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Maria No Quarto Evangelho
Maria No Quarto Evangelho
Fontes:
KONINGS, Johan. Evangelho segundo João. Amor e fidelidade. Ed. Loyola: São
Paulo-SP, 2005.
MURAD, Afonso. Quem é esta mulher? Maria na Bíblia. Ed. Paulinas: São Paulo-SP,
1996.
1. Introdução
2. A questão mariológica
a) no quarto evangelho nunca se chama Maria pelo nome: isso é um contraste com
os sinóticos e Atos (1,14). Há, todavia, uma coerência da parte de João: isso
porque, embora ele se utilize sempre de nomes próprios (veja-se o relato de
outras figuras como Pedro, Filipe...), o discípulo amado e a mãe de Jesus são
apresentados por ele como tipos, modelos, figuras ou símbolos para a
comunidade, diante de Jesus e sua mensagem. O nome concreto, aqui, acaba por
ser relativo. Importa, de maneira absoluta, a atitude frente à mensagem de Jesus.
Murad lembra que por seis vezes Maria é denominada mãe de Jesus (2, 1.3.5.12;
6.41; 18,25) (cf. MURAD, 1996, p. 155). Com isso ela assume uma identidade
(rosto) e uma missão: é a mulher, a mãe de Jesus e do discípulo amado. (Sobre o
tema mulher aprofundaremos adiante!);
b) os protagonistas de Jo 2, 1-11 não são os noivos (quase não se fala deles), mas
Jesus e Maria. Isso não significa que o evento não é histórico, mas o mais
importante aqui é o sinal de Caná. O relato começa dizendo: “no terceiro dia,
houve um casamento em Caná da Galileia” (2,1). Há como que uma semana
inaugural de atividades de Jesus. Konings aponta uma correspondência estrutural
entre a semana inaugural (Jo 1, 19-2,11) e a semana final (cf. 12,1s):
Jo 19,26 Jesus, então, vendo sua mãe e, perto dela, o discípulo a quem
amava, disse à sua mãe: “Mulher, eis o teu filho! ”. Depois disse
ao discípulo: “Eis a tua mãe!”.