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O art.

37 da constituição federal de 1988 prevê: A administração pública direta e


indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência... .

Com base nos princípios se faz necessário definir. Nesta razão,


(Amorim, 2018 p. 34) É o princípio basilar de toda atividade administrativa.
Como qualquer atuação estatal, o procedimento licitatório deve ser pautado
pelas normas legais vigentes (devido processo legal). O princípio da
legalidade, em matéria de licitação, é de suma relevância, pois ela é um
procedimento vinculado à lei. Tal obrigatoriedade atinge a todos os agentes
públicos que, no exercício de suas funções, não podem desvincular-se das
balizas impostas pelas normas que incidam sobre o tema das licitações e
contratos, sob pena de macular com vício de nulidade atos que praticarem, e,
como consequência, serem responsabilizados em caso de prejuízo ao erário e
afronta ao interesse público.

A vista disso o princípio da legalidade aparece como uma garantia, pois ao


mesmo tempo em que é um limite a atuação do Poder Público, visto que este
só poderá atuar com base na lei, também é uma garantia aos administrados,
visto que só deveremos cumprir as exigências do Estado se estiverem
previstas na lei.

O princípio da impessoalidade estabelece o dever do administrador de


conferir o mesmo tratamento a todos os interessados que se encontrem na
mesma situação jurídica. Assim, fica evidenciada a proibição de tratamento
discriminatório e privilegiado. A “igualdade na licitação significa que todos os
interessados em contratar com a Administração devem competir em igualdade
de condições, sem que a nenhum se ofereça vantagem não extensiva a outro”
(CARVALHO FILHO, 2013, p. 244).

Nessa logica a impessoalidade instrumentaliza a primazia dos interesses


coletivos, proibindo quaisquer situações que haja favorecimento ou prejuízo
para outrem ou para grupos. Este princípio fundamenta a proibição a
resultados de razões pessoais, é unânime afirmar que o respeito a tal princípio
não se reduz a mera obrigação jurídica, mas reveste-se de dever ético e moral.

O princípio da moralidade impõe ao administrador e aos licitantes que pautem


sua atuação nos padrões jurídicos da moral, da boa-fé, da lealdade e da
honestidade. A probidade administrativa, por sua vez, volta-se especificamente
ao administrador, como uma “moralidade administrativa qualificada”, no sentido
de que viola a probidade o agente público que, em suas tarefas e deveres,
infrinja os tipos previstos na Lei no 8.429/1992 (Lei da Improbidade
Administrativa) (BRASIL, 1992a).a.

A moral implica honestidade que deve regular a vida da sociedade em busca


do equilíbrio moral, portanto, a moral pretende nortear a vida dos cidadãos.
A publicidade dos atos é princípio geral do direito administrativo, tratando-se
de condição de eficácia da própria licitação (art. 21 da LGL) e do contrato (art.
61, parágrafo único, da LGL). Em atenção ao princípio, além da divulgação
ostensiva dos atos praticados durante o certame, é facultado a qualquer
cidadão (e não apenas aos participantes da licitação) o amplo acesso aos
autos do procedimento licitatório (art. 3o, § 3o, da LGL).

Muito embora a Constituição Federal não diga expressamente, entendemos


que é perfeitamente viável, por uma interpretação sistemática, defluir a regra
de que a publicação de quaisquer atos públicos deve ser clara, e eficaz.

E a partir da Emenda Constitucional nº 19 de 1998, foi acrescentado a


Constituição o princípio da eficiência, cujas definições traçadas por Coelho
(2009, p.60, apud, Souza, 2011 p. 14) apontam que a racionalidade econômica
da Administração Pública está vinculada a este princípio, ou seja, implica em
atingir os melhores resultados com o emprego dos tributos arrecadados.

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