o princípio reconhecido por Nicodemos (3.2). Escrituras é fútil, porque lhes falta a iluminação do Espírito Santo \2Co 3.6).
O poder dado por Deus para operar milagres é um sinal da aprovação divina •5.45 quem vos acusa. Moisés acusará aqueles que não crêem em Cristo, por-
1239 .JOÃO 5, 6
crêsseis em Moisés, também creríeis em mim; bporquanto ele vam para vir com o intuito de arrebatá-lo para o proclamarem
escreveu a meu respeito. 47 Se, porém, e não credes nos seus 1rei, retirou-se novamente, sozinho, para o monte.
• . 53 d Mt 26.26 5~ e Jo -4.14; 6.27,40 55 8 C;. NU; TR e Mutilizam advérbio verdadeiramente comida 9 Cf N-U; TR e Mutilizam advérbio
verdadeiramente bebida 56/[1Jo 3.24; 4.15-16] 58 g Jo 6.49-51 h Êx 16.14-35 60 i Jo 6.66 1 Difícil 61 2faz tropeçar 62/ At
1.9; 2.32-33 63 12Co 3.6 mJo 3.6 n [Jo 6.68; 14 24] 64 o Jo 6.36 PJo 2.24-25; 13.11 65 q Jo 6.37,44-45 66 rLc 9.62 3 Ou foram
embora, lit. foram para trás 68 sLc 5.20 69 ILc 920 4Cf. NU; TR e MCristo, oFilho do Deus vivente 70 °Lc 6.13V[Jo13.27] 71 xJo
12.4; 13.2,26 ZMt 26.14-16
CAPÍTULO 7 1 a Jo 5.18; 7.19,25; 8.37,40 1As autoridades regentes 2 b Lv 23.34 3 cMt 12.46 5 d SI 69.8 e Me 3.21 61Jo2.4;
8.20 7 g [Jo 15.19] h Jo 3.19 8 i Jo 8.20 2 NU omite por enquanto
•6.53 se não comerdes ... e não beberdes. Fora da união pessoal com o Sal- los, que permaneceram fiéis (como mostra a confissão de Pedro), aprofundaram
vador, não há salvação. Ver "A Ceia do Senhor", em 1Co 11.23. sua fé nele.
•6.60 Muitos dos seus discípulos. Estes discípulos se ofenderam com as pa- •6.67 quereis... retirar-vos. A pergunta de Jesus enseja a firme resposta de
lavras de Jesus, recusaram-se a ouvir a sua explicação e não quiseram aceitar a Pedro, que fala pelos Doze. Uma situação paralela é encontrada em Mt 16.13-20;
mensagem da salvação pela graça. Me 8.27-29; Lc 9.18-20.
•6.61,64,70 Três exemplos de conhecimento sobrenatural [cf. 2.24-25) • 7.2 Festa dos Tabernáculos. Era a festa mais longa do ano judaico (durava
•6.62 virdes o Filho do Homem subir. Do mesmo modo que "levantar" (3.14, sete dias) e seguia-se ao Ano Novo Judaico e ao Dia da Expiação (Yom Kippur, Lv
nota), "subir", aqui, provavelmente se refira aos eventos que se iniciam com o 23; Dt 16). Era uma celebração da graciosa provisão de Deus para os israelitas no
"ser levantado" na cruz, culminando na sua exaltação à mão direita do Pai. Se deserto, ao término da colheita do ano. Havia um cerimonial de água corrente
muitos de seus discípulos murmuravam diante de suas palavras nos vs. 53-58, (comemorando a provisão de água no deserto. Nm 20.2-13) e o ritual de acender
como reagiriam ao escândalo da crucificação? Ver "A Ascensão de Jesus", em Lc lâmpadas. Aprimeira destas cerimônias oferece base para a proclamação de Je-
24.51. sus nos vs. 37-38 e a segunda deu fundamento à sua afirmação em 8. 12.
para o lugar onde primeiro estava. Uma referência à preexistência da Palavra •7.3,5,10 seus irmãos. Cf. 2.12; Mt 12.46. Alguns dos irmãos posteriormente
viva [1.1-3). creram em Jesus [At 1.14)
•6.63 Oespírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita. Esta expres- •7.6 O meu tempo. Ver vs. 8,30; 2.4; 8.20; 12.23; 13.1, 17.1; Mt 26.18; Me
são torna claro que entender as palavras de Jesus em sentido meramente físico é 14.41 Tais passagens mostram a preocupação de Jesus em conformar-se ao
absolutamente errado. Notar a estreita cooperação entre o Pai (vs. 37-40. plano de Deus.
44-46,57,65), o Filho e o Espírito Santo lv. 63) mostrada nesta passagem. •7.7 o mundo. Ahumanidade em sua oposição a Deus e a seu propósito.
•6.65 ninguém poderá vir a mim, se. Éimpossível a qualquer pessoa ir a Cris- más. Os que praticam o mal se ressentem de serem desmascarados pelo bem
to sem a chamada eficaz de Deus. Aincapacidade moral do pecador para esco- (319-20).
lher Cristo precisa ser sobrepuiada pelo poder gracioso e soberano do Espírito •7 .8 eu, por enquanto, não subo. Jesus, na verdade, depois vai à festa.
(35-21). Seus irmãos pediram-lhe que se apresentasse abertamente às multidões. Je-
•6.66-71 Um ponto crucial neste Evangelho. Muitos de seus discípulos, juntos sus, no entanto. assevera que ainda não está pronto para manifestar-se publi-
com a multidão, rejeitaram a Cristo em sua descrença, enquanto os seus discípu- camente.
JoÃo7 1242
jesus na Festa dos Tabernáculos do, ao todo, um homem? 24 dNão julgueis segundo a aparên-
to Mas, depois que seus irmãos subiram para a festa, en- cia, e sim pela reta justiça.
tão, subiu ele também, não publicamente, mas em oculto.
li Ora, los judeus o procuravam na festa e perguntavam: Os guardas mandados para prenderJesus
Onde estará ele? 12 E 1havia grande murmuração a seu respei- 25 Diziam alguns de Jerusalém: Não é este aquele a quem
to entre as multidões. muns diziam: Ele é bom. E outros: procuram e matar? 26 Eis que ele fala abertamente, e nada lhe
Não, antes, engana o povo. 13 Entretanto, ninguém falava dizem. !Porventura, reconhecem verdadeiramente as autori-
dele abertamente, npor ter medo dos judeus. dades que este é, 4 de fato, o Cristo? 27 gNós, todavia, sabemos
donde este é; quando, porém, vier o Cristo, ninguém saberá
A contro11érsia entre Jesus e os judeus donde ele é. 28 Jesus, pois, enquanto ensinava no templo, cla-
14 Corria já em meio a festa, e Jesus subiu ao templo e ºen- mou, dizendo: hVós não somente me conheceis, mas também
sinava. 15 PEntão, os judeus se maravilhavam e diziam: sabeis donde eu sou; e inão vim porque eu, de mim mesmo, o
Como sabe este letras, sem ter estudado? 16 3 Respondeu-lhes quisesse, mas aquele que me enviou fé verdadeiro, 1aquele a
Jesus: qO meu ensino não é meu, e sim daquele que me envi- quem vós não conheceis. 29 mEu 5 o conheço, porque venho
ou. 17 rse alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá a da parte dele e fui por ele enviado. 30 Então, nprocuravam
respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se eu falo por mim prendê-lo; mas ºninguém lhe pôs a mão, porque ainda não era
mesmo. 18 5 Quem fala por si mesmo está procurando a sua chegada a sua hora. 31 E, contudo, Pmuitos de entre a multi-
própria glória; mas o que 1procura a glória de quem o enviou, dão creram nele e diziam: Quando vier o Cristo, fará, porven-
esse é verdadeiro, e unele não há injustiça. 19 vNão vos deu tura, maiores sinais do que este homem tem feito?
Moisés a lei? Contudo, ninguém dentre vós a observa. xpor 32 Os fariseus, ouvindo a multidão murmurar estas coisas
que procurais matar-me? 20 Respondeu a multidão: 2 Tens de- a respeito dele, juntamente com os principais sacerdotes en-
mônio. Quem é que procura matar-te? 21 Replicou-lhes Jesus: viaram guardas para o prenderem. 33 Disse-lhes 6 Jesus: q Ain-
Um só feito realizei, e todos vos admirais. 22 ªPelo motivo de da por um pouco de tempo estou convosco e depois rirei para
que Moisés vos deu a circuncisão (se bem que ela não vem junto daquele que me enviou. 34 5 Haveis de procurar-me e
dele, bmas dos patriarcas), no sábado circuncidais um ho- não me achareis; também aonde eu estou, vós 1não podeis ir.
mem. 23 E, se o homem pode ser circuncidado em dia de sá- 35 Disseram, pois, os judeus uns aos outros: Para onde irá este
bado, para que a lei de Moisés não seja violada, por que vos que não o possamos achar? Irá, porventura, para u a Dispersão
indignais contra mim, pelo fato de ceu ter curado, num sába- entre os gregos, com o fim de os ensinar? 36Que significa, de
·~-; /J~-~~6-~~ 1~~16; ~Lc~ 1019 13n[Jo922;12.42; 19.38] 14 ºMc~34 15P~t1;54 16 qJo;11 NUe _ _---
M acrescentam Assim, TR omite 17 r Jo 3.21, 8.43 18 s Jo 5.41 t Jo 8.50 u [2Co 5.21] 19 v Dt 33.4 x Mt 12.14 20 z Jo 8.48,52
3-CU~;
22ªLv 12.3 bGn 17.9-14 23 CJo 5.8-9,16 24 dPv24.23 25 eMt21.38; 26.4 26/Jo 7.48 4NU omite de fato 278Lc 4.22
28 h Jo 8.14 i Jo 5.43 f Rm 3.4 1Jo 1.18; 8.55 29 m Mt 11.27 5 Cf. NU e M; TR acrescenta Mas, NU e M omitem 30 n Me 11.18 o Jo
7.32,44; 8.20; 10.39 31 P Mt 12.23 33 q Jo 13.33 r [1 Pe 3.22] 6 NU e M omitem lhes 34 s Os 5.6 l[Mt 5.20] 35 u Tg 1.1
•7, 13 por ter medo dos judeus. Esta não é uma referência a todos aqueles que mas foi previamente instituída por Deus nos dias de Abraão (Gn 17 10-14) A
eram descendentes naturais de Abraão. Mais do que isso, o termo se refere aos regulamentação de que ela tinha de ser realizada no oitavo dia era comumente
líderes e oficiais que eram hostis a Jesus. considerada como tendo precedência à lei do descanso, no sábado.
•7 .15 sem ter estudado. Jesus não era conhecido por ter sido ensinado por al- • 7.23 curado, num sábado, ao todo. Jesus chama a atenção para a incon-
gum rabino, contudo seu conhecimento e sabedoria pasmavam aqueles que o sistência de seus acusadores. Havia um número de atividades permitidas no
ouviam (cf. 3.2; Mt 7.28; Lc 2.47) sábado, inclusive a circuncisão. Ele compara estas atividades com a obra de
•7.16 e sim daquele que me enviou. Jesus indica a fonte do seu ensino. Sua cura.
mensagem não se origina nele mesmo, mas vem de seu Pai. • 7.27 todavia, sabemos donde este é. Opovo sabia que Jesus era da Galiléia
•7.17 conhecerá. A verdadeira percepção da natureza do ensino divino de Cris- (vs 41,52) e isto parecia ir contra o ponto de vista prevalecente de que o Messias
to é assegurada àqueles que diligentemente anseiam fazer a vontade de Deus (SI viria de Belém (v. 42; Mt 2 5-6) ou que sua origem seria desconhecida. Jesus, em
2514) resposta, prefere apontar para a sua origem divina do que para uma localidade
•7.18 por si mesmo. Um contraste é estabelecido entre os mensageiros por si terrena. Ao falharem em reconhecer sua missão divina, o povo mostrou sua igno-
mesmos e Jesus, cujo princípio orientador é ser leal à sua missão (12.49). Ver rância do plano de Deus, apesar dos milagres, que eram prova da aprovação divi-
1.14, 17; 14.6; 18.37; 2Co 11.1 O; Ap 3.7, 14; 19.11 ~passagens onde Cristo e na (v. 31)
sua mensagem são identificados com a verdade. Isto também é dito a respeito de •7.30 Então, procuravam prendê-lo. Os complôs contra a vida de Cristo não
Deus Pai (7.28; 8.26; 17.3; SI 31.5; Is 65.16; Rm 3.4; 1Ts 1.9; 1Jo 5.20; Ap 6.1 O; podiam ser bem sucedidos, enquanto o tempo de Deus não chegasse.
15.3; 16.7) e do Santo Espírito (1417; 15.26; 1613; 1Jo 4.6; 5.6). O mesmo se
•7.34 Haveis de procurar-me e não me achareis. Isto não está em contradi-
aplica às Escrituras e à pregação apostólica (17.17; SI 119.30,43, 138, 142, 151,
ção com Mt 7. 7. Ali Jesus está falando a respeito de uma sede de conhecer a
160; Ef 1. 13; CI 1.5; 2Tm 2. 15; Tg 1 18) Este é um forte contraste com Satanás,
Deus (cf. v. 37), que só o Espírito Santo cria em alguém; mas, aqui, ele está se re-
que é "mentiroso" (8.44).
ferindo a um esforço por encontrá-lo geograficamente, um esforço que seria fútil,
•7 .19 Moisés a lei. A bênção de ter recebido a lei como a revelação da vontade uma vez que ele estaria no céu. Notar o contraste entre descrentes (v. 34) e cren-
de Deus (cf. SI 103.7; Rm 3.2; 9.4) torna-se uma ruína através da desobediência tes (14.3).
(Rm 7.7-12).
•7.35 Para onde irá este que não o possamos achar. Os judeus estavam
•7.20 tens demônio. Compare 8.48-52; 1019-20; Mt 12.24. perplexos quanto à origem de Cristo e. por isso. não podiam entender o seu desti-
•7.21 Um só feito realizei. Jesus se refere a um feito que ele realizou em sua no, que era o céu. Eles o entendiam em sentido meramente geográfico e não lhes
região, a cura de um paralítico (5.1-15). agradava o pensamento de que ele exerceria o seu ministério entre os gregos,
•7.22 circuncisão. A circuncisão foi preceituada na lei de Moisés (Lv 12.3), pagãos que eles desprezavam.
1243 JOÃO 7, 8
fato, o que ele diz: Haveis de procurar-me e não me achareis; a esta plebe que nada sabe da lei, é maldita. 50 Nicodemos,
também aonde eu estou, vós não podeis ir? um deles, 1que 1 antes fora ter com 2 Jesus, perguntou-lhes:
51 m Acaso, a nossa lei julga um homem, sem primeiro ouvi-lo
jesus, afonte da água ma e saber o que ele fez? 52 Responderam eles: Dar-se-á o caso de
37 vNo último dia, o grande dia da festa, levantou-se Jesus que também tu és da Galiléia? Examina e verás que nda Gali-
e exclamou: xse alguém tem sede, venha a mim e beba. léia 3 não se levanta profeta. 53 4 [E cada um foi para sua casa.
38 zouem crer em mim, como diz a Escritura, ªdo seu interi-
or fluirão rios de água viva. 39 b!sto ele disse com respeito ao A mulher adúltera
Espírito que haviam de receber os 7 que nele cressem; pois o Jesus, entretanto, foi para o monte das Oliveiras. 2 1 De
8 Espírito até aquele momento não fora dado, porque Jesus
•~~~~~~~~~~~
36 ZGI 5.1 37 •Jo 7.19 38 b[Jo 3.32; 5.19,30; 14.10,24] 5NU ouvistes de 39 cMt 3.9 d[Rm 2.28] 40 eJo 8.37 /Jo 8.26 41 g1s
63.16 42h1Jo 5.1 i Jo 16.27; 17.8,25 iGI 4.4 43 i[Jo 717] 44 m Mt 13.38 n [1Jo 3.8-10,15] o 1Jo 2.16-17 P [Jd 6] 4H 1Jo 4.6
48 r Jo 7.20; 10.20 49 sJo 5.41 50 tJo 5.41; 7.18 51uJo5.24; 11.26 52 vJo 7.20; 10.20xzc1.5 53ZJo10.33; 19.7 54 ªJo
5.31-32 bAt 3.13 ó NU e M nosso 55 eJo 7.28-29
•8.36 Sa ... o Filho vos libartar. A regeneração lo novo nascimento) éa obra do brenatural da graça pode redirecionar a vontade de uma pessoa e levá-la a
Espírito Santo 13.3-8). realizada com base na morte e ressurreição de Cristo em desejar o bem.
nosso favor 13.14-16). Ele foi homicida ... nela não há verdada. Entre todos os pecados que poderi-
vardadairamanta sarais livras. Jesus não está falando de liberdade política, am ser mencionados como características de Satanás, o assassinato e a mentira
nem meramente de uma liberdade que nos torna livres de uma escravidão física. são destacados: a mentira porque é diretamente oposta à verdade, que é a ênfa-
A verdadeira liberdade consiste em servir a Deus e cumprir os propósitos dos que se central desta seção lvs. 32-47); o assassinato, porque eles desejam matar a
foram especialmente criados à imagem de Deus. D pecado priva-nos desta reali- Jesus lv. 40). Satanás contrasta-se vivamente com Jesus, que é a "verdade e a
zação porque perturba nossas mentes. degrada nossos sentimentos e escraviza vida" 114.6) e o doador da vida (10.10,28).
nossa vontade. E isto que os Reformadores chamaram de "depravação total", e •8.46 Quem dentre vós me convence de pecado. Ninguém pode convencer
seu único remédio é a graça de Deus através do novo nascimento espiritual 13.3). Jesus de pecado ou provar qualquer acusação contra ele. Jesus está livre de todo
Ver "A Liberdade Cristã", em GI 5.1. pecado 12Co 5.21 ), "santo. inculpável. sem mácula, separado dos pecadores"
•8.37 dascandincia da Abraão. Deus está interessado mais em descendên- (Hb 7.26). fazendo sempre aquilo que agrada ao Pai (v. 29).
cia espiritual do que em linhagem física. Não importa quão bons tenham sido os •8.47 não me dais ouvidos. Opecado paralisa nossos sentidos espirituais. Só
antepassados de uma pessoa, se ela está trilhando o caminho da desobediência um ato da graça capacita o pecador a ouvir a voz de Deus (cf. v. 43; 10.3-4, 16,27).
IEz 18). Do mesmo modo, não importa quão maus tenham sido os antepassados •8.48 és samaritano. Um termo insultuoso, provavelmente implicando que Je-
de uma pessoa, se ela é renovada pelo Espírito de Deus e anda no caminho da fé. sus era nascido fora do relacionamento do casamento lv. 41, nota).
•8.40 assim não procadau Abraão. Abraão foi obediente à orientação de e tens demônio. Quando encurralados pela verdade, os inimigos de Jesus se
Deus, mesmo quando isto foi doloroso para ele. Os ouvintes de Jesus reivindica- voltam para a blasfêmia IMt 12.24,31 ).
ram ser descendentes de Abraão, mas Jesus lhes mostra que eles não são se- •8.49 Eu não tenho demônio. A conduta de Jesus em honrar ao Pai e não bus-
melhantes ao seu antepassado na matéria essencial de obediência. Overdadeiro car a própria glória é oposta àquilo que uma pessoa endemoninhada faria. Jesus
filho não se define em termos biológicos, mas em termos de obediência. não tem medo de entregar o assunto ao juízo de Deus (cf. 17.4).
•8.41 não somos bastardos. Esta pode ter sido uma sugestão sarcástica de •8.51 se alguém guardar a minha palavra, não verá a morte. A morte,
que Jesus seria filho ilegítimo. como separação eterna da comunhão com Deus, é a punição judicial do pecado
(Rm 6.23). Uma vez que Jesus morreu como substituto de seu povo. os que per-
pai ... Daus. Os judeus raramente se dirigiam a Deus como "Pai". A paternidade tencem a ele estão livres da penalidade do pecado, porque Cristo pagou a penali-
de Deus é uma característica dominante do ensino de Cristo. Deus é Pai dos que dade por eles.
são salvos e recebidos na sua casa por adoção. Deus é o Pai do Filho num sentido
aternamenta. Ao estender a promessa para além desta vida, Jesus reivindica
incomparável 11.14, nota; 3.16; 20.17).
uma prerrogativa divina. Os judeus entenderam a afirmação como uma promessa
•8.42 cartamanta, ma havíeis da amar. A unidade entre o Pai e o Filho é tão de que a morte física seria evitada (v. 52). Afirmações anteriores tornam claro o
profunda que ninguém pode pertencer ao Pai e rejeitar o Filho. Outra vez a origem que Jesus quis dizer 15.24-29).
de Jesus é uma questão de contenda 17.41-43, nota). •8.53 És maior do qua Abraão, o nosso pai. Abraão e os profetas, grandes
•8.44 Vós sois do diabo, qua é vosso pai. A relação entre a verdade e a justi- como foram na história da redenção, não puderam vencer a morte. Só Cristo tri-
ça tem sido proeminente neste Evangelho. Opovo arna as trevas lo erro) rnais do unfou sobre a sepultura.
que a luz la verdade). porque suas obras são más 13.1 O). Um espantoso contraste •8.54 minha glória. Nos dias de seu ministério terreno, Jesus não buscou glória
aparece aqui; existem sarnente duas opções: Deus ou Satanás. Pela graça de ou honra. ainda que a glória pertencesse a ele como Filho de Deus. A glória de
Deus. Abraão andou nos caminhos da fé lvs. 39-41) e da obediência. Os que rejei- Cristo era visível àqueles que tinham olhos para ver 11.14). Essa glória apareceu
taram a Jesus estavam fazendo o oposto. na sua ressurreição e ascensão (1Tm 3.16) e será vista plenamente na sua se-
e quereis. Os pecadores desejam fazer aquilo que é mau. Somente um ato so- gunda vinda.
JOÃO 8, 9 1246
eu o conheço e d guardo a sua palavra. 56 Abraão, vosso pai, homem chamado Jesus fez lodo, untou-me os olhos e disse-
e alegrou-se por ver o meu dia, fviu·o e regozijou-se. 57 Pergun· me: Vai ao 4 tanque de Siloé e lava-te. Então, fui, lavei-me e
taram·lhe, pois, os judeus: Ainda não tens cinqüenta anos e vis· estou vendo. 12 Disseram-lhe, pois: Onde está ele? Respon-
te Abraão? 58 Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade deu: Não sei.
eu vos digo: g antes que Abraão existisse, h Eu Sou. 59 Então,
ipegaram em pedras para atirarem nele; mas Jesus se ocultou e Os fariseus interrogam o cego
saiu do templo. 7 13 Levaram, pois, aos fariseus o que dantes fora cego. 14 E
era sábado o dia em que Jesus fez o lodo e lhe abriu os olhos.
A cura de um cego de nascença 15 Então, os fariseus, por sua vez, lhe perguntaram como che·
Caminhando Jesus, viu um homem cego de nascença. gara a ver; ao que lhes respondeu: Aplicou lodo aos meus
9 2 E os seus discípulos perguntaram: Mestre, ªquem pe-
cou, este ou seus pais, para que nascesse cego? 3 Respondeu
olhos, lavei-me e estou vendo. 16 Por isso, alguns dos fariseus
diziam: Esse homem não é de Deus, porque não 5 guarda o sá·
Jesus: Nem ele pecou, nem seus pais; bmas foi para que se bado. Diziam outros: iComo pode um homem pecador fazer
manifestem nele as obras de Deus. 4 cÉ necessário que 1 faça- tamanhos sinais? E 1houve dissensão entre eles. 17 De novo,
mos as obras daquele que me enviou, enquanto é d dia; a noi- perguntaram ao cego: Que dizes tu a respeito dele, visto que
te vem, quando ninguém pode trabalhar. 5 Enquanto estou te abriu os olhos? Que mé profeta, respondeu ele.
no mundo, e sou a luz do mundo. 6 Dito isso/cuspiu na terra 18 Não acreditaram os judeus que ele fora cego e que ago-
e, tendo feito lodo com a saliva, aplicou-o aos olhos do cego, ra via, enquanto não lhe chamaram os pais 19 e os interroga-
7 dizendo-lhe: Vai, lava· te gno tanque de Siloé (que quer dizer ram: É este o vosso filho, de quem dizeis que nasceu cego?
Enviado). hEle foi, lavou-se e voltou vendo. 8 Então, os vizi- Como, pois, vê agora? 20 Então, os pais responderam: Sabe-
nhos e os que dantes o conheciam de vista, como 2 mendigo, mos que este é nosso filho e que nasceu cego; 21 mas não sa·
perguntavam: Não é este o que estava assentado pedindo es- bemos como vê agora; ou quem lhe abriu os olhos também
molas? 9 Uns diziam: É ele. Outros: 3 Não, mas se parece com não sabemos. Perguntai a ele, idade tem; falará de si mesmo.
ele. Ele mesmo, porém, dizia: Sou eu. 10 Perguntaram-lhe, 22 Isto disseram seus pais porque nestavam com medo dos ju-
pois: Como te foram abertos os olhos? 11 Respondeu ele: 10 deus; pois estes já haviam assentado que, se alguém confes·
• o Jo ;~2 ~ l~o
24 P Js 719, ;;m 6.5; E;1O11, Ap 11 13 Jo 9 16 29 rÊx 19 19-20; 33.11; 34 29; Nm 12.6-8 s 5.45-47] I Jo 7.27-28;
8.14 30 UJo3.10 31 vJó 27.9; 35.12; SI 18.41; Pv 1.28; 15.29; 28 9; Is 1.15; Jr 11.11; 14.12; Ez 8.18; Mq 3.4; Zc 7.13; [Tg 516] 33 xJo
3.2; 9.16 34 zs151.5; Jo 9.2 ô excomungaram 35 ªJo 5.14 bJo 1 7; 16.31 CM! 14.33; 16.16; Me 1.1; Jo 10.36; 1Jo 5.13 7Cf. NU; TR e
M de Deus 37 d Jo 4.26 38 e Mt 8.2 39 /[Jo 3.17; 5.22,27; 12.47] g Mt 13.13; 15.14 40 h [Rm 2.19] 41 i Jo 15.22,24
CAPÍTULO 10 3 a Jo 20.16 5 b [2Co 11.13-15] 8 1 M omite antes de mim 9 C[Jo 14.6; Ef 2.18]
•9.24-34 Uma segunda investigação com o homem curado não traz nenhum fato aprisco. Um lugar cercado com uma única entrada. Ladrões ou predadores podi-
novo à luz, mas a posição dos investigadores é endurecida. Os fariseus chamam am escalar a cerca para roubar ou, mesmo, para matar as ovelhas lvs. 8-1 O).
Jesus de "pecador" lv. 24) cuja origem é desconhecida lv. 29) e excomungam o •10.2 entra pela porta. O pastor não precisa escalar a cerca, mas é admitido
homem cujas respostas só os irritam lvs. 27,30). Suas respostas são contunden- pelo guarda. A linguagem aqui implica que vários rebanhos são guardados num
tes: o homem nascido cego tinha sido curado e "Deus não atende a pecadores" único aprisco, e que cada pastor encarregado atende ao seu próprio rebanho.
lv. 31). •10.3 as ovelhas ouvem. Opastor conhece a sua ovelha "pelo nome" e a ove-
•9.35-38 Neste segundo encontro com Jesus, o homem curado mostra que sua lha reconhece a voz do seu pastor e vern a ele. Esta é urna imagem viva de como
fé avança de uma confiança geral na missão divina de Jesus para uma alegre Deus tern marcado algumas pessoas para serem suas no meio da humanidade
aceitação dele como o Messias, digno de adoração. caída.
•3.39-41 Neste epílogo, Jesus traz à luz o impacto de sua vinda: os que falsa- •10.4 lhe reconhecem a voz. A graça que elege é também graça eficaz: Je-
mente imaginam terem especial intuição nas coisas de Deus, tornam-se cegos sus, que conhece as ovelhas, revela-se a elas de tal modo que elas lhe responde-
oponentes dos caminhos de Deus; e os que parecem menos informados são ca- rão. Ele não as força a segui-lo, rnas através da obra da regeneração ele desperta
pazes de ver, quando o Espírito de Deus abre seus olhos e os conduz à fé. a vontade delas.
•9.39 Eu vim a este mundo para juízo. A primeira vinda de Cristo não trouxe o
•10.5 de modo nenhum seguirão o estranho. Esta promessa confortadora
Juízo Final 13.17; 12.47). mas ele fez o povo defrontar-se corn a obrigação de de-
não exclui a necessidade de advertir os crentes contra mestres enganosos !Me
cidir-se a favor ou contra ele IMt 12.30; Lc 11 23). Até a segunda vinda de Cristo,
13.22-23; 2Tm 3.5; 4.2-5; 1Jo 226)
esta é ainda a época da redenção, durante a qual o cego pode ver e os mortos ern
delitos e pecados podem receber a nova vida IEf 2.4). •10.6 eles não compreenderam. Ern alguns casos os próprios discípulos não
compreenderam o que Jesus lhes estava ensinando IMt 13.10-17,36; 15.15).
•9.41 Nós vemos. Aos oponentes faltava a humildade elementar de reconhece-
rem que eram pecadores. •10.7 eu sou a porta. Jesus muda a metáfora de "pastor" para "porta". Como a
•10.1-42 Este capítulo é dividido em três seções: o discurso sobre o bom pastor "porta das ovelhas", Jesus é o único através de quem a vida eterna é recebida lcf.
14.6; Mt 7.13-14). A frase "eu sou", aqui, continua a série dessas sete expres-
lvs. 1-21). o debate com os judeus na Festa da Dedicação lvs. 22-38) e a seção
que encerra o capítulo lvs. 39-42). Ocapítulo é unido pelo ensino sobre o caráter sões, neste Evangelho 16.35, nota)
seguro da atividade salvífica de Cristo. •10.8 ladrões e salteadores. Isto não se refere aos profetas do Antigo Testa-
•10.1 Para Deus como Pastor de seu povo, ver Gn 48.15; 49.24; SI 23.1; 28.9; mento enviados por Deus IMt 21.34-36; 23,29-36). mas a qualquer que, falsa-
78.52; 80.1; Is 40.11; Jr 31.1 O; Ez 34.11-16. Uma profecia em Zc 13.7 concer- mente, se apresentava como o Messias.
nente ao "Pastor de Israel" foi aplicada por Jesus a si mesmo IMt 26.31 ). Jesus •10.9 Se alguém entrar por mim, será salvo. Isto garante que a salvação é
aqui apresenta o seu ministério como a obra de um pastor. Em outras partes do dada àqueles que confiam em Cristo IAt 16.31, Rm 10.9-10) Ern 14.6 torna-se
Novo Testamento, Jesus é referido como "o grande Pastor" IHb 13.20) e "Supre- plenamente claro que só estes são salvos. Cristo é necessário e suficiente para a
mo Pastor" 11 Pe 5.4) Ern Ap 7.17 se diz que "o Cordeiro. .. os apascentará". salvação 13.36)
JOÃO 10 1248
REDENÇÃO LIMITADA
Jo 10.15 °',
Redenção limitada, também a de redenção "particular" ou" expiação \ími@da", é a doutrina histórica Reformada a
respeito da intenção do Deus trin e de Cristó. Sem questionar o valor infinito do sacrifício de Cristo ou a genuinidade,
do sincero convite de Deus a todos o evangelho (Ap 22.17), essa d~na afirma que Cristo, na sua morte, tencio-
nava realizar aquilo que realizou: tirar , ., , , os dos eleitos de Deus e asseg~l',ar que todos eles alcancem a fé através da re-
generação e pela fé sejam preservacJos para a glória. CriSto não pretendeu morrer por todos dessa mesma maneira eficaz. A
prova disso, como as Escrituras el experiência nos ensinam, é que nem todos são salvos.
Ao debater a expiação, alguns dizem que Cristo morreu por todos e que todos, sem exceção, serão salvos. Este é o univer-
saHsmo real. Uma segunda doutrina ensina que Cristo morreu por todos, mas que sua morte não tem efeito salvador sem a
adição da fé e do arrependimento, não, previstos na sua morte. Em outras palavras, ele morreu com o propósito geral de tomar
a salvação possível, mas a salvação'de indivíduos específicos não estava incluída na sua morte. Isso é um univ~ismo hi-
potético. A terceira doutrina é aquelaque ensina que, ainda que amorte de Cristo tenha sido infinita no seu valor, ela só visava
,sa!V8f alguns - aqueles que foram conhecidos de antemão. Isso é a expiação limitada ou definida.
As Escrituras não ensinam que todos serão salvos, o que exclui o universalismó real. Os outros dois pontos de vista não di-
ferem entre si sobre quantos serão salvos, mas a respeito do propósito pelo qual Cristo morreu. As Escritl)ras tratam dessa
·questão. ONovo Testamento ensina que, Deus escolheu para a salvação um grande número dentre os da raça decaída e enviou
·•um
Cristoao mundo para salvá-los (Jo 6,37-40; 10.27-29; 11.51-52; Rm 8.28-39; Ef 1.3-14; 1Pe1.20). Diz-se que Cristo morreu
povo específico, com a clara implicação de que sua morte assegurou a salvação dele (Jo 10.15-18,27-29; Rm 5.8-10;
S.32fOl2.20; 3.13-14; 4.4-5; 1Jo 4.9-10; Ap 1.4-6; 5.9-10). Antes de morrer, Cristo orou por aqueles que o Pai lhe tinha dado e
nãQ pelo mundo (Jo 17 .9,201. A oração dà Jesus animou aqueles por quem ia morrer, e ele prometeu-lhes que jamais deixaria
de salvá-los. Tais passagens apresentam a idéia de uma expiação limitada. OAntigo Testamento, com sua &nfase sobre a elei-
~ n' ça, oferece gra~de apoio a essa doutrina.
', · ,, oferta do Evangl:llho e a ordem de pregar as boas-novas em todà parte não são incoerentes com ,o ensino d!!I que
Cri. fhí:lrreu por seu povo eleito. Tod0$ os que se chegam a Cristo encontrarão misericórdia (Jo 6.35.41-51;~4.57; Rm ,f .16;
: ,10~!M'$~~ Oevangelho oferece Cristo, (jue conhece suas ovelhas; ele morreu por elas; chama-as pelo nomé, e êlaa ouvem a
lüavoz. Este é o evangelho que ele or,denou fosse pregado por seus discípulos em todo o mundo, para salvar pecadores.
por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem. 10 O cem a mim, 1s h assim como o Pai me conhece a mim, e eu
ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim conheço o Pai; ie dou a minha vida pelas ovelhas. 16 Ainda te-
para que tenham vida e a tenham em abundância. 11 dEu sou nho Joutras ovelhas, não deste aprisco; a mim me convém
o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas. 12 O conduzi-las; elas ouvirão a minha voz; 1então, haverá um re-
2mercenário, que não é pastor, a quem não pertencem as banho e um pastor. 17Por isso, o Pai me mama, nporque eu
ovelhas, vê vir o lobo, e abandona as ovelhas e foge; então, o dou a minha vida para a reassumir. 18 Ninguém a tira de
lobo as arrebata e dispersa. 13 O mercenário foge, porque é mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. ºTenho au-
mercenário e não tem cuidado com as ovelhas. 14 Eu sou o toridade para a entregar e também para reavê-la. PEste man-
bom pastor; /conheço as minhas ovelhas, e elas gme conhe- dato recebi de meu Pai .
meu respeito. 26 Mas 2 vós não credes, porque não sois das mi- 39 sNesse ponto, procuravam, outra vez, prendê-lo; mas ele
nhas ovelhas. 5 27 ªAs minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu se livrou das suas mãos.
as conheço, e elas me seguem. 28 Eu lhes dou a vida eterna; ja- 40 Novamente, se retirou para além do Jordão, para o lu-
mais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão. gar 1onde João batizava no princípio; e ali permaneceu. 41 E
29 Aquilo que bmeu Pai cme deu é maior do que tudo; e da iam muitos ter com ele e diziam: Realmente, João não fez ne-
mão do Pai ninguém pode arrebatar. 30 dEu e o Pai somos um. nhum sinal, uporém tudo quanto disse a respeito deste era
31 Novamente, epegaram os judeus em pedras para lhe ati- verdade. 42 E muitos ali creram nele.
•~~~~~~~~~~=
CAPITULO 11 1 a Lc 10.38-39; Ja 11.5, 19 2 bMt 26.7 6 cJa 10.40 8 Jo 8.59; 10.31 9 e Lc 13.33; Ja 9.4; 12.35 /is 9.2 10 Jo
d g
12.35 11 h Dt 31.16; [Dn 12.2]; Mt 9.24; At 7.60; [1 Ca 15.18,51] 16 iMt 10.3; Me 3.18; Lc 6.15; Ja 14.5; 20.26-18; At 1.13 18 1Pouca
menos de 3 km 22 i[Ja 9.31; 11.41] 24 i[Lc 14.14; Ja 5.29] 25 mJa 5.21; 6.39-40.44; [Ap 1.18] nJa 3.16,36; 1Ja 5.10 o1Ca15.22; [Hb
9.27] 27 PMt 16.16; Lc 2.11; Ja 4.42; 6.14,69 30 2 Cf. NU ainda estava; TR e M estava 31 qJo 11.19,33 3 NU supondo que ela estava
indo; TR e M dizendo: Vai 32 rMc 5.22; 7.25; Ap 1.17 s Ja 11.21 JS t Lc 19.41
•11.1·54 Dmilagre da ressurreição de Lázaro dentre as martas é a clímax de to- salém resultaria na morte de Jesus. Se eles não pudessem dissuadi-lo de ir a
das as sinais precedentes que revelaram a glória de Deus através de Jesus Crista. Jerusalém, pela menos se dispõem a morrer com ele.
Aqui, a própria morte, a inimiga final da humanidade, é confrontada com sucesso •11.17 havia quatro dias. Esta referência ao tempo que Lázaro permaneceu na
por alguém que é, ele mesma, a ressurreição e a vida. Contudo, mesma este glo- túmulo, repetida na v. 39, visa a mostrar que Lázaro estava realmente marta, e
riosa sinal divide aquele que a testemunham. Os que rejeitam a glória revelada, não meramente doente.
eles mesmas se encarregam de procurar a morte de Jesus (vs. 46-50).
•11.21 se estiveras aqui. A primeira afirmação de cada irmã (cf. v. 32).
•11.1 Lázaro. Não a Lázaro de Lc 16.20. Este Lázaro é referida somente na
•11.22 mesmo agora. Marta ainda esperava algum milagre, ainda que pare-
Evangelho de João.
cesse que seu irmão estava além da possibilidade de recuperação. Quando Jesus
•11.2 Esta Maria. A unção de Jesus por Maria é relatada em 12.1-8. fala de ressurreição, ela relaciona essa idéia com a futura distante, a "última dia"
•11.3 está enfermo aquele a quem amas. Este foi um pedido de socorra, (v. 24). A fé que Marta demonstrava era melhor informada do que a dos saduce-
aparentemente enviado pouco antes de Lázaro morrer. us, que diziam não haver ressurreição (Mt 22.23).
•11.4 Esta enfermidade não á para morte. Ao falar assim. Jesus não está ne- •11.25 Eu sou a ressurreição e a vida. Isto é repetida em parte em 14.6 (At
gando que Lázaro estará morto par quatro dias, mas está negando que a morte 3.15; Hb 7.16). Avida, para a crente, não termina com a morte, mas continua
triunfará finalmente. eternamente, como uma vida sem fim de comunhão com Deus. Esta é uma ver-
•11.6 ainda se demorou dois dias. Um atraso que as irmãs de Lázaro teriam dade para aqueles que, cama Lázaro, estavam na sepultura, tanto quanta para
dificuldade para entender. aqueles que ainda vivem. Ver nota sobre 6.35.
•11.8 ainda agora os judeus procuravam apedrajar-te. A morte de Jesus •11.27 tu ás o Cristo. A conversação provoca, da parte de Marta, uma confis-
não aconteceu par acidente ou par erra de cálculo; foi para morrer que ele veia. são de fé que é paralela à de Pedro (Mt 16.16).
Jesus e seus discípulos sabiam que se ele fosse a Jerusalém, sua vida correria •11.28 O Mestre. Uma caracterização do ministério de Jesus. Jesus não des-
periga. denha de ensinar a uma mulher, cama faziam outras mestres (Lc 10.39.42).
•11.11 adormeceu. Na Nava Testamento. a morte éfreqüentemente represen- •11.33 agitou-se no espírito. A expressão exterior de tristeza não deixou Je-
tada coma um sana (At 7.60; 1Ca 15.51; 1Ts 4.13). Este é um moda comum de sus indiferente. Ele derramou lágrimas de compaixão pela morte de Lázaro (v. 35).
falar a respeito da morte, e nada diz a respeito da doutrina da "sano da alma" das •11.34 Onde o sepultastes. OEvangelho de João ensina tanto a divindade de
santas que partiram. As Escrituras são claras em dizer que a percepção conscien- Cristo (1.1, 18) quanto a sua plena humanidade. Como Mediador. Cristo atuou
te continua depois da morte. dentro dos limites de sua humanidade sem pecado e sem deixar de lado a sua di-
•11.16 para morrermos com ele. A hostilidade contra Jesus tinha atingida um vindade. Ele experimentou emoções humanas e podia expressar ignorância de fa-
ponto tal que as próprios discípulos se convenceram de que uma viagem a Jeru- tos. Ver "A Humanidade de Jesus", em 2Jo 7.
1251 JOÃO 11, 12
disseram os judeu~: Vede quanto o amava. 37 Mas alguns ob· sus estava para morrer pela nação 52 e ;não somente pela na-
jetaram: Não podfa ele, "que abriu os olhos ao cego, fazer que ção, mas itambém para reunir em um só corpo os filhos de
este não morresse? 38 Jesus, agitando-se novamente em si Deus, que andam dispersos. 53 Desde aquele dia, resolveram
mesmo, encaminhou-se para o túmulo; era este uma gruta a 'matá-lo. S4 moe sorte que Jesus já não andava publicamente
cuja entrada tinharoviosto uma vpedra. 39 Então, ordenou Je· entre os judeus, mas retirou-se para uma região vizinha ao de-
sus: Tirai a pedra. Dll;se·lhe Marta, irmã do morto: Senhor, já serto, para uma cidade chamada nEfraim; e ali permaneceu
cheira mal, porque j~é de quatro dias. 40 Respondeu· lhe Je· com os discípulos.
sus: Não te disse eu que, se creres, xverás a glória de Deus? 55 ºEstava próxima a Páscoa dos judeus; e muitos daquela
41 Tiraram, então, a pedra. 4 EJesus, levantando os olhos para região subiram para Jerusalém antes da Páscoa, para Pse puri-
o céu, disse: Pai, graças te dou porque me ouviste. 42 Aliás, eu ficarem. 56 qLá, procuravam Jesus e, estando eles no templo,
sabia que sempre me ouves, mas assim falei 2 por causa da diziam uns aos outros: Que vos parece? Não virá ele à festa?
multidão presente, para que creiam que tu me enviaste. 43 E, 57 Ora, os principais sacerdotes e os fariseus tinham dado or-
tendo dito isto, clamou em alta voz: Lázaro, vem para fora! dem para, se alguém soubesse onde ele estava, denunciá-lo, a
44 Saiu aquele que estivera morto, tendo os pés e as mãos liga· fim de o rprenderem.
dos com ªataduras e o brosto envolto num lenço. Então, lhes
ordenou Jesus: Desatai-o e deixai-o ir. Jesus ungido por Maria em Betânia
45 Muitos, pois, dentre os judeus que tinham vindo visitar Seis dias antes da Páscoa, foi Jesus para Betânia,
Maria, e vendo o que fizera Jesus, creram nele. 4ó Outros, po·
rém, foram ter com os fariseus e lhes dcontaram dos feitos
12 onde ªestava Lázaro, / a quem ele ressuscitara den-
tre os mortos. 2 bOeram-lhe, pois, ali, uma ceia; Marta ser-
que Jesus realizara. via, sendo Lázaro um dos que estavam com ele à mesa.
3 Então, cMaria, tomando uma libra de bálsamo de dnardo
O plano para tirar a 1/ida de Jesus puro, mui precioso, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com
47 eEntão, os principais sacerdotes e os fariseus convoca- os seus cabelos; e encheu-se toda a casa com o perfume do
ramo Sinédrio; e disseram: /Que estamos fazendo, uma vez bálsamo. 4 Mas e Judas lscariotes, um dos seus discípulos, o
que este homem opera muitos sinais? 48 Se o deixarmos as- que estava para traí-lo, disse: s Por que não se vendeu este
sim, todos crerão nele; depois, virão os romanos e tomarão perfume por 2 trezentos denários e não se deu aos pobres?
não só o nosso lugar, mas a própria nação. 49 !?Caifás, porém, 6 Isto disse ele, não porque tivesse cuidado dos pobres; mas
um dentre eles, sumo sacerdote naquele ano, advertiu-os, di- porque era ladrão e, !tendo a bolsa, tirava o que nela se lan-
zendo: Vós nada sabeis, so hnem considerais que 5 vos con- çava. 7 Jesus, entretanto, disse: Deixa-a! 3Que ela guarde
vém que morra um só homem pelo povo e que não venha a isto para o dia em que me embalsamarem; 8porque gos po-
perecer toda a nação. s1 Ora, ele não disse isto de si mesmo; bres, sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre
mas, sendo sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Je- me tendes .
49 nc 3.2 50 h Jo 18.14 5Cf. NU; TR e M nos 52 ils 49 6 /[Ef 2 14-17] 53 iMt 26.4 54 mJo 4.1,3; 7.1 n 2Cr 13.19 55 °Jo
2 13; 5.1, 6.4 P Nm 9.10, 13; 31.19-20 56 q Jo 7.11 57 rMt 26.14-16
CAPÍTULO 12 t a Jo 11.1.43 l Cf. NU; TR e M acrescentam o que estivera morto, NU omite 2 b Me 14.3; Lc 10.38-41 3 e Jo 11.2 d Ct
1.12 4eJo13.26 5 2Aproximadamente o salário de um ano de um trabalhador 6/Jo 13.29 7 3Cf. NU; TR e ME/aguardou 8gMc14.7
•11.37 Não podia ele. As questões levantadas são a respeito de que espécie eia. Seria uma bênção Jesus morrer porque sua morte era necessária à salvação
de poder Jesus tem e quando ele decide usá-lo. Lázaro morreu e as irmãs prante- não só dos 1udeus. mas dos eleitos de todo o mundo
aram para que a glória de Deus fosse manifestada (v. 4; 9.3). A cura do cego é •11.54-57 A crescente hostilidade dos líderes 1udeus levou Jesus a retirar-se por
lembrada como claramente sobrenatural. uns tempos de Jerusalém.
•11.41 Pai, graças te dou. Jesus dá graças pela resposta à sua oração. Ele tem •12.1-11 A unção de Jesus relatada em Lc 7.36-50 é um incidente diferente
o cuidado de relacionar este milagre à sua missão como Messias desta unção feita por Maria, que é relatada também em Mt 26.6-12eMe14.3-9.
•11.43 Lázaro, vem para fora. O morto não pode ouvir, porém Jesus quis que •12.3 mui precioso. Judas avaliou isto em termos do salário de um ano de tra-
os presentes vissem que a voz de Deus pode ressuscitar o morto (5.28-29). Esta balho (v. 5). quase três vezes tanto quanto Judas aceitou para trair a Jesus.
chamada divina que dá vida ao morto ilustra vividamente a chamada de Deus diri- ungiu os pés de Jesus. Mateus e Marcos indicam que ela derramou algum per-
gida aos mortos espirituais, que os faz ress.urgir para a vida espiritual (Ef 25) fume sobre a cabeça de Jesus, que seria a prática comum. Ungir seus pés e en-
•11.45-47 Esta obra de Deus teve um duplo resultado: fé para alguns e resistên- xugá-los com seus cabelos era um tributo de humildade e devoção.
cia e descrença para outros (cf. 2Co 3.15-16). •12.4-6 Judas le os outros discípulos, Mt 26.8) objetou fortemente, consideran-
•11.48 O Sinédrio, que tinha suprema autoridade religiosa no país, temeu que o do o ato um desperdício de dinheiro. Suas recriminações foram uma desconside-
ministério de Jesus provocasse um levante popular. que os romanos esmagariam ração para com Jesus e cruéis para com Maria. O interesse para com o pobre é
pela força das armas. desmascarado como artificial.
•11.49 Caifás. Ele era um saduceu e genro de Anás, que tinha sido deposto •12.7 Deixa-a. Jesus defende Maria, aludindo que ela o fizera como uma prepa-
como sumo sacerdote pelos romanos, mas que tinha considerável influência so- ração para sua morte próxima. Para este ponto crucial da obra redentora de Deus,
bre os líderes religiosos 11813) nenhum gasto é muito grande.
•11.50 Caifás insensivelmente sugere que executar uma pessoa inocente pode •12.8 sempre ... nem sempre. Sempre haverá pobreza num mundo caído junto
ser desculpável, se esse procedimento assegura vantagem para a nação. Ele ti- com as responsabilidades de ministrar ao pobre como uma expressão do amor de
nha esquecido a mensagem de Pv 17 .15 Deus. A oportunidade de estar presente com Jesus e servi-lo durante sua perma-
•11.51 profetizou. Nos propósitos de Deus, Caifás, sem o saber, fez uma prole- nência na terra não se repetiria.
JOÃO 12 1252
O plano para tirar a \lida de Lázaro entre si: 1Vede que nada aproveitais! Eis aí vai o mundo após
9 Soube numerosa multidão dos judeus que Jesus estava ele.
ali, e lá foram não só por causa dele, mas também para verem
Lázaro, ha quem e\eressuscitara dentre os mortos. 10 1Mas os Alguns gregos desejam ver Jesus
principais sacerdotes resolveram matar também Lázaro; 20Qra, entre os "que subiram para adorar durante a fosta,
11 iporque muitos dos judeus, por causa dele, voltavam cren- vhavia alguns gregos; 21 estes, pois, se dirigiram a Filipe, xque era
do em Jesus. de Betsaida da Galiléia, e lhe rogaram: Senhor, queremos ver Je-
sus. 22 Filipe foi dizê-lo a André, e André e Filipe o comunicaram
A entrada triunfal de jesus emferusalém a Jesus. 23 Respondeu-lhes Jesus: zÉ chegada a hora de ser glori-
12 1No dia seguinte, a numerosa multidão que viera à fes· ficado o Filho do Homem. 24 Em verdade, em verdade vos digo:
ta, tendo ouvido que Jesus estava de caminho para Jerusalém, ªse o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas,
13 tomou ramos de palmeiras e saiu ao seu encontro, claman- se morrer, produz muito fruto. 25 bQuem ama a sua vida perde-a;
do: Hosana! mBendito o que vem em nome do Senhor e que mas aquele que odeia a sua vida neste mundo preservá-la-á para
é Rei de Israel! 14 n E Jesus, tendo conseguido um jumenti- a vida eterna. 26 Se alguém me serve, esiga- me, e, donde eu es-
nho, montou-o, segundo está escrito: tou, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, o Pai
15 ºNão temas, filha de Sião, eis que o teu Rei aí vem, o homará. Z1 eAgora, está angustiada a minha alma, e que direi
montado em um filho de jumenta. eu? Pai, salva-me desta hora? !Mas precisamente com este pro-
16 PSeus discípulos a princípio não compreenderam isto; pósito vim para esta hora. 28 Pai, glorifica o teu nome. gEntão,
qquando, porém, Jesus foi glorificado, rentão, eles se lem- veio uma voz do céu: Eu já o glorifiquei e ainda o glorificarei.
braram de que estas coisas estavam escritas a respeito dele e 29 A multidão, pois, que ali estava, tendo ouvido a voz, dizia ter
também de que isso lhe fizeram. 17 Dava, pois, testemunho havido um trovão. Outros diziam: Foi um anjo que lhe falou.
disto a multidão que estivera com ele, quando chamara a Lá- 30 Então, explicou Jesus: hNão foi por mim que veio esta voz,
zaro do túmulo e o levantara dentre os mortos. 18 5 Por causa e sim por vossa causa. 31 Chegou o momento de ser julgado
disso, também, a multidão lhe saiu ao encontro, pois ouviu este mundo, e agora io seu príncipe será expulso. 32 E eu,
que ele fizera este sinal. 19 De sorte que os fariseus disseram !quando for 4 levantado da terra, atrairei 1todos a mim mesmo.
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h 16;1 ~ 1/Jo11~5;1218~ IM;;-~·~-9; ~~ ;:1~; ~e
11 19353;-;-3
15 ºls40.9; Zc 9.9 16PLc 18.34 QJo739; 12.23 r[Jo 1426] 18SJo 12.11 19 tJo 11.47-48 2ourns 8.41-42; At8.27 VMc
m~l 118;5~2~ ~~t-;-1;
14 -
7.26; At 17.4 21 x Jo 1.43-44; 14.8-11 23 ZMt 26.18.45; Jo 1332; At 3.13 24 a [Rm 14.9); 1Cr 1536 25 bMt 1039; Me 8.35; Lc
9.24 26 e [Mt 16 24] dJo 14.3; 17.24; [1Ts 4.17] 27 e [Mt 2638-39]; Me 14.34; Lc 12.50; Jo 11.33 !Lc 22.53; Jo 18.37 28 gMt 3.17;
17.5; Me 1.11; 9.7; Lc 3.22; 9.35 30 h Jo 11.42 31 iMt 12.29; Lc 10.18; [At 26.18; 2Co 4.4] 32 i Jo 3.14; 8.28 l[Rm 5.18; Hb
2.9] 4 crucificado
•12.9-10 Ao invés de reconhecer a mão de Deus na ressurreição de Lázaro, os uma explicação de sua própria obra. Sua morte, que ocorrerá num certo tempo e
principais sacerdotes conspiravam para matar Jesus e Lázaro. lugar, abrirá as portas da salvação para o povo de todas as eras e nações.
•12.11 muitos dos judeus. Os lideres religiosos estavam perdendo popularida- •12.25 Quem ama sua vida. Os que estão assoberbados pelos interesses da
de. Nicodemos parecia ter desertado 17 .50-52); alguns judeus tinham crido em vida sobre a terra encontrarão a ruína, enquanto os que são desprendidos desses
Cristo, ainda que superficialmente 18.30, nota); alguns estavam impressionados interesses obterão a vida eterna através da obra de Cristo IMt 10.39; Lc 1733) É
com a cura do cego de nascença 110.21); Jesus parecia estar ganhando seguido- no serviço de Cristo e na união com ele que a verdade desta afirmação é experi-
res além do Jordão 110.41-42); e agora a ressurreição de Lázaro estava conduzin- mentada lcap. 14)
do outros à fé nele (vs 17-18; 11.45). Tudo isto foi uma preparação para a •12.27 Agora, está angustiada a minha alma. Jesus está perturbado diante
aclamação que Jesus receberia em sua entrada triunfal, que levaria os fariseus a da perspectiva de suportar o juízo de seu Pai santo no lugar dos pecadores. Não
dizerem: "Eis aí vai o mundo após ele" lv. 19) obstante, ele aceita seu papel e reafirma seu compromisso para com ele.
•12.13 Hosana. A saudação foi emprestada, em parte, do SI 118.25-26, à qual •12.28 veio uma voz do céu. Em três lugares nos Evangelhos o Pai fala direta-
foi acrescentada a referência ao "Rei de Israel" Isto era particularmente inquieta- mente, do céu, a respeito de Jesus: no seu batismo IMt 3.17), na transfiguração
dor aos líderes judeus, que temiam um levante popular sob a liderança de Jesus. (Mt 17.5) e aqui. Para benefício dos discípulos lv 30), o Pai coloca seu selo de
•12.14-15 As circunstâncias exatas tinham sido profetizadas por Zc 9.9. Esta aprovação sobre a obra salvadora de Jesus.
profecia é anotada também por Mateus e foi entendida em retrospectiva pelos •12.29 A multidão... tendo ouvido a voz. Uma situação semelhante à das cir-
discípulos. cunstâncias da conversão de Paulo, onde aqueles que o acompanhavam ouviram
um som, mas não distinguiram as palavras IAt 9.7; 22.9).
•12.20 alguns gregos. Uma nota de rodapé irônica à afirmação dos fariseus no v. •12.31 Chegou o momento de ser julgado este mundo. Pela sua morte
19. Provavelmente estes "gregos" não fossem judeus da dispersão la palavra grega que se aproxima, Jesus porá fim ao poder do pecado sobre a raça de Adão, jul-
é diferente da que é traduzida por "helenistas", em At 6.1 ). Ao invés disso, eles gando-o e condenando-o.
eram talvez prosélitos ou, mais provavelmente, gentios "tementes a Deus" !como seu príncipe será expulso. Satanás lcf. 14.30; 16.11; 2Co 4.4; Ef 2.2; 1Jo 4.4;
eram chamados), que participavam do culto na Sinagoga, mas que não se subme- 5.19). Satanás tem poder de fato, mas não de direito. Quando Deus destrói o po-
teram à circuncisão e à plena recepção à religião judaica IAt 8.27; 13.26; 17.4). der de Satanás, não está violando seus direitos ou quebrando qualquer acordo fei-
•12.23 Échegada a hora. Em contraste com afirmações anteriores de que sua to com ele.
hora não tinha chegado ainda 12.4; 7.6,8,30; 8.20), esta é a primeira de um núme- •12.32 quando for levantado. Isto se refere à crucificação lv. 33), mas tam-
ro de afirmações de que a morte e a ressurreição de Cristo estão próximas lv. 27; bém à glorificação de Cristo. Como "Mediador" ele será levantado à mão direita
13.1; 16.32; 17.1). A cruz e o sepultamento são descritos em outro lugar como de Deus 13.14, nota)
sua humilhação (Fp 2.8). Esta humilhação é o caminho pelo qual Cristo, o Media- atrairei todos a mim mesmo. A cruz exerce uma atração universal, e povos de
dor, seguindo os dias de sua ressurreição ainda sobre esta terra, deve entrar na todas as nacionalidades, gentios bem como judeus, serão salvos através dela.
glória de sua ascensão para a mão direita do Pai 113.31-32; cf. Fp 2.8-9). "Todos" significa toda espécie de pessoa, sem distinção, e não todos os mem-
•12.24 o grão de trigo. Jesus usa a figura do crescimento do grão de trigo como bros da raça humana sem exceção.
1253 JOÃO 12, 13
:n misto dizia, significando de que gênero de morte estava para O resumo do ensino de jesus
morrer. 34 Replicou-lhe, pois, a multidão: nNós temos ouvido 44 EJesus clamou, dizendo: 'Ouem crê em mim d crê, não
da lei que o Cristo permanece para sempre, e como dizes tu ser em mim, e mas naquele que me enviou. 45 E / quem me vê a
necessário que o Filho do Homem seja levantado? Quem é mim vê aquele que me enviou. 46 gEu vim como luz para o
esse Filho do Homem? 35 Respondeu-lhes Jesus: Ainda por um mundo, a fim de que todo aquele que crê em mim não per-
pouco ºa luz está convosco. PAndai enquanto tendes a luz, maneça nas trevas. 47 Se alguém ouvir as minhas palavras e
para que as trevas não vos apanhem; e q quem anda nas trevas não as 6 guardar, h eu não o julgo; porque ;eu não vim para jul-
não sabe para onde vai. 36 Enquanto tendes a luz, crede na luz, gar o mundo, e sim para salvá-lo. 48iQuem me rejeita e não
para que vos tomeis rfilhos da luz. Jesus disse estas coisas e, re- recebe as minhas palavras tem quem o julgue; 1a própria pala·
tirando-se, 5 ocultou·se deles. vra que tenho proferido, essa o julgará no último dia. 49 Por-
que meu não tenho falado por mim mesmo, mas o Pai, que
A explicação da incredulidade dos judeus me enviou, esse me tem prescrito no que dizer e o que anun·
37 E, embora tivesse feito tantos 1sinais na sua presença, ciar. 50 Esei que o seu mandamento é a vida eterna. As coisas,
não creram nele, 38 para se cumprir a palavra do profeta Isaías, pois, que eu falo, como o Pai mo tem dito, assim ºfalo.
que diz:
11 Senhor, quem creu em nossa pregação? E a quem foi re- jesus lava os pés aos discípulos
Ora, ªantes da Festa da Páscoa, sabendo Jesus que
velado o braço do Senhor?
39 Por isso, não podiam crer, porque Isaías disse ainda:
40 "Cegou-lhes os olhos e endureceu-lhes o coração,
13 era chegada a bsua hora de passar deste mundo para
o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, camou-
xpara que não vejam com os olhos, nem entendam com os até ao fim. 2 1 Durante a ceia, d tendo já o diabo posto no
o coração, e se convertam, e sejam por mim curados. coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, que traísse a Je-
41 "Isto disse Isaías 5 porque viu a glória dele e falou a seu sus, 3 sabendo este e que o Pai tudo confiara às suas mãos, e
respeito. 42 Contudo, muitos dentre as próprias autoridades que ele !viera de Deus, e gvoltava para Deus, 4 hlevantou-se
creram nele, mas, ªpor causa dos fariseus, não o confessa· da ceia, tirou a vestimenta de cima e, tomando uma toalha,
vam, para não serem expulsos da sinagoga; 43 bporque ama- cingiu se com ela. 5 Depois, deitou água na bacia e passou a
ram mais a glória dos homens do que a glória de Deus. lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhos com a toalha com
·-~3 rn Jo~832~~119 34 ns1 8936-37; Is 9.6-7; Mq 4.7 35 o [Jo 1.9; 733, 8.12] PJr 13.16; [GI 6.10]; Ef 5.8qJo11.10; [1Jo
36 rLc 16 8; Jo 8 12 sJo 8.59 37 tJo 11.47 38 111s 53.1; Rm 10.16 40 "Is 6.9-10 XMt 13.14 41 2 1s6 1 5Cf. NU; TR e Mquando
2~1]--
42ªJo713;922 43bJo5.41.44 44CMc937d[Jo3.16,18,36;112526]e[Jo524] 45/[Jo149] 46gJo1.4-5;8.12;
1235-36 47 h Jo 5.45 i Jo 3.17 ô Cf. NU; TR e M crer 48 i [Lc 1O16] IDt 18.18-19 49 rn Jo 8.38 n Dt 18. 18 50 Jo 5.19; 8.28 °
CAPÍTULO 13 1 ªMt 26.2 b Jo 12.23; 17. 1 e Jo 15 9 2 dLc 223 1Cf NU; TR e ME, acabada a ceia 3 eAt 236/Jo 8.42; 16.28 g Jo
17. 11, 20. 17 4 h [lc 22 27]
•12.34 da lei. Um dos termos usados para toda a Escritura do Antigo Testamen- ção de Cristo fosse a salvação dos seus e não a condenação daqueles que não
to (1034; 15.25). Esta é uma possível referência a SI 89.36; 110.4; Is 9 7; Ez crêem.
37.25; Dn 7.14; Mq 5.2. •12.48 palavra que tenho proferido. Ver "O Ensino de Jesus", em Mt 7.28.
0 Filho do Homem. Entenderam este título como uma re1vind1cação de ser o •13.1-17.26 Estes cinco capítulos relatam o ministério de Jesus aos seus dis-
Messias prometido. cípulos no cenáculo, acompanhado de uma refeição. Os outros Evangelhos indi-
seja levantado. Entenderam isto como ser suspenso ou crucificado, à base de cam que a Ceia do Senhor foi instituída nesta ocasião. porém João não diz isto,
textos tais como SI 8936-37, e eles não podiam conciliar a morte de Cristo com o talvez porque ele considerasse a instituição da Ceia suficientemente abordada
conceito que tinham sobre o Messias. pelos três Evangelhos Sinóticos: Mateus, Marcos e Lucas. A relação entre a nar-
rativa dos Sinót1cos e o Evangelho de João tem sido extensamente discutida por
•12.35 a luz. Jesus é a "luz" lv 46. 14-9; 8. 12; 9.5). Sua morte iminente trará
muitos estudiosos. Os Evangelhos Sinóticos. todos, afirmam que a refeição referi-
um período de trevas. da em 132, era a refeição da Páscoa (Mt 26.17-30; Me 14.12-26; Lc 22 7-23).
•12.38 para se cumprir a palavra do profeta Isaías. O ministério público e João, por outro lado, implica que essa refeição teve lugar na véspera da Páscoa, e
terreno de Jesus era o cumprimento da profecia de Isaías. que era. em grande que Jesus morreu no tempo exato, quando os cordeiros pascais estavam sendo
parte, um ministério de juízo do Israel incrédulo. Jesus pronuncia o juízo previa- imolados (13. 1,29; 18.28; 19. 14,31.42) Entre os estudiosos que aceitam a fide-
mente anunciado por Isaías, que deve preceder o reino vindouro. dignidade de João e dos Evangelhos Sinóticos. diversas soluções possíveis têm
•12.39 não podiam crer. Ninguém poderá crer verdadeiramente a menos que sido propostas. Ver notas em 19.14; Mt 26.17.
Deus abra o entendimento do indivíduo mediante a obra sobrenatural do Espírito •13.1 amou-os até ao fim. Grande ênfase é dada nos caps. 13-17 ao amor
(33-7) de Cristo. Este amor é ilustrado na comovente cena do lava-pés, na qual o Filho de
•12.41 porque viu a glória dele. Isaías tinha recebido uma visão da glória do Deus não desdenha realizar o mais humilde trabalho de um servo (Fp 2.7-8).
Deus entronizado (Is 6. 1) e profetizou a respeito do divino Servo Sofredor (Is •13.2 Um contraste vivo entre Judas que se serve a si mesmo e Jesus, que se dá
52 13-53.12) a si mesmo.
•12.42 muitos ... creram nele. O juízo anunciado por Isaías cumpriu-se, mas •13.3 sabendo este. A humilde conduta de Jesus não foi porque ele tivesse es-
mesmo alguns líderes (p. ex .. José de Arimatéia e Nicodemos. 1938-40) creram quecido a sua condição de Filho encarnado de Deus. Seu ato demonstra que con-
apesar da ameaça de excomunhão da parte de seus pares descrentes. dição superior e privilégio não são razão para a arrogância, porém. são altas
•12.44 Ouem crê em mim crê ... naquele que me enviou. Oestreito relacio- credenciais para o serviço.
namento de Jesus com o Pai (cf. 17.21-23) é ressaltado em três aspectos: crer •13.5 lavar os pés aos discípulos. Olava-pés era um elemento comum de
em Cristo é crer no Pai, ver Cristo é ver o Pai (v. 45). ouvir a Cristo é ouvir ao Pai (v. hospitalidade num país poeirento, onde as pessoas usavam sandálias (cf. Lc
50). Por outro lado, rejeitar a Cristo e suas palavras é rejeitar o Pai e suas palavras. 7.44). Esta tarefa era geralmente realizada pelo membro mais humilde da
Esta rejeição resulta em condenação, ainda que o propósito básico da encarna- casa.
.JOÃO 13 1254
que estava cingido. 6 Aproximou-se, pois, de Simão Pedro, e do acontecer, creiais que Eu Sou. 20 ªEm verdade, em verda-
este lhe disse: ;Senhor, tu me lavas os pés a mim? 7 Respondeu· de vos digo: quem recebe aquele que eu enviar, a mim me re-
lhe Jesus: O que eu faço inão o sabes agora; 1compreendê- cebe; e quem me recebe recebe aquele que me enviou.
lo-ás depois. 8 Disse· lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Res-
pondeu-lhe Jesus: mse eu não te lavar, não tens parte comigo. O traidor indicado
9 Então, Pedro lhe pediu: Senhor, não somente os pés, mas 21 bDitas estas coisas, cangustiou·se Jesus em espírito e
também as mãos e a cabeça. 10 Declarou-lhe Jesus: Quem já afirmou: Em verdade, em verdade vos digo que dum dentre
se banhou não necessita de lavar senão os pés; quanto ao vós me trairá. 22 Então, os discípulos olharam uns para os ou·
mais, está todo limpo. Ora, "vós estais limpos, mas não todos. tros, sem saber a quem ele se referia. 23 Ora, e ali estava 4 con-
II Pois ºele sabia quem era o traidor. Foi por isso que disse: chegado a Jesus um dos seus discípulos, aquele a quem ele
Nem todos estais limpos. amava; 24 a esse fez Simão Pedro sinal, dizendo-lhe: Pergunta
a quem ele se refere. 25 Então, aquele discípulo, 5 reclinando·
Uma lição de humildade se sobre o peito de Jesus, perguntou-lhe: Senhor, quem é?
12 Depois de lhes ter lavado os pés, tomou as vestes e, vol- 26 Respondeu Jesus: É aquele a quem eu der o pedaço de pão
tando à mesa, perguntou-lhes: 2 Compreendeis o que vos fiz? molhado. Tomou, pois, um pedaço de pão e, tendo-o molha-
13 PVós me chamais o Mestre e o Senhor e dizeis bem; por- do, deu-o afJudas, filho de Simão Iscariotes. 27 gE, após o bo-
que eu o sou. 14 Ora, qse eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos cado, imediatamente, entrou nele Satanás. Então, disse Jesus:
lavei os pés, rtambém vós deveis lavar os pés uns dos outros. O que pretendes fazer, faze-o depressa. 28 Nenhum, porém,
15 Porque seu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, dos que estavam à mesa percebeu a que fim lhe dissera isto.
façais vós também. 16 1Em verdade, em verdade vos digo que 29 Pois, como hJudas era quem trazia a bolsa, pensaram al·
o servo não é maior do que seu senhor, nem o enviado, maior guns que Jesus lhe dissera: Compra o que precisamos para a
do que aquele que o enviou. 17 Ora, "se sabeis estas coisas, festa ou lhe ordenara que desse alguma coisa aos pobres.
bem-aventurados sois se as praticardes. 18 Não falo a respeito 30 Ele, tendo recebido o bocado, saiu logo. E era noite.
de todos vós, pois eu conheço aqueles que escolhi; é, antes,
para vque se cumpra a Escritura: O novo mandamento
x Aquele que come 3 do meu pão levantou contra mim 31 Quando ele saiu, disse Jesus: 1Agora, foi glorificado o Fi·
seu calcanhar. lho do Homem, e !Deus foi glorificado nele; 32 se Deus foi
19 2 Desde já vos digo, antes que aconteça, para que, quan- glorificado nele, também Deus o glorificará nele mesmo; e
~~~~~~~~~~~~
~ J21Jo12.23 33mJ012.35;14.19;16.16-19n[Jo7.34;8.21] 34º1Ts4.9 35P1Jo2.5 36QJo13.33;14.2;16.5'2Pe1.14
37 sMc 14.29-31 38IJo18.25-17
CAPÍTULO 14 1 a [Jo 14.27; 16.22.24] 2 bJo 13.33,36 I habitações 2Cf. NU; TR e Meu vos teria dito, vou 3 C[At 1.11] d[Jo 12.26]
5 e Mt 10.3 6/[Hb 9.8; 10.19-20] g[Jo 1.14, 17; 8.32; 18.37] h [Jo 11.25] i 1Tm 2.5 i[Jo 107-9] 7 1Jo 8.19 9 m CI 1.15 10 n Jo
10.38; 14.11,20 oJo 5.19; 14.24 11 PJo 5.36; 10.38 12 Qlc 10.17 13 'Mt 77 5 Jo 13.31 14 3Cf. NU; TR e Mpedirdes 15 11Jo
5.3 4 Cf. NU; TR e M guardais
•13.33 buscar-me-eis. Esta restrição é temporária. No devido tempo, seus discí- senão por mim. Esta é uma forte afirmação de que só Cristo é o caminho da sal-
pulos estariam onde Jesus está, depois que tiver preparado lugar para eles 114.2). vação. Imaginar e proclamar que há outros caminhos é enganar o povo e esque-
•13.34 Novo mandamento. Nada há de novo a respeito do mandamento do cer a necessidade de sua vinda e redenção IAt 4.12; Rm 10.14-15; 1Jo 5.12).
amor, uma vez que Lv 19.18 ensina a "amar o próximo como a si mesmo". Onovo •14. 7 Se vós me tivésseis conhecido. Todas as bênçãos previamente no-
elemento é a mudança de "próximo" para "uns aos outros" e a mudança de "a si meadas são resumidas no conhecimento de Deus, que é mais do que um apa-
mesmo" para "como eu vos amei" Oamor cristão tem o amor sacrificial de Cristo nhado mental, uma vez que envolve o compromisso de todo o coração.
como seu modelo e a comunidade de crentes como o primeiro lugar !ainda que •14.8 mostra-nos o Pai. Opedido de Filipe mostra má compreensão, um tema
certamente não exclusivo) onde esse amor se expressa lcf. Mt 25.40; GI 6.1 O; Ef que percorre todo o Evangelho 12.21, nota), mas abre o caminho para o que vem a
525). Ver"Amor", em 1Co 13.13. seguir
•13.36 mais tarde, porém, me seguirás. Esta é uma profecia a respeito do •14.9 vê o Pai. Jesus não está negando a distinção de Pessoas em Deus, mas
martírio de Pedro 121.18-19). está lembrando a Filipe que ele é aquele que revela o Pai.
•13.37 Por ti darei a própria vida. Pedro foi indubitavelmente sincero, mas não •14.1 Oeu estou no Pai... o Pai está em mim. Esta mútua vivência anunciada
se conhecia a si mesmo. em 10.38 é desenvolvida aqui, também no v. 20 e outra vez em 17.21. Três gran-
•13.38 jamais cantará o galo. A expressão "duas vezes", como registrada em des unidades são proclamadas nas Escrituras: A Unidade das Três Pessoas na
Me 14.30, refere-se à mesma confirmação da negação de Pedro. Trindade; a unidade da natureza divina e humana de Cristo e a unidade de Cristo e
•14.1 Não se turbe o vosso coração. Esta passagem de supremo conforto é seu povo na redenção.
oferecida por Jesus numa hora enegrecida pela sombra da traição de Judas e •14.11 Ver"Milagres", em 1Rs 17.22.
pela negação de Pedro, apenas algumas horas antes da agonia do Getsêmani e •14.12 e outras maiores fará. A história prova que Jesus não está afirmando
da morte na cruz 113.21 ). Contudo, a afirmação transmite um sentido de sublime que cada crente operará maiores milagres do que ele operou. A obra da igreja, no
paz e visa ministrar aos temores dos discípulos, ao invés das próprias necessida- poder do Espírito Santo, será "maior" do que a obra de Jesus, em números e terri-
des de Jesus. tório.
•14.2 muitas moradas. Ver nota textual. Enquanto o caminho que conduz à •14.13 tudo quanto pedirdes em meu nome. Isto não garante que Deus
vida é estreito e a porta, apertada IMt 7.14). é também verdade que o número fará tudo o que pedirmos só pelo fato de adicionarfllos à nossa oração as pala-
dos filhos de Abraão é tão grande como a areia da praia e como as estrelas do céu vras "em nome de Cristo". Orar em nome de Cristo é identificar-se com os pro-
(Gn 22.17), "multidão tão grande, que ninguém podia enumerar" IAp 7.9). pósitos de Cristo na proporção em que nossa vontade tiver se tornado
Pois vou preparar-vos lugar. Cristo prepara o lugar no céu para os seus, e o identificada com a vontade de Deus 11 Jo 5.14). Aqueles que não obtêm aquilo
Espírito Santo prepara os redimidos na terra, para seu lugar nos céus. Ver "O que pedem especificamente, freqüentemente são surpreendidos por uma res-
Céu", em Ap 21.1. posta diferente -porém melhor O"não" é, às vezes, a melhor resposta. Ver "A
•14.3 e vos receberei para mim mesmo. Em 1.51, Jesus se comparou a uma Oração", em Lc 11.2.
escada entre o céu e a terra. Aqui ele se apresenta como Aquele que leva seu a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Oestreito relacionamento entre
povo para o céu. as Pessoas da Trindade é mostrado no ensino de Jesus sobre a oração.
•14.6 e a vida. Não a existência como tal, mas a existência em cumprimento ao •14.15 guardareis. A prova de amor a Cristo não é uma profissão oral, mas uma
desígnio de Deus, de sermos seu templo vivo 11.4). obediência viva.
JOÃO 14 1256
io-Es-PtRITOSANTo
Jo 14.26
Antes de sua morte, Jesus prometeu que ele e o Pai enviariam aos seus discípulos "outro Consolador" (Jo 14.16,26; 15.26;
16.7). A palavra grega traduzida por "Consolador" é parakletos e significa advogado ou assistente em questões jurídicas.
Num contexto mais amplo, significa uma pessoa que provê encorajamento, conselho e força. Jesus enviará "outro" Consola-
dor, alguém como ele mesmo que, depois dele, continuará o ensino e o testemunho que ele começou (Jo 16.7-15).
A obra desse Consolador é realizada por um Ser pessoal. OAntigo Testamento revela muito a respeito da atividade do Espí-
rito na criação (Gn 1.2; SI 33.6), na revelação (Is 61.1-3; Mq 3.8), na concessão de poder(Êx 31.2-6; Jz 15.14-15; Is 11.2) e na
renovação interior (SI 51.10-12; Ez 36.25-27). Porém coube ao Novo Testamento revelar claramente o Espírito como uma dis-
tinta Pessoa da Divindade, coigual com o Pai e o Filho. Do Espírito se diz que ele fala (At 1.16; 8.29; 10.19; 13.2), ensina (Jo
14.26), testemunha (Jo 15.26), perscruta (1 Co 2.1 O). quer (1Co 12.11) e intercede (Rm 8.26-27). Todos esses atos são própri-
os de uma Pessoa.
A divindade do Espírito aparece quando o Pai, o Filho e o Espírito Santo são nomeados juntos nas bênçãos (2Co 13.13; Ap
1.4-6) e na fórmula batismal (Mt 28.19). Mentir ao Espírito é mentir a Deus \At 5.3-4). O Espírito é chamado de "sete Espíritosª
em Ap 1.4; 3.1; 4.5; 5.6, como uma expressão de sua plenitude e da diversidade de sua obra na Igreja em muitos lugares, re-
presentados pelas sete igrejas da Ásia (Ap 1.11-20). Essa perfeição divina foi prefigurada em Zc 3.9; 4.2, 1O; o número "sete"
expressa a perfeição do único Espírito. OEspírito é a terceira Pessoa da Trindade, igual ao Pai e ao Filho em glória e, como eles,
digno de culto, amor e obediência. ·
A obra do Espírito é glorificar a Jesus Cristo, mostrando aos seus discípulos quem é Jesus (Jo 16.7-15) e o que Jesus signi-
fica para eles (Rm 8.15-17; GI 4.6). O Espírito ilumina (Ef 1.17-18), regenera (Jo 3.5-8), santifica (GI 5.16-18) e transforma
(2Co 3.18; GI 5.22-23). Ele dá ao povo de Deus aquilo de que esse povo precisa para servir ao Senhor \ 1Co 12.4-11 ).
O pleno ministério do Espírito começou no Pentecostes, depois da ascensão de Jesus ao céu (At 2.1-4). João Batista pre-
disse que Jesus batizaria no Espírito (Me 1.8; Jo 1.33), como o cumprimento de uma promessa feita no Antigo Testamento e
repetida por Jesus (Jr 31.31-34; JI 2.28-32; At 1.4-5). O Pentecostes marcou o início da era final da história do mundo, que
terminará quando Jesus voltar.
No momento em que nascem de novo, os crentes em Jesus recebem o Espírito, segundo a totalidade do Novo Testamento
(At 2.28; Rm 8.9; 1Co 12.13). Todos os dons para a vida de serviço que aparecem subseqüentemente na vida dos cristãos fluem
1 dess_e batismo inici~_no_ E51>írito, porque P~_rneio desse batismo o pecador es~á unido ao Cristo ressurreto.__ ___
Jesus promete outro Consolador vós, em mim, e eu, em vós. 21 rAquele que tem os meus man-
16 E eu rogareiao Pai, e "ele vos dará outros Consolador, a damentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me
fim de que esteja para sempre convosco, 17 vo Espírito da ver- ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me
6
dade, xque o mundo não pode receber, porque não no vê, manifestarei a ele. 2 2 gDisse-lhe Judas, não o Jscariotes:
nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco Donde procede, Senhor, que estás para manifestar-te a nós e
ze estará em vós. não ao mundo? 23 Respondeu Jesus: Se alguém me ama,
18 ªNão vos deixarei órfãos, bvoltarei para vós outros. guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e hviremos
19 Ainda por um pouco, e o mundo não me verá mais; rvós, para ele e faremos nele morada. 24 Quem não me ama não
porém, me vereis; <lporque eu vivo, vós também vivereis. guarda as minhas palavras; e ia palavra que estais ouvindo
20 Naquele dia, vós conhecereis que eeu estou em meu Pai, e não é minha, mas do Pai, que me enviou.
·-16~ 815~Co;,ortado-;Gr
Rm
16.16.22 d [1 Co 15.20]
Parakletos- 17V[1Jo 4-;~
5.7] x[lCo-214] Z[lJo 227] 18~lMt
2820) b-fJo 14.3.28]
20 e Jo 10.38; 14 11 2111 Jo 2.5 6 revelarei 22 g Lc 6 16 23 h Ap 3.20; 21.3 24 i Jo 5.19
19 e Jo ~
•14.16 eu rogarei ao Pai, e ele vos dará. Tanto o Pai como o Filho são ativos •14.18 voltarei para vós outros. Jesus se refere primariamente à vinda do
em enviar o Espírtto Santo. Ele é o Espírito de Deus. o Espírito do Pai (Gn 1.2; Is Espírito Santo, no Pentecostes, uma vez que a mútua convivência "vós, em mim,
11.2; Mt 10.20). e o Espírito de Cristo, o Filho (Rm 8 9; GI 4.6; Fp 1.19; 1Pe1.11) e eu. em vós" (v. 20) não esperará a segunda vinda de Cristo. Mas estas palavras
ou1ro Consolador. Ver nota textual. A palavra grega traduzida por "Consolador" são também apropriadas para a esperança da igreja. Jesus voltará para levar com
ou ':tluxiliador" era usada em linguagem jurídica para o advogado de defesa (1 Jo ele os redimidos lvs 3.19,28; At 1.11).
2.1) e, de modo mais geral, por alguém de quem se pedia ajuda Jesus foi um tal •14.19 porque eu vivo, vós também vivereis. Isto dá ênfase outra vez à ver-
ajudador para os discípulos; e depois de sua ascensão, o Espírito Santo tomaria dade de 11.25-26. A vida só pode ser encontrada em Jesus Cristo lv. 6; 1.4).
para si esta tarefa. Otemia dá ênfase à personalidade do Espírito Santo como dis-
•14.20 eu estou em meu Pai. Ver notas no v. 1Oe 10.38. A mútua vivência na
tinto do Pai e do Filho, e também à sua unidade com eles na obra da redenção.
Trindade é paralela à mútua vivência de Cristo e o crente.
•14.17 o Espírito da verdade. Aqui também o Espírito está em igualdade com
o Pai (Is 65.16) e com o Filho (v. 6). O "Espírito da verdade" é a autoridade que •14.21 aquele que me ama será amado. Do mesmo modo que há vivência re-
está por trás da Bíblia. Ver "A Autenticação das Escrituras", em 2Co 4.6. cíproca, há também a mais profunda mutualidade de amor lv. 15, nota).
o mundo. A humanidade pecadora como contrastada com o povo redimido de •14.22 a nós e não ao mundo. D d1scipulo entendeu Jesus corretamente, mas
Deus 115 18-19; 17.9; 1Jo 2.15-17: 4 5; 5.4-5, 19) talvez esperasse também um triunfo político, que se1ia ~is\~e\ a todos.
habita convosco e estará em vós. D Espírito vive nos crentes 11 Co 3.16-17; •14.23 faremos nele morada. Como o Espírito Santo habita no crente, domes-
619; 2Co 6.16; Ef 2.21) mo modo o fazem o Pai e o Filho IRm 8.9-11; Ap 3.20).
1257 JOÃO 14, 15
25 Isto vostenho dito, estando ainda convosco; 26 mas Jo ele o 1 corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza
7 Consolador, o ispíúto Santo, a quem o Pai 1enviará em meu bmais fruto ainda. 3 cvós já estais limpos pela palavra que vos
nome, messe vos ensinará todas as coisas e vos fará n1embrar tenho falado; 4 dpermanecei em mim, e eu permanecerei em
de tudo o que vos tenho dito. 27 ºDeixo-vos a paz, a minha vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se
paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se
o vosso coração, nem se atemorize. 28 Ouvistes que eu vos não permanecerdes em mim. 5 Eu sou a videira, vós, os ra-
Pdisse: vou e volto para junto de vós. Se me amásseis, alegrar- mos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito
vos-íeis de que qeu 8 vá para o Pai, pois o rpai é maior do que e fruto; porque sem mim !nada podeis fazer. 6 Se alguém não
eu. 29 Disse-vos sagora, antes que aconteça, para que, quan- permanecer em mim, gserá lançado fora, à semelhança do
do acontecer, vós creiais. 30 Já não falarei muito convosco, ramo, e secará; e o apanham, lançam no fogo e o queimam.
1porque aí vem o príncipe do mundo; e ele "nada tem em 7 Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras hperma-
mim; 31 contudo, assim procedo para que o mundo saiba que necerem em 'vós, 2 pedireis o que quiserdes, e vos será feito.
eu amo o Pai e que faço vcomo o Pai me ordenou. Levantai- 8JNisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e 'as-
vos, vamo-nos daqui. sim vos tornareis meus discípulos. 9 Como o Pai me mamou,
também eu vos amei; permanecei no meu amor. 10 "Se guar-
A 1/ideira e os ramos dardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor;
Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. assim como também eu tenho guardado os mandamentos de
15 2 ªTodo ramo que, estando em mim, não der fruto, meu Pai e no seu amor permaneço. 11 Tenho-vos dito estas
..,-.~~~~~~~~~~~
~ °
2Mlc 24.49IJo15.26m1Co 2.13 nJo 2.22; 12.16 7Confortador, Gr Parakletos 27 [Fp 4.7] 28 PJo 143.18 QJo 16.16 r[Fp 2.6] BCf.
NU; TR e M acrescentam eu disse. NU omite 29 s Jo 13.19 30 l[Jo 12.31] u [Hb 4.15] 31 v Jo 10.18
CAPÍTULO 15 2 a Mt 15.13 b [Mt 13.12] 1 Ou arranca 3 C(Jo 13.1 O; 1717] 4 d [CI 1 23] 5 e Os 14.8 f2Co 3.5 6 g Mt 3.1 O
7 h 1Jo 2.14 i Jo 14.13; 16.23 2 NU pedis 8 J[Mt 5 16] I Jo 8.31 9 m Jo 5.20; 17.26 10 n Jo 14.15
•14.26 o Espírito Santo, a quem o Pai enviará. Em 15.26, é o Filho que envia dim; (c) João dispôs o seu material mais tematicamente do que cronologicamen-
o Espírito. O Pai e o Filho concordam neste envio. Ver nota teológica "O Espírito te; (d) a afirmação de Jesus foi mais um desafio para enfrentar Satanás do que
Santo". um sinal para deixar o lugar (isto é, "levantemo-nos então e vamos encontrar o
inimigo").
esse vos ensinará todas as coisas. Todas as coisas de que eles necessitas-
sem saber para sua missão (16.13). •15.1-17 A união de Cristo, o Mediador, com seu povo redimido é retratada nas
Escrituras de vários modos. Estes vários modos operam juntos na explicação da
e vos fará lembrar de tudo. Esta afirmação mostra a divina intenção na obra do natureza deste relacionamento. Aí temos: (a) o fundamento de uma construção
ensino do Espírito Santo: o ensino do Espírito concorda com o ensino do próprio (1 Co 3.11; Ef 2.20-22); (b) a vinha e seus ramos (15.1-17; Rm 6.5); (c) a cabeça e
Jesus. Ele assegurará que as palavras de Jesus sejam preservadas para a instru- o corpo (1Co 615,19; 12.12; Ef 1.22-23; 4.15-16); (d) marido e esposa (Rm 7.4;
ção da igreja (Mt 24.35). Estas promessas feitas aos apóstolos foram cumpridas Ef 5.31-32; Ap 19.7); (e) Adão e seus descendentes (Rm 5.12,18-21; 1Co
na pregação apostólica e na composição final das Escrituras do Novo Testamen- 15.22,45,49). A comparação com a vinha e seus ramos indica uma união orgâni-
to. Elas continuam a ser cumpridas à medida que o povo de Deus aprende das ca e um relacionamento de completa dependência
Escrituras inspiradas.
• 15.1 Eu sou a videira verdadeira. Como em outros lugares neste Evangelho,
•14.27 paz. Esta era uma saudação hebraica comum usada em um cumprimento "verdadeira" significa "genuína". Jesus é a "videira" final e real. quando compara-
ou despedida. Jesus lhe dá um mais profundo sentido, que reaparece nas sauda- do a Israel, que era um tipo que prefigurava a realidade. Israel é chamado a "videi-
ções das cartas do Novo Testamento. A paz de Jesus é verdadeira reconciliação ra" de Deus ou "vinha" no Antigo Testamento (SI 80.8-16; Jr 2.21 ). Israel é julgado
com Deus, alcançada por sua morte (At 10.36; Rm 5.1; 14.17; Ef 2.14-17; Fp 4.7; CI por não produzir frutos. enquanto Jesus é e faz aquilo que o tipo significa. Este é o
3.15) Éo supremo remédio de todos os temores (v. 1) e o legado de Jesus deixado último dos "Eu Sou" no Evangelho (635. nota).
a seus herdeiros. •15.2 não der fruto. Nenhum ramo que está em Cristo pode ser totalmente in-
•14.28 alegrar-vos-íeis. A partida e o retorno de Jesus são necessários para frutífero. Porém. todo ramo que pertence a Cristo produzirá fruto e sofrerá a poda
completar sua obra mediadora (v. 3); elas são o fim de sua humilhação e a revela- necessária para aumentar. A falta de fruto descrita no SI 80, ls 5.1 e Jr 2.21 é de-
ção de sua glória. vida à falta de obediência a Deus. Estas considerações, no Antigo Testamento. da
vinha e seus frutos, combinadas com a ordem de Cristo a respeito do amor. neste
o Pai é maior do que eu. Esta afirmação deve ser entendida à luz do testemu-
nho deste Evangelho quanto à plena divindade do Filho, sua igualdade e unicidade capítulo, indicam que o fruto se refere a uma vida como a de Cristo, produzida
pelo Espírito Santo (GI 5.22-23), mais do que o número de pessoas convertidas
com o Pai (v. 9; 1.1; 10.30). OFilho voluntariamente encobriu a sua glória para se-
guir o caminho de sua humilde obediência (Fp 2.6-11 ). sob o ministério do crente.
•15.4 permanecei em mim. Jesus dá ênfase à permanência e constância em
•14.29 Disse-vos agora. Ocumprimento das profecias de Jesus será uma pro- seu relacionamento com os discípulos. Overbo "permanecer" é repetido dez ve-
va convincente de que ele foi enviado por Deus. zes nos vs. 4-1 O. A metáfora da vinha ilustra o ponto. Somente quando os nutrien-
•14.30 o príncipe do mundo. Satanás (cf. 12.31; 16.11 ). Esta afirmação apon- tes fluem livremente para os ramos é que os frutos aparecem.
ta para o grande conflito espiritual entre Cristo e Satanás. na cruz. •15.5 sem mim nada podeis fazer. A total incapacidade do pecador não rege-
ele nada tem em mim. Esta é uma reafirmação da impecabilidade de Jesus (v. nerado torna a graça salvadora absolutamente necessária para o começo, desen-
31; 8.29-46; 2Co 5.21; Hb 7.26-27). Cristo é o único membro da raça humana de volvimento e finalização da salvação.
quem se pode dizer isto. •15.6 Se alguém não permanecer em mim. Os que não permanecem
•14.31 Levantai-vos, vamo-nos daqui. Estas palavras pareceriam indicar que mostram que nunca tiveram um relacionamento salvador com Cristo. Seu
Jesus e seus discípulos deixaram o cenáculo, mas parece que os caps. 15-17 destino é descrito com a linguagem da perdição (cf. Mt 3.12; 25.41; Jd 7; Ap
ainda têm lugar no cenáculo. Algumas opções são possíveis: (a) Jesus deu o si- 20.14).
nal. mas algum tempo deve ter passado antes de eles deixarem o lugar; (b) eles o •15.8 e assim vos tornareis meus discípulos. As obras referidas não são a
deixaram imediatamente, mas Jesus continuou o seu discurso a caminho de Get- base da nossa aceitação por parte de Deus. mas são o resultado da união salvífica
sêmani. Isto traria à oração do cap. 17. um vivo contraste com a agonia no Jar- com Cristo. recebida através da graça e não do mérito.
JOÃO 15, 16 1258
coisas para que o meu gozo esteja em vós, ºe o vosso gozo seu pecado. 23 hQuem me odeia odeia também a meu Pai.
seja completo. 24 Se eu não tivesse feito entre eles ;tais obras, quais nenhum
12 O meu Pmandamento é q este: que vos ameis uns aos outro fez, pecado não teriam; mas, agora, não somente têm
outros, assim como eu vos amei. 13 'Ninguém tem maior eles jvisto, mas também odiado, tanto a mim como a meu
amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos Pai. 25 Isto, porém, é para que se cumpra a palavra escrita na
seus amigos. 14 5 Vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos sua lei:
mando. 15 Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe IQdiaram-me sem motivo.
o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, tpor- 26 mQuando, porém, vier o 3 Consolador, que eu vos envia-
que tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer. rei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede,
16 uNão fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, nesse dará testemunho de mim; 27 e ºvós também testemu-
eu vos escolhi a vós outros e vos vdesignei para que vades e nhareis, porque Pestais comigo desde o princípio.
deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quan-
to pedirdes ao Pai xem meu nome, elevo-lo conceda. 17 Isto A missão do Consolador
vos mando: que vos ameis uns aos outros. } ÓTenho-vos dito estas coisas para que ªnão vos escan-
18 2 Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a dalizeis. 2 bEJes vos expulsarão das sinagogas; mas
vós outros, me odiou a mim. 19 ªSe vós fôsseis do mundo, o vem a hora cem que todo o que vos matar julgará com isso tri-
mundo amaria o que era seu; bcomo, todavia, não sois do butar culto a Deus. 3 disto 1farão porque não conhecem o
mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo Pai, nem a mim. 4 Ora, estas coisas vos tenho dito para que,
vos odeia. 20 Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: cnão é quando a 2 hora chegar, vos recordeis de que eu vo-las disse.
o servo maior do que seu senhor. Se me perseguiram a mim, Não vo-las disse desde o princípio, porque eu estava convos-
também perseguirão a vós outros; dse guardaram a minha pa- co. 5 Mas, agora, evou para junto daquele que me enviou, e
lavra, também guardarão a vossa. 21 eTudo isto, porém, vos nenhum de vós me pergunta: Para onde vais? 6 Pelo contrá-
farão por causa do meu nome, porquanto não conhecem rio, porque vos tenho dito estas coisas, a /tristeza encheu o
aquele que me enviou. 22/Se eu não viera, nem lhes houvera vosso coração. 7 Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que
falado, pecado não teriam; &mas, agora, não têm desculpa do eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós
• 11 º1~o ~~~-;~m ~ ~-1J~;~-;- 1;~~~3~~ ~l~t ~- 250~282;]- tG~ 1;1~--;-~ 6;O,~1~;~~ ~~ v~~~l ~~~-
2.9 1; 15 u Jo
14.13; 1623-24 18Z1Jo3.13 19ª1Jo4.5bJo17.14 2ocJ013.16dEz3.7 21eMt1022;24.9 22/Jo9.41;15.24&[Tg417]
23 h 1Jo 2.23 24 i Jo 3.2 j Jo 14.9 25 1SI 35.19; 69.4; 109.3-5 26 m Lc 24.49 n 1Jo 5.6 3 Confottador, Gr. Parakletos 27 o Lc
24.48 P Lc 12
CAPÍTULO 16 1 aMt 11.6 2 bJo 9.22 eAt 8.1 3 d Jo 8.19; 15.21 / Cf. NU e M; TR acrescenta vos; NU e M omitem 4 2NU hora de-
las 5 eJo 7.33; 13.33; 14.28; 17.11 6/[Jo 16.20,22]
•15.11 meu gozo. Muitos imaginam que a obediência a Cristo é algo extrema- tudo quanto pedirdes ... ele vo-lo conceda. A oração eficaz é acompanhada
mente pesado, porque exige submissão sacrificial e serviço (Rm 12.1-2). Jesus por obediência e identificação com a vontade de Deus (14.13, nota; SI 66.18)
ensina o oposto, associando a obediência à alegria. •15.17 que vos ameis uns aos outros. Repetida pela terceira vez neste episó-
•15.12 O meu mandamento. Ver nota em 13.34. dio (v. 12; 13.34).
•15.13 de dar alguém a própria vida. Rm 5.7-8 descreve o surpreendente •15.18 o mundo. A oposição entre o mundo e os eleitos de Deus é afirmada nos
auto-sacrifício de Cristo não pelos justos, mas pelos pecadores, que estão em mais fortes termos (14.17). Oódio do mundo não se deve àquilo que os discípulos
inimizade com Deus. fazem de errado, mas àquilo que eles fazem de certo.
•15.14 meus amigos. O teste da amizade com Cristo é a obediência.
•15.22 pecado não teriam. O pecado aqui é o pecado específico do ódio a Je-
•15.15 Já não vos chamo servos. Não há nenhum registro anterior de Jesus sus e àqueles que lhe pertencem, e não pecado no sentido geral (v. 24).
chamando seus discípulos de "servos", exceto possivelmente 12.26. Contudo,
•15.25 na sua lei. Os que receberam a lei são condenados por ela. Esta citação
Jesus tinha o direito de fazer isto, como ele tinha o direito de ser chamado "Se-
é dos Salmos; "lei" refere-se ao Antigo Testamento em geral, mais do que exata-
nhor" (13.13). "Amigos" sugere um estreito relacionamento e a linguagem de fra-
mente ao Pentateuco (10.34, nota).
ternidade é mais estreita ainda (Hb 2.10-11 ).
tudo ... vos tenho dado a conhecer. Cristo não tinha uma revelação mais subli- •15.26 o Consolador. Ver nota em 14.16.
me reservada a um grupo íntimo, mas revelou-se aos discípulos indistintamente. vos enviarei. Isto se refere à obra do Espírito Santo no plano da redenção e não
•15.16 Não fostes vós que me escolhestes a mim ... eu vos escolhi a vós. ao seu relacionamento eterno dentro da Trindade.
Jesus não quer dizer que seus discípulos não exerceram vontade própria; real- •15.27 porque estais comigo desde o princípio. Os apóstolos foram teste-
mente escolheram segui-lo. Mais do que isso, ele está indicando que a primeira munhas oculares e, através da operação do Espírito Santo, eles proveriam o tes-
iniciativa, a escolha original e salvadora, foi sua. Se ele não. os tivesse escolhido, temunho fundamental e autorizado de Cristo para a igreja (Lc 24.48; At 1.21-22,
eles não o teriam escolhido. A referência imediata é para o serviço como apósto- Ef 2.20). Seguindo-se a conclusão de sua obra única, não pode haver mais após-
los, porém o princípio se aplica a muitos outros aspectos, incluindo a eleição para tolos e o atual testemunho da igreja ern relação a Jesus Cristo depende do teste-
a salvação (Ef 1.4, 11 ). munho apostólico conforme está registrado no Novo Testamento e iluminado
e vos designei. Isto também dá ênfase à atividade soberana de Deus, exercida pelo Espírito Santo.
sem violação do ato humano de decisão. •16.5 e nenhum de vós me pergunta. Embora Pedro tenha perguntado isto
vades. Este verbo marca a direção do serviço cristão, corno em Mt 28.19 e formalmente e Tomé tenha feito praticamente o mesmo (13.36; 14.5), suas per-
At 1.8. guntas tinham sido estimuladas mais pela perspectiva da partida de Jesus do que
fruto. A figura se refere à santificação individual (GI 5 22-23) e à eficácia na evan- pelo desejo de saber a natureza e o significado do destino de Jesus (v. 6).
gelização (Mt 13.3-8; Rm 113). •16.7 se eu não for. Ainda que as notícias da partida de Jesus perturbassem os
fruto permaneça. Uma característica distintiva do serviço cristão é que seus re- discípulos, ela era necessária para que eles desfrutassem da permanente presen-
sultados têm significação eterna. ça do Espírito.
1259 JOÃO 16, 17
outros; gse, porém, eu for, eu vo-lo enviarei. 8Quando ele zvosso coração se alegrará, e a vossa alegria ninguém poderá
hvier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo: tirar. 23 Naquele dia, nada me perguntareis. ªEm verdade,
9 ;do pecado, porque não crêem em mim; 10 ida justiça, 1por- em verdade vos digo: se pedirdes alguma coisa ao Pai, e1e
que vou para o Pai, e não me vereis mais; li mdo juízo, por- vo-la concederá em meu nome. 24 Até agora nada tendes pe-
que no príncipe deste mundo já está julgado. 12 Tenho ainda dido em meu nome; pedi e recebereis, bpara que a vossa ale-
muito que vos dizer, ºmas vós não o podeis suportar agora; gria seja e completa.
13 quando vier, porém, Po Espírito da verdade, qele vos guia-
rá a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá Pala\ll'as de despedida
tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de 25 Estas coisas vos tenho dito por meio de figuras; vem a
vir. 14 'Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu hora em que não vos falarei por meio de comparações, mas vos
e vo-lo há de anunciar. 15 5 Tudo quanto o Pai tem é meu; por falarei d claramente a respeito do Pai. 26 Naquele dia, pedireis
isso é que vos disse que 3 há de receber do que é meu e vo-lo em meu nome; e não vos digo que rogarei ao Pai por vós.
há de anunciar. 27 eporque o próprio Pai vos ama, visto que me tendes amado
16 Um 1pouco, e não mais me vereis; outra vez um pouco, e !tendes crido que eu vim da parte de Deus. 28 gVun do Pai e
e ver-me-eis. 17 Então, alguns dos seus discípulos disseram entrei no mundo; todavia, deixo o mundo e vou para o Pai.
uns aos outros: Que vem a ser isto que nos diz: Um pouco, e 29 Disseram os seus discípulos: Agora é que falas clara-
não mais me vereis, e outra vez um pouco, e ver-me-eis; e: mente e não empregas nenhuma figura. 30 Agora, vemos que
Vou para o Pai? 18 Diziam, pois: Que vem a ser esse - um hsabes todas as coisas e não precisas de que alguém te per-
pouco? Não compreendemos o que quer dizer. 19 Perceben- gunte; por isso, ;cremos que, de fato, vieste de Deus. 31 Res-
do Jesus que desejavam interrogá-lo, perguntou-lhes: Indaga- pondeu-lhes Jesus: Credes agora? 32iEis que vem a hora e já é
is entre vós a respeito disto que vos disse: Um pouco, e não chegada, em que sereis dispersos, 1cada um para 4 sua casa, e
me vereis, e outra vez um pouco, e ver-me-eis? 20 Em verda- me deixareis só; mcontudo, não estou só, porque o Pai está
de, em verdade eu vos digo que chorareis e vos "lamentareis, comigo. 33 Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz
e o mundo se alegrará; vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza "em mim. ºNo mundo, 5 passais por aflições; mas tende bom
se converterá em valegria. 21 x A mulher, quando está para dar ânimo; Peu venci o mundo.
à luz, tem tristeza, porque a sua hora é chegada; mas, depois
de nascido o menino, já não se lembra da aflição, pelo prazer A oração sacerdotal de Jesus
que tem de ter nascido ao mundo um homem. 22 Assim tam-
bém agora vós tendes tristeza; mas outra vez vos verei; o 17 Tendo Jesus faiado estas coisas, levantou os olhos ao
céu e disse: Pai, ªé chegada a hora; glorifica a teu Filho,
~~~~~~~~~~~~
~ 7 gAt 2.33 8 hAt 1.8; 2.1-4,37 9 iAt 2.22 10 i At 2.32 IJo 5.32 11 mAt 26.18n[Lc1O18] 12 ºMe 4.33 13 P[Jo 14.17] qJo
14.26 14 rJo 15.26 15 s Mt 11.27 3 NU e M recebe 16 t Jo 7.33; 12.35; 13.33; 14.19; 19.40-42; 20.19 20 uMe 16.1 O; Lc 23.48;
24.17 Vlc 24.32,41 21 xGn 3.16; Is 13.8; 26.17; 42.14; 1Ts 5.3 22 Zlc 24.41; Jo 14.1,27; 20.20; At 2.46; 13.52; 1Pe 1.8 23 ªMt 7.7;
[Jo14.13;15.16] 24bJo17.13CJo15.11 25dJo7.13 27"[Jo14.21,23]/Jo3.13 28gJo13.1,3;16.5,10,17 30hJo
21.17 i Jo 17.8 3VZc 13.7; Mt 26.31,56; Me 14.27,50; At 8.1 IJo 20.10 mJo 8.29 4os seus bens 33 n [Is 9.6; Rm 5.1; Ef 2.14] º2Tm
3.12 PRm 8.37; [1Jo 4.4] 5NLJ e M tendes; TA tereis; ARA interpreta passais por
CAPÍTULO 17 1 a Jo 12.23
•16.8 convencerá o mundo do pecado. Esta é, provavelmente, não uma refe- e a vossa alegria ninguém poderá tirar. As bênçãos da redenção por Deus
rência à convicção que leva ao arrependimento e à salvação, mas ao desmasca- não podem ser canceladas por nenhum poder, humano ou satânico. O gracioso
ramento da inescusável culpa da humanidade. Ver "Iluminação e Convicção", em propósito de Deus assegura a continuação da alegria da salvação já neste mundo
1Co 2.10. 110.28; Fp 1.6).
•16.9 do pecado. A incredulidade é um pecado especialmente sério. •16.23 perguntareis ... se pedirdes. Depois da ascensão, os discípulos rece-
•16.11 do juízo. Satanás e todos os que ele governa serão finalmente condena- berão a verdade revelada através do Espírito Santo. As orações serão dirigidas
dos pela justiça divina, cujo veredito já foi apresentado. principalmente ao Pai, em nome de Cristo (num espírito de completo acordo com
•16.13 ele vos guiará a toda verdade. Isto se refere à verdade a respeito de a vontade e propósitos de Cristo). Ver "A Oração", em Lc 11.2.
Deus, e não ao conhecimento temporal de todas as espécies. OEspírito guiou os •16.24 Até agora. Suas orações eram demasiadamente tímidas à luz da salva-
escritores do Novo Testamento que prepararam a nova revelação escrita, que to- ção que eles iam logo conhecer.
maria o seu lugar ao lado do Antigo Testamento. O Espírito lembrará os escritores •16.26 e não vos digo que rogarei ao Pai por vós. Jesus não está dizendo
do passado (14.26; os Evangelhos), interpretará o evangelho para o presente que cessará de orar por eles (Rm 8.34; Hb 7.25; 1Jo 2.1 ). Ele está dizendo que os
(14.26; 15.26; Atos e Epístolas) e revelará coisas que ainda virão a acontecer (Ap discípulos terão alcançado uma certa maturidade na oração, de modo que ele não
119) necessitará de orar em lugar deles.
•16.14 Ele me glorificará. Desde que o plano da redenção está centrado em •16.27 o próprio Pai vos ama. As Três Pessoas da Trindade estão unidas em
Cristo, este é o tema sobre o qual o Espírito concentrará o seu ensino (15.26). seu amor pelos crentes (3.16). Os crentes respondem com fé e amor às três Pes-
•16.16 Um pouco ... um pouco. A primeira expressão refere-se indubitavel- soas da Trindade.
mente à crucificação, que tiraria Jesus de entre eles; a segunda, pode referir-se à •16.30 sabes todas as coisas. Só Deus é onisciente; os discípulos reconhe-
ressurreição. à vinda do Espírito ou à segunda vinda de Cristo. A ressurreição se cem a origem e a divindade de Cristo.
adapta melhor ao tempo imediato da profecia, a segunda vinda ajusta-se melhor •16.32 não estou só. Na maior parte de seus sofrimentos, Cristo não estava so-
ao pleno escopo da alegria referida. zinho. Mas seu clamor de dor "Deus meu, Deus meu, por que me desamparas-
•16.17 Vou para o Pai. Os discípulos ligaram aquilo que Jesus disse no v. 1O te?" (Mt 27.46; Me 15.34) torna claro que Jesus suportou uma real separação do
com a afirmação do v. 16, e isso tornou mais difícil entender o sentido pretendido Pai. Este foi o clímax daquilo que ele suportou como portador do nosso pecado.
por Cristo. visto que uma afirmação se refere à ascensão e a outra à crucificação. •17. 1 Pai. Esta palavra ocorre mais de uma centena de vezes no Evangelho de
•16.22 mas outra vez vos verei. Ver nota no v. 16. João. Na oração do cap. 17 ela é encontrada seis vezes.
JOÃO 17 1260
para que o Filho te glorifique a ti, 2 bassim como lhe conferis- to ora, todas as minhas coisas são tuas, e as 5 tuas coisas são mi-
te autoridade sobre toda a carne, a fim de 1 que ele conceda a nhas; e, neles, eu sou glorificado. 11 1Já não estou no mundo,
vida eterna catodos os que lhe deste. 3 E advida eterna é esta: mas eles continuam no mundo, ao passo que eu vou para junto
que te conheçam a ti, eo único Deus verdadeiro, e a Jesus Cris- de ti. Pai santo, "guarda-os 4 em teu nome, que me deste, para
to/a quem enviaste. 4 gEu te glorifiquei na terra, li consuman- que eles sejam um, vassim como nós. 12 Quando eu estava
do a obra ;que me confiaste para fazer; se, agora, glorifica-me, com eles,5 xguardava-os 6 no teu nome, que me deste, e prote-
ó Pai, 2 contigo mesmo, com a glória !que eu tive junto de ti, gi-os, e 2 nenhum deles se 7 perdeu, ªexceto o filho da 8 perdi-
antes que houvesse mundo. 6 1Manifestei3 o teu nome aos ho- ção, bpara que se cumprisse a Escritura. 13 Mas, agora, vou
mens mque me deste do mundo. "Eram teus, tu mos confiaste, para junto de ti e isto falo no mundo para que eles tenham o
e eles têm guardado a tua palavra. 7Agora, eles reconhecem meu gozo completo em si mesmos. 14 Eu lhes tenho dado a tua
que todas as coisas que me tens dado provêm de ti; 8 porque eu palavra, 'e o mundo os odiou, porque eles não são do mundo,
lhes tenho transmitido as palavras ºque me deste, e eles as re- d como também eu não sou. 15 Não peço que os tires do mundo,
ceberam, Pe verdadeiramente conheceram que saí de ti, e cre- ee sim que os guardes do mal. 16 Eles não são do mundo, como
ram que otu me enviaste. 9 É por eles que eu rogo; rnão rogo também eu não sou. 171Santifica-os 9 na verdade; a Btua pala-
pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus; vra é a verdade. 18 h Assim como tu me enviaste ao mundo,
,,,&~-
~ 2 bDn 7.14; Mt 11.27; Jo 3.35; [Fp 2.1 O; Hb 2.8] e Jo 6.37,39; 17.6,9,24 IM que ele concederá 3 d Jr 9.23-24 e 1Co 8.4 f Jo 3.34 4 g Jo
13.31 h Jo 4.34; 19.30 i Jo 14.31 S / Fp 262Lit1untamente com 6 1SI 22.22 m Jo 6.37 n Ez 18-4 3 Revelei 8 ° Jo 8-28 P Jo 8.42;
16-27,30 qDt 18.15, 18 9 T[1Jo 5 19] 10 sJo 16.15 11 1Jo13.1 u 11Pe1 5] v Jo 10.30 4Cf. NU e M; TR guarda em teu nome aqueles
que me deste 12 x Hb 2.13 z 1Jo 2.19 a Jo 6.70 b SI 41.9; 109.8 5 Cf. NU; TR e Macrescentam no mundo, NU omite 6 Cf_ NU; TR em
teu nome. Aqueles que me deste eu os tenho guardado 7 destrwu 8 destruição 14 e Jo 15.19 d Jo 8.23 1S e 1Jo 5.18 17 f [Ef
5 26] gSI 119.9, 142, 151 9 Separa-os 18 h Jo 4.38; 20.21
é chegada a hora. Jesus estava plenamente consciente do que estava para quando comparados com a majestade de Deus. Contudo, pessoas como Eliú, no
acontecer. Livro de Já, rnostrarn que os seres humanos podem dar glória a Deus, e Paulo afir-
ma isto das atividades mais comuns dos seres humanos, tais como o comer e o
glorifica a teu Filho, para que o Filho te glorifique a ti. A perfeita vida do Fi-
beber l1Co 10.31)
lho, em sua encarnação, dá glória à divindade. OFilho é glorificado ern sua crucifi-
cação, ressurreição e entronizamento à mão direita de Deus - estes eventos •17.11 Pai santo. Esta maneira de dirigir-se a Deus só aparece aqui, no Novo
são vistos como uma unidade composta neste Evangelho. Ver notas ern 12.23; Testamento_
13.31 que eles sejam um, assim como nós. A unidade das Pessoas na Trindade é
•17 .2 lhe conferiste. Este verbo é usado dezesseis vezes nesta oração, no gre- o exemplo de unidade dos crentes uns com os outros, através de sua união com
go. Em português, "conceder" e "conferir" aparecem como sinônimos de "dar" Cristo 114 1O, nota) Há urna unidade de propósito e de essência na igreja invisí-
vel, o Corpo de Cristo_ Esta perfeita unidade IEf 4.12-16). que será manifestada
vida eterna. Ver nota em 3.16. no Dia de Cristo, já forma e molda o "povo de Deus" a fim de que o "mundo creia"
a todos os que lhe deste. Nesta expressão dá-se ênfase à escolha soberana de lv 21 ). A unidade organizada não substitui a unidade espiritual, ainda que as di-
Deus (usada outras vezes nos vs. 6.9,24; cf. 6.44; 10-29). visões organizacionais e as separações entre os cristãos constituam, indubita-
•17 .3 que te conheçam a ti... e a Jesus Cristo. A vida consiste na comunhão velmente, um testemunho negativo perante o mundo 11 Co 1.10-13; 12.25; GI
com Deus "que nos criou para ele mesmo, de modo que nossas almas não des- 5 20)
cansam até que descansem nele", como disse Agostinho. Conhecimento, aqui, •17 .12 o filho da perdição. Ver nota textual. O mesmo termo é empregado
como freqüentemente nas Escrituras, significa mais do que uma percepção inte- para denotar o Anticristo, em 2Ts 2.3. Isto cumpre o SI 41.9 A traição de Judas
lectual; envolve afeição e compromisso também_ Ao colocar-se 1unto com o Pai era necessária para o curnprirnento de muitas outras passagens das Escrituras
como fonte da vida eterna, Cristo afirma a sua própria divindade. Ver "O Verdadei- que descrevem o sofrimento de nosso Senhor. Jesus entendia muitas passagens
ro Conhecimento de Deus", em Jr 9-24_ das Escrituras como contendo anúncios proféticos de vários detalhes de sua car-
•17.4 consumando a obra. Isto antecipa o grito de vitória sobre a cruz: "Está reira messiânica. Ele acentua que todas estas seriam cumpridas, porque eram a
consumado" 119.30) Palavra de Deus.
•17. 14 Eu lhes tenho dado a tua palavra. Isto se refere ao ensino de Jesus_
•17 .5 glorifica-me... com a glória. Jesus afirma, corno parte de sua petição,
que sua glória existiu antes de o mundo existir, significando que ele é preexistente porque eles não são do mundo. Onovo nascimento implica numa divisão radi-
e não criado. Em segundo lugar, ele se refere a uma espécie de glória de que ele cal na humanidade_ Os crentes continuam a viver no mundo, mas não pertencem
participou na eternidade. Por toda a Bíblia, esta é a glória que está sempre asso- realmente a ele lv. 16)_
ciada com o único Deus Vivo e Verdadeiro •17 .15 que os guardes do mal. Jesus sabe que o mundo odiará os seus discí-
pulos como odiou a ele, rnas ele não pede que seus discípulos sejam protegidos
•17.6 Manifestei o teu nome. Aqui, "nome" denota Deus na beleza de sua per-
do sofrimento, mas que eles sejam guardados do mal. Não é das aflições físicas
feição, como revelada à humanidade.
ou sociais do mundo que Jesus deseja que seus discípulos sejam guardados, mas
Eram teus. lUdo e todos pertencem a Deus em virtude da criação, mas aqui está de sua corrupção moral. Ver "Os Cristãos no Mundo", em CI 2.20.
ern vista a possessão pela redenção. Deus deu os eleitos ao Redentor: "tu mos •17 .17 Santifica-os. Jesus não pede pelo bem estar temporal de seus discípu-
confiaste" lcf_ Hb 2.10-13)_ los, mas por sua santificação. Ele deseja, acima de tudo, que eles sejam santos. A
•17.9 não rogo pelo mundo. A obra de redenção realizada por Jesus refere-se verdade é meio pelo qual a santidade é alcançada_ Oerro e o engano são próprios
particularmente aos eleitos - aqueles que o Par lhe deu 110.14-15,27-29). Este do mal, e a verdade é básica para a piedade_
versículo apóia fortemente a doutrina da redenção definida: a oração de Jesus, a tua palavra é a verdade. Este testemunho se refere imediatamente ao Anti-
antes de sua morte sacrificial, especifica o seu propósito ao morrer. Em outros go Testamento, que os discípulos possuíam_ Estende-se também ao ensino de
contextos, onde o propósito específico do oferecimento de Jesus não é o foco Jesus, chamado "palavra" de Deus lv. 14). e vem incluir os livros do cânon do
preciso, Jesus ora por seus inimigos, como nós também devemos fazer IMt 5-44; Novo Testamento (v_ 20; Lc 8.11-15,21, 1128; At 4.31; 6.7; 8.14,25; 1Ts 2.13)
Lc 23-34/_ Ver "Redenção Limitada", em 10.15. Esta é urna poderosa afirmação da autoridade e origem divina das Escrituras_ Ver
•17.10 e, neles, eu sou glorificado. Ésurpreendente que a glória de Deus pos- "A Autoridade das Escrituras", 2Tm 3.16.
sa estar associada com as ações de seres humanos, que são tão insignificantes •17 .18 Assim como tu me enviaste ... também eu os enviei. Compare
1261 JOÃO 17, 18
também eu os enviei ao mundo. 19 E ia favor deles eu me san- drom, onde havia um jardim; e aí entrou com eles. 2 EJudas,
tifico a mim mesmo, para que eles também sejam santificados o traidor, também conhecia aquele lugar, cporque Jesus ali
na verdade. 20 Não rogo somente por estes, mas também por estivera muitas vezes com seus discípulos. 3 dTendo, pois, Ju-
aqueles que 1vierem a crer em mim, por intermédio da sua das recebido a escolta e, dos principais sacerdotes e dos fari-
palavra; 21 ia fim de que todos sejam um; e como és 1tu, ó Pai, seus, alguns guardas, chegou a este lugar com lanternas,
em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o tochas e armas. 4 e sabendo, pois, Jesus todas as coisas que so-
mundo creia que tu me enviaste. 22 Eu lhes tenho transmiti- bre ele haviam de vir, adiantou-se e perguntou-lhes: A quem
do a mg1ória que me tens dado, npara que sejam um, como buscais? s Responderam-lhe: A !Jesus, 1 o Nazareno. Então,
nós o somos; 23 eu neles, e tu em mim, 0 a fim de que sejam Jesus lhes disse: Sou eu. Ora, Judas, o gtraidor, estava tam-
aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu bém com eles. 6 Quando, pois, Jesus lhes disse: Sou eu, recua-
me enviaste e os amaste, como também amaste a mim. ram e caíram por terra. 7 Jesus, de novo, lhes perguntou: A
24 PPai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam tam- quem buscais? Responderam: A Jesus, o Nazareno. a Então,
bém comigo os que me deste, para que vejam a minha glória lhes disse Jesus: Já vos declarei que sou eu; se é a mim, pois,
que me conferiste, qporque me amaste antes da fundação do que buscais, deixai ir estes; 9 para se cumprir a palavra que
mundo. 25 Pai justo, ro mundo não te conheceu; eu, porém, dissera: hNão perdi nenhum dos que me deste. to 1Então, Si-
5 te conheci, e também 1estes compreenderam que tu me en- mão Pedro puxou da espada que trazia e feriu o servo do
viaste. 26 "Eu lhes fiz conhecer o teu nome e ainda o farei co- sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita; e o nome do ser-
nhecer, a fim de que o amor vcom que me amaste esteja vo eraMalco. 11 Mas Jesus disse a Pedro: Mete a espada na bai-
neles, e eu neles esteja. nha; não beberei, porventura, io cálice que o Pai me deu?
a possibilidade da autodefesa ou da resistência civil; a questão é que Jesus veio três mais chegados a Jesus (Pedro, Tiago e João), ele é o único que não é menci-
para dar a sua vida em resgate de muitos e ele não devia ser dissuadido desta ta- onado pelo nome no Evangelho.
refa (cf. Mt 1621-23) conhecido do sumo sacerdote. Ele foi admitido ao palácio e até mesmo se lhe
não beberei ... o cálice. Esse "cálice" é o cálice do vinho da ira de Deus (SI permitiu convidar um hóspede (v. 16).
75.8; Is 51.17; Jr 25 15-17,27-38). D "cálice" que Jesus escolheu bebernão é •18.17 A narrativa da negação de Pedro é interrompida no Evangelho de João
meramente a morte, mas a ira de Deus sobre o pecado (cf. Mt 20.22; Me por uma parte do processo de julgamento (vs. 19-24). Pareceria que houve três
10.38) ocasiões da negação, ao invés de três declarações diferentes de Pedro. Isto é o
•18.13 Anás. Um dos mais influentes líderes judeus da época. Ainda que depos- que alguém poderia esperar com várias pessoas indo e vindo para aquecer-se
to do ofício de sumo s~cerdote pelos romanos, ele era ainda conhecido por este junto ao fogo. Pode haver diferentes modos legítimos de distinguir as ocasiões
título entre os judeus. Edifícil determinar se este versículo e os vs. 19-24 repre- para demonstrar a figura das três negações preditas por Jesus (13.38). Todos os
sentam uma ou duas fases de um julgamento diante das autoridades judaicas. quatro Evangelhos concordam que a primeira negação foi em resposta a uma per-
Mateus, Marcos e Lucas se referem a uma fase adicional diante do Sinédrio. A gunta de "uma serva", em outras palavras, de uma pessoa inofensiva, sem gran-
julgar pela descrição das regras para julgamento encontradas no Mishnah de uns de importância na casa.
dois séculos depois, os procedimentos aqui foram marcados por sérias irregulari- Não sou. A negação de Pedro mostra que, quando Jesus suportou o castigo divi-
dades e violações da lei judaica. D Sinédrio não podia reunir-se à noite; a pena de no contra o pecado, ele o fez sem o conforto ou consolação. A negação de Pedro
morte não podia ser declarada no dia do julgamento; aí foram usadas falsas evi- é predita em Zc 13.6-7. A solidão de Jesus em seu sofrimento é antecipada no SI
dências e falsos testemunhos (Mt 26.59-60). Jesus foi esbofeteado pelos guar- 69.20.
das durante o julgamento (v. 22; Me 14.65) Em acréscimo a tudo isto, era ilegal o •18.19 Então, o sumo sacerdote interrogou. Este pode ter sido Anás ou
Sinédrio reunir-se para um processo capital na véspera de um sábado ou do dia Caifás na casa de Anás (v. 24) Um acusado não podia ser interrogado até que
de festa. Estas violações mostram que a condenação de Jesus, pelas autoridades uma testemunha tivesse, primeiro, estabelecido uma base para fundamentar
judaicas, foi uma caricatura grotesca de justiça. a culpa. Por esta razão, alguns chamam isto uma audiência, e não um julga-
•18.15 e outro discípulo. Éprovável que este fosse João, uma vez que, dos mento.
IMPÉRIO
Tarso
O domínio romano
da Palestina
no tempo de Cristo
Após uma campanha mi- '•">
E&atana•
litar bem sucedida contra os
selêucidas em 64 a.e .. Pom-
peu direcionou os exércitos
romanos para o sul e tomou o .susã
controle de Jerusalém-~m 63
a.e. Inicialmente o exército
romano foi convidado por al-
guns judeus para protegê-los
dos nabateus. Uma vez esta- ARÁBIA
belecidos na Palestina. os ro- t
manos nunca a deixaram. 200 mi -N-
apesar de repetidas revoltas ---~ .........
200krn
judaicas contra o domínio ro- \
mano.
1263 JOÃO 18, 19
tanto unas sinagogas como vno templo, onde os jude-4 todos 32 hpara
que se cumprisse a palavra de Jesus, ;significando o
us se reúnem, e nada disse em oculto. 21 Por que me interro- modo por que havia de morrer.
gas? Pergunta xaos que ouviram o que lhes falei; bem sabem
eles o que eu disse. 22 Dizendo ele isto, um dos guardas que Pilatos interroga afesus
ali estavam zdeu uma bofetada em Jesus, dizendo: É assim 33iTornou Pilatos a entrar no 7 pretório, chamou Jesus e
que falas ao sumo sacerdote? 23 Replicou-lhe Jesus: Se falei perguntou-lhe: És tu o rei dos judeus? 34 Respondeu Jesus:
mal, dá testemunho do mal; mas, se falei bem, por que me fe- Vem de ti mesmo esta pergunta ou to disseram outros a meu
res? 24 ªEntão, Anás o enviou, manietado, à presença de DCai- respeito? 35 Replicou Pilatos: Porventura, sou judeu? A tua
fás, o sumo sacerdote. própria gente e os principais sacerdotes é que te entregaram a
mim. Que fizeste? 36 1RespondeuJesus: O mmeu reino não é
De novo, Pedro nega afesus deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus mi-
25 Lá estava Simão Pedro, aquentando-se. cPergunta· nistros se empenhariam por mim, para que não fosse eu en-
ram-lhe, pois: És tu, porventura, um dos discípulos dele? Ele tregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui.
negou e disse: Não sou. 26 Um dos servos do sumo sacerdote, 37 Então, lhe disse Pilatos: Logo, tu és rei? Respondeu Jesus:
parente daquele a quem Pedro tinha decepado a orelha, per- Tu dizes que sou rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao
guntou: Não te vi eu no jardim com ele? 27 De novo, Pedro o mundo, na fim de dar ºtestemunho da verdade. Todo aquele
negou, e, dno mesmo instante, cantou o galo. que Pé da verdade qouve a minha voz. 38 Perguntou-lhe Pila-
tos: Que é a verdade?
Jesus perante Pilatos Tendo dito isto, voltou aos judeus e lhes disse: rEu não
28 eoepois, levaram Jesus da casa de Caifás para o 5 pretório. acho nele crime algum. 39 5 É costume entre vós que eu vos
Era cedo de manhã. !Eles não entraram no pretório para não solte alguém por ocasião da Páscoa; quereis, pois, que vos sol-
se contaminarem, mas poderem comer a Páscoa. 29 gEntão, te o rei dos judeus? 40 1Então, gritaram todos, novamente:
Pilatos saiu para lhes falar e lhes disse: Que acusação trazeis Não este, mas Barrabás! uora, Barrabás era salteador.
contra este homem? 30 Responderam-lhe: Se este não fosse
ó malfeitor, não to entregaríamos. 31 Replicou-lhes, pois, Pila-
19 Então, por isso, ªPilatos tomou a Jesus e mandou
açoitá-lo. 2 Os soldados, tendo tecido uma coroa de
tos: Tomai-o vós outros e julgai-o segundo a vossa lei. Respon- espinhos, puseram-lha na cabeça e vestiram-no com um man-
deram-lhe os judeus: A nós não nos é lícito matar ninguém; to de púrpura. 3 1 Chegavam-se a ele e diziam: Salve, rei dos
Os judeus encararam a
1
morte de Jesus como
uma infâmia. A Igreja Anunciada por ele mesmo (18.32; ver 3.14)
ti . il•:si~.'.'".'~"vo
entendeu sua morte Em lu"'a.·•• •. ;i. '...... vv
como o cumprimento
1
•
!Bem-aventurados os que não viram e creram . 4 Mas, ao clarear da madrugada, estava Jesus na praia; toda-
24 e Jo 11.16 27 d SI 22.16; Zc 12.10; 13.6; 1Jo 1.1 e Me 16.14 29 f2Co 5.7; 1Pe1.8 5 Cf. NU e M; TR acrescenta Tomé; NU omite
30 g Jo 21 25 31 h Lc 1.4 ; Jo 19.35; 1Jo 5.13 i Lc 2.11; 1Jo 5.1 1Jo 3.15-16; 5.24; [1 Pe 1.8-9]
CAPÍTULO 21 1 a Mt 26.32; Me 14.28; Jo 6.1 2 b Jo 20.24 e Jo 1.45-51 d Jo 2.1 e Mt 4.21; Me 1.19; Lc 5.1 O 3 1 Cf. NU; TR e M
acrescentam imediatamente; NU omite
Deus sobre os pecados. Fundamentalmente. a declaração é feita na pregação do completo ou estritamente cronológico, tal como ocorre numa biografia moderna
evangelho. Ver "Disciplina Eclesiástica e Excomunhão", em Mt 18.15. (cf. 21.25). Ver "Introdução a Mateus: Dificuldades de Interpretação"
•20.28 Senhor meu e Deus meu. Esta é, provavelmente. a mais clara e sim- •20.31 Estes... foram registrados para que creiais. Esta expressão afirma o
ples confissão da divindade de Cristo encontrada no Novo Testamento. As duas propósito deste Evangelho. Através dos sinais narrados. o leitor virá à fé em Je-
mais elevadas palavras, "Senhor" (usada na tradução grega do Antigo Testa- sus. como mais do que um operador de milagres. Ele é o Cristo, a Palavra encar-
mento para o nome divino ''.Javé"). e "Deus" estão juntas e dirigidas a Jesus, em nada, com o Pai e o Espírito, como Deus Triúno. Através da fé, encontramos vida
reconhecimento de sua glória. Jesus aceita este culto sem hesitação. Este é nele, que é a fonte da vida 16.32-58)
um forte contraste com os anios que foram erradamente cultuados em Ap •21.1-25 Este capítulo parece ser um pós-escrito preparado pelo mesmo autor,
19.1 O; 22.9. como o resto do Evangelho, com a possível exceção dos vs. 24-25.
•20.29 Bem-aventurados os que não viram e creram. Conquanto aceitasse •21.3 Vou pescar. Talvez Pedro, por ter negado o Senhor. tenha pensado que ti-
a fé que Tomé demonstrava. Jesus abençoa aqueles que virão a crer pelo teste- vesse perdido o privilégio de ser uma testemunha da ressurreição de Jesus.
munho dos discípulos (17.20; cf. 1Pe1.8-9). Esta bênção apresenta a razão para o e, naquela noite, nada apanharam. Pescar à noite não era incomum. As cir-
Evangelho ser escrito (vs. 30-31). cunstâncias são uma reminiscência da pesca maravilhosa registrada em Lc
•20.30 muitos outros sinais. Nenhum dos Evangelhos procura dar um registro 5.4-11 e associada com a chamada de Pedro e outros discípulos.
JOÃO 21 1268
via, os discípulos !não reconheceram que era ele. s Perguntou· Jesus: Pastoreia as minhas ºovelhas. 17 Pela terceira vez Jesus
lhes gJesus: Filhos, tendes aí alguma coisa de comer? Responde· lhe perguntou: Simão, filho de 6João, tu 7 me amas? Pedro en-
ram·lhe: Não. 6 Então, lhes disse: hLançai a rede à direita do bar· tristeceu-se por ele lhe ter dito, pela terceira vez: Tu 7 me
co e achareis. Assim fizeram e já não podiam puxar a rede, tão amas? E respondeu-lhe: Senhor, Ptu sabes todas as coisas, tu
grande era a quantidade de peixes. 7 iAquele discípulo a quem sabes que eu te amo. Jesus lhe disse: Apascenta as minhas
Jesus amava disse a Pedro: É o Senhor! Simão Pedro, ouvindo ovelhas. 18 qEm verdade, em verdade te digo que, quando
que era o Senhor, cingiu-se com sua veste, porque se havia des· eras mais moço, tu te cingias a ti mesmo e andavas por onde
pido, e lançou-se ao mar; 8 mas os outros discípulos vieram no querias; quando, porém, fores velho, estenderás as mãos, e
barquinho puxando a rede com os peixes; porque não estavam outro te cingirá e te levará para onde não queres. 19 Disse isto
distantes da terra senão quase duzentos côvados. para significar 'com que gênero de morte Pedro havia de glo-
9 Ao saltarem em terra, viram ali umas brasas e, em cima, rificar a Deus. Depois de assim falar, acrescentou-lhe: 5 Segue·
peixes; e havia também pão. 10 Disse-lhes Jesus: Trazei al- me. 20 Então, Pedro, voltando-se, viu que também o ia se-
guns dos peixes que acabastes de apanhar. 11 Simão Pedro en- guindo o discípulo 1a quem Jesus amava, "o qual na ceia se
trou no barco e arrastou a rede para a terra, cheia de cento e reclinara sobre o peito de Jesus e perguntara: Senhor, quem é
cinqüenta e três grandes peixes; e, não obstante serem tan- o traidor? 21 Vendo-o, pois, Pedro perguntou a Jesus: E quan-
tos, a rede não se rompeu. 12 Disse-lhes Jesus: iVlnde, comei. to a este? 22 Respondeu-lhe Jesus: Se eu 8 quero que ele perma-
Nenhum dos discípulos ousava perguntar-lhe: Quem és tu? neça vaté que eu venha, que te importa? Quanto a ti, segue-
Porque sabiam que era o Senhor. 13 Veio Jesus, tomou o pão, me. 23 Então, se tornou corrente entre os irmãos o dito de
e lhes deu, e, de igual modo, o peixe. 14 E já era esta 1a tercei- que aquele discípulo não morreria. Ora, Jesus não dissera que
ra vez que Jesus se manifestava aos discípulos, depois deres- tal discípulo não morreria, mas: Se eu quero que ele perma-
suscitado dentre os mortos. neça até que eu venha, que te importa?