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ESTRUTURA E ANÁLISE DE
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Í N D I C E
Apresentação 3
Análise Horizontal 27
Análise Vertical 28
Relatório de Análise 37
Previsão de Falência 53
Bibliografia 56
Existem três tipos de pessoas: as que deixam acontecer, as que fazem acontecer e as que
perguntam o que aconteceu. (John M. Richardson Jr.)
3
APR E S E NTAÇ Ã O
Para executar corretamente suas atividades, o analista de Balanços tem que ter
conhecimento dos princípios e das convenções contábeis, saber escriturar os fatos
administrativos responsáveis pela gestão do patrimônio da empresa, conhecer os
mecanismos de apuração do resultado do exercício, saber elaborar as demonstrações
contábeis e conhecer profundamente a estrutura de cada uma delas.
Quanto maiores forem os seus conhecimentos de contabilidade, maior será sua facilidade
para analisar, interpretar e emitir opiniões sobre essas peças.
A análise de balanços inicia-se a partir das demonstrações financeiras, nas quais o analista
coleta dados, adequando-os para os cálculos de quocientes, índices ou coeficientes, que
serão depois interpretados.
O analista trabalha com dados concretos, aplicando fórmulas de acordo com a sua
experiência contábil e, a partir disso, é capaz de avaliar o presente com base no passado e
projetar o futuro, fundamentando-se sempre no desempenho dos últimos períodos
analisados.
a) A interna é efetuada dentro da empresa por seus próprios funcionários, e visa munir de
informações administradores e diretores, auxiliando-os nas tomadas de decisão. Por
trabalharem na própria empresa, os analistas não encontram dificuldades na coleta de
dados para executarem suas tarefas.
b) A Externa é executada fora da empresa objeto de análise, e seu objetivo é informar aos
interessados acerca da situação econômica ou da estabilidade da empresa para
concretização de negócios, concessões de créditos e financiamentos. É executada por
profissional externo e nesse caso o analista tem em mãos somente as demonstrações
financeiras publicadas pela empresa, além de alguns esclarecimentos adicionais, constantes
dos relatórios ou das notas explicativas que acompanham as demonstrações.
Público investidor: as pessoas físicas e jurídicas que investem em ações, antes de optarem
por uma empresa ou outra, devem efetuar, elas mesmas ou por intermédio de corretoras de
valores, análise dos balanços das empresas nas quais pretendem investir. O maior interesse
dos investidores é conhecer a rentabilidade das ações.
Débitos Créditos
Caixa 1.000
Clientes 4.000
Estoques 5.000
Títulos a Receber (LP) 2.000
Participações em Outras Cias 3.000
Instalações 3.000
Depreciação Acumulada –Instalações 1.000
Imóveis 6.000
Despesas pré-operacionais 1.000
Fornecedores 6.000
Financiamentos a Pagar (LP) 1.000
Capital 10.000
Lucros Acumulados _____ 7.000
Total 25.000 25.000
Pede-se:
1 – Abrir os razonetes com os saldos de X1
2 - Registrar nos razonetes a movimentação de X2.
3 - Balancete de verificação em 31/12/X2, após encerramento do resultado;
4 - Elaborar as seguintes Demonstrações Financeiras para o exercício de X2:
Balanço Patrimonial, comparativo com X1;
Resultado do Exercício;
Mutações do Patrimônio Líquido;
Origens e Aplicações de Recursos.
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Solução:
1/2) - Razonetes
Particip. Outras Cias Lucro Outras Cias (MEP) Resultado Venda de móveis
Débitos Créditos
Caixa
Clientes
Estoques
Títulos a Receber (LP)
Participações em Outras Cias
Instalações
Depreciação Acumulada
Imóveis
Veículos
Despesas pré-operacionais
Fornecedores
Financiamentos a Pagar (LP)
Capital
Lucros Acumulados
Reserva Legal
Dividendos a Pagar ______ _______
Total
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4) Demonstrações Financeiras:
Balanço Patrimonial
X2 X1 X2 X1
ATIVO PASSIVO
Circulante Circulante
Caixa Fornecedores
Clientes Dividendos a pagar
Estoque
TOTAL TOTAL
1 - Origens
Das Operações:
Lucro Líquido do Exercício
Depreciações
Resultado de Participação em Outras Cias
De Acionistas:
Aumento de Capital
De Terceiros:
Recebimento de Títulos de Longo Prazo
Venda de Ativo Imobilizado
2 - Aplicações
Aquisição de Novos Imobilizados
Pagamento de Financiamentos Longo Prazo
Dividendos Propostos
2ª etapa – Coleta de dados: extração de valores das demonstrações financeiras, como total
do ativo circulante, total do ativo permanente, total do patrimônio líquido, valor das vendas
líquidas etc.
Processos de Análises são técnicas utilizadas pelos analistas de balanços para obtenção de
conclusões acerca da situação econômica e financeira da entidade ou de outros aspectos
relacionados com o patrimônio, de acordo com os interesses dos usuários.
Através de estudos e interpretação de dados extraídos das demonstrações financeiras, a
Análise de Balanços tem por finalidade prestar informações sobre a situação econômico e
financeira da entidade, para que as pessoas interessadas possam tomar decisões.
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Este é o processo de análise mais utilizado pelos analistas de Balanços, porque oferece
visão global da situação econômica e financeira da entidade.
Os índices são extraídos das demonstrações financeiras através de confrontos entre contas
ou grupos de contas.
Demonstração de Resultados
20X1 20X0
Receita Líquida 8.254.850 7.454.930
( - ) CMV (3.247.720) (3.128.470)
= Lucro Bruto 5.007.130 4.326.460
( - ) Despesas Operacionais (4.513.450) (3.973.950)
= Lucro da Atividade 493.680 352.510
+ Receitas Financeiras 24.500 25.200
( - ) Despesas Financeiras (447.623) (321.353)
= Lucro Antes do I.R. 70.557 56.357
( - ) Provisão para I.R. (21.167) (16.907)
= Resultado Líquido 49.390 39.450
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ÍNDICES DE LIQUIDEZ
AC 330.440
------ ---------- = 1,44
PC 228.970
Se a empresa sofresse uma total paralisação das suas vendas, ou se o seu Estoque
fosse obsoleto, quais seriam as chances de pagar as suas dívidas.
AC - E 330.440 – 110.400
----------- ----------------------- = 0,96
PC 228.970
Com este índice observamos que, se a empresa parasse de vender, conseguiria pagar
$ 0,96 de cada $ 1,00 de suas dívidas.
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Para cada $1,00 de dívidas a empresa possui apenas $ 0,85 de valores a receber.
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ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO
Este índice sugere que a participação de terceiros é de 38% dos recursos totais
investidos na empresa.
PL 771.980
------------ ------------ = 1,64
Exigível 471.370
A situação não pode ser considerada satisfatória, pois o índice está próximo a 1,0.
Valores inferiores a l,0 indicam que a empresa encontra insolvente, ou seja, o Lucro
da Atividade seria insuficiente para pagar os encargos das dívidas.
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ÍNDICES DE ATIVIDADE
Este índice revela quantas vezes a empresa conseguiu vender o valor do seu estoque
em um dado período.
CMV 3.247.720
------------------- -------------------------- = 23,8
* Estoque Médio (110.440 + 162.450)/2
CR 187.550
------------ --------------------- = 8,17
*RVMD (8.254.850)/360
* Receita de venda média diaria
CP Fornecedores 154.850
---------------------- --------------------- = 17,16
*CMD (3.247.720)/360
* Compra Média Diária
4º Giro do Ativo
Este índice mostra a eficiência com que a gerência usa seus investimentos na
geração de receitas.
Receita 8.254.850
----------- --------------- = 6,64
Ativo 1.243.320
ÍNDICES DE RENTABILIDADE
Este índice revela que a margem de lucro da atividade (ou operacional) é de 6%.
LL 49.390
----------------- ------------- = 0,006
Receitas 8.254.850
O Ativo representa o total dos investimentos da empresa, assim este índice indica a
eficiência global do emprego de tais recursos.
LL 49.390
----------------- ------------- = 0,04
Ativo Total 1.243.320
Este é certamente um dos mais importante índice, pois mostra a rentabilidade que a
empresa oferece aos seus proprietários.
LL 49.390
-------- ------------- = 0,064
PL 771.980
Principais Indicadores
Índices Fórmulas
Composição do Endividamento
Grau de Endividamento PC+ELP / AT
Garantia do Capital Próprio ao Capital de Terceiros PL / ET
Partic. do Capital de Terc. em Relação ao Cap. Próprio ET / PL
Composição do Endividamento PC / ET
Imobilização do Patrimônio Líquido AP / PL
Imobilização dos Recursos não Correntes AP/PL + ELP
Cobertura de Juros LB / DF
Líquidez
Liquidez Geral AC+RLP / PC+ELP
Liquidez Corrente AC / PC
Liquidez Seca AC-E / PC
Liquidez Imediata D / PC
Rentabilidade
Margem Bruta LB / V
Margem Operacional LO / V
Margem Líquida LL / V
Rentabilidade do Ativo LL / AT
Rentabilidade do Patrimônio Líquido LL / PL
Atividades
Giro dos Estoques CMV / EM
Prazo Médio de Recebimentos CRM / VPM
Prazo Médio de Pagamentos CPM / CMP
Posicionamento Relativo PMR / PMP
Giro do Ativo V / AT
Legendas
D – Disponibilidade
AT – Ativo Total
ET – Exigível Total
V – Vendas
EM – Estoque Médio
CRM – Contas a Receber Médias
VPM – Vendas a Prazo Médias
CPM – Contas a Pagar Médias
CMP – Compras Médias a prazo
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EXERCÍCIOS
1. Se o estoque médio mantido no Ativo Circulante é de $ 30.000 e o custo dos produtos
vendidos lançados nos Resultados é de $ 240.000, qual a rotação dos estoques em dias?
2. Determine as vendas em uma empresa que apresente os seguintes dados financeiros: (i)
Índice de liquidez corrente = 2,7; (ii) Índice de liquidez seco = 1,8; (iii) Passivo
Circulante = $ 600.000; (iv) Rotação de Estoque = 4 vezes; e (v) Margem Bruta = 50%.
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3. Um guia útil para avaliar a estrutura financeira de uma empresa em relação ao setor
industrial do qual ela faz parte é a comparação com os índices financeiros médios do
setor industrial. Uma empresa nova, ou uma que planeje entrar em um novo setor, pode
usar tais índices financeiros médios como guia para antecipar sua posição financeira após
o período inicial de ajuste, em particular, os investimentos que ela deverá fazer e os
financiamentos a serem obtidos para sustentar o nível de vendas previsto.
ATIVO PASSIVO
Contas a Receber
TOTAL CIRCULANTE
OBRIGAÇÕES TOTAIS
TOTAL TOTAL
Pede-se: Completar o balanço do quadro anterior supondo que as vendas em 2000 serão
de $ 1.200.000.
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Caixa 205.000
Estoques 387.000
Total 1.012.000
Os níveis das Contas a Receber e dos Estoques são os mesmos do início do ano passado.
A empresa mantém em caixa um valor exatamente suficiente par pagar um mês de
compras e de despesas operacionais. Além das despesas operacionais há $ 80.000 de
Depreciação.
Pede-se:
d) Supondo uma taxa de I.R. de 50%, qual o retorno sobre o Patrimônio Líquido?
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5. Aproximando-se o fim do ano de 2000, avaliações feitas Pela Cia Petrópolis S/ª
indicavam um Resultado Líquido de cerca de $ 49.000, enquanto o Balanço era o
seguinte:
Logo antes do ano terminar, a Cia tomou $ 200.000 emprestados por dois anos e aplicou
os valores no pagamento de parte de seu Passivo Circulante.
Além disso, parte do Imobilizado, no valor contábil de $ 180.000, foi considerada sucata,
e dada baixa como perda total, sendo o débito lançado em Lucros Retidos. (Eventual
compensação da perda no IR. Será pleiteada futuramente)
Pede-se: Com base nas informações dadas, compute os seguintes índices e porcentagens
antes e depois das transações ocorridas.
ATI VO PA S S I V O
Circulante Circulante
Caixa 200 Fornecedores 100
Duplicatas a Receber 300 Impostos a Recolher 1.000
Estoques 500 Outras Obrigações 100
1.000 1.200
ANÁLISE HORIZONTAL
A análise horizontal tem por finalidade demonstrar a evolução dos itens das demonstrações
financeiras ao longo dos anos.
$ 1.000 = 100
$ 1.200 = x
Logo:
1.200 x 100
X= --------------- = 120%
1.000
$ 1.000 = 100
$ 1.500 = x
Logo:
1.500 x 100
X= --------------- = 150%
1.000
Contas X1 X2 X3
Receita $1.000 $1.200 $1.500
Evolução 100% 120% 150%
Com base no entendimento do cálculo dos índices da Análise Horizontal, vamos a um exemplo
de interpretação:
Um observador menos atento certamente ficaria satisfeito com a evolução crescente dos lucros.
Entretanto, uma análise horizontal e mais cuidadosa revelaria os seguintes crescimentos
compostos para Receitas e Custos:
As receitas crescem 7% cumulativamente, a cada ano. As despesas crescem 8% e o lucro apenas
5%.
Por outro lado, o reflexo da evolução dos itens em seu sentido horizontal também condiciona a
análise vertical. De fato, o lucro representa 33,3% das vendas em 20x6, 32,7% em 20x7, 32,1 em
20x8, 31,3 em 20x9 e 30,8 em 20xx. Um decréscimo lento, mas “seguro”, portanto.
ANÁLISE VERTICAL
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A análise vertical é aquela através da qual se compara cada um dos elementos do conjunto em
relação ao total do conjunto. Ela evidencia a porcentagem de participação de cada elemento do
conjunto
O cálculo do percentual que cada elemento ocupa em relação ao conjunto é feito por meio de
regra de três, em que o valor-base é igualado a 100, sendo os demais calculado em relação a ele.
$1.000 = 100
$300 = x
Logo:
300 x 100
X= ------------- = 30%
1.000
Com base no entendimento do cálculo dos índices da Análise Vertical, vamos a um exemplo de
interpretação:
A “Cia Beta S/A”, assim apresentava a evolução dos grupos do Ativo em relação ao Ativo Total
Observe-se que o ativo total teve acréscimos de 24% entre 20x6 e 20x7. De 5% de 20x7 a 20x8.
De 21% de 20x8 a 20x9.
Dentre os grandes itens, nota-se diminuição da participação do Disponível Sobre o Ativo Total.
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Os estoques sofrem acréscimo de 18% para 19%, e para 25% em 20x8, decrescendo ligeiramente
sua participação em 20x9, ao nível de 24%, porém acima do nível inicial. Seria preciso
investigar o porquê disso e com quais fundos foi aumentada a participação do estoque. Em parte,
talvez, isso tenha sido possível pela melhor administração do Disponível.
Vejamos o que ocorre com os Recebíveis a Curto Prazo: diminuem bastante de 20x6 a 20x7,
passando de 27% para 20%. Sofrem decréscimo brutal em 20x8, qual deverá ser investigado
quanto às verdadeiras causas. Mantêm-se baixos em 20x9. Estes dois últimos valores podem ser
indicativos de que a empresa praticamente não vendeu a prazo.
20X8 20X9
A análise vertical é extremamente reveladora, neste caso. Verifica-se que até o item "Lucro
Operacional" a empresa manteve e até melhorou o desempenho, em relação a 20x8. De fato, o
custo das vendas que representava 50% das mesmas diminuiu para 47%, aumentando, portanto, a
participação do lucro em vendas. Entretanto, verifica-se acréscimo percentual das Despesas
Operacionais, as quais passam de 32% para 34%. Interessante notar que, dentro do grupo
Despesas Operacionais, seus componentes mantêm as participações com relação ao total. Por
algum motivo, a empresa não conseguiu controlar as despesas operacionais globais ao mesmo
nível percentual de 20x8. Isto foi quase o suficiente para anular a vantagem obtida no custo das
vendas.
No item Despesas Financeiras verifica-se o fator primordial que fará o desempenho da empresa
empobrecer, pelo menos no que se refere ao DR. Passaram de 3%, porcentagem razoável, para
7% das vendas, bastante alta, embora não alarmante. Quais os motivos desta mudança? É preciso
investigar em profundidade, tentando alterar o comportamento. Em conseqüência da piora no
item Despesas Financeiras, todos os demais relacionamentos se deterioram. De um lucro líquido
de 13% sobre as vendas passamos para 10%, embora em valores absolutos permaneçam iguais.
ATIVIDADE - I
Demonstração de Resultados
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ATIVIDADE - II
Com base no balanço da cia Primavera, efetue a Análise Vertical e Análise Horizontal e
preencha o relatório.
BALANÇO PATRIMONIAL
"Cia Primavera"
31-12-de 31-12- de
ATIVO PASSIVO
20x3 20x2 20x1 20x3 20x2 20x1
Circulante Circulante
Disponível 510 450 380 Fornecedores 200 400 500
Duplicatas a Empréstimos
Receber 1.328 910 545 Bancários 900 1.000 1.100
(-) Prov. Dev. Duvid. (39) (20) (15) Res. 295 700 0 0
Estoques 1.221 800 540
Total do Circulante 3.020 2.140 1.450 Total do Circulante 2.100 1.350 1.050
Total do Ativo 6.570 5.240 4.250 Total do Passivo 6.570 5.240 4.250
Cia Primavera
Relatório de Análise
Análise Vertical
DRE
O lucro líquido decresceu de ........% (em relação às vendas) para .........%. Os motivos principais deste
decréscimo foram:
Balanço Patrimonial
31-12-de 31-12- de
ATIVO PASSIVO
20x3 20x2 20x1 20x3 20x2 20x1
Circulante Circulante
Disponível Fornecedores
Duplicatas a Empréstimos
Receber Bancários
(-) Prov. Dev. Duvid. Res. 295
Estoques
Total do Circulante Total do Circulante
Análise Horizontal
ATIVIDADE - III
1. As cervejarias A e B estão estudando um processo de fusão para criação da GCN – Grande
Cervejaria Nacional. Você foi contratado para, com base nos dados das demonstrações de
resultado das duas cervejarias, que se encontram a seguir, explicar aos acionistas da cervejaria
B suas possíveis vantagens nessa fusão.
CERVEJARIA A X1 X2 X3 X4
RECEITAS BRUTAS 4.413.987 5.069.827 5.840.249 7.005.073
(-) Deduções 2.073.871 2.601.091 3.060.801 3.849.399
RECEITAS LÍQUIDAS 2.240.116 2.468.736 2.779.448 3.155.674
(-) Custo das Vendas 1.192.390 1.417.897 1.402.902 1.553.835
RESULTADO BRUTO 1.047.726 1.050.839 1.376.546 1.601.839
(-) Despesas de Vendas 292.322 380.272 463.668 695.622
(-) Despesas Administrativas 451.730 240.217 250.466 239.603
RESULTADO DA ATIVIDADE 303.674 430.350 662.412 666.614
(-) Outras Desp. Operacionais 1.453
(-) Depreciação / Amortização 29.249 38.440 272.496 330.782
(+) Outras Rec. Operacionais 19.697 56.869 175.954 117.660
RESULTADO OPERACIONAL 294.122 448.779 565.870 452,039
(-) Despesas Financeiras 102.338 157.062 275.991 346.413
(+) Receitas Financeiras 188.557 162.734 224.940 213.043
(+/-) Res. Equiv. Patrimonial 5.082 20.354 -1.873
RESULT. OPERACIONAL II 385.423 454.451 534.173 316.796
(+) Rec. Não Operacional 81.833 55.550 9.495 38.769
RESULT. ANTES I.R. 467.256 510.001 543.668 355.565
(-) IR / Contribuição Social 162.399 119.478 53.659 34.374
(-) Participações 54.558 16.168 33.686 -7.907
RESULTADO LÍQUIDO 250.299 371.355 456.323 329.098
38
CERVEJARIA B X1 X2 X3 X4
RECEITAS BRUTAS 2.268.639 2.293.100 2.236.562 2.190.715
(-) Deduções 633.099 702.972 803.961 808.841
RECEITAS LÍQUIDAS 1.635.540 1.590.128 1.432.601 1.381.874
(-) Custo das Vendas 926.197 946.106 929.598 786.118
RESULTADO BRUTO 709.373 644.022 503.003 595.756
(-) Despesas de Vendas 180.719 223.620 165.645 186.966
(-) Despesas Administrativas 332.750 295.126 155.122 202.809
RESULTADO DA ATIVIDADE 195.904 125.276 182.236 205.981
(-) Depreciação / Amortização 76.084 143.771
(+) Outras Rec. Operacionais 30.294 81.780 94.043 68.834
RESULTADO OPERACIONAL 226.198 207.056 200.195 131.044
(-) Despesas Financeiras 70.385 53.643 148.036 153.696
(+) Receitas Financeiras 39.801 34.326 66.383 111.795
(+/-) Res. Equiv. Patrimonial 3 -526 -5.415 -3.086
RESULT. OPERACIONAL II 195.617 187.213 113.127 86.057
(+) Rec. Não Operacional 10.684 9.007
(-) Desp. Não Operacionais 1.009 4.523
RESULT. ANTES I.R. 206.301 196.220 112.118 81.534
(-) IR / Contribuição Social 60.333 54.646 17.448 9.473
(-) Participações 13.230 55.423 56.095 45.509
RESULTADO LÍQUIDO 132.738 86.151 38.575 26.552
RELATÓRI O DE ANÁLISE
CONCEITO
Relatório de Análise é um documento, elaborado pelo analista de balanços, que contém as
conclusões resultantes do desenvolvimento do processo de análise.
Para que o Relatório de Análise de Balanços seja inteligível por leigos, não devem apresentar
dados como quocientes, coeficientes ou números-índices, os quais devem ser traduzidos em
informações. Suponhamos os seguintes indicadores:
QUOCIENTES QUOCIENTES-
39
Situação de Liquidez – O Quocientes de Liquidez Geral foi de 1,42 ou 142%, indicando que a
empresa possui recursos, no seu Ativo Circulante mais Realizável a Longo Prazo, no valor de R$
142 para cada R$ 100 de Passivo Circulante mais Exigível a Longo Prazo, estando acima do
Quociente-padrão de seus concorrentes, que é de 1,20; o Quociente de Liquidez Corrente é de
1,70 ou de 170%, indicando que a empresa possui, no Ativo Circulante, recursos no valor de R$
170 para cada R$ 100 de dívidas a curto prazo, evidenciando a existência de Capital Circulante
Líquido e operando acima do Quociente-padrão alcançado por seus concorrentes, que é de 1,35;
o Quociente de Liquidez Seca é de 1,54 ou 154%, mostrando que a empresa possui
disponibilidades mais direitos de conversibilidade garantida de R$ 154 para cada R$ 100 de
dívidas a curto prazo, estando também operando acima do padrão de seus concorrentes, que é de
1,25.
Tabela de indicadores:
RELATÓRIO
Após a análise e a interpretação das demonstrações financeiras da empresa Polinésia S.A. relativas
aos exercícios de x1 e x2, apresentamos as seguintes informações:
Situação Financeira
a) Endividamento – A empresa apresenta alto grau de endividamento, uma vez que os
Quocientes de Estrutura de Capitais se encontram acima dos quocientes alcançados por Empresas
que exercem o mesmo ramo de atividade.
No período abrangido pela análise, a empresa não apresentou Capital Circulante Próprio,
trabalhando com Capitais de Terceiros em proporções maiores que os Capitais Próprios,
insuficientes para financiar o Ativo Permanente, revelando que a empresa encontra-se em
mãos de terceiros. Houve considerável melhora no grau de endividamento no exercício de
x2 em relação ao de x1, revelando tendências de breve recuperação.
Situação Econômica
Rentabilidade – A situação econômica no exercício de x2 foi melhor que no exercício de x1.
Em x2, os Quocientes de Rentabilidade encontram-se acima dos Quocientes –padrão Medianos
de seus concorrentes. A boa rentabilidade alcançada no exercício de x2 decorre o esforço
efetuado pela empresa no sentido de reverter o alto grau de endividamento apresentado no
exercício de x1.
Ass.:_______________________________
Analista
ATIVIDADE - III
Com base nos dados das demonstrações financeiras da “Cia Flor do Cafezal S/A”, preencha os
quadros A, B e C:
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE CIRCULANTE
Caixa e Bancos 300 Fornecedores 1.600
Duplicatas a Receber 1.800 Empréstimos Bancários 1.200
Estoques 1.200 Outras Contas 200
3.300 3.000
Vendas 6.000
CMV (4.400)
Lucro Bruto 1.600
Despesas Operacionais (1.000)
Lucro Operacional 600
Resultado Não Operacional (200)
Lucro Líquido 400
QUADRO A
Indicadores ? Padrão
Participação de Capital de Terceiros ET/PL 1,50
Imobilização do Patrimônio Líquido AP/PL 1,26
Liquidez Geral AC+RLP/PC+ELP 0,80
Liquidez Corrente AC/PC 1,05
Giro do Ativo V/AT 1,01
Margem Líquida LL/VL 5%
Rentabilidade do Patrimônio Líquido LL/PL 15%
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QUADRO B
Para cada $ 1,00 investido em seu ativo Total, a empresa vendeu $________.
Quantos anos serão necessários para se obter o retorno do capital próprio
investido na empresa ________.
44
QUADRO C
R E LA T Ó R I O
Introdução:
Situação Financeira
Endividamento:
Liquidez:
Situação Econômica
Rentabilidade:
Conclusão
45
Suponha, por exemplo, que a Rotação seja definida como Receita de Vendas pelo
Patrimônio Líquido, a Margem seja o Lucro Antes do Imposto de Renda (LAIR) pela
Receita de Vendas, e o retorno seja, em conseqüência , LAIR sobre Patrimônio Líquido.
Assim:
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CONCLUSÃO:
A análise conclui que o significativo aumento de rentabilidade sobre o
Patrimônio Líquido no período (de 7,6% para 9,1%) se deve tanto a um
aumento na rotação (de 10,07 para 10,69), como também a um aumento
na margem obtida por unidade de receita (de 0,75% para 0,85%).
47
“Cia Deocleciano”
31-12- de 31-12- de
ATIVO PASSIVO
20x1 20x2 20x3 20x1 20x2 20x3
Circulante Circulante
Disponível 400 450 500 Fornecedores 200 400 500
Duplicatas a Empréstimos
Receber 500 800 1.400 Bancários 900 1.000 1.100
Estoques 600 750 1.100 Outros 100 100 100
Total do Circulante 1.500 2.000 3.000 Total do Circulante 1.200 1.500 1.700
Total do Ativo 4.300 5.200 6.600 Total do Passivo 4.300 5.200 6.600
“Cia Deocleciano”
“Cia Deocleciano”
Giro x Margem
A primeira coluna (a), Giro x Margem, indica que ambos contribuíram para a queda da
rentabilidade.
Na segunda coluna (b), observamos que as vendas cresceram em 32% de X1 para X3. O
Lucro líquido não acompanhou o crescimento das vendas, atingindo, apenas, um
crescimento de 13%. O que mais preocupa, todavia, é que o Ativo da empresa cresceu em
53%, percentual este bem superior ao das vendas. Significa que o crescimento das vendas
não acompanhou o volume dos Investimentos.
Vamos observar, agora, qual grupo do Ativo que mais contribuiu para o seu crescimento e
qual o comportamento do Custo total em relação às vendas.
Constatamos na quarta coluna (d), que certos itens, em nada influíram no aumento do
Ativo e no custo; não contribuíram para a queda da rentabilidade. São eles:
Disponível: O seu acréscimo em três anos foi de 25%, numa proporção inferior ao
crescimento das vendas.
CMV (Custo das Mercadorias Vendidas). Aumentou na mesma proporção das
vendas. Se tivéssemos uma indústria, não haveria necessidade de nos
preocuparmos com matéria-prima, Mão-de-obra Direta e Custos Indiretos de
Fabricação. Não precisamos, portanto, no momento, demitir pessoal da produção,
controlar mais rigidamente os CIF (custos indiretos de fabricação) ou estarmos
atentos em relação aos preços de matéria-prima. Há outros itens que requerem
uma atenção imediata.
Outras Despesas: Analisamos a Correção Monetária (perda com a inflação) e a
Provisão para Imposto de Renda. Evidentemente que tais despesas não são
responsáveis pela queda da rentabilidade.
Aliás, um ângulo da análise que nos ocorre é exatamente esse: a empresa, no afã de
incrementar as suas vendas, dilata o prazo de financiamento das vendas (por isso aumenta
Duplicatas a Receber), amplia o seu Estoque e intensifica a propaganda (Despesas de
Vendas).
Ao contrário do que ocorre com muitas empresas, não forma os investimentos em Ativo
Fixo que provocaram a queda da rentabilidade. Também não adiantariam, neste caso,
demissões de funcionários, sejam eles de produção ou administrativos.
Assim, parece-nos que a empresa está com seu mercado saturado, não tendo dado
resultado todos os seus esforços de vendas. O ideal talvez fosse voltar ao nível de vendas
de X1, reduzindo a propaganda, o estoque e as duplicatas a receber àquele nível.
EXERCÍCIO
EXERCÍCIO
BALANÇO PATRIMONIAL
"Cia Laranjeiras"
31-12-de 31-12- de
ATIVO PASSIVO
20x3 20x2 20x1 20x3 20x2 20x1
Circulante Circulante
Disponível 510 450 380 Fornecedores 200 400 500
Duplicatas a Empréstimos
Receber 1.328 910 545 Bancários 900 1.000 1.100
(-) Prov. Dev. Duvid. (39) (20) (15) Res. 295 700 0 0
Estoques 1.221 800 540
Total do Circulante 3.020 2.140 1.450 Total do Circulante 2.100 1.350 1.050
Total do Ativo 6.570 5.240 4.250 Total do Passivo 6.570 5.240 4.250
PREVISÃO DE FALÊNCIA
Na década de sessenta, nos Estados Unidos, foram desenvolvidos e publicados vários estudos sobre a
capacidade preditiva dos índices de balanços, em relação à insolvência das empresas. No Brasil, o Prof.
Stephen C. Kanitz desenvolveu um modelo muito interessante de como prever falências, por meio de
tratamento estatístico de índices financeiros de algumas empresas que realmente faliram.
LL
X1 = --------------- x 0,05
PL
AC + RLP
X2 = ------------------ x 1,65
PC + ELP
AC - E
X3 = ----------------- x 3,55
PC
AC
X4 = ---------------- x 1,06
PC
PC + ELP
X5 = ---------------- x 0,33
PL
Fator de Insolvência = X1 + X2 + X3 – X4 – X5
0 e 7 = Solvência
0 e –3 = Penumbra
–3 e –7 = Insolvência
FI = –2,444 (penumbra)
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EXERCÍCIO
BALANÇO PATRIMONIAL
31-12-de 31-12- de
ATIVO PASSIVO
20x3 20x2 20x1 20x3 20x2 20x1
Circulante Circulante
Disponível 510 450 380 Fornecedores 200 400 500
Duplicatas a Empréstimos
Receber 1.328 910 545 Bancários 900 1.000 1.100
(-) Prov. Dev. Duvid. (39) (20) (15) Res. 295 700 0 0
Estoques 1.221 800 540
Total do Circulante 3.020 2.140 1.450 Total do Circulante 2.100 1.350 1.050
Total do Ativo 6.570 5.240 4.250 Total do Passivo 6.570 5.240 4.250
Cia X
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FATOR DE INSOLVÊNCIA
TERMÔMETRO X3 X2 X1
X1 = LL / PL x 0,05
X3 = AC – EST. / PC x 3,55
( - ) X4 = AC / PC x 1,06
( - ) X5 = ET / PL x 0,33
FI = X1 + X2 + X3 - X4 - X5
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BIBLIOGRAFIA
HERRMAN JR. F. Análise de Balanços para a Administração Financeira. Ed. Atlas, 2004.
NÉLIO, D.P. Introdução à Contabilidade Gerencial. Ed. Makron Books. São Paulo, 2002.
OLIVEIRA, Luís Martins de. Controladoria. Ed. Futura, São Paulo, 1998.