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Anatomia I FCM-UNL (Osteologia e Artologia) Filipa Ferreira
Anatomia I FCM-UNL (Osteologia e Artologia) Filipa Ferreira
Filipa Ferreira
4ª Aula
21/10/04
Osteologia da cabeça
Ossos do Crânio
Ímpares
parietais
temporais
Ossos supranumerários
Ossos Wormianos
FRONTAL
Tipo – Ímpar e achatado
Localização – posição superior e anterior do crânio, acima do maciço frontal
Orientação – face convexa é anterior; a face com duas cavidades separada por uma
chanfradura é inferior e horizontal.
Conexões
• com os dois parietais através da sutura coronal
• com o etmóide através:
--- da lâmina papirácea do etmóide que se articula com o bordo
inferior das fossas orbitárias
--- da face superior das massas laterais que se articulam com a
superfície etmóidal do frontal
--- da lâmina perpendicular cujo bordo anterior se articula com a
aresta posterior da espinha nasal do frontal
--- do bordo anterior, mais concretamente pelos processos alares, da apófise crista
galli que vão limitar uma goteira que fecha o buraco cego do frontal
• com o esfenóide através:
--- da face superior das pequenas asas que se articula com o bordo inferior das
fossas orbitárias
--- do bordo externo das grandes asas do esfenóide que se articula com o bordo
posterior da faceta temporal
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
• com o bordo superior dos dois nasais através da chanfradura nasal do frontal
• com o bordo superior dos dois nasais através da chanfradura nasal do frontal
Estes fontículos servem para, durante o parto, destinguir em que posição está o feto.
A ossificação incompleta do crânio do feto permite uma pequena redução do seu vo-
lume durante o parto.
Descrição
A sua porçãosuperior é regularmente abobadada e faz parte da abóbada craniana
A porção inferior destaca-se do ângulo recto do bordo inferior da porção frontal e
dirige-se horizontalmente para trás
2 faces
Face endocraniana ou cerebral
Face exocraniana ou cutânea
Face exocraniana
Porção Vertical
Regularmente convexa excepto numa pequena porção lateral em que é ligeiramente
concâva
Nesta face é visivel:
1- sobre a linha mediana, imediatamente acima da chanfradura nasal, os vestígios
da sutura metópica ou médio-frontal que reúne as duas metades primivamente
distintas do osso frontal
2- acima e perto da chanfradura nasal, uma eminência mediana, larga e arredonda-
da, arqueada e côncava em cima, a bossa frontal média ou glabela
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Porção Horizontal
Esta porção apresenta sobre a linha mediana a chanfrandura etmoidal, larga, rec-
tangular e circunscrita por uma superfície anfractuosa em forma de ferradura, a su-
perfície etmoidal.
Da porção média da superfície etmoidal destaca-se, imediatamente atrás da chan-
frandura nasal, uma apófise longa, a espinha nasal do frontal. Esta espinha tem a
forma de uma pirâmide triângular de base superior e de vértice inferior. Das três fa-
ces da espinha:
1- a anterior, rugosa, articula-se com a face posterior dos ossos próprios do nariz
2- as duas faces póstero-laterais são lisas, côncavas e contribuem para a formação
da parede superior das fossas nasais; estão separadas uma da outra por uma ares-
ta mediana posterior que se articula com a lâmina perpendicular do etmóide.
A chanfradura etmoidal é limitada lateralmente por duas superfícies anfracturosas,
alongadas de diante para trás, atravessadas por cavidades separadas umas das outras
por finas lamelas ósseas. Estas cavidades são as hemicélulas frontais que comple-
tam as hemicélulas etmoidais.
É possivel observar ainda sobre estas superfícies anfracturosas, duas goteiras ligei-
ramente oblíquas para dentro e para diante, quase transversais. Essas goteiras trans-
formam-se em canais, designados canais etmoidais ou orbitários internos, por in-
termédio de goteiras correspondentes que apresenta a face superior das massas late-
rais do etmóide. Há um canal anterior por onde passa a artéria etmoidal anterior e o
nervo nasal interno e um canal posterior por onde passa a artéria etmoidal posterior
e o nervo esfeno-etmoídal.
De um lado e do outro da zona etmoidal, existem duas superfícies côncavas, lisas,
triangulares, as fossas orbitárias. A concavidade das fossas orbitárias não é regular,
é mais acentuada: externamente onde existe uma depressão de seu nome fosseta la-
crimal, pois aloja a glândula lacrimal e internamente, onde existe um pequeno esca-
vado, a fosseta troclear, sobre a qual se insere a tróclea de reflexão do músculo
grande oblíquo. A fosseta troclear é por vezes substituida por uma espinha ou uma
simples rugosidade.
Crista órbito-nasal
É dividida em três segmentos: um médio, a chanfrandura nasal, e dois laterais, as
arcadas orbitárias; estas estão situadas de um lado e do outro da chanfradura nasal.
A chanfrandura nasal tem forma de V largamente aberto para baixo. É dentada e
articula-se com os ossos próprios do nariz internamente, e com a apófise montante
do maxilar superior externamente.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Face Endocraniana
É côncava no seu todo.
Porção Vertical
Sobre a linha mediana podemos encontrar, imediatamente a seguir à chanfradura
etmoidal o buraco cego, que dá acesso a um canal muito curto que termina em forma
de saco. Eventualmente poderá passar dentro do buraco cego um prolongamento da
duramáter do encéfalo e a veia do buraco cego.
Acima do buraco cego eleva-se uma aresta aguda, mediana, com 2 a 3 cm, a crista
frontal.
Posteriormente a crista frontal bifurca-se dando origem às goteiras do seio longitu-
dinal superior por onde passa o seio longitudinal superior que é uma veia modifi-
cada que tem como função fazer o refluxo do sangue venoso.
De cada lado da goteira existem frequentemente umas pequenas depressões, as fos-
setas de Pacchionni que são atravessadaspor porções do tecido subaracnoídeu e fa-
zem a drenagem do líquido cefalo-raquidiano.
Um pouco mais externamente às fossetas estão as fossas frontais que coincidem
com as bossas frontais laterais da face exocraniana.
Porção Horizontal
Sobre os lados e em baixo, de um lado e do outro da chanfradura etmoídal encon-
tram-se as bossas orbitárias (que correspondem às fossas orbitárias da face exocra-
niana) que são convexas e estão cobertas por depressões irregulares, as impressões
digitais (que correspondem às circunvoluções do lobo frontal) e por saliências alon-
gadas, as eminências mamilares que separam as impressões digitais umas das ou-
tras.
Bordo Circunferencial
O bordo do frontal compreende dois segmentos:
• o semicircular que é superior
• o horizontal que é inferior
Segmento Semicircular
É dentado, talhado em bisel à custa da face interna. Articula-se com os parietais em
cima e com as grandes asas do esfenóide, em baixo.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Segmento Horizontal
É interrompido sobre a linha mediana pela chanfradura etmoídal,limita atrás as bos-
sas orbitárias. Articula-se em toda a sua extensão com a pequena asa correspondente do
esfenóide excepto numa pequena porção antes de atingir a extremidade externa, que é
livre e que forma o limite superior da extremidade externa fenda esfenoidal.
Seios Frontais
São dois, encontram-se no interior do osso e são cavidades pneumáticas que abrem no
meato médio das fossas nasais através da abertura dos seios frontais. Encontram-se
separados entre si pelo septo dos seios frontais
5ª Aula
25/10/04
ETMÓIDE
Localização – abaixo da porção horizontal do frontal, na porção anterior e mediana da
base do crânio
Tipo- Osso ímpar e curto
Orientação – a lâmina que apresenta numerosos orifícios é horizontal e a apófise que
dela se destaca é anterior e superior.
Conexões:
• com o frontal através:
--- da lâmina perpendicular cujo bordo anterior se articula com a
aresta posterior da espinha nasal do frontal
--- da lâmina papirácea do etmóide que se articula com o bordo
inferior das fossas orbitárias do frontal
--- da face superior das massas laterais que se articulam com a
superfície etmóidal do frontal
--- do bordo anterior, mais concretamente pelos processos alares, da apófise crista
galli que vão limitar uma goteira que fecha o buraco cego do frontal
• com o esfenóide através:
--- do bordo posterior da lâmina perpendicular que se articula com a crista mediana
anterior do corpo do esfenóide
--- da face posterior das massas laterais que se articulam com a face anterior do cor-
po do esfenóide
• com os dois palatinos através:
--- da face inferior das massas laterais que se articula com a faceta etmóidal da
apófise orbitária do palatino
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
--- da face interna das massas laterais,mais propriamente através da porção pos-
terior do bordo superior do corneto médio que se se articula com a crista turbinal
superior do palatino
--- da face interna das massas laterais, mais propriamente de uma das lamelas
posteriores da apófise unciforme que se articula com o palatino
--- da face posterior das massas laterais que se articula com a faceta etmóidal da
apófise orbitária do palatino
• com os dois nasais através do bordo anterior da lâmina perpendicular que se ar-
ticula com a face posterior dos ossos nasais
• com os dois lacrimais através:
--- face anterior das massas laterais que se vão articular com a face interna do
osso lacrimal
--- da face externa das massas laterais que se vai articular com o bordo posterior
do osso lacrimal
• com os dois maxilares superiores através:
--- da face interna das massas laterais, concretamente pela porção anterior do
bordo superior do corneto médio que se vai articular com a crista turbinal supe-
rior do maxilar superior
--- da face inferior das massas laterais que se articula com a porção superior da
face interna do maxilar superior
--- da face externa das massas laterais que se articulam com o bordo superior do
maxilar superior
• com o vómer através do bordo póstero inferior da lãmina perpendicular que se
articula com o bordo anterior do vómer
Descrição
O etmóide é constituido por uma lâmina vertical que é antêro-posterior e mediana, por
uma lâmina horizontal que corta a lâmina vertical perto da sua extermidade superior e
por duas massas laterais pendentes nos bordos laterais da lâmina horizontal
Lâmina Vertical
É dividida pela lâmina horizontal em duas porções: uma superior, a apófise crista
galli e outra inferior, a lâmina perpendicular.
Lâmina Perpendicular
É fina e frequentemente desviada para um dos lados.
É pentagonal.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Lâmina Horizontal
É também designada de lâmina crivada.
É quadrilátera e estende-se de um bordo ao outro da chanfradura etmóidal.
A face superior, endocraniana, é dividida pela apófise crista-galli em duas porções
laterais, estas são atravessadas por goteiras alongadas de diante para trás, as goteiras
olfactivas. A porção anterior de cada uma destas goteiras apresenta uma depressão
em concordância com o bulbo olfactivo.
Cada uma das goteiras olfactivas é crivada de orifícios, irregularmente distribuidos
por toda a sua extensão.
Estes orifícios são sempre mais numerosos na sua porção anterior que é mais estrei-
ta, na região posterior.
São também mais numerosos e pequenos na face inferior que na superior, o que se
deve ao facto de cada orifício apresentar o seu fundo coberto por mais orifícios mais
pequenos.
Os orifícios da lâmina crivada, á excepção da fenda etmóidal e do buraco etmóidal,
dão passagem a filetes do nervo olfactivo.
Estes dois orifícios ocupam a extremidade anterior da goteira olfactiva.
A fenda etmóidal está situada contra a apófise crista-galli e dá passagem a um
prolongamento da dura-máter.
O buraco etmóidal localiza-se para fora da fenda etmóidal. Esta junto do orifício
interno do canal etmóidal anterior, que se abre perto dele sobre o bordo externo
da goteira olfactiva, pelo sulco etmóidal.
Este sulco, muito estreito, ladeia de diante para trás o bordo externo da lâmina hori-
zontal.
Pelo canal etmóidal anterior, sulco etmóidal e buraco etmóidal passa o ramo nasal
interno do nervo oftálmico.
A face inferior da lâmina horizontal faz parte da abóbada das fossas nasais.
Massas Laterais
Estão pendentes nos bordos laterais da lamina horizontal. Estão localizadas entre as
cavidades orbitárias e as fossas nasais.
Em cada massa lateral podem-se considerar 6 faces.
Face Superior
Prolonga lateralmente a face superior da lâmina horizontal e articula-se com a superfí-
cie etmóidal do frontal.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Face Anterior
É talhada em bisel á custa da face externa e da sua face inferior, de tal forma que olha
para diante, para fora e para baixo.
Articula-se com a porção superior da face interna do osso lacrimal e também pela
sua parte superior, com a face interna do ramo montante do maxilar superior.
Esta face apresenta também hemi-células completadas pelas correspondentes do osso
lacrimal e maxilar superior.
Face Inferior
É muito estreita, talhada em bisel, olha para baixo e para fora.
Articula-se de diante para trás com toda a porção superior da face interna do maxilar
superior e com a faceta etmóidal da apófise orbitária do palatino.
Esta superfície apresenta também hemicélulas completadas pelas do maxilar superior e
da apófise orbitária do palatino.
Face Posterior
Une-se à face anterior do corpo do esfenóide e apresente uma ou várias hemicélulas
completadas pelas correspondentes do corpo do esfenóide.
Face Externa
É quadrilátera, lisa e quase vertical.
Representa a face externa de uma lâmina achatada muito fina e por isso designada de
osso plano ou lâmina papirácea, que limita externamente a massa lateral do etmóide.
Faz parte da parede interna da órbita.
Face Interna
Muito irregular, dando origem a lamelas recurvadas, convexas internamente, designadas
por corneto superior e corneto médio.
Cada corneto fixa-se ao etmóide por intermédio do seu bordo superior, de tal modo
que o resto da sua superfície é livre na fossa nasal.
O corneto médio implanta-se sobre todo o comprimento da face interna do etmóide. O
bordo superior chega até a ultrapassar adiante e atrás a massa lateral do etmóide, de
forma que a sua extremidade anterior se articula com a crista turbinal superior do
maxilar superior e a extremidade posterior se articula com a crista turbinal superi-
or do palatino.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
A linha segundo a qual o corneto médio se une à massa lateral é ligeiramente oblíqua
para cima e para trás, inclinando-se depois para baixo e para trás.
O corneto superior está situado acima e para trás da metade posterior do corneto mé-
dio.
A sua extremidade posterior estende-se até ao limite posterior da face interna das
massas laterais. A sua linha de união com a face interna das massas laterais é oblíqua
para baixo e para trás.
Podem ainda existir um ou dois cornetos etmóidais suplementares, suprajacentes ao
corneto superior. Denominam-se de corneto de Santorini e corneto de Zuckerkandl,
que vão condicionar respectivamente os meatos de Santorini e Zuckerkandl.
Os cornetos limitam, com a porção correspondente da face interna da massa lateral, es-
paços designados por meatos. A parede externa dos meatos apresenta orifícios, no mea-
to médio abrem as células etmóidais anteriores e o seio frontal e no meato superior
abrem as células etmóidais posteriores.
Da extremidade anterior do meato médio destaca-se uma fina lamela óssea, a apófise
unciforme. Esta dirige-se para baixo e para trás quase até ao bordo posterior do orifício
do seio, onde termina por uma extremidade livre.
Esta lamela pode ainda dividir-se em duas expansões que são. uma inferior que se arti-
cula com a apófise etmóidal do corneto inferior, e outra posterior que por sua vez se
subdivide em duas novas lâminas: uma para trás em direcção ao palatino e outra para
trás e para cima em direcção à extremidade posterior da bolha etmóidal.
Adiante da extremidade superior da apófise unciforme, existe frequentemente uma sali-
ência determinada por uma célula etmóidal, designada por agger nasi.
Atrás da apófise unciforme, a parede externa do meato médio apresenta uma saliência
alongada obliquamente para baixo e para trás designada por bolha etmóidal.
Esta bolha acompanha a porção posterior do bordo superior do corneto médio, da qual
está separada por uma depressão, o sulco retro-bular. Na região superior ou média
deste sulco é possivel observar um ou dois orifícios de células etmóidais.
A bolha etmóidal está separada da apófise unciforme por um intervalo que a mucosa
transforma numa goteira, a goteira unci-bular.
Na extremidade superior desta goteira existe uma lamela óssea, achatada transversal-
mente, que une a extremidade superior da bolha e a apófise unciforme.
A região superior da face interna apresenta, abaixo da lâmina horizontal, sulcos atra-
vessados pelos filetes do nervo olfactivo.
Células Etmóidais
O osso etmóide apresenta no seu interior cavidades pneumáticas, conhecidas por célu-
las etmóidais e cujo conjunto constitui o labirinto etmóidal.
Estas células estão divididas em dois grupos, sendo um anterior e outro posterior, con-
soante a sua abertura nas fossas nasais.
As células etmóidais anteriores abrem todas no meato médio e as células etmóidais
posteriores abrem no meato superior e meato de Santorini.
Aula nº6
28/10/06
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
ESFENÓIDE
Localização – porção média da base do crânio, entre o etmóide e o frontal adiante e os
temporais e o occipital à retaguarda
Tipo – ímpar e curto
Orientação – a linha que une os pontos mais afastados do osso é superior, anterior e
horizontal
Conexões – o esfenóide articula-se com:
com frontal através:
--- da face superior das pequenas asas que se articula com o bordo posterior da
porção horizontal
--- da superfície triângular frontal do esfenóide que se articula com o bordo
posterior da faceta temporal
com os temporais:
--- através do segmento posterior do bordo interno da face exocraniana das gran-
des asas do esfenóide que se articula com o bordo anterior do rochedo do tempo-
ral
--- através do bordo externo da face exocraniana das grandes asas do esfenóide
que se articula em toda a sua extensão com a escama do temporal
Descrição
Corpo do esfenóide
É regularmente cúbico apresentando 6 faces:
Face superior
Na parte anterior existe uma superfície quadrilátera e lisa denominada por jugo esfe-
nóidal.
Este é ligeiramente deprimido de cada um dos lados da linha mediana, em duas gotei-
ras que se prolongam adiante pela goteira olfactiva (do etmóide) correspondente.
A porção anterior do jugo esfenóidal termina num bordo anguloso, saliente, que ultra-
passa a face anterior do osso, denominado prolongamento etmoidal do esfenóide, e
que se articula com a apófise crista galli ao meio e com a lâmina horizontal dos lados.
Posteriormente o jugo esfenóidal é limitado por uma crista transversal, o limbo esfe-
nóidal.
Atrás do limbo esfenóidal encontra-se uma goteira óptica que é transversal e que co-
munica em cada uma das suas extremidades com o canal óptico correspondente, locali-
zado na basa da pequena asa respectiva.
Por trás da goteira óptica encontra-se um outra crista transversal, o tubérculo pituítário
que limita adiante a fossa pituítária ou cela turca ( é concâva no sentido antero- poste-
rior e é convexa no sentido transversal) onde se aloja a glândula pituitária ou hipófise.
Sobre a vertente anterior da sela turca está o sulco do seio coronário que é limitado
atrás por uma crista sinostósica (vestígio da soldadura das 2 peças ósseas que deram
origem ao corpo do esfenóide: a base e pré-esfenóide e a base e pós-esfenóide) que ter-
mina nas apófises clinoideias médias (inconstantes).
Posteriormente à cela turca encontra-se a lâmina quadrilátera. A face posterior da lâ-
mina encontra-se inclinada para baixo e para trás e em articulação com a goteira basi-
lar do occipital. O bordo ântero-superior da lâmina quadrilátera forma o rebordo poste-
rior da sela turca, que é prolongado nas extremidades pelas apófises clinoideias poste-
riores. As apófises clinoideias são pontos de fixação da tenda da hipófise (uma lâmina
fibrosa que vai encerrar a cela turca numa cavidade, na maioria dos casos a tenda está
perfurada e dá passagem à haste da hipófise que liga a porção da neuro-hipófise ao hi-
potálamo). A tenda está limitada anteriormente pelo tubérculo pituitário e posteriormen-
te pela lâmina quadrilátera. Os bordos laterais da lâmina apresentam cada um duas
chanfraduras: uma superior em concordância com o nervo motor ocular comum, e a
outra inferior, em concordância com o seio petroso inferior.
Face anterior
Faz parte da abóbada das fossas nasais.
Apresenta em cima o processo etmóidal que se articula com a lâmina horizontal do
etmóide. O processo etmóidal transpõe o resto da face anterior e representa o terço ou
metade anterior do jugo esfenóidal.
Apresenta também uma crista mediana vertical, a crista esfenóidal anterior que se vai
articular com o bordo posterior da lâmina perpendicular do etmóide.
De cada um dos lados da crista anterior existe uma goteira vertical e, no meio desta go-
teira o orifício de entrada do seio esfenóidal.
Exite também uma superfície lateral anfractuosa com hemicélulas que se vai articular
com a face posterior das massas laterais e com a superfície esfenóidal da apófise orbitá-
ria do palatino.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Face inferior
Constitui a porção mais recuada da abóbada das fossas nasais.
Apresenta na sua porção média a crista esfenóidal inferior.
A extremidade anterior é muito saliente e por isso denominada de bico do esfenóide,
tem continuidade com a crista esfenóidal anterior.
A crista esfenóidal inferior encaixa na goteira formada pelas asas do bordo superior do
vómer. No entanto esta adaptação não é perfeita, existindo entre o vómer e o esfenóide
um canal esféno-vomeriano médio (entre o fundo da goteira vomeriana e a aresta da
crista esfenóidal inferior).
De cada um dos lados da crista inferior existe uma superfície lisa, triângular formada
pelos cornetos de Bertin, esta superfície é limitada atrás pela apófise vaginal da apófise
pterigoideia.
Face Posterior
É uma superfície quadrilátera, desigual, pela qual o esfenóide se une à apófise basilar do
occipital.
Faces Laterais
Delas nascem acima e anteriormente as pequenas asas do esfenóide e em baixo e atrás,
as grandes asas do esfenóide. O espaço compreendido entre a raiz inferior da pequena
asa e o bordo anterior da grande asa, corresponde à extremidade interna da fenda esfe-
nóidal por onde passam os nervos motores oculares comum e externo, as veias oftálmi-
cas, os três ramos terminais do nervo oftálmico, o nervo nasal, o nervo lacrimal, o nervo
patético e o ramo parassimpático dos gânglios ciliares. Nesta porção da fenda esfenóidal
existe um sulco ao qual se liga o tendão de Zinn. Adiante deste sulco do tendão de
Zinn (reunião posterior dos 4 músculos extrínsecos do globo ocular) existe uma peque-
na saliência, o tubérculo supra-óptico.
Anteriormente à fenda esfenóidal a parede lateral é lisa e constitui a porção mais recua-
da da parede interna da órbita.
Acima e atrás da raiz da grande asa do esfenóide existe a goteira do seio cavernoso ou
goteira carotidina (que se dirige de diante para trás e de cima para baixo) onde se situ-
am o seio cavernoso, a artéria carótida interna e alguns nervos cranianos.
Face Superior
Plana e lisa, tem continuidade com a face superior das lâminas orbitárias do frontal
Face Inferior
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Forma a porção mais profunda da parede superior da órbita e limita em cima a fenda
esfenóidal.
Bordo anterior- talhado em bisel à custa da face inferior e dentado articula-se
com as lâminas orbitárias do frontal
Bordo posterior – é livre, mais espesso internamente que externamente, conti-
nua internamente por uma saliência no seu vértice posterior, a apófise clinoideia
anterior
Vértice
Estende-se a poucos milimetros da extremidade externa da fenda esfenoidal, termina na
apófise xifóideia
As grandes asas estendem-se primeiro para fora e depois para cima e para fora. Cada
uma delas tem duas faces, uma endocraniana e outra exocraniana.
Face endocraniana
É concava e a concavidade olha para cima e para trás
Apresenta na porção interna 3 orifícios que são de diante para trás:
Buraco grande redondo – canal muito curto, ântero-posterior, dá passagem ao
nervo maxilar superior e a pequenas veias emissárias
Buraco oval – localiza-se a 1cm para trás e para fora do buraco grande redondo,
da passagem ao nervo maxilar inferior, à artéria pequena meníngea e a pequenas
veias emissárias (inconstantes)
Buraco pequeno redondo – atravessado pela artéria meníngea média e pelo
ramo meníngeo do nervo maxilar inferior
2 orifícios inconstantes:
Buraco de Vesálio- situado adiante e para dentro do buraco oval e atra-
vessádo por uma veia emissária
Orifício superior do canal inominado de Arnold – localizado para dentro
e para trás do buraco oval, por onde passa o pequeno nervo petroso su-
perficial unido ao pequeno nervo petroso profundo
No resto da sua extensão a face endocraniana apresenta impressões digitais, eminências
mamilares e goteiras vasculares concordantes com ramos da artéria meníngea média.
Face exocraniana
Está dividida em duas porções, uma orbitária, a outra temporo-zigomática por uma cris-
ta chamada de crista malar
Crista malar
É vertical, articula-se com o bordo posterior da apófise orbitária do osso malar
Face orbitária
Faz parte da constituição da parede externa da cavidade orbitária. É plana e triângular.
A base ântero-externa confunde-se com a crista malar.
O vértice corresponde à extremidade anterior da raiz da grande asa
O bordo superior forma o lábio inferior da fenda esfenóidal
O bordo inferior limita em cima a fenda esfeno-maxilar
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Face temporo-zigomática
Sub-divide-se em duas porções, uma superior ou temporal e outra inferior ou zigomáti-
ca, pela crista esfeno-temporal
Porção temporal- faz parte da fossa temporal e dá inserção ao músculo temporal.
Porção zigomática- horizontal, constitui a parede superior da fossa zigomática e dá in-
serção ao feixe superior do músculo pterigoideu externo.
Crista esfeno-temporal- é horizontal, com sentido ântero-posterior. Apresenta na sua
extermidade anterior o tubérculo esfenoidal que dá inserção aos feixes do temporal e
do pterigoideu externo.
Bordo interno
Compreende 3 segmentos:
Segmento anterior- representado pelo bordo superior da porção orbitária da face
exocraniana. Forma o lábio inferior da fenda esfenóidal.
Segmento médio- unido ao corpo do esfenóide constitui a raiz da grande asa
Segmento posterior – adiante forma o bordo anterior do buraco lácero anterior.
Perto do corpo do osso destaca-se deste segmento uma saliência longa, estreita e
achatada, denominada por língula, que se dirige para fora e para trás e divide o
buraco lácero anterior em duas porções.
A porção interna do buráco lácero anterior está em concordância com a artéria
carótida interna, a porção externa do buraco lácero está em concordância com os
grandes nervos petrosos superficial e profundo.
Atras deste orificio articula-se com o bordo anterior do rochedo temporal. Ao
longo do seu lábio inferior existe uma goteira correspondente à trompa de
eustáquio.
Bordo externo
Talhado em bisel à custa da lâmina externa em cima e da lâmina interna em baixo. Arti-
cula-se em toda a sua extensão com a escama do temporal.
Os dois bordos do esfenóide unem-se através de uma superfície triângular frontal, que
se articula com o frontal e com o ângulo ântero-inferior do parietal.
Estes bordos unem-se atrás formando um ângulo cujo vértice fica entre a escama e o
rochedo temporal. Este vértice prolonga-se em baixo numa apófise vertical, a espinha
do esfenóide.
Apófises pterigoideias
Na sua metade inferior as asas afastam-se uma da outra, limitando a chanfradura pteri-
goideia preenchida pela apófise piramidal do palatino.
Face anterior
Faz parte da parede posterior da fossa pterigo-maxilar. Na sua extermidade superior
observa-se o orifício anterior do canal vidiano.
Face interna
Faz parte da parede externa das fossas nasais.
Articula-se adiante com a porção vertical do palatino. Da extermidade superior nasce
uma laméla óssea, a apófise vaginal, que se estende internamente sobre a face inferior
do corpo do esfenóide e está separada deste por um sulco que o bordo da asa do vómer
transforma no canal esfeno-vomeriano lateral.
Sobre a face inferior da apófise vaginal existe uma goteira ântero-posterior transforma-
da em canal pterigo-palatino pela apófise esfenóidal do palatino.
Face externa
Limita internamente a fossa pterigo-maxilar. Dá inserção ao músculo pterigoideu exter-
no.
Face posterior
Entra inteiramente na constituição da fossa pterigoideia onde se insere o pterigoideu
interno. Na porção superior e interna da fossa pterigoideia existe uma pequena depres-
são, a fosseta escafóide na qual se insere o músculo peristafilino externo.
A fossa pterigoideia é limitada superiormente pelo bordo posterior das duas asas:
bordo da asa interna- apresenta en cima uma chanfradura que corresponde à
trampa de eustáquio. É sobre ele que recai o peristafilino interno
bordo da asa externa- aprecenta acima da sua porção média uma saliência aguda,
a espinha de Civinini, sobre a qual se insere o ligamento de civinini
Seios esfenóidais
São dois, encontram-se no interior do corpo do esfenóide e estão separados pelo septo
do seio esfenóidal. Abrem-se no meato superior das fossas nasais através da abertura
do seio esfenóidal.
7ª Aula
4/11/04
PARIETAL
Localização- situa-se de cada um dos lados da linha mediana, na porção supero-lateral
do crâneo, atrás do frontal, adiante do occipital e acima do temporal.
Tipo- Par e achatado
Orientação- a face convexa é externa, o bordo talhado em bisel é inferior, dos dois ân-
gulos relacionados com esse bordo o mais agudo é anterior e encontra-se num plano
ligeiramente superior ao ângulo posterior.
Conexões:
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Descrição
Apresenta duas faces, 4 bordos e 4 ângulos
Face Exocraniana
Convexa e é percorrida inferiormente por duas linhas curvas concentricas, a linhas cur-
vas temporais superior e inferior. A superior dá inserção à aponevrose temporal, a
inferior ao músculo temporal.
Acima da linha curva superior a superfície parietal é lisa e convexa, por isso a sua por-
ção média, mais saliente é denominada de bossa parietal.
Perto do bordo superior do parietal e um pouco adiante do bordo posterior, localiza-se o
buraco parietal que se abre na cavidade craniana e dá passagem à veia emissária de
Santorini.
Face endocraniana
É côncava. Na porção média apresenta a fossa parietal.
É percorrida por sulcos vasculares ramificados que se dirigem do bordo inferior para o
bordo superior do osso, constituindo a folha de figueira. Nestes sulcos progridem a
artéria meníngeia média e as suas veias satélites. Na porção póstero-superior desta por-
ção situa-se a zona descolável de Marchand que é muito importante pois aqui a dura-
máter não está aderente ao osso e no caso de existir um traumatismo que provoque a
ruptura de um vaso, o sangue vai-se acumular nesta zona e começa a comprimir o cére-
bro.
Ao longo do bordo superior existe uma hemi-goteira que se reune com a do outro pa-
rietal para formar a goteira do sulco longitudinal superior.
Externamente a esse sulco o parietal apresenta fossetas de Pachionni análogas ás do
frontal.
Do seu ângulo ântero-inferior parte uma saliência oblíqua para cima e para trás que cor-
responde a uma divisão lateral de cada hemisfério.
Bordo superior
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
É dentado, articula-se com o bordo correspondente do parietal oposto, pela sutura sagi-
tal. Adiante do buraco parietal os denticulos são pouco salientes e esta proção da sutura
tem o nome de obélio.
Bordo inferior
Côncavo e talhado em bisel á custa da face exocraniana. Articula-se com a escama do
temporal.
Bordo anterior
Articula-se com o frontal pela sutura coronal
Bordo posterior
Une-se à escama do occipital pela sutura lambdóide
OCCIPITAL
Localização- situa-se na porção média, posterior e inferior do crânio
Tipo- ímpar e achatado.
Orientação- a face convexa é posterior, o buraco é inferior e ocupa uma posição hori-
zontal
Conexões:
Articula-se com o esfenóide através:
--- da face posterior do corpo do esfenóide, concretamente da lâmina quadriláte-
ra, que se une ao bordo anterior da apófise basilar (ou corpo) do occipital
--- através do condilo occipital existente na face exocraniana das massas laterais
do occipital que se articula com a cavidade glenoideia do atlas
Descrição
Apresenta o buraco occipital, de forma ovalar, que faz comunicar a cavidade craniana
com o canal raquidiano. Este orifício dá passagem ao bulbo raquidiano, às artérias ver-
tebrais e relaciona-se com os nervos espinhais.
No occipital existem 4 porções que caracterizam no adulto as suas relações com o bura-
co occipital. Uma que é anterior, a apófise basilar ou corpo do occipital; duas laterais
que são as massas laterais e uma porção posterior, a escama do occipital.
Estas 4 porções estão primitivamente separadas e são distintas umas das outras no re-
cém-nascido.
Face exocraniana
Apresenta sobre a linha média o tubérculo faríngeo, onde se une a aponevrose da fa-
rínge.
Adiante deste tubérculo existe uma depressão alongada de diante para trás, a fosseta
navicular, no fundo da qual pode existir a fosseta faríngea.
De cada um dos lados da linha média existem duas cristas, uma anterior e outra posteri-
or. A posterior, ou crista muscular parte do tubérculo faríngeo e dá inserção ao peque-
no recto anterior. A crista anterior é inconstante, e é chamada de crista sinostósica
(pensa-se que terá resultado da união de um ponto de ossificação anterior e de um ponto
de ossificação posterior), localiza-se pouco adiante da crista posterior.
Entre as duas cristas insere-se o pequeno recto anterior. Adiante da crista sinostósica
existe uma larga depressão na qual se insere o grande recto anterior.
Face endocraniana
Inclinada de baixo para trás e deprimida em goteira; é a goteira basilar, mais profunda
atrás que adiante, relaciona-se com o bulbo raquidiano e com a protuberância anular
Bordos Laterais
Unem-se ao rochedo por uma fibrocartilagem. Sobre o seu lábio superior corre um sulco
em concordância com o seio petroso inferior
Bordo Anterior
Está fixo à face posterior do corpo do esfenóide
Bordo posterior
Forma pela sua porção média o limite anterior do buraco occipital e comunica lateral-
mente com as massas laterais.
Massas Laterais
Cada uma delas apresenta 2 faces, 2 bordos
Face exocraniana
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Sobre a sua superfície observa-se, adiante da metade anterior do buraco occipital, duas
saliências articulares, convexas, elípticas, cujo grande eixo de dirige de diante para trás
que se denominam de côndilos do occipital. Os côndilos articulam-se com as cavidades
glenoideias do atlas.
Adiante e para fora do côndilo está a fosseta condiliana anterior, no fundo da qual fica
o orifício externo do canal condiliano anterior, por onde passa o nervo grande hipo-
glosso.
Atrás do côndilo encontra-se a fosseta condiliana posterior, de onde nasce o canal
condiliano posterior que é inconstante.
Para fora do côndilo estende-se uma superfície rugosa para a inserção do músculo recto
lateral.
Face endocraniana
Apresenta adiante uma eminência, o tubérculo occipital, atravessado por uma goteira
por onde progridem os nervos espinal, pneumogástrico (ou vago) e glosso-faríngeo (esta
goteira dá continuidade ao buraco lácero-posteiror).
Atrás e abaixo do tubérculo está o orifício interno do canal condiliano anterior, fre-
quentemente este canal é desdobrado quase completamente e este desdobramento limi-
ta-se, quase sempre, ao orificio interno.
Atrás e para fora do tubérculo está a curta porção terminal da goteira do seio terminal,
que se encontra contra a apófise jugular do occipital.
Este segmento da goteira está dividido por uma aresta transversal em duas vertentes. A
vertente posterior é inclinada para trás, quase vertical. É sobre a porção interna da ver-
tente posterior que se abre o orifício do canal condiliano posterior. A vertente anterior
é vertical, muito oblíqua está em concordância com o golfo jugular.
Bordo interno
Limita lateralmente o buraco occipital.
Bordo externo
Encontra-se dividido em duas porções pela apófise jugular. Esta apófise encontra-se
articulada com a faceta jugular do temporal
Atrás da apófise jugular o bordo é rugoso e articula-se com a porção mastoideia do tem-
poral.
Adiante da apófise o bordo externo forma o limite interno do buraco lácero-posterior.
O buraco lácero posterior está dividido em duas porções , uma anterior e outra posterior,
por duas saliências, as espinhas jugulares. estas espinhas nascem uma do rochedo do
temporal, a outra do occipital e estão unidas por um feixe fibroso.
A porção posterior do buraco láceroem concordância com a origem da veia jugular in-
terna, com a artéria meníngea posterior e com um ramo meníngeo da artéria occipital.
A porção anterior está subdividida por uma separação fibrosa em dois segmentos. O
segmento posterior dá passagem aos nervos espinhal(XI) e pneumogástrico(X). O seg-
mento anterior é atravessado pelo nervo glosso-faríngeo(IX) e à frente do nervo pelo
seio petroso inferior.
Escama do occipital
É larga. achatada e losângica. Tem 2 faces, 4 bordos e 2 ângulos.
Face exocraniana
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
No meio desta face existe uma saliência mediana, rugosa, a protuberância occipital
exterior.
Da protuberância parte a crista occipital exterior, que se estende de cima para baixo
até ao bordo posterior do buraco occipital.
Da protuberância occipital externa e do meio da crista occipital externa, destacam-se de
cada um dos lados duas cristas rugosas transversais, côncavas para diante, são as linhas
curvas occipitais superior(do meio da crista) e inferior (a protuberância)
A linha curva occipital superior estende-se para fora até à apófise mastoideia.
A linha curva occipital inferior estende-se para fora e para diante até à apófise jugular.
O seu trajecto é irregular, apresenta de cada lado duas curvas sucessivas.
A curva interna e a superfície da escama situada abaixo dela dão inserção ao músculo
pequeno recto posterior.
A curva externa e a superfície óssea subjacente dão inserção ao grande recto posterior.
Entre as duas linhas curvas occipitais, a superfície óssea é desigual e dá inserção inter-
namente ao grande complexo e externamente ao pequeno oblíquo.
Acima da linha curva occipital superior, a escama, lisa, corresponde ao couro cabeludo.
Face endocraniana
Sobre a linha mediana encontra-se uma saliência, a protuberância occipital interior
situada ao mesmo nível que a exterior. A protuberância corresponde à convergência
posterior dos seios cranianos (lagar de Hierófilo), esta convergência traduz-se frequen-
temente por uma depressão no centro da protuberância.
Da protuberância partem:
Duas goteiras horizontais(goteiras dos seios laterais), uma de cada lado, para a
porção occipital dos seios laterais
Uma goteira vertical e ascendente ,a goteira do seio longitudinal superior
Uma crista vertical descendente, a crista occipital interior, que se bifurca perto
do buraco occipital e os seus ramos limitam uma depressão, a fosseta vermiana.
As goteiras e a crista occipital interna dividem a face endocraniana da escama em 4 fos-
sas occipitais: duas superiores ou cerebrais (alojam os lobos occipitais do cérebro) e
duas inferiores ou cerebelosas.
As duas fossas cerebrais estão separadas pela goteira do seio longitudinal superior.
As fossas cerebelosas estão separadas pela crista occipital interior.
As fossas cerebrais estão separadas das fossas cerebelosas pela goteira do seio lateral
O conjunto da protuberância occipital interior, da goteira do seio longitudinal superior,
da crista occipital interior e das duas goteiras dos seios laterais constitui a eminência
cruciforme.
Bordos Superiores
Articulam-se com os parietais segundo a sutura lambdóide
Bordos Inferiores
Unem-se à porção mastoideia do temporal.
Ângulos Laterais
Separam os bordos superiores dos inferiores e comunicam com a extremidade posterior
da sutura têmporo-parietal
Ângulo Superior
Está entre os dois parietais
Apontamentos Anatomia I
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Ângulo Inferior
Constitui na sua porção média, o bordo posterior do buraco occipital e une-se sobre os
lados à extremidade posterior das massas laterais.
8ª Aula
8/11/04
TEMPORAL
Localização- Situa-se na porção inferior e lateral do crânio, atrás do esfenóide, adiante
e para fora do occipital, abaixo do parietal.
Tipo- par e achatado. Podemos também dizer que a escama é achatada, a porção do
rochedo é curta e a porção da apófise zigomática é longa.
Orientação- a porção do osso em forma de escama é superior, sendo a face convexa
dessa escama externa e dela se destaca uma apófise que é anterior
Conexões:
Com o parietal através:
--- do bordo inferior do parietal que se articula com a porção livre do bordo cir-
cunferencial da escama do temporal e com parte do bordo circunferencial da
porção mastoideia.
Descrição
O temporal pode ser dividido em três porções: porção escamosa, porção mastoideia e
porção ptero-timpânica.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Face exocraniana
Está dividida em duas porções pela apófise zigomática: uma superior ou temporal e
outra inferior ou basilar.
Apófise zigomática
Tem dois segmentos: um basal e outro anterior ou apófise zigomática propriamente
dita.
Segmento basal- dirige-se para fora e para dentro e é achatado de cima para bai-
xo.
Face superior
Em forma de goteira dá inserção aos feixes posteriores do músculo tem-
poral.
Face inferior
Apresenta duas saliências alongadas: uma longitudinal e a outra transver-
sal, são as raizes da apófise zigomática.
Raiz longitudinal
Dirige-se de diante para trás sobre o prolongamento da apófise zigo-
mática, depois prolonga-se para trás e para cima, com o nome de
crista supramastoideia ou linea temporalis, comunicando com a
linha curva temporal inferior do parietal.
Apresenta imediatamente adiante do canal auditivo externo, uma sa-
liência, o tubérculo zigomático posterior
Raiz transversal ou côndilo do temporal
Alongada de fora para dentro sobre a face inferior do temporal. É li-
sa, convexa e articula-se com a mandíbula.
Na junção das duas raizes, existe uma saiência volumosa, o tubérculo
zigomático anterior.
Segmento anterior- é livre, alongado de diante para trás, achatado de fora para
dentro.
Face externa- Convexa
Face interna- côncava e lisa
Bordo superior- estreito, onde se insere a aponevrose temporal
Bordo inferior- espesso, rugoso, dá inserção ao masséter
Extremidade anterior- dentada, talhada em bisel à custa do bordo infe-
rior. Articula-se com o osso malar.
Face Endocraniana
Apresenta depressões em concordância com as circunvoluções cerebrais, e sulcos vas-
culares atravessados pelos ramos da artéria meníngea média.
Bordo Circunferencial
Compreende duas porções:
---Porção inferior- aderente, local onde a escama se une ao resto do osso.
Confunde-se atrás com a porção mastoideia do temporal e adiante apresenta duas ci-
suras: a cisura ptero-escamosa superior, que separa a escama do rochedo e a cisu-
ra de Glaser que separa a escama do osso timpanal.
---Porção superior- livre. Tem início adiante no vértice do ângulo compreendido en-
tre a escama e a porção anterior do rochedo e termina atrás no vértice da sutura pari-
etal, que separa a escama da região mastoideia. É talhada em bisel à custa da face in-
terna (onde se articula com o parietal) e à custa da face externa na extremidade arti-
culada com a grande asa do esfenóide.
Porção mastoideia
Localiza-se na zona póstero-inferior do temporal,atrás do canal auditivo externo. Nela
distingue-se: uma face endocraniana, uma face exocraniana e um bordo circunferencial.
Face exocraniana
Apresenta frequentemente vestígios da cisura ptero-escamosa posterior que separa,
sobre a região mastoideia, a zona de origem escamosa da zona de origem petrosa. Esta
cisura dirige-se obliquamente para baixo e para diante, da incisura parietal ao bordo
anterior da apófise mastoideia.
porção póstero-inferior (3/4)- apresenta rugosidades que dão inserção aos
músculos: occipital, esternocleido-mastoideu e splenius capitis.
Próximo do bordo posterior e na sua porção média, existe o orifício externo
do canal ou buraco mastoideu, por onde passa uma artéria emissária e a ar-
téria mastoideia.
porção antero-superior (1/4)- é quase lisa. Acima e atrás do orifício do canal
auditivo externo existe uma pequena saliência aguda, a espinha supra-
meática. Imediatamente atrás desta espinha está uma superfície crivada de pe-
quenos orifícios, a zona crivada.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Apófise mastoideia
Face externa- rugosa, dá inserção aos músculos esterno-cleido-mastoideu,
splenius e pequeno complexo, cujas inserções sobre a face exocraniana se pro-
longam sobre esta saliência.
Face interna- limitada em cima por um sulco ântero-posterior, designado ra-
nhura digástrica, onde se insere o ventre posterior do digástrico. Esta ranhura
é ladeada por uma eminência larga, arredondada, alongada de diante para trás,
a eminência justamastoideia. Sobre a vertente interna desta eminência corre
uma goteira, o sulco da artéria occipital, atravessada pela artéria occipital.
Face endocraniana
Confunde-se adiante com a base da pirâmide petrosa. Atrás do rochedo é lisa e contribui
para a formação do andar posterior da cavidade craniana.
Observa-se, contra ao rochedo, o segmento mastoideu de uma larga goteira atravessada
pelo seio lateral, a goteira do seio lateral,e , na porção média dessa goteira, o buraco
mastoideu
Bordo circunferencial
Confunde-se adiante com a escama e com o rochedo. No resto da sua extensão é espes-
so, rugoso e articula-se com o parietal em cima e com o occipital atrás.
Face ântero-superior
Na união do terço posterior com os dois terços anteriores observa-se a eminência ar-
cuata, que é uma saliência determinada pelo canal semicircular superior.
Adiante desta eminência existe um orifício alongado, o hiato de Falópio, e, externa-
mente a este os hiatos acessórios (um ou dois pequenos orifícios) por onde passam os
nervos petrosos superficiais e profundos. Seguidamente a estes orifícios seguem-se uns
sulcos estreitos por onde progridem os mesmos nervos (sulcos do grande e pequeno
nervos petrosos superficiais e profundos).
Adiante do hiato de falópio e perto do vértice do rochedo está uma depressão, a fosseta
do gânglio de Gasser, sobre a qual se localiza o gânglio de Gasser que está em con-
cordância com o nervo trigémio. O bordo posterior da fosseta faz por vezes uma saliên-
cia conhecida por tubérculo retrógasseriano (resulta da ossificação da duramáter cor-
respondente)
Observa-se também o tegmen timpani, que é a porção desta face que se localiza adian-
te e para fora da eminência arcuata. A este nível a parede óssea é fina e forma a parede
superior da cavidade timpanal. O tegmen timpani é percorrido de diante para trás pela
cisura ptero-escamosa superior, daí que a porção externa do tegmen tympani seja for-
mada pela escama.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Face póstero-superior
Apresenta um pouco adiante da sua porção média o largo orifício de entrada do canal
auditivo interno pelo qual passam os nervos auditivo, facial e intermediário de Wris-
berg (7B) e a artéria auditiva interna.
Acima e atrás do canal auditivo interno e muito perto do bordo superior do rochedo,
encontra-se uma fenda estreita, a fossa subarcuata por onde passa um prolongamento
da dura-máter e no fundo da qual existe o orifício anterior do canal pétro-mastoideu.
Atrás do orifício do canal auditivo interno existe uma nova depressão, a fosseta ungue-
al que na porção anterior apresenta uma fenda oblíqua, o orifício posterior do aquedu-
to do vestíbulo para o canal endolinfático.
Face ântero-inferior
É representada nos seus dois terços postero-externos por uma lâmina óssea, fina, côn-
cava e lisa que pertence embriológicamente ao osso timpanal e constitui a parede ante-
rior do canal auditivo externo. Forma simultaneamente a porção da cavidade glenoideia
não articular (situada atrás da cisura de Glasser). Esta lâmina emite um prolongamento
inferior que forma uma saliência perto da base da apófise estiloideia e que a envolve,
que se denomina por apófise vaginal.
Para dentro e para diante da cavidade glenoideia está a apófise tubária do osso timpa-
nal que contribui para a formação da porção óssea da trompa de eustáquio. Adiante da
extremidade ântero-interna da apófise tubária abrem-se dois canais sobrepostos: em
cima, o canal do músculo do martelo; em baixo, o canal ósseo da trompa.
Adiante e para dentro destes dois orifícios esta face é escavada em goteira e forma em
união com a grande asa do esfenóide uma goteira mais larga, a goteira esféno-petrosa
ou tubária que corresponde à trompa de eustáquio.
Face póstero-inferior
Apresenta atrás a apófise estiloideia fixa ao rochedo, mas independente dele embrioló-
gicamente (pertence ao aparelho hióideu). Esta apófise dá inserção aos elementos do
ramalhete de Rioland (ligamentos estilo-maxilar e estilo-hioideu, músculos estilo-
faríngeo, estilo-hioideu e estilo-glosso).
Atrás e para fora da apófise estiloideia (entre esta e a apófise mastoideia) está uma de-
pressão no fundo da qual se abre o buraco estilo-mastoideu (ou orifício inferior do
canal do facial) que é o orifício inferior do aqueduto de falópio onde passam a artéria
estilo-mastoideia e o nervo facial.
Atrás e para dentro do buraco estilo-mastoideu está uma superifície rugosa, a faceta
jugular que se articula com a apófise jugular do occipital.
Adiante da faceta jugular e internamente à apófise estiloideia está a fossa jugular que
corresponde ao golfo da jugular interna. Sobre a parede externa da fossa existe o orifício
interno, o ostium introitus de um pequeno canal que dá passagem ao ramo auricular do
pneumogástrico ou o ramo da fossa jugular de Curveilhier. Existe frequentemente sobre
a parede ântero externa da fossa um fino sulco semicircular que precede este canal.
Adiante da fossa jugular está o orifício inferior do canal carotidiano. A artéria caróti-
da vai ter um trajecto em S no interior do rochedo que se denomina de sifão carotidia-
no.
Sobre a crista que separa a fossa jugular do orifício do canal carotidiano localiza-se o
orifício anterior do canal de Jacobson ou canal timpânico que dá passagem ao nervo
de jacobson. Este orifício abre-se na fosseta petrosa (está no bordo posterior do roche-
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
do), por um sulco estreitono qual progride o nervo de Jacobson antes de penetrar no
canal timpânico.
Adiante do canal carotidiano fica uma superfície rugosa que se estende até ao vértice do
rochedo e se articula com a extremidade superior da parede lateral da faringe e dá inser-
ção, ao longo da goteira tubária ao músculo peristafilino interno.
Bordo Superior
Percorrido na sua maioria pela goteira do seio petroso superior.
É atravessado adiante da fosseta do gânglio de Gasser por uma larga chanfradura em
concordância com o nervo trigémio.
Muito próximo do vértice do rochedo encontra-se por vezes uma pequena reentrancia
que aloja o nervo motor ocular externo.
A extremidade posterior do bordo superior tem continuidade atrás com o lábio superior
da goteira do seio lateral.
Bordo Anterior
Apresenta atrás a cisura de Glasser. Mais adiante a cisura desdobra-se pelo prolonga-
mento inferior do tegmen timpani numa cisura pétro-escamosa inferior e numa cisura
pétro-timpânica.
Adiante o bordo encontra-se separado da escama por um ângulo reentrante no qual pe-
netra a porção posterior da grande asa do esfenóide. Esta articula-se em toda a extensão
do bordo anteiror do rochedo excepto na extremidade anterior em que os dois ossos es-
tão separados pelo buraco lácero anterior.
Bordo Posterior
Apresenta atrás a faceta jugular. Adiante desta faceta existe uma larga chanfradura
que limita, juntamente com o occipital, o buraco lácero posterior. A chanfradura está
dividida pela espinha jugular do temporal em dois segmentos (na porção posterior
insere-se o golfo da veia jugular interna e na porção anterior os nervos glosso-faríngeo,
pneumogástrico e espinhal) . Sobre o segmento posterior encontra-se a fosseta petrosa
que contém o gânglio de andersch, estando no fundo da fosseta o orifício inferior do
aqueduto do caracol.
Adiante do buraco lácero posterior o bordo posterior é alongado do lado endocraniano
por uma goteira geralmente pouco visível, a goteira do seio petroso inferior e do lado
exocraniano por uma outra goteira, a goteira do seio petroso occipital.
Bordo inferior
Separa as faces ântero-inferior e póstero-inferior. É cortante e muito acentuado atrás
onde é formado primeiro pelo bordo inferior da apófise vaginal e depois pelo bordo in-
ferior da apófise tubária do osso timpanal.
Pouco diferenciado adiante onde forma o limite interno da goteira tubária.
Base
Confunde-se em quase toda a sua extensão com a região mastoideia. É representada só
sobre a face exocraniana pelo orifício do canal auditivo externo situado entre a porção
mastoideia atrás e a porção escamosa em cima. este orifício é eliptico com o maior eixo
a dirigir-se para baixo e para trás. Do ponto de vista embrionário é formado pela escama
em cima e pelo osso timpanal adiante, em baixo e atrás. A porção escamosa é lisa, a
porção timpanal é rugosa e dá inserção à fibro-cartilagem do canal auditivo.
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Vértice
Truncado, muito desigual, apresenta o orifício anterior do canal carotidiano.
Articula-se com o ângulo compreendido entre o corpo e a grande asa do esfenóide.
Entre o vértice do rochedo por um lado e a grande asa e o corpo do esfenóide por outro
está o buraco lácero anterior.
A língula divide este buraco em duas porções, uma interna ocupada pela carótida inter-
na no momento em que ela penetra no seio cavernoso e a outra externa preenchida por
tecido fibroso que atravessa os grandes nervos petroso superficial e profundo.
9ª Aula
11/11/04
MAXILAR SUPERIOR
Localização-está situado acima da cavidade bucal, abaixo da cavidade orbitária, e para
fora das fossas nasais.
Tipo- par e curto
Orientação- o bordo alvéolar é inferior, apresentando uma concavidade que é interna e
olha ligeiramente para trás, alvéolos mais pequenos são anteriores.
Conexões:
O maxilar superior articula-se com:
• O frontal através:
--- do bordo superior da apófise montante dos dois maxilares superiores que se arti-
cula com a porção lateral da chanfradura nasal do frontal
• O etmóide através:
--- da face interna das massas laterais, concretamente pela porção anterior do bordo
superior do corneto médio que se vai articular com a crista turbinal superior do ma-
xilar superior
--- da face inferior das massas laterais que se articula com a porção superior da face
interna do maxilar superior
--- da face externa das massas laterais que se articulam com o bordo superior do
maxilar superior
• O malar através:
--- do vértice da apófise zigomática da face externa do maxilar superior que se articula
com o segmento anterior da face interna do malar e com o bordo maxilar do malar e
com os ângulos inferior e anterior do malar.
• O lacrimal através:
--- do bordo posterior da apófise montante do bordo superior do maxilar superior
que se articula com o bordo anterior do lacrimal.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
--- dos dois lábios da goteira lacrimal existente na porção nasal da face interna do
maxilar superior que se articulam com os bordos de uma outra goteira existente na
face externa do únguis.
--- da chanfradura do bordo superior do maxilar superior que se articula com o ha-
mulus lacrimalis do osso lacrimal
--- do bordo posterior do osso lacrimal que se articula com a concha lacrimal da face
interna do maxilar superior
• O nasal através:
--- do bordo anterior da apófise montante do bordo superior do maxilar superior que
se articula com o bordo externo do osso nasal.
• O vómer através:
--- do bordo posterior da crista incisiva e da crista nasal do bordo interno da apófise
palatina (face interna do maxilar superior) que se articula com o bordo inferior do
vómer
• O palatino através:
--- Da superifície superior ou trigono palatino do bordo posterior do maxilar superi-
or que se articula com a apófise orbitária do palatino
--- Da superfície inferior do bordo posterior do maxilar superior que se articula
com a apófise piramidal do palatino.
--- Do bordo superior da apófise palatina da face interna do maxilar superior
que se articula com o bordo anterior da lâmina horizontal do palatino.
--- Da fissura palatina, localizada na porção nasal da face interna do maxilar superi-
or, que se articula com a apófise maxilar do palatino.
--- da goteira palatina posterior, localizada na porção nasal da face interna do maxi-
lar superioe, que se articula com uma goteira semelhante na face externa da lâmina
vertical do palatino.
Descrição
Tem uma forma quadrilátera, achatada de dentro para fora. Possui duas faces: uma ex-
terna e outra interna e quatro bordos.
Face externa
Apresenta ao longo do bordo inferior saliências verticais que correspondem à raiz dos
dentes. A saliência determinada pela raiz do canino, a bossa canina é bem visível.
Para dentro da bossa canina existe uma depressão, a fosseta mirtiforme. Sobre a por-
ção inferior desta fosseta insere-se o músculo mirtiforme.
É ligeiramente inclinada por isso olha para cima, para diante e para fora.
Da porção média média do bordo posterior parte a goteira infra-orbitária que
se dirige para diante, para baixo e um pouco para dentro, dando lugar ao canal
infra-orbitário que termina no orifício infra-orbitário.
Na goteira, no canal e no orifício infra-orbitários progridem o nervo e os vasos
infra-orbitários.
A parede superior do canal infra-orbitário torna-se mais espessa de trás para di-
ante. É formada pela junção dos dois lábios da goteira que precede o canal du-
rante o seu desenvolvimento (existem vestígios desta sutura só no adulto).
Da parede inferior do canal infra-orbitário, mais ou menos a 5mm atrás do orifí-
cio infra-orbitário, destaca-se um canal estreito, o canal dentário anterior e su-
perior que dá passagem ao nervo e vasos dentários anteriores com destino ao
canino e aos incisivos do mesmo lado.
Bordo anterior
Separa a face superior da face anterior. Forma o terço interno do rebordo inferior
da órbita.
Bordo Posterior
Separa a face posterior da face superior. Constitui o bordo inferior da fenda es-
feno-maxilar. A sua extremidade externa desenha uma saliência em forma de
gancho, é a espinha malar, cuja concavidade posterior limita anteriormente esta
fenda.
Bordo inferior
Côncavo, espesso e arredondado,separa a face anterior da face posterior
Base
Une-se à face externa do maxilar superior (ocupa aproximadamente os ¾ superi-
ores desta face)
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Vértice
É truncado, triângular e articula-se com o malar. O seu ângulo anterior, muito
alongado estende-se internamente até ao nível do orifício infra-orbitário.
Face interna
Divide-se em duas porções por intermédio da apófise palatina que está na reunião dos
¾ superiores com o ¼ inferior.. Acima da apófise palatina está a porção nasal e abaixo
está a porção bucal.
Apófise palatina
É uma lâmina óssea triângular, achatada de cima para baixo. Articula-se na linha medi-
ana com a apófise palatina do outro maxilar e contribui para a separacão entre as fossas
nasais e a cavidade bucal.
Apresenta duas faces e três bordos:
Face superior
Lisa, côncava transversalmente, pertence ao pavimento das fossas nasais.
Face inferior
Faz parte da abóbada palatina.
É rugosa, perfurada por inúmeros orifícios vasculares.
Apresenta quase sempre perto do seu bordo externo, uma goteira oblíqua para
diante e para dentro onde progridem a artéria e as veias palatinas superiores,
bem como o nervo palatino anterior.
Bordo externo
Curvilíneo, une-se à face interna do osso
Bordo posterior
Transversal, talhado em bisel à custa da face superior, articula-se com o bordo
anterior da lâmina horizontal do palatino.
Bordo interno.
Muito mais espesso adiante que atrás, apresenta estrias transversais que se arti-
culam com as da apófise palatina do lado oposto.
Faz saliência para cima sob a forma de uma aresta, a aresta nasal, que percorre
este bordo sobre a face superior da apófise.
Quando as duas apófises palatinas estão articuladas, as duas arestas nasais
unem-se formando a crista nasal que faz saliência sobre a linha mediana do pa-
vimento das fossas nasais.
No terço anterior da apófise a crista eleva-se bruscamente formando a crista in-
cisiva, que se estende até ao bordo anterior do osso onde se projecta para diante
numa saliência triângular aguda, a espinha nasal anterior.
Sobre a face inferior, a articulação das duas apófises palatinas traduz-se na sutu-
ra intermaxilar.
Na extremidade anterior desta sutura existe um orifício ovalar, o buraco incisi-
vo, que dá acesso ao canal palatino anterior ou incisivo que dá passagem aos
nervos e vasos nasopalatinos. Este canal resulta da união das duas hemi-goteiras
laterais pertencentes a cada uma das apófises palatinas correspondentes. É um
canal curto, que se bifurca em dois outros canais secundários laterais que abrem
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
nas fossas nasais, nas faces laterais da crista incisiva. Estes também dão passa-
gem aos nervos e vasos nasopalatinos
Os dois lábios da goteira lacrimal articulam-se com os bordos de uma outra goteira exis-
tente na face externa do únguis, formando assim a maior parte do canal lácrimo-nasal.
Atrás do orifício do seio maxilar a superfície óssea divide-se em duas zonas rugo-
sas,uma ântero-superior e outra póstero-inferior,através de uma goteira oblíqua, a gotei-
ra palatina posterior. O osso palatino articula-se com estas duas zonas (através da face
externa da lâmina vertical), recobrindo a goteira e transformando-a no canal palatino
posterior.
Bordo superior
Dirige-se de diante para trás, sendo fino e irregular.
Articula-se de diante para trás com o osso lacrimal e com a lâmina papirácia do
etmóide(face externa das massas laterais).
Apresenta adiante do osso lacrimal uma chanfradura que se articula com o ha-
mulus lacrimalis do osso lacrimal, formando assim o bordo externo do orifício
de entrada do canal lácrimo-nasal.
Da extremidade anterior do bordo superior eleva-se a apófise montante.
Apófise montante
Lâmina óssea, quadrilátera, achatada transversalmente.
Face externa
Está dividida por uma crista vertical, a crista lacrimal anterior, em duas
porções: uma anterior quase lisa e uma posterior ocupada por uma goteira
que contribui para a formação da goteira do saco lacrimal.
Face interna
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Faz parte da parede externa das fossas nasais. Existem por vezes rugosida-
des articulares em cima e atrás, entre as quais existe por vezes uma hemi-
célula. As rugosidades e a hemicélula articulam-se com a face anterior das
massas laterais do etmóide.
Na porção média apresenta uma crista oblíqua, a crista turbinal superior
que se articula com o corneto médio.
Bordo anterior
Articula-se com o osso nasal
Bordo posterior
Quase vertical, une-se ao bordo anterior do únguis. Continua em baixo
pelo lábio anterior da goteira lacrimal
Bordo superior
Articula-se com a porção lateral da chanfradura nasal do frontal.
Bordo Inferior
Une a apófise montante à face externa do osso
Bordo anterior
Possui a chanfradura nasal na sua porção média, que delimita junto com a do
maxilar oposto, o orifício anterior das fossas nasais ósseas.
Bordo Posterior
Pertence à tuberosidade do maxilar.
É quase vertical.
Nas suas extremidades é visível uma superfície rugosa.
A superfície rugosa superior, designada por trigono palatino, articula-se com a
apófise orbitária do palatino.
A superfície rugosa inferior articula-se com a apófise piramidal do palatino.
Entre as duas superfícies articulares o bordo posterior do maxilar superior contri-
bui para limitar adiante o âmago da fossa ptérigo-maxilar.
Seio Maxilar
Encontra-se no interior da apófise zigomática
Conexões:
Com os dois temporais através:
--- raiz transversal da face inferior do segmento basal da apófise zigomática do
temporal que se articula com o maxilar inferior.
Descrição
É dividido em três porções: uma média, o corpo, e duas porções laterais, os ramos mon-
tantes.
Corpo
Tem uma forma de ferradura. Apresenta uma face anterior convexa, uma face posterior
côncava, um bordo superior ou alvéolar e um bordo inferior livre.
Face Anterior
Apresenta sobre a linha mediana uma crista vertical, a sínfise mentoniana, que
é o vestígio da união das duas peças laterais das quais se formou a mandíbula.
A sínfise termina em baixo sobre o vértice de uma saliência triângular de base
inferior, a eminência mentoniana.
Da eminência mentoniana parte, de cada um dos lados, uma crista, a linha oblí-
qua externa, que se dirige para trás e para cima comunicando com o lábio ex-
terno do ramo montante do maxilar.
Acima da linha oblíqua externa está o buraco mentoniano que dá passagem aos
nervos e vasos mentonianos. Este localiza-se à mesma distância dos dois bordos
da mandíbula e na linha vertical que passa entre os dois pré-molares ou na que
passa sobre um destes dois dentes.
Face posterior
Apresenta sobre a porção mediana, perto do bordo inferior, quatro pequenas sa-
liências sobrepostas, duas á direita e duas á esquerda, são as apófises géni supe-
riores e inferiores. As apófises géni superiores dão inserção aos músculos géni-
glossos (músculos da língua) ; as inferiores dão inserção aos músculos geni-
hioideus (músculos abaixadores do maxilar inferioe e elevadores do hióide)
Frequentemente as apófises geni inferiores estão fundidas e por vezes estão
mesmo as quatro fundidas numa só.
Das apófises géni nasce, de cada um dos lados, uma crista, a linha oblíqua in-
terna ou milo-hioideia que dá inserção ao músculo milo-hióideu (músculo do
pavimento da cavidade bucal) e que se dirige para trás e para cima terminando
sobre o ramo montante do maxilar inferior, formando o lábio interno do seu bor-
do anterior.
Abaixo desta linha existe o sulco milo-hioideu onde progridem os vasos e os
nervos do mesmo nome.
A linha oblíqua interna divide esta face em duas porções:
--- porção superior – escavada sobretudo adiante, mais alta adiante que atrás, de-
signa-se por fosseta sublíngual e está em concordância com a glândula sublin-
gual.
--- porção inferior – mais alta atrás que adiante, é em grande parte ocupada por
uma depressão, a fosseta submaxilar, em concordância com a glândula subma-
xilar.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Bordo inferior
Espesso, arredondado e liso.
Apresenta, um pouco para fora da linha mediana, uma superfície ovalar ligeira-
mente deprimida, a fosseta digástrica, na qual se insere o ventre anterior do di-
gástrico.
Ramos montantes
São rectangulares, alongados de cima para baixo.
Apresentam 2 faces e 4 bordos.
Face Interna
Apresenta na porção inferior cristas rugosas, oblíquas para baixo e para trás de-
terminadas pela inserção do ptérigoideu interno.
Na porção média está o orifício de entrada do canal dentario inferior, locali-
zado sobre o prolongamento do rebordo alvéolar, no qual penetram os nervos e
os vasos dentários inferiores. É limitado adiante por uma saliência triângular
aguda, a espinha de Spix ou lingula mandibulae, sobre a qual se insere o liga-
mento esféno-maxilar.
Atrás do orifício do canal dentário, existe por vezes uma outra saliência, mais
pequena, a antilíngula.
É no orifício do canal dentário que tem início o sulco milo-hioideu.
Face externa
Apresenta na sua porção inferior cristas rugosas, oblíquas para baixo e para
trás, sobre as quais se inserem as lâminas tendinosas do masséter (músculo asso-
ciado ao encerramento da cavidade bucal).
Bordo Anterior
Compreendido entre duas cristas ou lábios, um interno e o outro externo.
Os dois lábios limitam em baixo uma goteira que aumenta de profundidade e de
largura de cima para baixo. A sua extremidade inferior está em continuidade com a
linha oblíqua interna do corpo do maxilar.
A goteira limitada em baixo pelos dois lábios apresenta uma crista oblíqua para bai-
xo e para fora, a crista bucinadora que dá inserção ao músculo bucinador.
Em cima, o lábio interno localiza-se sobre a face interna do ramo montante e da apó-
fise coronoideia formando um relevo, a crista temporal.
Os dois lábios dão ainda inserção a feixes tendinosos do músculo temporal.
Bordo Posterior
É espesso e arredondado e descreve uma curvatura em S muito alongada.
Bordo Inferior
Comunica adiante com o bordo inferior do corpo do maxilar. Atrás, ao reunir-se
com o bordo posterior do ramo montante, forma o ângulo da mandíbula que apre-
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Bordo Superior
Apresenta duas saliências: uma posterior, o côndilo, e outra anterior, a apófise co-
ronoideia, separadas uma da outra pela chanfradura sigmoideia.
Côndilo
É uma eminência oblonga, cujo eixo de maiores dimensões é quase transversal, ori-
entado de fora para dentro e de diante para trás.
É mais saliente sobre a face interna do ramo montante do maxilar.
Apresenta uma face superior de forma abaulada, cujas vertentes anterior e posterior
se articulam com o temporal. A vertente posterior comunica em baixo com uma su-
perfície triângular, cujo vértice inferior se confunde com a extremidade superior
do bordo posterior do ramo montante.
Apresenta na maioria dos casos, abaixo da extremidade externa, uma pequena rugo-
sidade determinada pela inserção do ligamento lateral externo da articulação tempo-
ro-maxilar.
O côndilo está unido ao ramo montante por intermédio de uma porção retraída, o
colo do côndilo. Este é atravessado, por dentro e adiante, por uma fosseta rugosa
onde se insere o pterigoideu externo.
Sobre a face interna do colo do côndilo existe uma saliência, o pilar interno do
côndilo, formada pelo lábio interno da fosseta de inserção so pterigoideu externo,
que se prolonga para baixo e para diante até próximo da espinha de Spix.
Apófise Coronoideia
É triângular.
Dá inserção ao músculo temporal
Face externa- é lisa.
Face interna - apresenta a crista temporal.
Bordo anterior - comunica em baixo com o lábio externo do bordo anterior do
ramo montante.
Bordo posterior - côncavo atrás, limita adiante a chanfradura sigmoideia.
Base - está em continuidade com o osso
Vértice – superior e arredondado, onde se insere o músculo temporal
Chanfradura sigmoideia
Larga e profunda, côncava em cima.
Faz comunicar as regiões masseteriana e zigomática e dá passagem aos vasos e ner-
vos masseterianos
MALAR
Localização- situa-se na porção superior e lateral da face, para fora do maxilar superior.
Tipo- osso par e achatado
Orientação- o bordo regularmente côncavo é ântero-superior e a face convexa é externa
Conexões:
Com o frontal através:
--- do ângulo superior do malar que se articula com a apófise orbitária externa do
frontal
Descrição
É quadrilátero, achatado de fora para dentro.
Tem 2 faces, 4 bordos e 4 ângulos.
Face Externa
Convexa e lisa.
Apresenta o orifício malar do canal têmporo-malar.
Dá inserção aos músculos zigomáticos.
Face Interna
Tem dois segmentos:
--- Segmento Anterior ou Articular – forma triângular, rugoso, pelo qual o
malar se une ao vértice da apófise piramidal do maxilar superior.
--- Segmento Posterior ou Temporal – liso e côncavo transversalmente em
concordância com a fossa temporal em cima e com a fossa zigomática em baixo.
Apófise orbitária
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
• Face externa
Convexa, pertence à fossa temporal.
Perto do bordo anterior é visível o orifício temporal do canal têmporo-
malar
• Bordo posterior
Articula-se, de cima para baixo, com o frontal, com a grande asa do esfe-
nóide e com o maxilar superior.
Entre o esfenóide e o maxilar o bordo posterior da apófise apresenta um
curto segmento livre, que corresponde à extremidade anterior da fenda
esféno-maxilar.
Bordo ântero-inferior
Articula-se com o bordo anterior do vértice da apófise piramidal do maxilar su-
perior
Bordo póstero-inferior
Espesso e rugoso.
Dá inserção ao músculo masséter.
Ângulo superior
Dentado.
Articula-se com a apófise orbitária externa do frontal
Ângulo inferior
Articula-se com o ângulo inferior do vértice da apófise piramidal do maxilar su-
perior
Ângulo anterior
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Filipa Ferreira
Ângulo posterior
Talhado em bisel à custa do bordo superior.
É dentado e articula-se com a extremidade anterior da apófise zigomática do
temporal.
FIM DA 9ª AULA
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Descrição
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Filipa Ferreira
Face externa
É dividida pela crista lacrimal posterior em duas porções: uma anterior e a ou-
tra posterior
porção posterior- é lisa e encontra-se no mesmo plano que a lâmina papirácea
do etmóide.
porção anterior- apresenta uma goteira vertical. Esta goteira completa em
cima,junto com uma goteira existente ao nível da face externa da apófise mon-
tante do maxilar superior, a goteira do saco lacrimal e em baixo com a face in-
terna do maxilar superior (goteira lacrimal) forma o canal lácrimo-nasal
O únguis desce de facto abaixo do bordo superior do maxilar superior, onde os dois lá-
bios da goteira ungueal se articulam com os da goteira lacrimal do maxilar para formar
a porção superior do canal lácrimo-nasal.
No ponto em que a crista lacrimal posterior encontra o bordo superior do maxilar supe-
rior, ela apresenta uma pequena apófise em forma de gancho, o humulus lacrimalis.
Esta apófise articula-se com o bordo superior do maxilar para limitar externamente o
orifício superior do canal lácrimo-nasal.
Face interna
É lisa adiante e em baixo onde corresponde à mucosa das fossas nasais.
É desigual na sua porção póstero- superior que se articula com a face anterior das
massas laterais do etmóide. Apresenta um depressão em concordância com a crista
lacrimal posterior da face externa
Bordo superior
Articula-se com a apófise orbitária interna do frontal
Bordo inferior
Articula-se com a apófise lacrimal do corneto inferior
Bordo posterior
Articula-se com a lâmina horizontal e com a face anterior das massas laterais do
etmóide e com a concha lacrimal do maxilar superior
Bordo anterior
Articula-se com o bordo posterior da apófise montante e com o lábio anterior da go-
teira lacrimal do maxilar superior
CORNETO INFERIOR
Localização- encontra-se fixa à parede externa das fossas nasais por um dos seus bor-
dos e livre na cavidade das fossas nasais no resto da sua extensão
Tipo- par e achatado
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Filipa Ferreira
Orientação- o bordo que se apresenta enrolado saobre si próprio é inferior, a face con-
vexa é interna e a extremidade mais aguda do osso é posterior.
Conexões:
Com o etmóide através:
--- da apófise etmoidal do bordo superior do corneto inferior que se articula com a
extremidade inferior da apófise unciforme do etmóide (face interna das massas late-
rais)
Descrição
Nele são visíveis 2 faces e 2 bordos (que se unem nas extremidades afiladas do
osso)
Face Interna
Convexa, olha o septo das fossas nasais.
Lisa em cima, desigual e rugosa em baixo.
Na maioria das vezes estas dus porções são separadas por uma crista ântero
posterior.
Face Externa
Côncava. Limita, juntamente com a parede externa das fossas nasais, o mea-
to inferior (ocupa a posição mais interna)
Bordo Inferior
Livre, convexo de diante para trás, espesso e rugoso.
Bordo Superior
É articular. Convexo no sentido ântero-posterior.
De diante para trás apresenta:
• uma porção anterior (extremidade) que se articula com a crista turbi-
nal inferior do maxilar superior.
• a apófise lacrimal- côncava para fora. Forma a porção inferior do
canal lácrimo-nasal ao articular-se com o bordo inferior do lacrimal e
com a porção inferior dos lábios da goteira lacrimal do maxilar supe-
rior. destaca-se da proção mais elevada do bordo superior do corneto.
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Filipa Ferreira
PALATINO
Lâmina horizontal
É rectângular e o seu maior eixo é transversal.
Face Superior
Lisa, côncava transversalmente, completa atrás o pavimento das fossas nasais.
Face inferior
Pertence à abóbada palatina.
Rugosa.
Apresenta externamente uma goteira oblíqua para diante e para dentro, que dá
seguimento ao canal palatino posterior.
Bordo externo
Corresponde à linha de união das duas lâminas.
Apresenta uma chanfradura que limita na porção correspondente do maxilar su-
perior,o orifício inferior do canal palatino posterior.
Bordo Interno
Espesso e rugoso.
Forma sobre o pavimento das fossas nasais, juntamente com o palatino do lado
oposto, uma crista nasal que dá continuidade à crista nasal das apófises palati-
nas do maxilar superior e que se vai articular com o bordo inferior do vómer.
A extremidade posterior deste bordo prolonga-se atrás numa saliência aguda
que, juntamente com a do lado oposto, formam a espinha nasal posterior.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Bordo anterior
Talhado em bisel à custa da face inferior.
Apoia-se no bordo posterior da apófise palatina do maxilar.
Bordo Posterior
Liso e côncavo atrás. Entra na constituíção da parede inferior do orifício posteri-
or das fossas nasais.
Lâmina Vertical
É irregularmente quadrilátera, apresenta 2 faces e 4 bordos.
Face interna
Faz parte da parede externa das fossas nasais.
Na união do terço médio com o terço inferior existe uma crista horizontal, a
crista turbinal inferior, que se articula com o corneto inferior.
Na região superior, imediatamente abaixo à apófise orbitária, existe uma segun-
da crista, a crista turbinal superior que se une ao corneto médio.
Face Externa
Apresenta 4 segmentos, de diante para trás são:
Segmento sinusal - cobre parcialmente o orifício do seio maxilar. Dá ori-
gem, ao longo do bordo posterior do orifício do seio, a uma fina crista que
se dirige para trás e fixa o palatino ao rebordo do seio.
Segmento maxilar - rugoso. Articulado com a porção posterior da face in-
terna do maxilar superior. Divide-se em duas zonas rugosas secundárias:
--- anterior
--- posterior- possui uma goteira oblíqua para baixo e para diante,
que está em continuidade com o segmento interptérigo-maxilar, que é
a goteira palatina posterior que quando se articula com a goteira
correspondente da face interna do maxilar superior forma o canal pa-
latino posterior, por onde passam as artérias palatinas superior e an-
terior
Segmento interptérigo-maxilar - somente na metade superior. Liso. Forma
a parede interna da fossa ptérigo-maxilar e comunica em baixo com a pa-
rede interna do canal palatino posterior.
Segmento posterior ou pterigoideu - rugoso. Articula-se com a face interna
da asa interna da apófise pterigoideia
Apófise Piramidal
Bordo inferior
Confunde-se com o bordo externo da lâmina horizontal
Bordo superior
Muito irregular apresenta duas apófises: apófise orbitária ou anterior e a apó-
fise esfenoidal ou posterior.
As duas apófises estão separadas pela chanfradura esféno-palatina, que com a
face inferior do corpo do esfenóide forma o buraco esféno-palatino por onde
passa um ramo da artéria esfeno-palatina e o nervo esfeno-palatino interno
Apófise Orbitária
Apófise Esfenóidal
É uma lamela óssea que se dirige para cima, para dentro e para trás.
Curva-se de tal forma que apresenta:
--- uma face infero-interna- côncava que faz parte da parede superior das fos-
sas nasais.
--- uma face súpero-externa- convexa, que se aplica primeiro contra a face in-
terna da asa interna das apófises ptérigoideias e depois contra a apófise vaginal.
Limita juntamente com a apófise vaginal o canal ptérigo-palatino.
Bordo Anterior
Oblíquo para baixo e para diante atravessa em cima a porção posterior do seio
maxilar.
Abaixo do orifício do seio maxilar o bordo anterior emite uma longa apófise
fina, triângular, a apófise maxilar do palatino. Esta introduz-ne na fissura pala-
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Bordo Posterior
Muito fino.
Apoia-se sobre a face interna da asa interna da apófise ptérigoideia
Descrição
Tem uma forma quadrilátera, com 2 faces e 4 bordos
Face Anterior
Convexa no sentido transversal.
No sentido vertical é côncava em cima e convexa em baixo.
Esta face apresenta na porção média o orifício vascular(buraco nutritivo) de um
canal que se abre na face posterior.
Nela se insere o músculo piramidal do nariz.
Face Posterior
Recoberta em cima por rugosidades pelas quais o osso nasal se une à espinha
nasal do frontal.
No resto da sua extensão esta face é côncava, lisa e atravessada a todo o copri-
mento pelo sulco etmoidal no qual progride o nervo naso-lobar.
Bordo Superior
Dentado.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Bordo Inferior
Articula-se com a cartilagem lateral do nariz.
Apresenta, adiante da extremidade inferior do sulco etmoidal uma chanfradura
para o nervo naso-lobar
Bordo externo
Articula-se com a apófise montante do maxilar superior
Bordo interno
Espesso e rugoso.
Articula-se com o osso nasal do lado oposto.
VÓMER
Localização- situa-se na porção posterior e inferior do septo das fossas nasais.
Tipo- ímpar e longo
Orientação- O bordo que apresenta uma goteira é superior, sendo essa goteira posterior.
Conexões:
Com o esfenóide através:
--- da crista esfenóidal inferior exitente na face inferior do corpo do esfenóide
que se articula com a goteira entre as asas do bordo superior do vómer
--- da fissura existente entre a asa interna das apófises ptérigoideias e a face infe-
rior do corpo do esfnóide que se articulam com as asas do bordo superior do
vómer
Descrição
Lâmina óssea, vertical, mediana, fina.
É quadrilátero e apresenta 2 faces e 4 bordos.
Faces Laterais
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Geralmente planas.
Frequentemente apresentam desvios de tal modo que uma delas se apresenta
convexa numa maior ou menor porção da sua extensão e a outra se apresenta
côncava.
As duas faces apresentam sulcos estreitos vasculares e nervosos. Um deles é
mais acentuado que os restantes, ladeia o bordo anterior do osso e nele progride
o nervo naso-palatino.
Bordo Superior
É dividido em duas lamelas, as asas do vómer, dirigidas para fora e separadas
por uma goteira.
Esta goteira articula-se com a crista mediana que apresenta a face inferior do es-
fenóide, no entanto o vértice da crista esfenoidal não desce até ao fundo da go-
teira, formando portanto o canal esféno-vomeriano médio.
O bordo das asas vomerianas estende-se lateralmente até à entrada da fissura
compreendida entre a apófise vaginal da asa interna da apófise pterigoideia e a
face inferior do esfenóide. Esta fissura é encerrada e transformada no canal es-
feno-vomeriano lateral.
Bordo Anterior
Fortemente oblíquo para baixo e para diante.
Divide-se em duas lamelas. Na ranhura que estas lamelas delimitam penetram
em cima o bordo posterior da lâmina perpendicular do etmóide e em baixo a car-
tilagem do septo.
Bordo Posterior
Fino e livre.
Oblíquo para baixo e para diante.
Separa os orifícios posteriores das fossas nasais ou coanes.
Bordo Inferior
Articula-se com a crista nasal e com o bordo posterior da crista incisiva do ma-
xilar superior.
O segmento em concordância com a crista incisiva possui uma grande chanfra-
dura
Crânio em Geral
Caixa óssea com forma ovóide cuja porção inferior é achatada. O crânio divide-se
em duas porções: uma superior, a abóbada e outra inferior, a base.
A abóbada é formada pela porção vertical do frontal adiante, os parietais e a escama
do temporal dos lados e a porção superior do occipital atrás.
A base compreende todas as outras porções do esqueleto da caixa craniana, ou seja,
o etmoide e a porção horizontal do frontal adiante, o esfenóide na porção média; o
occipital e os temporais atrás.
O limite entra a abóbada e a base é uma linha sinuosa que se estende do sulco naso-
frontal à protuberância occipital, passando pela arcada orbitária, a arcada zigomática
e a linha curva superior do occipital.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Base
Pode ser dividida em duas porções: uma anterior articulada com o maciço ósseo da
face, é a porção facial e outra posterior, livre, principalmente constituida pelo tem-
poral e occipital e por isso é a porção temporo-occipital.
Porção Facial
Constituida pelo etmóide, pela porção órbito-nasal do frontal e pelo esfenóide.
Apresenta na região mediana e de diante para trás:
--- chanfradura nasal do frontal e a espinha nasal do frontal
--- face inferior do etmóide
--- face anterior do corpo do esfenóide e os orifícios do seio esfenóidal
--- face inferior do corpo do esfenóide
Sobre os lados è possivel observar de diante para trás:
--- fossas orbitárias do frontal
--- face inferior das pequenas asas do esfenóide
--- face exocraniana das grandes asas do esfenóide separadas das pequenas asas
pela fenda esfenóidal
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Porção Têmporo-Occipital
Sobre a linha mediana encontra-se de diante para trás:
--- a apófise basilar do occipital com o tubérculo faríngeo e a fosseta navicular
--- o foramen magnum (buraco occipital)
--- crista occipital externa
As porções laterais podem ser divididas em duas zonas triângulares por uma linha
medida entre o bordo posterior da asa interna da apófise ptérigoideia ao bordo
posterior da apófise mastoideia. Esta linha passa pela sutura petro-occipital e pelo
buraco lácero posterior.
Triângulo ântero-externo ou temporal
É constituido pela face inferior do temporal e pela extremidade posterior
da grande asa do esfenóide que ocupa o ângulo formado entre o rochedo e
a escama do temporal
É visivel neste triângulo externamente e de diante para trás:
---condilo do temporal e a cavidade glenoideia
--- apófise mastoideia Temporal
--- ranhura do digástrico
--- eminência justamastoideia
Mais para dentro estão as saliências, os orifícios e depressões das faces infe-
riores do rochedo: buraco carotidiano, fossa jugular, apófise estiloideia
etc.
A goteira esféno-petrosa estende-se de diante, desde o orifício anterior da
porção óssea da trompa de eustáquio, ao longo da sutura que une o rochedo à
grande asa do esfenóide.
É côncava.
Sobre a linha mediana e de diante para trás a crista frontal interna e a goteira do seio
longitudinal superior que é ladeada na região média da abóbada pelas fossetas de
Pacchionni.
Sobre os lados existem de diante para trás: as fossas frontais, a sutura fronto-parietal
ou coronal, as fossas parietais, os sulcos vasculares da artéria meningea média, a
sutura lambdóide e as fossas cerebrais do occipital.
Base
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Face em geral
O conjunto dos ossos da face representa um maciço ósseo, de forma prismática triângu-
lar:
face superior (base) – une o esqueleto da face à porção anterior da base do crânio
face inferior (base) - corresponde, em baixo, ao escavado largo e profundo cir-
cusncrito pelo maxilar inferior, e cujo fundo é constituido pela abóbada palatina
face posterior – compreendida entre os dois ramos montantes do maxilar inferior,
apresenta os orifícios posteriores das fossas nasais, denomindos de coanes
faces ântero-laterais –
Apresentam na região mediana e de cima para baixo:
--- a saliência do nariz
--- as arcadas alvéolo-dentárias
--- a sínfise e eminência mentonianas
Sobre cada um dos lados:
--- a base da órbita
--- o orifício infra-orbitário
--- fossa canina
--- porções laterais das arcadas alvéolo-dentárias
--- buraco mentoniano
Mais para fora é visível a face externa do osso malar e do ramo montante do maxi-
lar inferior. Um largo intervalo entre a chanfradura sigmoideia do maxilar e a arcada
zigomática dá acesso às regiões profundas.
Cavidades da Face
Existem 7 cavidades principais. Só uma é ímpar e mediana, constituida somente pelos
ossos da face,é a cavidade bucal. As restantes são laterais, pares e limitadas pelos ossos
da face e da base do crânio – fossas nasais, cavidades orbitárias, fossas ptérigo-
maxilares.
Cavidade Bucal
Fossas nasais
São duas cavidades anfractuosas situadas de um lado e de outro da linha mediana, acima
da cavidade bucal, abaixo da base do crânio e para dentro das cavidades orbitárias.
Serão consideradas 4 paredes:
Parede Externa
É constituida por 6 ossos: maxilar superior, esfenóide, etmóide, palatino, unguis
e corneto inferior.
Maxilar superior – pertence às fossas nasais pelo segmento da sua face interna
situado acima da apófise palatina.
Únguis – está situado atrás do ramo montante do maxilar superior e adiante das
massas laterais do etmóide. A porção inferior do unguis desce sobre a face inter-
na do maxilar e recobre os dois terços superiores da goteira lácrimal do maxilar
transformando-a no canal lácrimo-nasal.
Corneto inferior – está situado na porção inferior da parede externa das fossas
nasais. Fixa-se nesta parede por intermédio do seu bordo superior que se articula
adiante com a crista turbinal inferior do maxilar superior e atrás com a crista tur-
binal inferior do palatino.
A porção média deste bordo atravessa de diante para trás a porção média do ori-
fício do seio maxilar.
A apófise lacrimar articula-se em cima com o bordo inferior do unguis e com-
pleta, abaixo deste osso, a parede interna do canal lacrimal.
A apófise maxilar oblitera toda a porção inferior do orifício do seio maxilar, si-
tuada abaixo do bordo superior do corneto inferior e fixa-se no rebordo externo
deste orifício.
A apófise etmóidal articula-se com a apófise unciforme do etmóide.
Vómer - ocupa a porção posterior do septo das fossas nasais. O seu bordo supe-
rior articula-se com a crista esfenóidal inferior. O bordo inferior com as cristas
nasal e incisiva do pavimento das fossas nasais. O bordo anterior com a lâmina
perpendicular do etmóide e com a cartilagem do septo.
Coanes
Superiormente – são formados pela face inferior do corpo do esfenóide e pelas
asas do vómer.
Externamente – são formados pelo bordo posterior da asa interna das apófises
ptérigoideias do esfenóide.
Inferiormente – são formados pelo bordo posterior da lâmina horizontal do pa-
latino.
Internamente – são formados pelo bordo posteiror do vómer.
Parede interna
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Parede Externa
Formada nos 2/3 posteriores pela face orbitária da grande asa do esfenóide. Esta
parede é completada adiante pela apófise orbitária do osso malar, pela apófise
orbitária do frontal e pela porção contígua à fosseta lacrimal do frontal
Base
Bordo superior – constituido pelo bordo inferior da arcada orbitária do frontal
Bordo Interno – formado pela crista lacrimal anterior
Bordo Externo – formado pelo bordo interior da apófise orbitária do malar e da
apófise orbitária externa do frontal
Bordo Inferior – formado pelo bordo anterior da apófise piramidal do maxilar
superior e pela continuação do bordo interno da apófise orbitária do malar.
Fossa Ptérigo-Maxilar
Localiza-se atrás do maxilar superior, por baixo da grande asa do esfenóide e para fora
da apófise ptérigoideia.
Tem a forma de uma pirâmide triângular. Apresenta 3 paredes, um vértice e uma base
Parede anterior
É formada pela tuberosidade do maxilar superior
Parede Superior
É constituida pela porção inferior horizontal da grande asa do esfenóide
Parede Interna
É formada pela asa externa da apófise ptérigoideia
Vértice
Corresponde ao ponto de junção das 3 faces adiante da extremidade superior da
apófise ptérigoideia
Base
Local por onde a fossa se abre externamente
A apófise ptérigoideia está separada da tuberosidade do maxilar por uma fenda vertical,
mais larga em cima que em baixo, que é a fenda ptérigo-maxilar. Esta fenda é encer-
rada em baixo pela apófise piramidal do palatino.
A fenda ptérigo-maxilar dá acesso a uma cavidade diverticular da fossa ptérigo-maxilar,
designada âmago da fossa ptérigo-maxilar.
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Filipa Ferreira
OSSO HIÓIDE
Localização – situa-se transversalmente acima da laringe, à altura da 4ª vértebra cervi-
cal, ao nível do ângulo formado pela face anterior do pescoço com o pavimento bucal
Tipo- ímpar e achatado
Orientação – a concavidade do osso é posterior e o bordo do qual se destacam duas
apófises é superior.
Conexões – é isolado do resto do esqueleto, é apenas suportado por músculas e liga-
mentos.
Descrição
Corpo
Lâmina óssea quadrilátera, achatada de diante para trás, alongada transversalmente,
ligeiramente encurvada, de tal forma que a sua concavidade olha para trás.
Apresenta 2 faces, 2 bordos e 2 extremidades.
Face anterior
Fortemente convexa no sentido transversal e no sentido vertical.
Uma crista transversal divide esta face em duas porções: uma superior, olha
para cima e para diante; a outra, inferior, olha directamente para diante.
Estas duas porções são ainda divididas em duas superifícies laterais por uma
crista mediana que se estende do bordo superior ao bordo inferior do osso.
Do ponto de junção das cristas transversal e mediana eleva-se uma saliência,
vestígio de uma apófise que, em certos animais, se prolonga na espessura da lín-
gua.
Dá inserção aos músculos génio-hióideu, hio-glosso, milo-hioideu, digástrico e
estilo-hioideu. e génio-glosso!?
Face Posterior
Profundamente e regularmente escavada.
Dá inserção externamente e em baixo, ao músculo tiro-hioideu
Bordo Superior
Côncavo para trás, fino, dá inserção à membrana hio-glossa, à membrana tiro-
hioideia e a algumas fibras do génio-glosso.
Bordo Inferior
É mais espesso que o outro. Sobre ele inserem-se os músculos esternocleido-
mastoideu, omo-hioideu e tiro-hioideu
Grandes Cornos
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Face Superior
Olha um pouco para fora, dá inserção aos músculos hio-glosso, constritor médio
da faringe, algumas fibras do estilo-hioideu.
Face Inferior
Olha um pouco para dentro. Dá inserção a parte do tiro-hioideu
Bordo Externo
Convexo. Também dá inserção ao músculo tiro-hioideu
Bordo Interno
Côncavo. Local de inserção da membrana tiro-hioideia
Extremidade posterior
Denominado de tubérculo do grande corno ou tubérculo hioideu, destina-se à
inserção do ligamento tiro-hioideu lateral.
Pequenos Cornos
Pequenas porções ovóides que se articulam pela base com o corpo e o grande corno, na
extremidade superior da inha de união destas duas peças.
Alongados de baixo para cima e de dentro para fora.
A extremidade superior ou vértice dá inserção ao ligamento estilo-hioideu.
Também se inserem aqui os músculos lingual inferior, lingual superior e constrictor
médio.
Ligamento estilo-hioideu
Fino cordão membranoso que se estende do vértice da apófise estiloideia do temporal
(face póstero-inferior do rochedo) ao vértice do pequeno corno do osso hióide.
Passa por dentro da carótida externa e do músculo hio-glosso
Sincondroses Cranianas
Sincondrose esfeno-occipital – entre a lâmina quadrilátera do etmóide e o occipital
Sincondrose esfeno-petrosa – entre o esfenóide e o rochedo
Sincondrose petro occipital – entre o rochedo e o occipital, sendo a continuação carti-
laginea ântero-interna do buraco lácero-posterior
Sincondrose intra-occipital posterior – entre os nucleos de ossificação posteriores e
os dois nucleos medianos do occipital
Sincondrose intra-occipital anterior – entre os nucleos de ossificação anteriores e os
dois nucleos medianos do occipital
ARTICULAÇÃO TÊMPORO-MAXILAR
Classificação- bicôndilo meniscartrose conjugada
( 2 condilos, com menisco e é constituida por 2 articulações conjugadas,
uma esquerda e outra direita que têm de se mover em conjunto)
Superfícies Articulares
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
São por um lado a cavidade glenoideia e o côndilo de cada um dos temporais e por ou-
tro os côndilos do maxilar inferior
Menisco Interarticular
É necessário uma vez que as superfícies articulares são ambas convexas e não se adap-
tam. A concordância entre elas é feita por um menisco fibrocartilaginoso interarticular.
Este menisco é um disco alongado transversalmente, ovalar, com forte extremidade in-
terna. É bicôncavo.
A sua espessura diminui da periferia para o centro, que por vezes se apresenta perfura-
do.
Face superior
Olha parra cima e um pouco para diante.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
É concava de diante para trás contudo ao longo do seu bordo posterior é visível
uma convexidade ântero-posterior em concordância com a concavidade da por-
ção articular da cavidade glenoideia.
Apresenta também uma ligeira convexidade transversal que se opõe à concavi-
dade transversal do côndilo temporal.
Face Inferior
Relaciona-se com o côndilo do maxilar. É côncava nos dois sentidos
Bordo Periférico
É duas vezes mais espesso atrás (3 a 4 mm) que adiante, onde a sua espessura
não ultrapassa os 2 mm.
As duas extremidades são inflectidas para baixo e aderem completamente à cáp-
sula, esta une estreitamente o menisco às extremidades do côndilo.
Meios de União
O temporal e o maxilar são unidos por uma cápsula que reforça dois ligamentos laterais,
um externo outro interno
Cápsula Articular
É fina e laxa.
Insere-se em cima sobre o bordo do côndilo adiante, o lábio anterior da cisura
de Glaser atrás, a base da espinha do esfenóide internamente, e o tubérculo zi-
gomático anterior e a raiz longitudinal da apófise zigomática externamente.
Em baixo a cápsula fixa-se também ao contorno da superfície articular, excepto
atrás, onde a linha de inserção desce até meio cm abaixo do revestimento fibro-
cartilagíneo.
A face interna da cápsula adere ao contorno do menisco. Portanto a cavidade
articular divide-se em duas porções, uma têmporo-menisacal e a outra menisco-
maxilar.
A cápsula articular é formada por 2 tipos de fibras:
fibras longas ( temporo-maxilares)
Estendem-se directamente do temporal ao maxilar
ção as fibras dirigem-se e convergem apara baixo e para trás. As fibras anterio-
res são mais oblíquas e mais longas que as posteriores. Terminam na porção ex-
terns r posterior do colo do côndilo do maxilar inferior.
Ligamentos acessórios
Não são verdadeiros ligamentos mas simples fitas fibrosas que não têm qualquer
papel no mecanismo da articulação. Contribuem para a manutenção da posição
das superfíciesarticulares
--- Ligamento esfeno-maxilar – porção espessa da aponevrose interpterigoi-
deia, insere-se na espinha do esfenóide e na espinha de Spix
--- Ligamento estilo-maxilar – insere-se em cima sobre o bordo externo da
apófise estiloideia (perto do vértice) e em baixo sobre o ângulo do maxilar e so-
bre o bordo posterior deste osso acima do ângulo.
--- Ligamento ptérigo-maxilar ou aponevrose bucinato-faríngea – interseção
tendinosa entre o bucinador e o constrictor superior da faringe.
Insere-se por dentro no vértice e bordo inferior do gancho da asa interna da apó-
fise ptérigoideia. Daí o ligamento alarga-se e dirige-se para fora, para baixo e
para diante, terminando sobre o lado interno do bordo alvéolar do maxilar infe-
rior, atrás do último molar.
Sinoviais
10ª Aula
18/11/04
Comuns
Isólogas Especiais
Típicas ou Verdadeiras
Heterólogas
Vértebras
Alomórficas
Atípicas ou Soldadas
Alotróficas
Corpo Vertebral
Tem a forma de um segmento de cilindro
Apresenta duas faces e uma circunferência.
Faces – horizontais. Uma superior e outra inferior. Apresentam uma porção central
escavada, irregular, contornada por um rebordo periférico, anelar, de tecido
compacto.
Circunferência – escavada em forma de goteira, adiante e sobre os lados do corpo
vertebral. O segmento posterior da circunferência está em concordância
com o buraco vertebral e é côncavo no sentido transversal e deprimido na
região central.
Toda a superifície da circunferência apresenta orifícios vasculares,
particularmente grandes e numerosos na região central do segmento
posterior
Pedículo
São duas porções ósseas, uma esquerda e outra direira, que se estendem de diante para
trás, do corpo vertebral aos maciços ósseos que dão origem ás lâminas vertebrais e às
apófises transversas e articulares.
São achatados transversalmente.
Os bordos superior e inferior são côncavos, com chanfradura e limitam, com os bordos
correspondentes dos pediculos situados acima e abaixo, os buracos de conjugação ou
buracos intervertebrais, onde passam os nervos raquidianos.
A chanfradura inferior do pedículo é mais pronunciada que a superior.
Lâminas Vertebrais
Estendem-se dos pedículos à apófise espinhosa.
Limitam atrás o buraco vertebral.
Achatadas, quadriláteras, dirigem-se segundo um plano oblíquo de cima para baixo, de
diante para trás e de fora para dentro.
Apresentam uma face posterior, uma face anterior e dois bordos.
A face anterior apresenta uma depressão rugosa, alongada transversalmente, ladeada
em cima por uma crista bem marcada. A depressão e a crista dão inserção ao ligamento
amarelo subjacente.
Constituem a parede póstero-lateral do buraco vertebral.
Nota – entre as apófises espinhosas e as apófises articulares, ou seja na porção corres-
pondente à face posterior das lâminas vertebrais, temos as goteiras neurais
Apófise Espinhosa
Nasce do ângulo de união das lâminas e dirige-se para trás.
É achatada transversalmente e apresenta duas faces laterais, um bordo superior fino, um
bordo inferior espesso, uma base de implantação larga e um vértice livre.
Apófises Articulares
São 4, duas superiores e duas inferiores.
São eminências verticais implantadas sobre o arco neural, na união dos pedículos com
as lâminas.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
As apófises superior e inferior do mesmo lado formam no seu conjunto uma coluna ós-
sea orientada verticalmente e que termina nas suas extremidades por uma superfície
articular.
Elas articulam-se pelas suas superfícies articulares com as apófises articulares corres-
pondentes das vértebras vizinhas.
Apófises Transversas
Implantam-se pela sua base, uma à direita e outra à esquerda sobre o arco neural, atrás
dos pedículos.
Dirigem-se para fora e terminam num vértice livre.
Apresentam 2 faces, uma anterior e outra posterior; 2 bordos, um superior e outro infe-
rior; uma base e um vértice.
Buraco Vertebral
É limitado adiante pelo corpo, por fora pelos pedículos e atrás pelas lâminas.
Todos sobrepostos, os buracos vertebrais constituem o canal raquidiano.
Corpo
É alongado transversalmente e mais espesso á frente que atrás.
Tem 6 faces:
Face superior – é limitada em cada um dos lados por uma crista ântero-posterior
designada gancho ou apófise semi-lunar.
Face inferior – tem duas superfícies laterais em bisel que se articulam com os ganchos
da vértebra subjacente.
Face anterior – tem uma saliência vertical mediana
Face posterior – côncava, delimita adiante o buraco vertebral.
Faces laterais – cada uma dá origem ao pedículo e à raiz anterior da apófise transversa
do lado correspondente
Pedículos
Implantam-se na porção posterior das faces laterais do corpo vertebral, próximo da face
superior, estendem-se até à apófise articular.
Dá-se o nome de buraco de conjugação ao orifício compreendido entre os pedículos de
duas vértebras vizinhas.
Apófises articulares
Formam uma coluna óssea vertical, ligada ao corpo pelo pedículo e apresentam face
superior e inferior talhadas em bisel.
As faces são planas, articulares: a superior olha para cima e para trás e a inferior olha
para baixo e para a frente.
Apófises transversas
Cada uma é formada pela união de duas raizes, uma anterior e a outra posterior.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Lâminas
Mais largas que altas, inclinam-se para baixo e para trás.
Estendem-se das apófises articulares até á apófise espinhosa
Apófise espinhosa
Formada pela reunião das duas lâminas.
O vértice tem dois tubérculos
A face inferior é atravessada por uma larga goteira.
Buraco Vertebral
É triângular com larga base anterior.
Descrição
Massas Laterais
São achatadas de cima para baixo, nelas distinguem-se 6 faces:
Face Superior
Ocupada por uma superfície articular côncava, alongada de trás para a frente e
de fora para dentro,em forma de palmilha, que tem o nome de cavidade glenoi-
deia (o seu comprimento é duas vezes superior à sua largura)
É eliptica, frequentemente ladeada por duas chanfraduras laterais, um pouco
atrás da porção média.
Divide-se raramente em duas porções por um sulco perpendicular ao grande
eixo.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
A cavidade glenoideia olha para cima e para dentro e articula-se com o côndilo
correspondente do occipital.
Face Inferior
Apresenta na extremidade posterior uma superfície articular ovalar.
É plana ou ligeiramente côncava transversalmente, convexa de dianta para trás.
Olha para baixo e para dentro e corresponde à superifície ântero-superior do
áxis.
Face Externa
Suporta as raizes da apófise transversa
Face Interna
Perto da origem do arco anterior apresenta um forte tubérculo sobre o qual se
insere o ligamento transverso.
Atrás desse tubérculo a face interna, frequentemente deprimida, apresenta nume-
rosos orifícios vasculares
Arco Anterior
Ligeiramente arqueado, convexo para diante e achatado da frente para trás.
Apresenta sobre a linha média:
--- Anteriormente – o tubérculo anterior do atlas, onde se insere o músculo longo
do colo
--- Posteriormente – uma faceta articular côncava, elíptica, de grande eixo trans-
versal (ou mais raramente vertical) que se articula com a apófise odontoideia do
axis.
No seu bordo superior insere-se o ligamento occipito-atloideu anterior
No seu bordo inferior insere-se o ligamento atloido-axoideu anterior.
Arco Posterior
Côncavo para diante, nasce de toda a largura da face posterior das massas laterais.
Apresenta sobre a porção média da sua face posterior, onde é achatado de diante
para trás, uma saliência denominada de tubérculo posterior que dá inserção ao
músculo pequeno recto posterior.
Lateralmente o arco posterior é achatado de cima para baixo.
Imediatamente atrás das massas laterais é possível observar, sobre a face superior do
arco posterior, uma goteira transversal na qual progridem o 1º nervo cervical e a
artéria vertebral.
No seu bordo superior insere-se o ligamento occipito-atloideu posterior
No seu bordo inferior insere-se o ligamento atloido-axoideu posterior.
Apófises Transversas
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Buraco Vertebral
É maior em todos os seus diâmetros que os das restantes vértebras.
reconhecem-se duas partes: uma anterior quadrilátera, outra posterior semi-
elíptica. Encontram-se separadas uma da outra pelo ligamento transverso.
Na porção anterior encaixa a apófise odontoideia do axis.
A porção posterior, mais extensa no sentido transversal que a das outras vértebras,
contém a espinal medula.
O corpo vertebral não existe, sendo substituido pela apófise odontoideia do áxis.
2ª Cervical ou Áxis
Orientação – a porção mais volumosa do osso e cilindrica é anterior, desta porção des-
taca-se uma apófise em forma de dente que é superior
Descrição
Corpo do Áxis
É sobremontado por uma volumosa saliência vertical, a apófise odontoideia, que se vai
articular com o arco anterior do atlas.
Possui uma crista mediana anterior triângular, com base inferior e mais acentuada que
nas outras vértebras
A face inferior, fortemente côncava de diante para trás, prolonga-se para baixo e para
diante por um relevo ósseo saliente, que reforça a extremidade inferior da crista media-
na anterior.
Nele se insere aporção longitudinal do musculo longo do colo
Apófise odontoideia
Possui a forma de um pivot cilindrico-cónico.
Nela distinguem-se:
Base – fixa ao corpo do áxis
Colo – situado imediatamente acima da base
Corpo – porção mais grossa da apófise. É ligeiramente achatado de diante para trás.
Apresenta duas facetas articulares elípticas:
--- anterior – convexa de cima para baixo e transversalmente, articula-se com o arco
anterior do atlas.
--- posterior – côncava de cima para baixo, convexa transversalmente, dá inserção ao
ligamento tranverso
Vértice – rombo, recoberto de rugosidades destinadas à inserção dos ligamentos occipi-
to-odontoideus.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Apófises Articulares
As superfícies articulares superiores situam-se de cada um dos lados da apófise odon-
toideia, da qual se separam apenas por um pequeno sulco. São ovalares, de pequena
extremidade dirigida para diante e para dentro.
Estas superfícies são planas transversalmente, ligeiramente convexas de diante para trás
e ligeiramente inclinadas para fora.
As superfícies articulares inferiores localizam-se abaixo da extremidade anterior das
lâminas. Possuem a mesma orientação que nas restantes vértebras cervicais (olham para
baixo e para diante)
Pedículos
Estendem-se das superfícies articulares superiores até à extremidade anterior das lâmi-
nas, Não apresentam chanfradura superior
Apófises Transversas
A raiz posterior da apófise nasce do pedículo
A raiz anterior implanta-se sobre o corpo. Esta raiz suporta a porção externa da super-
fíce articular superior
Apófise Espinhosa
Volumosa, prismática triângular e termina numa extremidade posterior bifurcada.
A face inferior é atravessada por uma goteira ântero-posterior.
As faces súpero-laterais, deprimidas e rugosas, dão inserção aos músculos grandes oblí-
quos e grande recto posterior.
Lâmina Vertebral
São espessas
Buraco Vertebral
Possui a forma de um triângulo cuja base anterior tem uma chanfradura na sua porção
média. É maior do que o das vértebras cervicais subjacentes, mas mais pequeno que o
do atlas.
6ª cervical
Esta vértebra é caracterizada pelo facto do seu tubérculo anterior das apófises transver-
sas ser mais espesso e mais saliente que nas outras vértebras e tem o nome de tubérculo
carotidiano ou tubérculo de Chassaignac e apresenta concordâncias com a carótida
primitiva (esta divide-se em carótida interna e externa ao nível da 4ª cervical)
7ª Cervical
É uma vértebra de transição entre a vértebra cervical e a dorsal.
O corpo apresenta por vezes, sobre a porção inferior das faces latrais uma hemi faceta
articular em concordância com a cabeça da primeira costela.
As apófises transversas são mais longas e unituberculadas.
O buraco transverso é mais pequeno, apenas é atravessado pela veia vertebral.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Superfícies articulares
São constituidas pela face inferior e superior dos corpos vertebrais de duas vértebras
adjacentes.
O centro é deprimido em relação à periferia, que se encontra mais elevada.
As faces dos corpos laterais apresentam uma fina lâmina cartilagínea que reveste a
parte central.
As vértebras cervicais apresentam nas porções laterais do corpo articulações unco-
vertebrais de Trolard entre as apófises semilunares e as chanfraduras de duas vérte-
bras adjacentes.
Meios de União
Ligamentos interósseos
Também denominados de discos intervertebrais, têm a forma de uma lente biconvexa.
Estão entre os corpos vertebrais de duas vértebras adjacentes.
As duas faces do disco moldam-se intimamente às superfícies vertebrais.
A espessura dos discos intervertebrais varia em cada uma das regiões: 3,5 mm para as
cervicais, 5mm nas dorsais e 9mm nas lombares.
Nas regiões cervical e lombar os discos são também mais espessos anteriormente do que
posteriormente e na região dorsal são mais espessos posteriormente que anteriormente,
o que explica as diferentes curvaturas ântero.posteriores da coluna vertebral.
A porção central dos discos intervertebrais é formada por uma substância mole e gela-
tinosa, situada mais perto da porção posterior da periferia do disco e que tem o nome de
núcleo gelatinoso ou pulposo.
Este núcleo é esbranquiçado na criança e torna-se amarelo à medida que o indivíduo vai
envelhecendo. É constituido por feixes fibrosos separados por tecido mucoso que possui
ainda vestígios de células da corda dorsal.
A porção periférica é muito resistente e formada em parte por finrocartilagem e em
parte por lâminas fibrosas dispostas concêntricamente constituindo o anel fibroso.
Ligamentos periféricos
São constituidos por duas longas fitas fibrosas que ocupam toda a extensão da coluna
vertebral
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Superfícies articulares
As apófises articulares das vértebras cervicais têm uma forma ovalar e plana, as das
dorsais são planas e a das lombares têm forma elíptica.
Todas estas superfícies articulares são revestidas por cartilagem hialina.
Meios de União
As superfícies articulares apresentam uma cápsula articular,cuja espessura varia e que
é reforçada internamente pelo ligamento amarelo correspondente, existindo na região
dorsal e lombar um ligamento de reforço posterior.
Sinoviais
Existe uma membrana sinovial em cada uma das articulações.
Classificação – artrodias
Superfícies Articulares
São constituidas pelas apófises semi-lunares existentes na face superior do corpo ver-
tebral infrajacente e pelas chanfraduras existentes na face inferior do corpo vertebral
suprajacente.
Meios de União
São constituidos por uma cápsula articular que pode ser reforçada adiante por um li-
gamento
Classificação – heteroartrose
Superfícies Articulares
Do lado do atlas encontram-se facetas que ocupam a face inferior das massas laterais.
Do lado do áxis encontram-se as apófises articulares superiores.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
São revestidas por cartilagem articular, mais espessa no centro que na periferia.
Meios de União
São constituidos por 4 ligamentos:
--- Ligamento atlóido-axoideu posterior – estende-se desde o bordo inferior do arco pos-
terior do atlas ao bordo superior das lâminas e à base da apófise espinhosa do áxis. É
atravessado sobre os lados pelo segundo nervo cervical ou pelos seus dois ramos termi-
nais.
--- 2 ligamentos atlóido-axoideus laterais – constituidos por uma espécie de cápsula que
se insere em volta das facetas atloideia e axoideia
Sinovial
É extremamente fina, podendo emitir uma franja sinovial anterior e outra posterior.
Articulação atlóido-odontoideia
É a articulação entre o atlas e a apófise odontoideia do áxis
Classificação – trocartrose
Superfícies Articulares
São constituidas pela apófise odontoideia do áxis e por uma anel osteo-fibroso, o anel
atloideu. Este anel é constituido anteriormente pelo arco anterior do atlas e posterior-
mente pelo ligamento transverso.
O ligamento transverso apresenta duas extremidades que se inserem nas faces internas
das massas laterais do atlas e descreve uma curva concava para diante.
Do bordo inferior do ligamento transverso destaca-se o ligamento transverso-axoideu
que se vai inserir na face posterior do corpo do áxis.
Do bordo superior do ligamento transverso destaca-se o ligamento occipito-transverso
que se vai inserir na goteira basilar, adiante do foramen magnum.
O conjunto destes 3 ligamentos apresenta a forma de uma cruz, sendo conhecido por
ligamento cruciforme.
Meios de União
São constituidos por ligamentos que se inserem no occipital e na apófise e odontoideia.
Sinoviais
São duas, uma anterior para articulação da apófise odontoideia com o arco anterior do
atlas e outra posterior para a articulação da apófise odontoideia com o ligamento trans-
verso.
Classificação – bicondilartrose
Superfícies Articulares
Do lado do occipital as superfícies articulares são os dois condilos (elípticos, alongados
de diante para trás e de fora para dentro)
Do lado do atlas as superfícies articulares são as cavidades glenoideias situadas na face
superior das massas laterais.
As superfícies articulares encontram-se revestidas por fibrocartilagem.
Meios de União
Existem 4 ligamentos:
Sinovial
Encontra-se uma sinovial em cada uma das articulações occipito-atloideias
Ligamentos Occipito-Axoideus
O occipital é ligado ao áxis por intermédio de ligamentoa á distãncia.
Ligamentos occipito-odontoideus
São 3, um mediano e dois laterais.
--- Ligamento occipito-odontoideu mediano ou ligamento suspensor do dente – insere-
se na porção anterior do buraco occipital e no vértice da apófise odontoideia.
--- Ligamentos occipito.odontoideus laterais – inserem-se na face interna dos condilos
occipitais e na porção superior da apófise odontoideia
NOTA – Um corte sagital demonstra que existe a unir o occipital, o atlas e o áxis 6
planos sobrepostos entre a face anterior da coluna vertebral e o canal raquidiano.
1º plano – ligamento vertebral comum anterior
2º plano – ligamento occipito-atloideu anterior e ligamento atloido-axoideu anterior
(estão os 2 no mesmo plano)
3º plano – ligamento occipito-odontoideu mediano
4º plano – ligamento occipito-axoideu mediano
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Pedículos
Implantam-se sobre a metade superior das porções laterais da face posterior do corpo
vertebral.
a chanfradura do bordo inferior é maior do que a do bordo superior.
Lâminas
São tão altas como largas
Apófise Espinhosa
Volumosa e longa.
É muito inclinada para baixo e para trás.
O vértice é unituberculado.
Apófises Transversas
Destacam-se de cada lado da coluna óssea formada pelas apófises articulares, atrás do
pedículo.
Dirigem-se para fora e um pouco para trás.
A sua extremidade livre apresenta sobre a face anterior uma superfície articular, a face-
ta costal, que se articula com a tuberosidade das costelas.
Apófises Articulares
Fazem saliência acima e abaixo da base das apófises transversas.
A faceta articular da apófise superior olha para trás, para fora e um pouco para cima.
A faceta articular da apófise inferior apresenta uma orientacão inversa.
Buraco Vertebral
É quase circular.
11ª Aula
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
25/11/04
Pedículos
Muito espessos.
Implantam-se nos 3/5 superiores ou sobre a metade superior do ângulo formado pela
união da face posterior com a face lateral do corpo vertebral.
A chanfradura do bordo inferior é mais pronunciada que a do bordo superior.
Lâminas
São mais altas que largas
Apófise Espinhosa
É uma lâmina vertical, rectângular, espessa e orientada horizontalmente para trás.
Termina num bordo posterior livre espesso.
Apófises Articulares
--- Superiores
Achatadas transversalmente.
Face interna é ocupada por uma superfície articular em forma de goteira vertical,
cuja concavidade olha para dentro e um pouco para trás.
Face externa apresenta ao longo do bordo posterior uma saliência que tem o nome
de
tubérculo mamilar.
---Inferiores
Apresentam uma superfície articular convexa, em forma de segmento de cilindro.
Esta superfície olha para fora e ligeiramente para diante. Desliza na goteira da apófise
articular superior da vértebra situada abaixo.
Buraco Vertebral
É triângular e apresenta lados semelhantes.
5ª Vértebra Lombar
A altura do corpo é maior adiante que atrás.
As apófises articulares inferiores estão mais afastadas uma da outra que nas restantes
vértebras.
A superfície articular destas apófises eleva-se até ao limite inferior dos pedículos, de tal
forma que ela se fixa nas outras vértebras ao nível da face inferior do corpo vertebral.
SACRO
Resulta da união das 5 vértebras sagradas
Está situado na região posterior da bacia, abaixo da porção lombar da coluna, entre os
dois ossos ilíacos.
Forma com a coluna lombar um ângulo obtuso, saliente para diante, denominado de
ângulo sacro-vertebral anterior ou promontório. (118º na mulher e 126º no homem).
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
O sacro é encurvado e a sua concavidade, mais acentuada na mulher, olha para diante.
Descrição
A sua forma é de uma pirâmide quadrangular, achatada de diante para trás, com base
superior e vértice inferior.
Apresenta 4 faces, 1 base e 1 vértice.
Face Anterior
Côncava de cima para baixo e transversalmente.
A sua porção média é ocupada pelo corpo das 5 vértebras sagradas, separados uns dos
outros pos 4 cristas transversais.
A altura dos corpos vertebrais diminui de cima para baixo e a crista transversal entre a
2ª e 3ª vértebras está a meia altura do osso.
Nas extremidades das cristas transversais, existem de cada lado 4 orifícios, os buracos
sagrados anteriores que são atravessados pelos ramos anteriores dos nervos sagrados.
Estes orifícios prolongam-se para fora por goteiras (cuja largura e profundidade dimi-
nuem de dentro para fora) que convergem para a grande chanfradura ciática.
A 1ª goteira é ligeiramente descendente, a 2ª é horizontal e a 3ª e 4ª são ligeiramente
ascendentes.
A distância que separa cada buraco sagrado anterior da linha mediana diminui de cima
para baixo.
A 2ª, 3ª e 4ª vértebras dão inserção ao músculo piramidal da bacia sobre uma superfície
que circunscreve em cima, externamente e em baixo o 2º e 3ª buracos sagrados
Face Posterior
É convexa e muito irregular.
Apresenta sobre a linha mediana a crista sagrada, formada por 3 ou 4 tubérculos al-
ternados com depressões. Os tubérculos resultam da fusão das apófises espinhosas.
A crista sagrada bifurca-se em baixo, à altura do 3º e 4º buracos sagrados posteriores,
nos dois cornos do sacro.
Estes cornos divergem de cima para baixo e limitam a chanfradura sagrada ou hiatus
sacralis, no vértice da qual termina o canal sagrado.
De cada lado da crista existem:
--- goteira sagrada – formada pela reunião das lâminas vertebrais
--- tubérculos sagrados póstero-internos – são 3 ou 4 dispostos verticalmente, que
resultam da fusão das apófises articulares
--- buracos sagrados posteriores – 4 de cada lado, mais pequenos que os anteriores e
atravessados pelos ramos posteriores dos nervos sagrados. (estão mais afastados da li-
nha média que os anteriores)
--- os tubérculos sagrados póstero-externos ou tubérculos conjugados – mais volu-
mosos que os tubérculos sagrados póstero-internos, localizam-se para fora dos buracos
sagrados posteriores e resultam das fusão das apófises transversas.
No intervalo entre dois tubérculos conjugados vizinhos e para fora deles é visivel uma
depressão rugosa, perfurada de orifícios vasculares e designada por fossa crivada ( a 1ª
é a mais extensa, mais profunda e mais perfurada).
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Faces Laterais
São triangulares, com base superior.
Têm dois segmentos:
--- Segmento Superior
Largo, corresponde às duas primeiras vértebras.
A sua porção ântero-inferior é ocupada por uma superfície articular designada superfí-
cie pré-auricular (o seu contorno assemelha-se ao do pavilhão auricular) que se articu-
la com uma semelhante ao nível do osso coxal.
Atrás da superfície auricular existe uma superfície desigual, rugosa, na qual se distingue
a 1ª fossa crivada.
Base
Olha para diante e para cima.
A sua porção média apresenta de diante para trás:
--- face superior do corpo da 1ª vértebra sagrada
--- orifício superior do canal sagrado (triângular de base anterior). Os bordos laterais
deste orifício são oblíquos para baixo, para dentro e para trás e limitam uma chanfra-
dura cujo vértice inferior corresponde à extremidade superior da crista sagrada.
As suas porções laterais são ocupadas de diante para trás por uma larga superfície
triângular de base externa que é a asa do sacro.
Esta asa é limitada adiante e em baixo por um bordo arredondado que participa na cons-
tituição do recto superior
Sobre a superfície da asa existe por vezes uma goteira oblíqua para diante e para fora
determinada pelo tronco lombo-sagrado.
A porção externa da asa dá inserção ao músculo ilíaco.
Atrás das asas localizam-se as apófises articulares superiores da primeira vértebra
sagrada. A sua superfície articular é ligeiramente côncava e olha para dentro e para trás.
As apófises articulares estão separadas das asas por duas goteiras, que contribuem para
a formação dos buracos de conjugação intermédios à 5ª vértebra lombar e ao sacro.
Vértice
Ocupado por uma superfície convexa, elíptica, cujo maior eixo é transversal e que se
articula com a base do cóccix.
A superfície articular inferior do sacro, a superfície superior do cóccix e as superfícies
articulares das vértebras coccígeas que estão soldadas incompletamente, apresentam na
sua região central uma pequena fosseta de origem notocordal.
Canal Sagrado
Forma a porção inferior do canal raquidiano que está no interior do sacro.
Prismático triângular em cima, achata-se pouco a pouco para baixo.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Na sua extremidade inferior o canal sagrado é representado posr uma goteira aberta
atrás e ladeada lateralmente pelos cornos do sacro.
O canal sagrado dá origem de cada lado a 4 canais, verdadeiros orifícios ou canais de
conjugação, que se bifurcam pouco depois para se abrirem adiante e atrás, na superfície
do osso, através dos buracos sagrados anteriores e posteriores.
CÓCCIX
Orientação – A porção mais volumosa e que apresenta uma superfície articular ovalar é
superior e a concavidade do osso é anterior.
Descrição
É uma peça óssea achatada de diante para trás, triangular cuja base é superior e o vértice
inferior.
É formado pela união de 4 a 6 vértebras atrofiadas, cujo desenvolvimento não foi com-
pleto.
Apresenta 2 faces, 2 bordos, 1 base e 1 vértice.
Face anterior – ligeiramente côncava ambas apresentam sulcos transversais,indicios
Face posterior – convexa da separação primitiva das vértebras do cóccix
Bordos Laterais – irregulares, dão inserção aos ligamentos sacro-ciáticos e ao mús-
culo ísquio-coccígeo
Base – articula-se com o vértice do sacro. Emite lateralmente dois prolongamentos, um
vertical que é o pequeno corno do cóccix que está unido ao corno sagrado correspon-
dente por um ligamento; outro transversal que é o corno lateral.
Vértice- arredondado, frequentemente desviado da linha mediana
Articulações Sacro-Vertebrais
Articulação Sacro vertebral propriamente dita
Superfícies Articulares
Constituidas pelos corpos vertebrais da 5ª vértebra lombar e da 1ª sagrada.
A superfície articular do corpo da 1ª vértebra sagrada é inclinada 45º sobre a horizontal
e olha para diante.
Meios de União
São formados pelo ligamento interósseo que tem a forma de um disco, mais espesso
adiante que atrás, e pelos ligamentos vertebral comum anterior e posterior
Superfícies articulares
As apófises articulares do sacro e da 5ª véretebra lombar.
As superfícies articulares das apófises superiores olham um pouco para dentro e sobre-
tudo para trás.
Ligamentos á distância
O sacro e a 5ª lombar são ainda ligados por dois ligamentos amarelos, um ligamento
interespinhoso e um ligamento supra-espinhoso.
Existe ainda o ligamento sacro-vertebral (corresponde ao ligamento intertransversário
mas aqui toma este nome) que se estende desde a apófise transversa da 5ª vértebra lom-
bar até à porção ântero-lateral da asa do sacro.
Articulação Sacro-Coccígea
Classificação – anfiartrose (imóveis, aderem por superfícies planas)
Superfícies Articulares
São constituidas por facetas elípticas, localizadas no vértice do sacro (é convexa) e na
base do cóccix (é côncava)
Meios de União
Ligamento interósseo - fibrocartilagem em forma de disco que se interpõe entre as su-
perfícies articulares.
Ligamentos Sacro-coccígeos laterais – têm dois feixes. Um interno que une o corno do
sacro ao pequeno corno do cóccix. Outro externo que se estende do bordo lateral do
sacro ao vértice do corno lateral do cóccix.
Articulações Intercoccígeas
Classificação – Anfiartroses (imóveis, aderem por superfícies planas)
As diferentes peças ósseas unem-se muito cedo à excepção da 1ª e 2ª que persistem arti-
culadas por mais tempo (só ossificam por volta dos 40 anos) e constituem a articulação
médio coccígea.
Curvaturas
Apresenta dois tipos de curvaturas. ântero-posteriores ou sagitais e laterais.
As curvaturas ântero-posteriores são 4:
--- curvatura cervical – convexa para diante
--- curvatura toráxica – côncava para diante
--- curvatura lombar – convexa para diante
--- curvatura sacro-coccígea – côncava para diante
As curvaturas laterais são menos pronunciadas e muito variáveis, são normalmente 3:
--- curvatura cervical – convexa para a esquerda
--- curvatura toráxica – convexa para a direita
--- curvatura lombar – convexa para a esquerda
Face Anterior
É constituida pelos corpos vertebrais e entre eles estão os discos intervertebrais.
Face Posterior
Apresenta de dentro para fora:
--- crista espinal – constituida pelo conjunto das apófises espinhosas
--- goteiras vertebrais – formadas pela face posterior das lãminas vertebrais
Faces Laterais
Cada face lateral apresenta, de diante para trás:
--- corpos vertebrais
--- pedículos
--- buracos de conjugação
--- apófises articulares
--- apófises transversas
Aspectos Funcionais
Coluna Vertebral como um órgão estático
O conjunto dos corpos vertebrais e dos discos intervertebrais suporta o peso da cabeça,
do tronco e dos membros superiores e transmitem esta carga aos membros inferiores,
tranformando a coluna vertebral num órgão estático.
A coluna vertebral como um órgão estático, é formada pelas 24 vértebras pré-sagradas,
que constituem a porção móvel, e pelo sacro e cóccix que formam a sua porção fixa.
O atlas e o áxis asseguram a união entre a cabela e a coluna vertebral.
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ESQUELETO DO TÓRAX
É constituido por:
--- vértebras toráxicas
--- costelas e cartilagens costais
--- esterno (peça óssea mediana e anterior)
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Filipa Ferreira
ESTERNO
Descrição
É um osso alongado de cima para baixo, achatado de diante para trás e que se dirige
oblíquamente bara baixo e para diante.
Tem a forma de um gládio.
Encerran anteriormente a cavidade toráxica
O esterno do adulto é constituido por 3 peças principais, que são de cima para baixo:
--- manúbrio ou punho
--- corpo ou lâmina
--- apêndice xifoideu
O esterno apresenta 2 faces, 2 bordos laterais e 2 extremidades.
Bordos laterais
Cada bordo lateral apresenta 7 chanfraduras articulares ou costais, que se articulam
com as 7 primeiras cartilagens costais.
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Extremidade Superior
Ou base, apresenta 3 chanfraduras, uma mediana e duas laterais.
A chanfradura mediana, designa-se por fúrcula do esterno e a sua concavidade olha
para cima.
As chanfraduras laterais olham para cima e para fora.
Cada uma das chanfraduras laterais é ocupada por uma faceta articular, a faceta clavi-
cular, côncava transversalmente e convexa de diante para trás.
Extemidade inferior
Ou apêndice xifóideu, é mais fino que o resto do osso.
Tem forma variável, é recuado em relação à face anterior do corpo do esterno e locali-
zado no prolongamento da face posterior.
Este apêndice apresenta frequentemente um orifício denominado buraco xifoideu.
O apêndice xifóideu termina num vértice por vezes bipartido e frequentemente desvia-
do para diante, para trás ou lateralmente.
Este apêndice é muitas vezes cartilaginoso.
COSTELAS
Espalmadas 1ª e 2ª
Legítimas
(com 2 raizes) Enroscadas 3ª, 4ª, 5ª, 6ª, 7ª, 8ª, 9ª, 10ª
Típicas
Costelas
Espúrias 11ª e 12ª
(com 1 raiz)
Atípicas
As costelas são inclinadas de cima para baixo e de trás para diante. Esta inclinação au-
menta gradualmente da 1ª à 12ª costela.
Comprimento
O comprimento das costelas aumenta da 1ª à 7ª e diminui desta à 12ª.
Configuração
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Filipa Ferreira
Corpo
Apresenta:
Face interna – relaciona-se com a pleura. É atravessada ao longo do seu bordo inferior
e no segmento médio da costela por uma goteira, a goteira costal, onde
se encontram de cima para baixo, a veia, a artéria e o nervo intercostais.
Face externa – sobre a qual fazem saliência os ângulos anterior e posterior das costelas,
relacionada com os tegumentos
Bordo superior – arredondado
Bordo inferior – fino e rugoso, forma o lábio ínfero-externo da goteira costal. Sobre
os lábios desta goteira inserem-se os músculos intercostais (externos,
médios e internos)
Extremidade Posterior
Compreende 3 partes: cabeça, tuberosidade e colo
Cabeça ou caduca – tem a forma de um ângulo diedro saliente para dentro, a aresta
deste ângulo articula-se com o disco intervertebral correspondente e designa-se por cris-
ta da cabeça da costela ou crista costal onde se insere o ligamento interósseo. As fa-
ces superior e inferior são ocupadas por duas facetas articulares que se opõem às he-
mifacetas costais dos corpos das vértebras toráxicas.
Tuberosidade – é formada por duas saliências separadas uma da outra por uma ligeira
depressão oblíqua para baixo e para fora. A saliência ínfero-interna é articular e rela-
ciona-se com a superfície articular da apófise transversa das vértebras toráxicas.
A saliência súpero-externa dá insersão a ligamentos (ligamento costo-transversário
posterior).
Dá inserção ainda ao ligamento costo-vertebral radiário
Extremidade Anterior
Apresenta um escavado no qual se insere a extremidade externa da cartilagem costal
NOTA – Uma punção pleural faz-se junto ao bordo superior porque ao longo do bordo
inferior passam os nervos e vasos intercostais
Orientação – a extremidade que apresenta uma faceta articular nítida é posterior, das
duas faces a que apresenta uma saliência é superior e o bordo côncavo é interno.
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Filipa Ferreira
É a mais larga e a mais curta de todas as costelas. É achatada de cima para baixo.
Corpo
Apresenta uma face superior, uma face inferior, um bordo externo convexo e um bordo
interno côncavo
--- Face superior
Olha para cima e para diante.
Ao longo do seu bordo interno e um pouco adiante da sua porção média existe uma
pequene eminência rugosa, o tubérculo de Lisfranc, sobre o qual se insere o esca-
leno anterior. Este tubérculo é por vezes pouco aparente.
O tubérculo é ladeado adiante e atrás por duas goteiras largas e pouco profundas.
A goteira anterior dá passagem à veia subclácia (quando se faz um catéter central é
esta a veia em que o colocamos para conseguir atingir a aurícula direita. Em 4 a 6%
dos casos existe um situs inverso e então nesse local passa a aorta)
A goteira posterior dá passagem à artéria subclávia. Esta goteira situa-se exacta-
mente na porção média do corpo da costela.
Adiante da goteira anterior a face superior é rugosa e dá inserção ao ligamento cos-
to-clavicular e ao subclávio.
Para fora e para trás da goteira posterior existem rugosidades para a inserção do es-
caleno médio e do grande dentado.
Esta costela não tem goteira costal.
Extremidade Posterior
Na cabeça existe uma única faceta articular.
O colo é fino e achatado de cima para baixo.
A tuberosidade é uma saliência sobre o bordo externo da costela.
Ao longo do bordo externo da costela inserem-se o pequeno dentado posterior e su-
perior, por fora da tuberosidade e por dentro da tuberosidade insere-se o primeiro su-
pracostal.
2ª Costela
As faces possuem uma orientação oblíqua, intermédia entre a da 1ª costela que é hori-
zontal e a da 3ª que é vertical.
Na face externa existe uma superfície rugosa para as inserções do escaleno posterior e
do grande dentado.
O pequeno dentado posterior e superior insere-se atrás do escaleno posterior, e o segun-
do supracostal insere-se no bordo superior do colo.
Esta costela não apresenta goteira costal.
Orientação
11ª costela – a extremidade que apresenta uma faceta articular é posterior, a concavida-
de do osso é interna e o bordo que apresenta uma goteira é inferior.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
12ª Costela – a extremidade que apresenta uma faceta articular é posterior, a concavi-
dade do osso é interna e o bordo que tende a tornar-se côncavo é inferior.
Descrição
CARTILAGENS COSTAIS
ARTROLOGIA DO TÓRAX
O tórax apresenta 5 grupos de articulações:
--- as articulações das costelas com a coluna vertebral
--- as articulações das costelas com as cartilagens costais
--- as articulações das cartilagens costais com o esterno
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Articulações Costo-Vertebrais
Articulações Costo Vertebrais propriamente ditas
Superfícies Articulares
Do lado das costelas, as facetas superior e inferior da cabeça das costelas que estão
separadas pela crista da cabeça da costela.
Do lado dos corpos vertebrais, encontramos duas hemi-facetas, uma na vértebra su-
prajacente e outra na vértebra infrajacente, separadas pelo disco intervertebral.
Meios de União
--- Cápsula articular
Pouco desenvolvida, encontra-se reforçada por dois ligamentos, o ligamento costo-
vertebral anterior ou radiário e o ligamento costo vertebral posterior.
Sinoviais
Cada articulação costo-vertebral possui 2 sinoviais, separadas pelo ligamento interós-
seo. estas sinoviais comunicam entre si quando o ligamnto é incompleto.
Articulações costo-transversárias
Superfícies articulares
São quase circulares e recobertas por cartilagem.
Do lado da costela, é a faceta articular localizada na tuberosidade.
Do lado da apófise transversa é a faceta costal situada na sua extremidade.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Meios de União
--- Cápsula articular
Muito pouco desenvolvida e é reforçada por 4 ligamentos que são os seguintes.
Sinovial
Reveste interiormente a cápsula articular
Articulações Condro-Costais
Articulações entre as costelas e as cartilagens costais
Superfícies Articulares
Do lado da costela existe uma cavidade elipsóide na extremidade anterior
Do lado da cartilagem costal existe uma saliência convexa que penetra na cavidade cos-
tal.
Meios de União
São constituidos pela união entre o pericôndrio que envolve a cartilagem costal e o pe-
riósteo que envolve a costela.
Superfícies articulares
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Do lado do esterno existem duas facetas planas, uma superior outra inferior, formando
um ângulo diedro. São revestidas por uma fina camada de fibrocartilagem.
Do lado da cartilagem costal existem também duas facetas, orientadas em sentido inver-
so.
Meios de União
--- Cápsula articular
Insere-se em volta das superfícies articulares. Une o pericôndrio da cartilagem, ao pe-
riósteo do esterno.
A 1ª cartilagem costal é unida por 2 ligamentos triângulares, uma anterior e outro pos-
terior – Sincondrose
A 7ª cartilagem costal apresenta um ligamento condro-xifóideu que vai da 7ª cartila-
gem costal do lado esquerdo à cartilagem costal correspondente do lado direito.
Sinoviais
São rudimentares, podendo-se encontrar uma ou duas
Articulações Inter-Condrais
Existem entre a 6ª, 7ª e 8ª cartilagens costais e por vezes com a 5ª e a 9ª.
Superfícies articulares
Encontram-se situadas na porção média das cartilagens, unindo os bordos adjacentes
destas cartilagens e são constituidas por superfícies articulares planas.
Meios de União
Constituídos por pericôndrio que se estende de uma cartilagem costal à outra
Sinovial
É muito rudimentar, instalando-se na superfície interior do pericôndrio.
Articulações esternais
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
TÓRAX EM GERAL
A porção dorsal ou toráxica da coluna vertebral, as costelas, as cartilagens costais e o
esterno constituem o tórax ou cavidade toraxica.
Configuração Exterior
A caixa torácica tem a forma de um cone de base inferior, ligeiramente achatado de di-
ante para trás.
Apresenta 4 faces, uma posterior, uma anterior e duas laterais, uma base ou orifício in-
ferior e um vértice ou orifício superior
Face anterior
É limitada lateralmente pelos ângulos anteriores das costelas.
Inclinada de cima para baixo e de trás para diante, vai alargar-se gradualmente de cima
para baixo.
Apresenta na linha mediana o esterno, sobre os seus limites laterais encontram-se as
cartilagens costais e a porção anterior das 8 a 9 primeiras costelas
Face Posterior
É limitada lateralmente pelos ângulos posteriores das costelas.
Nesta face é visível, de dentro para fora, as apófises aspinhosas, as goteiras vertebrais
e a porção posterior das costelas, desde a sua extremidade dorsal até ao ângulo poste-
rior.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Faces Laterais
São costituidas pelos segmentos das costelas compreendidos entre os ângulos posteri-
or e anterior.
As 12 costelas formam os arcos costais.
São convexas e alargam-se progressivamente da 1ª à 7ª costela e diminuem progressi-
vamente da 7ª à 12ª.
Os espaços intercostais aumentam de altura de trás para diante.
Orifício Inferior
É limitado, de diante para trás: pelo apêndice xifóideu, belo bordo inferior das 6 últi-
mas cartilagens costais, pela 12ª costela e pelo corpo da 12ª vértebra dorsal.
Este orifício olha para baixo e para diante, isto deve-se ao facto do seu contorno anterior
apresentar uma larga chanfradura designada ângulo xifóideu.
Este ângulo é limitado lateralmente pelas cartilagens das falsas costelas e o seu vértice é
ocupado pelo apêndice xifóideu. Mede cerca de 70 a 75º.
Diâmetro ântero-posterior – 12cm
Diâmetro transverso – 26cm
Configuração Interior
Aspectos Funcionais
Os movimentos do tórax resultam da combinação dos movimentos que executam as
diversas articulações, que unem entre si os ossos e as cartilagens toráxicas.
As articulações costo-vertebrais propriamente ditas executam movimentos de inclina-
ção lateral extensos e de deslizamento de diante para trás muito limitados.
As articulações costo-transversárias dão origem a movimentos de deslizamento de
pequena amplitude.
As articulações costo-condrais, condro-esternais e intercondrais originem movimen-
tos de deslizamento pouco extensos.
A articulação esternal superior dá origem a movimentos de inclinação para a frente e
para trás.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
ESQUELETO DA ESPÀDUA
A espádua ou cintura escapular une o braço ao tórax, é formada por dois ossos: a claví-
cula anteriormente e a omoplata posteriormente
CLAVÍCULA
Classificação – par e longo
Localização – situa-se na porção ântero-superior do tórax
Orientação – Das duas extremidades a mais achatada é externa. Das duas faces dessa
extremidade a mais rugosa é inferior. Dos dois bordos relacionados com essa extremi-
dade, o côncavo é anterior. Dá-se ao osso uma ligeira inclinação para diante, para baixo
e para dentro.
Conexões
com o esterno
com a primeira cartilagem costal
com a omoplata, mais concretamente com o acrómio
Descrição
A clavícula é contornada em S itálico. Descreve duas curvas: uma interna, côncava para
trás, outra externa côncava para diante
Está achatada de cima para baixo. Este achatamento é mais pronunciado externamente
que internamente, onde a clavícula apresenta uma forma regularmente cilindrica.
Este osso apresenta 2 faces, 2 bordos e 2 extremidades
Face Superior
É lisa em quase toda a sua extensão.
Possui apenas algumas rugosidades inconstantes onde se inserem o esterno-cleido-
mastoideu internamente, o trapézio atrás e externamente e o deltóide anteriormente e
externamente.
Face Inferior
Apresenta na sua porção média uma depressão alongada segundo o grande eixo da cla-
vícula, denominada de goteira do subclávio, que por vezes é pouco aparente, e que dá
inserção ao músculo com o mesmo nome.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Ainda na porção média é possivel observar o buraco nutritivo que abre ou na goteira
ou atrás desta.
Na extremidade interna existe uma pequena superfície rugosa, a tuberosidade costal
que dá insersão superior ao ligamento costo-clavicular (a insersão inferior está na face
superior da 1ª costela)
Perto da extremidade externa, existe um conjunto de rugosidades que têm o nome de
tuberosidade coracoideia, sobre a qual se inserem os ligamentos trapezóide e conóide.
A tuberosidade coracoideia compreende dois segmentos: um anterior, triângular que se
estende do bordo anterior ao bordo posterior, onde se linsere o ligamento trapezóide;
outro posterior, curto, onde se insere o ligamento conóide, que dá continuidade ao
segmento anterior ao longo do bordo posterior.
Normalmente a linha de inserção do ligamento conóide é inteiramente ocupada por uma
saliência muito visível, o tubérculo conóideu.
Bordo Anterior
Nos 2/3 internos é espesso, convexo e dá inserção ao grande peitoral.
O terço externo é fino, côncavo e tem rugosidades onde se inserem os feixes anteriores
do deltóide
Bordo Posterior
Nos 2/3 internos é espesso, côncavo e liso e na sua porção interna dá inserção ao ester-
no-cleido-mastoideu.
No terço externo é convexo e rugoso, dando inserção aos feixes claviculades do trapé-
zio.
Extremidade Externa
Achatada de cima para baixo.
Apresenta uma faceta articular elíptica, alongada de diante para trás, talhada em bisel à
custa da face inferior do osso.
Esta face articula-se com uma outra, inversamente orientada, existente ao nível do
acrómio (omoplata).
Extremidade Interna
É a porção mais volumosa do osso.
Apresenta na porção ântero-inferior uma faceta articular, triângular e côncava no sen-
tido ântero-posterior, convexa verticalmente.
Esta superfície prolonga-se sobre a face inferior do osso , formando um ângulo diedro
saliente que corresponde à superfície articular formada pelo esterno e pela primeira car-
tilagem costal (que tem forma de ângulo diedro reentrante).
Para cima e para trás da superfície articular estende-se uma superfície rugosa onde se
insere a fibrocartilagem interarticular e os ligamentos.
OMOPLATA
Classificação- par e achatado
Localização- Está sobre a porção posterior e superior do tórax, atrás das 7 primeiras
costelas.
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Filipa Ferreira
Orientação – A face côncava é anterior. Dor três bordos o mais curto é superior. Os três
ângulos o que possui uma faceta articular nítida é externo e olha um pouco para diante.
Conexões:
com a clavícula
com o úmero
Descrição
Na omoplata destinguem-se 2 faces, 3 bordos e 3 ângulos.
Face Anterior
É escavada em quase toda a sua extensão e tem o nome de fossa infra-escapular.
Na união do ¼ superior com os ¾ inferiores a depressão é mais acusada e ângulosa.
Abaixo desta depressão a fossa é atravessada por 3 ou 4 cristas que irradiam do colo da
omoplata para o bordo interno do osso, onde se inserem as lâminas tendinosas do
músculo infra-escapular.
No limite externo da fossa infra-escapular existe uma saliência alongada, semicilíndrica,
paralela ao bordo externo da omoplata que tem o nome de pilar da omoplata.
Esta saliência forma o lábio interno da goteira do bordo axilar, que está compreendida
ente o pilar da omoplata e o bordo externo do osso. Nesta goteira inserem-se os feixes
inferiores do músculo infra-escapular.
Para dentro da fossa infra-escapular, existe ao longo do bordo interno da omoplata, per-
to de cada uma das extremidades deste bordo, uma superfície rugosa triângular na
qual se insere o músculo grande dentado.
Este músculo insere-se ainda sobre uma crista descontínua que percorre o bordo in-
terno entre as superfícies referidas.
Face Posterior
Divide-se em duas porções por uma saliência transversal, a espinha da omoplata.
Acima da espinha existe a fossa supra-espinhosa, abaixo encontra-se a fossa infra-
espinhosa.
Espinha da omoplata
A espinha da omoplata é uma lâmina óssea, triângular implantada transversalmente so-
bre a face posterior da omoplata na união do quarto superior com os ¾ inferiores.
Pelas suas duas faces a espinha contribui para a formação das fossas supra e infra-
espinhosas.
As duas faces são lisas.
--- Face superior – é escavada em goteira nos seus 2/3 externos
--- Face inferior – escavada em forma de goteira nos 2/3 internos
--- Bordo anterior – une-se à omoplata
--- Bordo externo – côncavo e liso, continua com a face inferior do acrómio
--- Bordo posterior – localizado sob os tegumentos, é espesso e rugoso. Divide-se por
uma crista em duas vertentes:
a) vertente superior – dá inserção ao trapézio
b) vertente inferior – dá inserção ao deltóide.
Apresenta uma saliência eliptica na sua porção mediana, o tubérculo do trapézio
que dá inserção a numerosos feixes do trapézio.
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Filipa Ferreira
Acrómio
É achatado no sentido inverso ao da espinha.
Apresenta 2 faces e 2 bordos
Face Superior – rugosa, parece resultar do alargamento do bordo posterior da es-
pinha.
Face Inferior – côncava e lisa, parece resultar do alargamento do bordo externo da
espinha
Bordo Interno – dá seguimento ao lábio superior do bordo posterior da espinha.
É ocupado sobre 2/3 da sua extensão por uma faceta articular elíptica que olha para
dentro e para cima, que se articula com a faceta articular da extremidade externa da
clavicula.
Bordo externo – prolonga o lábio inferior do bordo posterior da espinha da omo-
plata. Sobre ele inserem-se os feixes médios do deltóide.
Os dois bordos do acrómio unem-se adiante formando um ângulo arredondado, de-
nominado de vértice do acrómio
Fossa supra-espinhosa
É uma goteira de superfície lisa, mais larga mas menos profunda internamente que
externamente.
Dá inserção ao músculo supra espinhoso
Fossa infra-espinhosa
É dividida por uma crista que percorre o bordo externo do osso em duas porções:
Porção Interna – representa cerca de ¾ da fossa infra-espinhosa e dá insersão ao
músculo infra espinhoso. É saliente e convexa nos seus ¾ internos e externamente
é escavada em goteira.
Porção Externa – subdividída por uma crista oblíqua para baixo e para dentro em
duas zonas secundárias:
a) zona superior – onde se insere o músculo pequeno redondo. Esta superfície
pode ser dividida por uma goteira vascular que dá passagem a um ramo da
veia e da artéria escapulares inferiores
b) zona inferior – onde se insere o músculo grande redondo
Ângulo Superior
Está na junção do bordo superior e do bordo interno.
Dá inserção ao músculo ângular da omoplata.
Ângulo Inferior
Está na junção do bordo interno com o bordo externo.
Projecta-se ao nível do 7º espaço intercostal
Sobre ele insere-se, por vezes, um pequeno feixe do grande dorsal
Ângulo Externo
Apresenta a cavidade glenoideia da omoplata, o colo da omoplata e a apófise cora-
coideia.
Cavidade Glenoideia
É uma superfície articular côncava, ovalar, com extremidade inferior.
Olha para diante e para cima, articula-se com a cabeça do úmero.
O centro da cavidade glenoideia apresenta uma saliência arredondada, o tubérculo gle-
noideu.
Sobre o bordo anterior da cavidade existe uma depressão larga e pouco profunda deno-
minada de chanfradura glenoideia.
Imediatamente acima da cavidade glenoideia existe uma superfície rugosa saliente, o
tubérculo supra-glenoideu, sobre o qual se fixa a longa porção do bícipete braquial.
Abaixo da cavidade localiza-se a tuberosidade infra-glenoideia que termina em cima o
bordo externo da omoplata e onde se insere a porção longa do trícipete braquial.
Colo da Omoplata
A cavidade glenoideia é suportada por um colo espesso, curto e achatado de diante para
trás.
A face posterior do colo desenha uma goteira que faz comunicar, para fora da espinha
as fossas infra e supra-espinhosas.
Apófise Coracoideia
Implanta-se na face superior do colo, por dentro do tubérculo supra-glenoideu.
Tem a forma de um dedo semi-flectido.
Dirige-se primeiro para cima e para diante e depois para fora e para diante.
Apresenta dois segmentos:
--- Segmento Vertical – une-se ao colo da omoplata por uma base larga
--- Segmento Horizontal :
-- face inferior côncava e lisa
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Filipa Ferreira
ARTROLOGIA DA ESPÀDUA
Articulação Acrómio-Clavicular
Classificação – artrodia ou meniscartrose
Superfícies Articulares
Existe uma superfície articular na extermidade externa da clavícula e outra na porção
mais anterior do bordo interno do acrómio.
As duas são elípticas e alongadas de diante para trás, mas a superfície acromial olha
para cima e para dentro e a superfície clavicular tem orientação inversa.
As duas superfícies articulares são revestidas por uma cartilagem hialina bastante irre-
gular.
Por vezes existe um menisco incompleto que facilita a adaptação das superfícies articu-
lares.
Meios de União
Cápsula articular
Envolve completamente a articulação inserindo-se muito perto do revestimento fibro-
cartilagíneo. É reforçada na porção anterior pelo ligamento acrómio-clavicular.
Menisco
O menisco articular facilita a coadaptação das duas superfícies articulares, existindo
apenas em 2/3 dos casos.
Pode ser completo, e nesse caso divide a cavidade articular em duas cavidades secundá-
rias.
Pode ser perfurado, estabelecendo então a comunicação entre as duas cavidades articu-
lares secundárias.
Ligamentos
Ligamento acrómio-clavicular – encontra-se na porção superior da cápsula, sendo
constituido por um plano profundo e outro superficial.
O plano profundo é um espessamento da cápsula articular e o plano superficial é consti-
tuido por feixes fibrosos que se dirigem oblíquamente para trás e para a dentro.
Estes feixes fibrosos resultam da transformação fibrosa das fibras do trapézio que nas-
cem do acrómio. As fibras separam-se do músculo determinando assim uma inserção
secundária sobre a clavicula.
Sinovial
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Filipa Ferreira
Mecanismo Articular
A articulação acrómio-clavicular executa movimentos de deslizamento em todos os
sentidos, sendo os mais extensos aqueles que se fazem em torno de um eixo vertical.
Estes movimentos fazem com que as superfícies articulares da clavícula e do acrómio
deslizem de diante para trás e de trás para diante, determinando a abertura ou o en-
cerramento do ângulo omo-clavicular.
Ligamentos Córaco-Claviculares
A clavícula está ligada à apófise coracoideia por intermédio de 4 ligamentos.
Ligamento Trapezóide
Tem uma forma quadrilátera, estende-se desde a metade posterior do bordo interno e
ao longo da face superior da apófise coracoideia até à face inferior da clavícula,
mais concretamente até ao segmento anterior da tuberosidade coracóideia, junto da ex-
termidade externa deste osso.
Este ligamento é obliquo orientando-se de cima para baixo e de fora para dentro.
É formado por 2 folhetos muitas vezes pouco distintos em cima mas separados em bai-
xo, perto da apófise coracóideia, por um tecido celular laxo que contém muitas vezes
uma bolsa serosa.
Ligamento Conóide
Tem uma forma triângular.
Situa-se atrás do ligamento trapezóide.
Estende-se da extremidade posterior da apófise coracoideia até à porção posterior
da tuberosidade coracoideia da face inferior da clavícula.
Os ligamentos trapezóide e conóide estão dispostos sobre dois planos quase perpendicu-
lares. No conjunto formam as paredes de um ângulo diedro aberto para dentro e para
diante. Este espaço é preenchido por tecido célulo-adiposo que por vezes é atravessado
por feixes ligamentosos córaco-claviculares e que por vezes é septado por um prolon-
gamento da aponevrose clavi-peitoral.
Ligamento Córaco-Acromial
Tem uma forma triângular.
Vai desde o vértice do acrómio ao bordo externo da apófise coracoideia.
A sua face anterior corresponde à articulação escápulo-umeral e aos músculos periarti-
culares, dos quais se separa por uma bolsa serosa designada por bolsa infra-acrómio-
coracoideia ou subdeltoideia.
Este ligamento conjuntamente com o acrómio e a apófise coracoideia constituem, por
cima da articulação escápulo-umeral, uma abóbada osteofibrosa.
Ligamento Coracoideu
É uma lâmina fibrosa que se estende de uma extremidade à outra da chanfradura
coracoideia, transformando-a num buraco que estabelece a comunicação entre as fos-
sas supra-espinhosa e infra-escapular. Este buraco dá passagem ao nervo supra-
escapular
Ligamento Espino-glenoideu
Estende-se desde o bordo externo da espinha da omoplata, por cima da sua implanta-
ção, até ao rebordo posterior da cavidade glenoideia.
Passa por cima da goteira desenhada pelo colo da omoplata, passando a limitar um ori-
fício que dá passagem aos vasos e nervos supra-escapulares que se dirigem da fossa
supra-espinhosa para a fossa infra-espinhosa.
Articulação Esterno-Condro-Clavicular
Une a extremidade interna da clavícula com o esterno e a primeira cartilagem costal.
Classificação – menisco-efipiartrose
Superfícies Articulares
No esterno encontra-se, de cada lado da fúrcula esternal, uma faceta que olha para
cima, para trás e para fora.
Na clavícula encontra-se uma faceta na porção ântero-inferior da extremidade interna
que olha para dentro, para baixo e um pouco para diante.
Na primeira cartilagem costal encontra-se uma faceta situada na extremidade inter-
na da face superior.
As superfícies articulares estão revestidas por uma camada de fibro-cartilagem.
Menisco Interarticular
As superfícies articulares não se coadaptam totalmente, sendo a concordância restabele-
cida por intermédio de um menisco interarticular que se vai moldar sobre as facetas
articulares.
Insere-se pelo seu bordo circunferencial na cápsula e nos ligamentos da articulação e
ainda em cima na clavícula e em baixo sobre a primeira cartilagem costal.
É mais espesso na periferia que no centro.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
O menisco vai dividir a cavidade articular em duas porções: uma menisco-esternal en-
tre o esterno e o menisco, e outra menisco-clavicular entre o menisco e a clavícula.
Este menisco é muito variável podendo ser perfurado.
Meios de União
A cápsula articular encontra-se reforçada por 4 ligamentos.
Ligamento Anterior
Estende-se da face anterior da extremidade interna da clavícula até à face anterior
do punho do esterno.
Dirige-se oblíquamente para baixo e para dentro
Ligamento Posterior
Encontra-se na face posterior da articulação, estendendo-se desde a face posterior da
extremidade interna da clavícula até à face posterior do punho do esterno.
Dirige-se oblíquamente para baixo e para dentro.
Ligamento Superior
Estende-se desde a extremidade interna da clavícula até à fúrcula esternal.
Por vezes este ligamento continua-se com o ligamento superior oposto, constituindo o
ligamento interclavicular. O bordo inferior é aderente à fúrcula esternal e apresenta
frequentemente 1 ou 2 orifícios vasculares.
Sinovial
Encontram-se normalmente duas sinoviais, sindo uma interna entre o menisco e esterno
e outra externa entre o menisco e a clavícula.
A sinovial menisco-clavicular é mais extensa e mais laxa que a menisco-esternal permi-
tindo assim movimentos de maior amplitude.
ÚMERO
Classificação – par e longo
Localização –
Classificação – a extremidade que apresenta uma superfície articular em forma de ca-
beça é superior, sendo esta interna. Nesta extremidade existem duas tuberosidades das
quais a menor é anterior. Dá-se ao osso uma ligeira inclinação para baixo e para dentro.
Conexões:
com o omoplata
com o rádio
com o cúbito
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Filipa Ferreira
Descrição
Apresenta um corpo e duas extremidades.
Corpo
Face ântero-interna
Olha para dentro e para diante.
Observa-se em cima a porção inferior da goteira bicipital por onde passa um ramo da
artéria circunflexa anterior e onde passa o tendão da longa porção do bícipete bra-
quial.
A goteira bicipital é encerrada pelo ligamento transverso de Gordon-Prodi formando
um canal.
Na sua porção média fica uma pequena superfície rugosa junto ao bordo interno do
osso, a impressões da inserção do córaco-braquial.
Abaixo e adiante deste impressão situa-se o buraco nutritivo do osso.
Também existe uma superfície lisa que se estende por toda a metade inferior da face
interna sobre a qual se inserem os feixes internos do braquial anterior.
Muito raramente existe na porção inferior desta face uma saliência denominada apófise
supra-epitroclear.
Face Posterior
Divide-se em duas porções por uma goteira larga, pouco profunda, a goteira radial, em
concordância com o nervo radial e os vasos umerais profundos
Esta goteira atravessa o terço médio da face posterior de dentro para fora e de cima para
baixo.
Acima e para fora desta goteira insere-se o músculo vasto externo e para baixo e para
dentro insere-se o vasto interno, que fazem parte do trícipete braquial
Na goteira progridem o nervo radial e os vasos umerais profundos.
Bordo Anterior
É rugoso na porção superior.
Confunde-se em cima com o lábio anterior da goteira bicipital e, mais abaixo, com o
ramo anterior do V deltóideu.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Bordo Externo
É pouco nítido em cima, interrompido na porção média pela goteira radial, e saliente
em baixo, por baixo desta goteira.
Sobre este bordo inserem-se em baixo o septo intermuscular externo, o longo supi-
nador e o primeiro radial.
Bordo Interno
É pouco definido em cima, saliente na porção inferior.
Dá inserção ao septo intermuscular interno.
Extremidade Superior
Cabeça do Úmero
Arredondada e lisa.
O seu diâmetro vertical é um pouco maior que o ântero-posterior.
A cabeça umeral olha para dentro, para trás e para cima.
O seu eixo oblíquamente dirigido para fora e para baixo forma com o corpo do osso um
ângulo de aproximadamente 130º.
A cabeça do úmero articula-se com a cavidade glenoideia do omoplata.
Está separada do troquíter e do troquino por um sulco circular, o colo anatómico.
O lábio interno deste colo forma o contorno interno da cabeça umeral. Este contorno
apresenta acima do troquino uma fosseta supra-tubercular, denominada de impressão
de inserção supra-troquiniana do ligamento gléno-umeral superior.
Abaixo desta superfície de inserção a saliência do troquino retrai-se para baixo para se
continuar com a crista infra-troquiniana que prolonga o bordo anterior do osso.
Tal como foi referido o troquíter e o troquino estão separados pela goteira bicipital, na
qual passa o tendão da longa porção do bicípete e um aramo da artéria circunflexa
anterior.
A goteira bicipital continua sobre a face anterior do osso entre duas cristas rugosas.
A crista anterior ou externa designada de crista infra-troquiteriana prolonga para bai-
xo o bordo anterior do troquíter e continua com o bordo anterior do corpo. Nela se inse-
re o tendão do grande peitoral.
A posterior ou interna, designada de crista infra-troquiniana dá inserção ao músculo
grande redondo, de tal modo que o grande dorsal se fixa no interstício da goteira
bicipital.
Dá-se o nome de colo cirúrgico do úmero ao segmento do osso que une o corpo à ex-
tremidade superior.
Extremidade Inferior
Superfície Articular
Une-se aos dois ossos do antebraço.
É uma superfície contínua, irregular.
Tróclea Umeral
Constitui a porção interna da superfície articular e tem forma de roldana.
Em baixo a vertente interna é mais extensa que a externa e desce mais abaixo que esta.
A garganta da roldana é inclinada de cima para baixo e de fora para dentro tanto na face
inferior como na face posterior da tróclea umeral. No entanto esta inclinação não é sem-
pre a mesma, nalguns casos a garganta da tróclea descreve um arco de hélice.
A tróclea umeral articula-se com a grande cavidade sigmoideia do cúbito.
A tróclea é sobremontada adiante e atrás por duas depressões ou fossetas.
A depressão anterior, a fosseta coronoideia ou supra-troclear, articula-se com a ex-
tremidade anterior da apófise coronoideia da omoplata nos movimentos de flexão do
antebraço sobre o braço.
A depressão posterior designada de cavidade ou fossa olecraniana, mais profunda que
a anterior, recebe a extremidade superior do olecrânio nos movimentos de extensão
do antebraço.
Côndilo do Úmero
É uma eminência arredondada e lisa, que olha para baixo e sobretudo para diante.
Articula-se com a cúpula do rádio.
Acima dele existe uma depressão, a fosseta radial ou supra-condiliana, destinada a
receber o rebordo anterior da cúpula radial nos movimentos de flexão do antebraço.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Apófises Laterais
Localizam-se acima das extremidades laterais da superfície articular.
A interna designa-se de epitróclea e a externa de epicôndilo.
Epitróclea
Está situada para cima e para dentro da tróclea, na extremidade inferior do bordo interno
do osso.
É muito saliente, achatada de diante para trás.
A face anterior e o vértice desta apófise dão inserção aos músculos epitrocleares.
Estes músculos inserem-se por um tendão comum cuja porção superficial é formada de
fora para dentro e de cima para baixo, pelo redondo pronador, grande palmar, pe-
queno palmar e cubital anterior.
RP
Mnemónica GP
PP
CA
Epicôndilo
É uma eminência rugosa, muito menos saliente que a epitróclea, localizado para cima e
para fora do côndilo do úmero, na extremidade inferior do bordo externo do corpo do
úmero.
Dá inserção ao ligamento lateral externo e aos músculos epicondilianos.
À excepção do ancóneo que se insere isoladamente na porção posterior do côndilo, os
músculos epicondilianos inserem-se adiante do acóneo, por um tendão comum cuja
porção superfícial é formada de diante para trás pelo segundo radial, extensor comum
dos dedos, extensor próprio do dedo mínimo e cubital posterior, de tal forma que a
porção profunda é constituida pelo curto supinador.
OSSOS DO ANTEBRAÇO
O esqueleto do braço é formado por dois ossos longos colocados paralelamente: o cúbi-
to internamente e o rádio externamente.
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Filipa Ferreira
Estes dois ossos articulam-se entre si pelas suas extremidades e estão separados no resto
da sua extensão por um espaço elíptico, o espaço interósseo.
O cúbito ultrapassa o rádio na extremidade superior mas a extremidade inferior do rádio
é mais volumosa e descende mais abaixo que a do cúbito.
Ainda assim o cúbito é mais longo que o rádio.
CÚBITO
Localização – tem uma posição interna relativamente ao rádio, entre a tróclea umeral e
o carpo.
Classificação – par e longo
Orientação – a extremidade mais volumosa é superior. Essa extremidade apresenta uma
grande chanfradura semilunar que é anterior e outra mais pequena que é externa.
Conexões:
com o úmero
com o rádio
com o piramidal (do qual está separado por uma fibrocartilagem)
Descrição
Corpo
Face Anterior
É ligeiramente escavada nos ¾ superiores onde se insere o músculo flexor comum
profundo dos dedos.
É arredondado no seu ¼ inferior e apresenta a este nível rugosidades que dão inserção
aos feixes tendinosos do quadrado pronador.
Estas rugosidades representam no seu conjunto a porção inferior de uma crista oblíqua
para baixo e para dentro que percorre o ¼ inferior do corpo do cúbito e que se confunde
em baixo com o bordo anterior do osso.
Um pouco acima da porção média do osso localiza-se o buraco nutritivo.
Face Posterior
Olha para trás e um pouco para fora.
É dividida por uma crista longitudinal, quase paralela ao bordo externo, em duas por-
ções
--- Porção Interna
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Filipa Ferreira
LAP
Mnemónica CEP
LEP
EPI
Face Interna
Dá inserção nos seus 2/3 superiores ao músculo flexor comum profundo dos dedos.
É subcutânea em baixo.
Bordo Anterior
É arredondado.
Dá inserção em cima ao flexor comum profundo dos dedos e em baixo ao quadrado
pronador
Bordo Externo
É também denominado de crista interóssea pois dá inserção ao ligamento interósseo.
É fino e cortante na sua porção média. É arredondado em baixo.
Em cima o bordo externo divide-se em duas cristas salientes que se estendem quase às
duas extremidades da pequena cavidade sigmóideia do cúbito e limitam com ela uma
superfície triângular deprimida e rugosa onde se insere o curto supinador, é a superfí-
cie infra-sigmoideia.
A crista que ladeia atrás a superfície infra-sigmoideia é muito saliente na sua extremi-
dade superior, onde dá inserção ao feixe médio do ligamento lateral externo.
Bordo Posterior
É contornado em S itálico muito alongado.
É muito acentuado na porção média.
Em baixo desaparece sensivelmente sobre o ¼ inferior do osso.
Em cima este bordo divide-se em duas cristas que se dirigem no sentido dos bordos do
olecrânio. Dá inserção superiormente ao músculo flector comum profundo dos dedos,
ao cubital anterior e ao cubital posterior.
Extremidade Superior
É constituida por duas apófises, uma vertical, o olecrânio e outra horizontal e anterior, a
apófise coronoideia.
Estas duas apófises circunscrevem uma cavidade articular em forma de gancho, a gran-
de cavidade sigmoideia do cúbito.
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Filipa Ferreira
Olecrânio
Sobremonta a porção posterior do corpo.
Face Posterior – convexa, rugosa, triângular, com vértice inferior
Face Anterior – articular, contribui para a formação da grande cavidade sigmóideia
do cúbito.
Face Inferior ou Base – pela qual o olecrânio se continua com o corpo do osso
Face Superior ou Vértice – rugoso atrás, onde se insere o trícipete.
Lisa na metade anterior excepto proximo do limite anterior onde existe
uma estreita banda rugosa que dá inserção à cápsula articular.
Prolonga-se para diante formando uma saliência recurvada, o bico do
olecrânio que se relaciona com a fossa olecraniana do úmero.
Faces Laterais – uma externa e a outra interna, sobre as quais se inserem os feixes
posteriores dos ligamentos laterais interno e externo da articulação
do cotovelo.
A face lateral interna dá inserção atrás ao cubital anterior.
Sobre a face lateral externa insere-se o ancóneo.
Apófise Coronóideia
Tem a forma de uma pirâmide triângular.
Vértice – anterior, denominado de bico da apófise coronoideia, é ligeiramente
recurvado para cima e relaciona-se com a fosseta coronoideia do úmero no
movimento de flexão do antebraço
Base – está implantada sobre a face anterior do cúbito,abaixo e adiante do olecrânio.
Face Superior – articular, pertence á grande cavidade sigmóideia do cúbito. É
atravessada por uma crista ântero-posterior
Face Inferior – rugosa, dá inserção na sua porção inferior e interna ao braquial
anterior.
Face Interna – rugosa, dá inserção aos feixes anterior e médio do ligamento lateral
interno da articulação do cotovelo.
Na porção média desta face observa-se o tubérculo coronoideu ao qual se
liga o feixe médio do ligamento coronoideu.
Face Externa – apresenta uma superfície articular elíptica com grande eixo ântero-
posterior côncava para fora, designada de pequena cavidade sigmóideia do
cúbito que se vai relacionar com o contorno da cabeça do rádio.
Esta cavidade está em conjugação, pelo seu bordo superior, com a grande
cavidade sigmóideia so cúbito.
O seu bordo posterior, saliente, dá inserção ao ligamento anular e ao feixe
médio do ligamento lateral externo e continua em baixo com a crista que
ladeia atrás a superfície infra-sigmoideia.
Abaixo da pequena cavidade sigmóideia está a superfície infra-sigmóideia
onde se insere o curto supinador
Cavidade Sigmóideia
É formada pela união da face anterior do olecrânio com a face superior da apófise
coronóideia.
Uma ranhura transversal separa estas duas superfícies articulares.
A grande cavidade sigmóideia encontra-se dividida em duas vertentes por uma crista
arredondada longitudinal que corresponde á garganta da tróclea umeral.
Extremidade Inferior
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
É ligeiramente avolumada.
Apresenta duas saliências, a cabeça do cúbito e a apófise estilóideia.
Cabeça do cúbito
Eminência irregularmente arredondada, articular.
É composta por dois segmentos
--- Segmento externo
Vertical. Tem a forma de um segmento se cilindro cuja altura diminui da porção
média para as extremidades.
Articula-se com a cavidade sigmóideia do rádio.
--- Segmento Inferior
Ligeiramente convexo, corresponde ao ligamento triângular da articulação do
punho.
Articula-se com o piramidal, estando separado deste osso por uma fibrocartilagem
articular.
Os dois segmentos estão separados por uma crista arredondada, convexa para fora.
Apófise Estilóideia
Saliência cónica situada para dentro e um pouco para trás da cabela do cúbito.
O vértice arredondado dá inserção ao ligamento lateral interno da articulação do pu-
nho.
A apófise estilóideia está separada da cabeça do cúbito em baixo por uma chanfradura
onde se insere o ligamento triângular e em cima por uma goteira em concordância
com o tendão do músculo cubital posterior.
RÁDIO
Localização – situa-se externamente ao cúbito, entre o côndilo do úmero e o carpo
Classificação – par e longo
Orientação – a extremidade mais volumosa é inferior. Das duas faces apostas desta
extremidade a mais plana é anterior. A apófise que se destaca desta extremidade é ex-
terna.
Conexões:
com o úmero
com o cúbito
com e escafóide
com o semilunar
Descrição
Apresenta um corpo e duas extremidades
Corpo
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Descreve uma curva de tal forma que esta é côncava para diante e para dentro.
Aumenta progressivamente de volume de cima para baixo.
É prismático triângular e apresenta 3 faces e 3 bordos.
Face Anterior
Estende-se e alarga-se desde a tuberosidade bicipital à extremidade inferior do osso.
É ligeiramente escavada na sua porção superior e dá inserção ao longo flexor próprio
do polegar em cima e ao quadrado pronador em baixo.
O buraco nutritivo do osso localiza-se um pouco acima da sua porção média.
Face Posterior
É arredondada em cima e ligeiramente escavada na sua porção média onde são visíveis
1 ou 2 cristas oblíquas para baixo e para fora.
Estas cristas limitam as superfícies de inserção dos músculos longo abdutor e curto
extensor do polegar.
Face Externa
É convexa e arredondada.
Apresenta na porção média uma impressão rugosa para a inserção do redondo prona-
dor.
Em cima dá inserção ao curto supinador.
Bordo Anterior
Estende-se desde a extremidade inferior da tuberosidade bicipital quase à base da apófi-
se estilóideia do rádio.
Dirige-se oblíquamente para baixo e para fora e depois verticalmente.
É muito acusado em cima, atenua-se na sua porção média voltando a tornar-se saliente
na extremidade anterior.
Dá inserção, em cima ao feixe radial do flexor comum superfícial dos dedos.
Bordo Posterior
É arredondado e rombo, mais acentuado na porção média que nas extremidades.
Extremidade Superior
É composta por 3 porções: a cabeça do rádio, o colo e a tuberosidade bicipital.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Cabeça do rádio
É uma saliência que termina em cima o rádio.
É quase cilindrica mais o corte transverso revela-se ovalar com forte extremidade inter-
na.
É mais alta internamente que externamente.
A face superior da cabeça ou cúpula do rádio ou cavidade glenóideia do rádio, é regu-
larmente escavada e articula-se com o côndilo umeral.
A porção interna do rebordo da cúpula é talhada em bisel e corresponde à vertente tro-
clear da goteira côndilo-troclear do úmero.
A cúpula radial está em continuidade com uma superfície articular sobre o contorno da
cabeça do rádio. Esta superfície estreita-se de dentro para fora e articula-se com a pe-
quena cavidade sigmóideia do cúbito.
Colo
Suporta a cabeça do rádio.
Tem forma cilindrica e cerca de 1 cm de comprimento, dirige-se oblíquamente para bai-
xo e para dentro.
Tuberosidade bicipital
Eminência oval com grande eixo vertical situada na porção ântero-interna do osso na
junção do colo com o corpo do rádio.
É lisa adiante e irregular atrás onde dá inserção ao tendão do bícipete braquial.
Extremidade Inferior
Volumosa, ligeiramente achatada de diante para trás, tem a forma de prisma quadrangu-
lar.
Face Superior
Confunde-se com o corpo do rádio
Face Inferior
Articular, de forma triângular com base interna, é dividida por uma crista romba ânte-
ro-posterior em duas porções:
--- Porção externa – triângular, articula-se com o escafóide
--- Porção Interna – quadrilátera, articula-se com o semi-lunar.
Face Anterior
Continua em baixo com a face anterior do corpo do osso.
É lisa, escavada e dá inserção ao quadrado pronador.
Face Posterior
Dá continuidade à face posterior do corpo.
Esta face é atravessada por duas goteiras:
--- Externa – estreita e oblíqua para baixo e para fora, para o tendão do longo extensor
do polegar.
--- Interna – vertical, larga e pouco profunda, para os tendões do extensor comum e
do extensor próprio do indicador.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Face Externa
Encontra-se sobre o prolongamento da face externa do corpo.
É atravessada por duas goteiras verticais
--- Anterior – para os tendões do longo abdutor e curto extensor do polegar
--- Posterior – mais larga para os tendões dos dois radiais. É por vezes desdobrada por
uma crista romba em duas goteiras justapostas para cada um dos tendões
radiais.
Prolonga-se para baixo numa eminência piramidal, a apófise estilóideia do rádio.
Apófise Estilóideia
Base – dá inserção ao longo supinador
Vértice – insere-se o ligamento lateral externo da articulação rádio-cárpica.
Face Interna
Triângular, côcava de diante para trás, encontra-se limitada pelos dois ramos da bifurca-
ção do bordo interno do corpo do osso. A inserção do ligamento interósseo prolonga-se
pelo ramo posterior.
Esta face apresenta duas porções:
--- Porção Superior – rugosa, dá inserção aos feixes mais profundos do quadrado
pronador.
--- Porção Inferior – ocupada por uma faceta articular, a cavidade sigmóideia do
rádio.
Esta cavidade é alongada e côncava de diante para trás e articula-se
com a cabeça do cúbito.
OSTEOLOGIA DA MÃO
CARPO
É formado por oito ossos curtos dispostos sobre duas fileiras, uma superior ou antebra-
quial e outra inferior ou cárpica.
No seu conjunto formam uma goteira de concavidade anterior onde progridem os ten-
dões dos flexores dos dedos, a goteira cárpica.
Escafóide
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Descrição
Semi-Lunar
Localização - Está entre o escafóide e o piramidal
Classificação – par e curto
Orientação – das duas faces não articulares a maior é anterior. A face côncava é inferi-
or. Das duas faces laterais a que apresenta forma de meia lua é externa
Conexões :
--- rádio
--- escafóide
--- piramidal
--- unciforme
--- grande osso
Descrição
Piramidal
Localização – situa-se internamente relativamente ao semi-lunar
Classificação – par e curto
Orientação – a face escavada é inferior. Das duas faces opostas a maior e a que apre-
senta uma faceta articular é anterior e esta faceta é interna.
Conexões:
--- cúbito (ainda que estando separado deste pelo ligamento triângular da articulação
rádio-cubital inferior)
--- semi-lunar
--- pisiforme
--- unciforme
Descrição
Pisiforme
Localização – localiza-se sobre a face anterior do piramidal
Classificação – par e curto
Orientação – A única faceta articular é posterior. A extremidade do osso que excede
esta faceta é inferior. A goteira que existe nas faces laterais do osso é externa.
Conexões:
--- piramidal
Descrição
Trapézio
Localização – é o osso mais externo da segunda fileira do carpo
Classificação – par e curto
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Orientação – a faceta articular em forma de sela é inferior. Das duas facetas não articu-
lares, a que apresenta uma apófise e uma goteira que se dirige oblíquamente para abixo
e para dentro é anterior.
Conexões:
--- escafóide
--- trapezóide
--- I e II metacárpicos
Descrição
Face Anterior – atravessada por uma goteira na qual progride o tendão do grande
palmar. Esta goteira é limitada por fora por uma crista saliente, o tubérculo do
trapézio. Nele se inserem os músculos oponente do polegar e curto flexor do po-
legar
Face Posterior – rugosa, apresenta nas suas extremidades interna e externa um tu-
bérculo destinado ás inserções ligamentosas
Face Superior – articular, côncava, em concordância com o escafóide
Face Inferior – convexa de diante para trás, côncava transversalmente, articulada
com o I metacárpico
Face Externa – rugosa
Face Interna – está ligada, por duas superfícies articulares distintas ao trapézóide
em cima e ao II metacárpico em baixo.
Trapezóide
Descrição
Descrição
Osso Unciforme
Localização – é o osso mais interno da segunda fileira do carpo
Classificação – par e curto
Orientação – a face em forma de sela é inferior. A face que apresenta uma apófise em
forma de unha é anterior. Esta apófise apresenta uma concavidade que olha para cima e
para fora
Conexões:
--- piramidal
--- grande osso
--- semi-lunar
--- IV e V metacárpicos
Descrição
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Tem a forma de um prisma triângular. Apresenta portanto 5 faces, e as suas duas bases
são não articulares sendo uma anterior e outra posterior. As restantes três faces são arti-
culares.
Face Anterior – apresenta uma apófise em forma de gancho, a apófise unciforme.
Esta apófise é achatada de fora para dentro e a sua face externa, côncava, delimita
internamente a goteira cárpica. A sua face interna é atravessada por um sulco de-
terminado pelo ramo profundo do nervo cubital e pela artéria cubito-palmar.
Sobre a porção ínfero-interna da apófise inserem-se o curto flexor e o oponente do
dedo mínimo.
Face Posterior – rugosa
Face Inferior – divide-se em duas facetas: uma côncava para o IV metacárpico e
outra côncava de diante para trás, convexa de fora para dentro para o V metacárpi-
co.
Face Externa – articula-se com o grande osso
Face Súpero-Interna – convexa em cima, côncava em baixo é rugosa ao longo do
seu bordo inferior. Articula-se em cima com o piramidal.
As faces súpero-interna e externa unem-se em cima e formam uma aresta romba pela
qual se articulam com o semi-lunar.
Maciço Cárpico
Os 8 ossos do carpo formam no seu conjunto um maciço ósseo que paresenta 4 faces.
anterior, posterior, superior e inferior e dois bordos laterais.
Face Anterior
É talhada em forma de goteira, a goteira anterior do carpo.
Esta goteira é limitada externamente pelos tubérculos do escafóide e do trapézio, in-
ternamente pela saliência do osso pisiforme e pela face externa da apófise unciforme
do osso unciforme.
Uma lâmina fibrosa espessa, o ligamento anular anterior do carpo, estende-se trans-
versalmente entre as saliências ósseas que limitam lateralmente a goteira cárpica trans-
formando-a no canal cárpico.
No canal cárpico passam posteriormente os tendões dos músculos flexores profundos
dos dedos excepto do polegar, posteriormente passam os tendões dos músculos flexo-
res superfíciais dos dedos,excepto do polegar, que estão subdivididos em duas filas,
uma anterior para os tendões do 3º e 4º dedos e uma posterior para os tendões do 2º e
5º dedos.
Na porção ântero-externa encontra-se o nervo médio e por trás deste está o tendão do
músculo longo flexor do polegar.
O ligamento anular bifurca-se externamente e entre os ramos da bifurcação está o ten-
dão do músculo longo flexor do polegar.
Internamente um prolongamento do ligamento anular juntamente com um prolongamen-
to do músculo cubital anterior formam o canal de Guyon por onde passa a artéria e o
nervo cubitais
Face Inferior – constituida por uma série de facetas em concordância com as face-
tas articulares superiores dos metacárpicos.
Bordos Laterais – rugosos, correspondem a inserções musculares e sobretudo li-
gamentosas
METACARPO
Constitui o esqueleto da palma da mão.
Composto por 5 ossos longos, os metacárpicos que se articulam em cima com os ossos
da segunda fileira do carpo e em baixo com as primeiras falanges dos dedos.
Estes osso limitam entre si os espaços interósseos. São denominados de fora para dentro
por I ; II; III; IV e metacárpicos
Corpo
Descreve uma curva de côncavidade anterior
É prismático triângular.
Face Posterior – ligeiramente convexa, larga em baixo e afilada em cima
Faces Laterais – em concordância com os espaços interósseos e sobre as quais se inse-
rem os músculos interósseos.
Bordos Laterais – mais acusados na metade inferior que na metade superior do corpo
Bordo Anterior – côncavo
Inserções Musculares
FALANGES
Cada dedo excepto o polegar possui três segmentos ósseos, as falanges. O polegar pos-
sui apenas a 1ª e a 3ª que são mais espessas que as correspondentes dos outros dedos.
São designadas de 1ª, 2ª e 3ª falanges desde o metacárpio até às extremidades
As falanges são ossos longos e apresentam um corpo e duas extremidades.
Nos ossos dos dedos não é possível destinguir se pertencem ao lado direito ou ao es-
querdo
Superfícies Articulares
A cavidade glenoideia antebraquial é constituída pela extremidade inferior do rádio
e pelo ligamento triângular. É uma superfície elíptica, côncava, de grande eixo trans-
versal. Olha para baixo e um pouco para diante. A superfície articular do rádio é forma-
da por duas superfícies triangulares, uma interna e a outra eterna separadas por uma
crista
O côndilo cárpico é constituído pelas faces articulares superiores do escafóide, semi-
lunar e do piramidal, sendo estes três ossos unidos por ligamentos interósseos. Olha
para cima e um pouco para trás.
O escafóide articula-se com a faceta externa do rádio, o semi-lunar com a faceta in-
terna do rádio e com o ligamento triângular e o piramidal com o ligamento triân-
gular, estando separado do cúbito por este.
Meios de União
Cápsula Articular
Insere-se sobre o contorno das superfícies articulares e nos bordos anterior e poste-
rior do ligamento triângular onde se continua com a cápsula da articulação rádio-
cubital inferior.
Ligamento Anterior
É formado por um ligamento anterior propriamente dito e por um plano fibroso pré-
capsular
Sinovial
Mecanismo Articular
Os movimentos do punho são realizados através das articulações rádio-cárpica e pro-
mesocárpicas.
Os movimentos de flexão são movimentos que aproximam a palma da mão à face ante-
rior do antebraço
Os movimentos de extensão são movimentos que afastam a palma da mão da face ante-
rior do antebraço
Os movimentos de abdução permitem afastar a mão da linha mediana.
Os movimentos do adução permitem aproximar a mão da linha mediana.
Os movimentos de circundução resultam da sucessão de movimentos de flexão, adu-
ção, extenção e abdução
Os movimentos de rotação (para fora – supinação; para dentro – pronação)são muito
limitados
Articulações Procárpicas
Unem entre si os ossos da primeira fileira do carpo
Superfícies Articulares
São quase planas e recobertas por uma fina camada de cartilagem. O escafóide articula-
se com o semi-lunar; o semi-lunar com o piramidal
Meios de União
O escafóide, o semi-lunar e o piramidal encontam-se unidos através de ligamentos ante-
riores, posteriores e interósseos.
Ligamentos Interósseos
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Sinoviais
É constituída por dois prolongamentos da sinovial médio-cárpica
Articulação Piso-Piramidal
Classificação – condilartrose
Superfícies Articulares
A superfície articular do pisiforme é revestida por uma cartilagem e é côncava, a do
piramidal é convexa.
Meios de União
Cápsula articular
Pouco resistente
Ligamentos
São ligamentos laterais e ligamentos à distância que se estendem do pisiforme aos ossos
vizinhos
--- Ligamento superior – representado pelo feixe pisiformiano do ligamento lateral
interno da articulação rádio-procárpica
--- Ligamento Pisi-unciformiana – desde a extremidade inferior do pisiforme à apófise
unciforme
--- Ligamento Pisi-metacárpico – une a extremidade inferior do pisiforme à base do V
metacárpico
Sinovial
Comunica em metade dos casos com a sinovial da articulação rádio-procárpica
Classificação – bicondilartrose
Superfícies Articulares
Podemos distinguir duas porções, uma interna e outra externa.
Externamente o côndilo é representado pela superfície articular da face inferior do es-
cafóide, e a cavidade glenoideia pelas superfícies articulares superiores do trapézio e
trapezóide.
Internamente o côndilo é constituído pelo grande osso e pelo unciforme e a cavidade
glenoideia pela face interna do escafóide e pelas faces inferiores do semilunar e do
piramidal.
Meios de União
Cápsula Articular
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
ou
ou
Sinovial
Recobre a face profunda da cápsula.
Tem dois prolongamentos superiores e três inferiores que se situam entre os ossos do
carpo e que constituem as sinoviais dos ossos do carpo
Articulações Mesocárpicas
Classificação – artrodias
Superfícies Articulares
O trapézio articula-se com o trapezóide, o trapezóide com o grande osso e este com o
unciforme, por intermédio de superfícies planas recobertas de cartilagem.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Meios de União
Ligamentos Anteriores
Unem o trapézio ao trapezóide; o trapezóide ao grande osso e o grande osso ao unci-
forme.
Ligamentos Posteriores
Unem o trapézio ao trapezóide; o trapezóide ao grande osso e o grande osso ao unci-
forme.
Ligamentos Interósseos
Unem o trapézio ao trapezóide; o trapezóide ao grande osso e o grande osso ao unci-
forme.
Sinovial
É constituida por prolongamentos da sinovial médio-cárpica
Articulações Meso-Metacárpicas
Classificação – artrodias excepto a articulação trapezo-primometacárpica que é uma
efipiartrose (sinovial que apresenta as superfícies articulares em forma de sela)
Superfícies Articulares
O I metacárpico articula-se com a face inferior do trapézio , as duas superfícies são em
forma de sela.
O II metacárpico articula-se com o trapézio, trapezóide e grande osso.
O III metacárpico articula-se com o grande osso
O IV metacárpico articula-se com o grande osso e com o unciforme
O V metacárpico articula-se com o unciforme
Meios de União
Ligamentos Anteriores
Unem o trapézio ao II e ao III metacárpicos
O grande osso ao II metacárpico
O unciforme ao IV metacárpico
Ligamentos Posteriores
Unem o trapézio ao II metacárpico
O trapezóide ao II e III metacárpicos
O grande osso ao III metacárpico
O unciforme ao IV e V metacárpicos
Ligamentos Interósseos
Unem o grande osso e o unciforme aos III e IV metacárpicos
Sinovial
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Articulações Intermetacárpicas
Classificação – artrodias
Superfícies Articulares
Estão situadas sobre as faces laterais da base dos metacárpicos e estão revestidas por
cartilagem
Meios de União
Cápsula Articular
Está em continuidade em cima com a cápsula da articulação meso-metacárpica dos 4
últimos metacárpicos
Ligamentos Transversos
Distinguem-se para cada articulação em ligamento interósseo, anterior e posterior.
Nos posteriores não existe ligamento entre o II e o III metacárpicos
Sinovial
É um prolongamento descendente da sinovial meso-metacárpica
Articulações Metacárpico-Falângicas
Classificação – condilartroses rudimentares
Superfícies Articulares
São constituídas pelo côndilo da extremidade inferior do metacárpico e pela cavida-
de glenoideia da extremidade superior da primeira falange.
Existe um fibrocartilagem glenoideia que amplia para cima a porção anterior da cavi-
dade glenoideia e que possui uma goteira vertical onde deslizam os tendões flexores.
Meios de União
São constituidos pela cápsula articular, pelos ligamentos palmares, por ligamentos
laterais, pelo ligamento transverso intermetacarpíco palmar que unem entre si a
extremidade inferior dos 4 últimos metacárpicos
Mecanismo Articular
Estas articulações executam movimentos de flexão, extensão, lateralidade, circundução
e movimentos passivos de rotação.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Articulações Interfalângicas
Classificação – trocleartrose (sinovial concordante com superfície articular em forma
de roldana)
Superfícies Articulares
A superfície articular da extremidade inferior da falange que fica por cima da interli-
nha articular tem a forma de roldana cuja garganta é ântero-posterior.
A superfície articular da extremidade superior que fica por cima baixo da interlinha
articular apresenta uma crista em concordância com a garganta da roldana.
Existe uma fibrocartilagem glenoideia que amplia a superfície articular inferior
Meios de União
São constituídos por uma cápsula articular, por ligamentos palmares e dois ligamen-
tos laterais
Mecanismo Articular
Estas articulações apresentam movimentos de flexão e de extensão e movimentos passi-
vos de lateralidade muito limitados.
O movimento de flexão e extensão faz-se segundo um eixo transversal que passa pela
extremidade inferior da falange que fica por cima da interlinha articular.
ARTICULAÇÃO ESCÁPULO-UMERAL
Classificação – enartrose (sinovial concordante com superfícies articulares aproxima-
damente esfericas)
Superfícies Articulares
Cabeça do Úmero
Representa sensivelmente um terço de um esfera.
É revestida por ma camada uniforme de cartilagem que é limitada pelo lábio interno do
colo anatómico.
A cabeço do úmero olha para dentro, para cima e para trás.
Cavidade Glenóideia
Menos extensa que a cabeça do úmero, possui uma orientação inversa: olha para fora,
para baixo e para diante.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Debrum Glenoideu
É uma fibrocartilagem que se dispõe à periferia da cavidade glenóideia com o objectivo
de aumentar a sua profundidade.
Ao corte é triângular:
--- Face Periférica – prolonga externamente a superfície do colo da omoplata e dá in-
serção à cápsula articular, ao tendão da longa porção do bícipete em cima e ao tendão
da longa porção do trícipete em baixo.
--- Face Externa ou Articular – livre, lisa e côncava. Faz parte da superfície articular
glenóideia.
--- Face Interna ou Aderente – está em conexão com a periferia da cavidade glenói-
deia, aderindo por vezes a ela em toda a superfície.
Na maioria das vezes a união do debrum à cavidade é mais intima na porção inferior
estando a porção superior só aplicada sobre a cartilagem, apresentando por isso caracte-
rísticas de menisco.
Frequentemente o debrum passa por cima da chanfradura glenóideia que está no bor-
do anterior da cavidade.
O debrum glenóideu é composto por:
--- Fibras próprias
--- Feixes provenientes da longa porção do bícipete braquial
--- Feixes provenientes da longa porção do trícipete braquial
Meios de União
Cápsula Articular
Estende-se do contorno da cavidade glenóideia à extremidade superior do úmero.
A inserção escapular faz-se sobre a face periférica do debrum e estende-se até ao re-
bordo ósseo da cavidade, contornando por dentro as inserções do tendão da longa por-
ção do bícipete braquial.
A inserção umeral faz-se em cima sobre o colo anatómico e em baixo vai-se afastando
do rebordo cartilagíneo, fixando-se as fibras superfíciais no corpo do úmero e as pro-
fundas no periósteo.
É mais espessa em baixo e mais fina em cima.
É constituida por feixes entrecruzados em todos os sentidos.
Ligamento Córaco-Umeral
Espesso, insere-se internamente ao longo do bordo externo da apófise coracóideia,
abaixo do ligamento acrómio-coracoideu.
Dirige-se transversalmente para fora terminando em dois feixes sobre o troquíter e o
troquino, de cada um dos lados da extremidade superior da goteira bicipital.
É independente da cápsula perto da inserção coracoideia estando fundido com ela na
porção restante.
O feixe troquiteriano une-se atrás ao tendão do músculo supra-espinhoso.
O feixe troquiniano funde-se adiante ao ligamento gleno-umeral superior.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Ligamento Córaco-Glenoideu
Insere-se na porção posterior do bordo externo da apófise coracóideia.
Dirige-se para trás e para fora inserindo-se sobre o debrum glenoideu.
Ligamentos Gleno-Umerais
São três ligamentos
Sinovial
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Recobre a face profunda da cápsula articular até às suas inserções onde se reflecte para
se estender até à cartilagem que cobre as superfícies articulares.
Ao reflectir-se sobre o úmero a sinovial ergue-se em pregas, as frenula capsulae.
A sinovial envia prolongamentos para fora da articulação.
O primeiro prolongamento passa pelo foramen oval de Weitbrecht e fica situado na
profundidade do músculo infra-escapular constituindo a bolsa infra-escapular.
O segundo prolongamento acompanha o tendão da longa porção do bícipete na go-
teira bicipital, consituindo a bolsa bicipital.
Para além destas bolsas existem outras entre a articulação escápulo-umeral e os múscu-
los e tendões vizinhos, sendo as mais importantes a bolsa infra-deltoideia, a bolsa in-
fra-acromial e a bolsa infra-coracóideia.
Mecanismo Articular
Superfícies Articulares
Extremidade Inferior do Úmero
Constituída internamente pela tróclea umeral, que é mais larga atrás que adiante, apre-
senta duas vertentes e uma garganta. A garganta é inclinada de cima para baixo e de
fora para dentro, descrevendo por vezes um arco de hélice. É sobremontada adiante pela
fosseta coronoideia e posteriormente pela fosseta olecraniana. Vai-se articular com a
grande cavidade sigmóideia do cúbito.
Externamente é constituida pelo côndilo umeral, que é um segmento de esfera que olha
para diante e para baixo e cujo eixo vertical é maior que o transversal. Adiante e acima
do côndilo está a fosseta supra-condiliana. Articula-se com a cabeça do radio.
A goteira côndilo-troclear está situada entre a tróclea e o côndilo e pode ser considera-
da uma segunda tróclea, cuja vertenta interna é formada pelo rebordo externo da tró-
clea e a vertente externa ou conóide é formada pela porção interna do côndilo separadas
por um sulco ântero-posterior paralelo ao da tróclea principal e que se vai articular com
o rebordo interno da cúpula do rádio
diante e mede cerca de 8mm atrás onde é mais alta que adiante. O seu revestimento car-
tilagíneo continua em cima com o da faceta coronóideia da grande cavidade sigmoideia.
Articula-se com o contorno da cabeça do rádio.
Ligamento Anelar
Banda fibrosa que se estende de uma extremidade à outra da pequena cavidade sig-
moidia do cúbito, enrolando-se sobre a cabeça do rádio.
A face interna do ligamento está em concordância com a cabeça do rádio e é recoberta
por cartilagem.
A face periférica é reforçada adiante e atrás pelos feixes dos ligamentos anterior e
lateral externo da articulação do cotovelo.
Em cima o ligamento continua com a cápsula articular.
Em baixo estende-se abaixo da cabeça do rádio e continua com a cápsula articular que
se insere no colo do rádio.
Como o ligamento é mais estreito em baixo que em cima a cabeça do rádio fica retida
no anel formado pelo ligamento e pela pequena cavidade sigmoideia.
Meios de União
Cápsula Articular
Estende-se do úmero aos dois ossos do antebraço
No úmero insere-se anteriormente no bordo superior das fossetas coronoideia e supra-
condiliana e encontra externamente o bordo do côndilo.
Lateralmente ladeia o côndilo por fora.
Internamente percorre o fundo da depressão que separa a tróclea da epitróclea.
Posteriormente insere-se de fora para dentro sobre o bordo posterior do côndilo até à sua
extremidade interna, sobre o sulco que prolonga posteriormente a goteira côndilo-
troclear e vai até à extremidade superior do rebordo externo da tróclea. Dirige.se depois
para cima e para dentro onde cruza transversalmente a fossa olecraniana e desce depois
para a depressão que separa a tróclea à epitróclea.
No antebraço insere-se sobre o cúbito no rebordo interno da grande cavidade sigmói-
deia e no rebordo externo desta excepto na porção mediana onde se insere abaixo da
pequena cavidade sigmóideia; sobre a face superior do olecrânio e sobre a face anterior
da apófise coronoideia. E no rádio a cerca de meio cm abaixo da cabeça radial.
Ligamento Anterior
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Ligamento Posterior
Constituido por finos feixes.
Feixes Úmero-Olecranianos Oblíquos – estendem-se desde os bordos laterais da
fossa olecraniana ao vértice do olecrâneo.
Feixes Úmero-Umerais – dispostos transversalmente estendem-se de um bordo ao
outro da fossa olecraniana
Feixes Úmero-Olecranianos Verticais – dispostos verticalmente desde a porção supe-
rior da fossa olecraniana até ao vértice do olecrânio.
Sinovial
Reveste a superfície interior da cápsula. Ao chegar às linhas de inserção da cápsula
reflecte-se até alcançar os limites das cartilagens articulares, formando vários fundos de
saco.
Fundo de Saco Anterior – corresponde às fossetas supra-troclear e supra condilia-
na, por vezes insere-se na crista que separa as duas fossetas formando dois fundos de
saco secundários.
Fundo de Saco Posterior – em concordância com a porção inferior da fossa olecra-
niana
Fundo de Saco Inferior, Anular ou Peri-radial – situa-se em torno do colo do rádio,
por baixo do ligamento anular
Fundo de Saco Rádio-Cubital – situa-se por baixo da pequena cavidade sigmoideia.
A sinovial é subelevada por alguns novelos adiposos, ou franjas que completam os es-
paços fazios que tendem a ser produzidos por certos movimentos da articulação.
Existe ainda a franja falciforme que se insere entre o côndilo do úmero e a cabeça do
rádio
Movimentos Articulares
ossos um largo orifício por onde passa a artéria interóssea posterior. É perfurado por
vários orifícios pequenos pelos quais progridem ramos vasculares.
Este ligamento é espesso e resistente, diferenciado em feixes fibrosos nos 2/3 superiores
e é fino e membranoso no terço inferior.
Sobre a face anterior do ligamento interósseo é possivel distinguir feixes fibrosos que
provêm da transformação fibrosa de alguma fibras do músculo flexor comum profun-
do dos dedos cujas inserções se estendem até ao rádio.
Sobre a face posterior é visível um feixe espesso denominado de ligamento oblíquo
interósseo rádio-cubital que se estende de cima para baixo e de dentro para fora, do
cúbito ao rádio, onde termina no tubérculo interósseo. Este feixe provem da transforma-
ção dos feixes mais profundos do músculo longo abdutor do polegar.
Observa-se frequentemente abaixo do ligamento oblíquo um segundo feixe rádio-
cubital que provém da regressão fibrosa de alguns feixes do curto extensor do pole-
gar.
Superfícies Articulares
Cabeça do cúbito
Apresenta duas facetas articulares, uma externa e outra inferior separadas por uma
crista convexa para fora.
A faceta externa, vertical, cilindrica, convexa de diante para trás ocupa os 2/3 externos
do contorno da cabeça. Mais alta na porção média que nas extremidades. Articula-se
com a cavidade sigmoideia do rádio.
A faceta inferior, ligeiramente convexa relaciona-se com o ligamento triângular.
A saliência formada pelas duas facetas articulares relaciona-se com uma cavidade
ângulosa formada pela cavidade sigmoideia do rádio externamente e pelo ligamento
triângular em baixo.
É revestida por uma camada de fibrocartilagem
Ligamento Triângular
Lâmina fibrocartilagínea triângular, horizontal, localizada entre a cabeça do cúbito e o
carpo.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Fixa-se pelo seu vértice na chanfradura que separa a cabeça da apófise estilóideia do
cúbito e sobre o lado externo desta apófise.
Insere-se pela base no bordo inferior da cavidade sigmoideia do rádio.
A face superior do ligamento relaciona-se com a faceta inferior da cabeça do cúbito
e a face inferior repousa sobre o semi-lunar e sobre o piramidal.
Os dois bordos, anterior e posterior, estão ligados às cápsulas e aos ligamentos das
articulações rádio-cubital inferior e rádio-procárpica ou do punho.
Meios de União
Ligamento Triângular
É o meio de união mais forte entre as extremidades inferiores dos dois osso.
Cápsula Articular
Insere-se sobre os bordos anterior e posterior do ligamento triângular e sobre o con-
torno superior das superfícies articulares do rádio e do cúbito.
Sinovial
Reveste interiormente a cápsula. Emite para cima um prolongamento em forma de fun-
do de saco que alcança o espaço interósseo
A anca liga o membro inferior ao tronco. Compreende um único osso, o osso ilíaco ou
coxal. Os ossos iliacos descrevem com o sacro e o cóccix um conjunto ósseo designado
de bacia ou pelve.
Descrição
O osso ilíaco apresenta duas faces, quatro bordos e quatro ângulos.
Face Externa
Pode ser dividida em 3 porções que são, de cima para baixo, a fossa ilíaca externa, a
cavidade cotiloideia e o buraco ísquio-púbico com a sua bordadura óssea.
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Filipa Ferreira
Cavidade Cotiloideia
Olha para diante, para fora e para baixo.
Articula-se com a cabeça do fémur.
É limitada por um rebordo saliente, o rebordo cotiloideu que apresenta 3 chanfradu-
ras. Estas chanfraduras correspondem aos pontos de junção das 3 peças ósseas ileon,
púbis e ísquion, que constituem o osso ilíaco.
A chanfradura anterior ou ílio-púbica e a chanfradura posterior ou ílio-isquiática
são depressões pouco visíveis. A chanfradura inferior ou ísquio-púbica é muito pro-
funda e larga.
É visível na extremidade anterior do rebordo cotiloideu o tubérculo précotiloideu onde
se ligam os feixes infrapúbicos.
A cavidade cotiloideia apresenta duas porções distintas: uma central, quadrilátera, de-
primida, rugosa, não articular designada âmago da cavidade cotiloideia, que está em
continuidade com a chanfradura ísquio-púbica. A outra porção é periférica, lisa, articu-
lar cujas extremidades limitam adiante e atrás a chanfradura ísquio-púbica.
Buraco Ísquio-Púbico
Orifício largo, ovalar no homem e irregularmente triângular na mulher, situado abaixo
da cavidade cotiloideia. O buraco ísquio-púbico é circunscrito pela porção inferior da
cavidade cotiloideia em cima, pelo púbis adiante e pelo ísquion atrás.
Púbis
Compreende 3 porções:
--- Ramo Horizontal ou Ramo Ascendente
Segmento alongado, horizontal, localizado acima do buraco ísquio-púbico e que se
destaca da cavidade cotiloideia adiante da chanfradura ísquio-púbica.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
A face externa destas três porções do púbis dão inserção aos músculos adutores da
coxa, ao recto interno e ao obturador externo.
Ísquion
Formado por duas colunas ósseas que são os ramos ascendente e descendente do ísqui-
on.
--- Ramo descendente
Separa-se da região cotiloideia atrás da chanfradura ísqui-púbica.
A extremidade superior deste ramo forma com a porção correspondente do rebordo
cotiloideu um depressão ântero-posterior designada goteira infra-cotiloideia.
Buraco Ísquio-Púbico
Está então limitado pelo púbis e pelo ísquion, é limitado por um bordo agudo que é in-
terrompido, por baixo do ramo horizontal do púbis por uma goteira oblíqua para dentro
e para diante, a goteira infrapúbica, por onde passam o nervo e os vasos obturadores.
Dos dois lábios da goteira, o anterior dá continuidade atrás ao bordo superior do buraco
ísquio púbico e prolonga-se para diante sobre o ramo horizontal do púbis até à espinha.
O lábio posterior dá seguimento ao bordo anterior do buraco ísquio-púbico e perde-se
internamente sobre a face interna do osso.
Portanto o buraco ísquio-púbico tem a forma de um anel com duas extremidades não
coincidentes, afastadas qua ladeiam a goteira infrapúbica.
Sobre o contorno do buraco ísquio-púbico destacam-se duas saliências: uma situada
adiante da chanfradura ísqui-púbica denominada tubérculo obturador posterior; outra
sobre o ramo descendente do púbis, o tubérculo obturador anterior.
O buraco ísquio-púbico encontra-se preenchido pela membrana obturadora.
Face Interna
Divide-se em duas porções através de uma crista curva, oblíqua para baixo designada
linha inominada.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Bordo Superior
O bordo superior ou crista ilíaca é sinuoso e contornado em S itálico.
Apresenta portanto uma dupla curvatura: uma ânterior côncava para dentro e outra
posterior côncava para fora. Descreve ainda uma curva convexa para cima.
O bordo é espesso mas a espessura não é uniforme, é maior nas duas extremidades e
sobretudo ao nível do vértice da curvatura anterior.
A sua extremidade anterior tem o nome de espinha ântero-superior e a extremidade
posterior é designada espinha ilíaca póstero-superior.
Este bordo apresenta um lábio externo e um lábio interno e entre eles situa-se a linha
intermédia.
Este bordo dá inserção na sua porção anterior aos músculos grande oblíquo (externo),
pequeno oblíquo(interno) e transverso do abdómen. Atrás dá inserção ao grande
dorsal, ao sacro-lombar e ao quadrado dos lombos.
Bordo Anterior
Bordo Inferior
Comunica com o bordo anterior formando um ângulo recto, o ângulo do púbis.
É formado pelo ramo descendente do púbis e pelo ramo ascendente do ísquion.
Dirige-se para baixo e para trás e depois dirige-se para fora.
Possui dois segmentos:
--- Segmento Anterior
Articular.
Ocupado por uma superfície elíptica, a faceta púbica, oblíqua para trás e para baixo,
irregular, coberta de saliências e depressões normalmente perpendiculares ao grande
eixo.
Esta superfície articula-se com a do osso oposto para formar a sínfise púbica.
Bordo Posterior
Estende-se da espinha íliaca póstero-superior à tuberosidade do ísquion.
Apresenta de cima para baixo:
--- a espinha ilíaca póstero-superior, que faz a união com o bordo superior
--- uma pequena chanfradura inominada entre as extremidades posteriores da tubero-
sidade ilíaca e a superfície auricular.
--- uma tuberosidade, a espinha ilíaca póstero-inferior que corresponde à extremidade
posterior da superfície auricular.
--- uma chanfradura larga e profunda, a grande chanfradura ciática que dá passagem
ao músculo piramidal, a vasos e nervos
--- uma saliência achatada triângular, a espinha ciática, sobre a qual se insere o peque-
no ligamento sacro-ciático.
--- uma chanfradura mais pequena que a anterior, a pequena chanfradura ciáctica que
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
BACIA EM GERAL
CONFIGURAÇÃO
Superfície Exterior
É constituída adiante pela sínfise púbica, pelo púbis e seus ramos, pelo ramo ascen-
dente do ísquion e pelo buraco ísquio-púbico.
Lateralmente é constituído pela fossa ilíaca externa, cavidade cotiloideia, tuberosi-
dade ísquiática e ramo descendente do ísquion.
Atrás é constituida pela face posterior do sacro e do cóccix.
Os corpos do púbis e os ramos ísquio-púbicos formam o arco púbico condicionando
assim a formação de um ângulo, o ângulo infrapúbico.
Superfície Interior
É dividida em duas porções pelo estreito superior da bacia: uma porção superior, a
grande bacia ou pelve falsa e uma porção inferior ou pequena bacia, também conhe-
cida por escavação pélvica ou pelve verdadeira.
A grande bacia é constituída pelas fossas ilíacas internas e pelas asas do sacro.
A pequena bacia encontra-se por baixo do estreito superior da bacia, sendo limitada
inferiormente pelo estreito inferior da bacia.
A pequena bacia é constituída por 4 paredes:
--- Parede Anterior – formada pelos mesmos elelemnetos descritos na face anterior
da superfície exterior da bacia.
--- Parede Posterior – constituída pela face anterior da coluna sacro-coccígea.
--- Paredes Laterais – são representadas pelas superfícies quadriláteras que se
opõem à cavidade cotiloideia.
É formado adiante pela porção inferior da sínfise púbica e atrás pelo vértice do cóc-
cix.
Lateralmente é constituído pelo ísquion que se liga à sínfise púbica por intermédio do
ramo ísquio-púbico e ao cóccix por intermédio do grande ligamento sacro-ciático.
O estreito inferior da bacia apresenta 4 diâmetros:
Diâmetro ântero-posterior ou coccígeo-infrapúbico – que se estende do vértice do
cóccix à porção inferior da sínfise púbica, com 7 a 10cm podendo alcançar 11 a 11,5cm.
Diâmetro transversal ou bi-ísquiático – une as faces internas das tuberosidades ís-
quiáticas, com cerca de 11cm.
2 Diâmetros oblíquos – que se estende desde o meio do ligamento sacro-ciático à face
interna da tuberosidade ísquiática do lado oposto, com cerca de 11cm.
ASPECTOS FUNCIONAIS
A transmissão de forças aos membroso inferiores é feita por intermédio de lâminas
ósseas, que estruturalmente constituem os ossos íliacos, e cuja direcção se prolonga para
a cabeça do fémur.
As lâminas ósseas dividem-se em dois sistemas, o sistema principal e o sistema se-
cundário.
O sistema principal transmite as pressões a partir da asa do sacro, formando depois um
sistema ogival que alcança a asa do osso ilíaco, acabando por convergir para o esporão
ciático, um pouco acima da espinha ciática e para o esporão inominado, ao nível da li-
nha inominada. Todas estas linhas convergem depois para a cabeça do fémur.
O sistema secundário agrupa-se em duas colunas, uma ísquiática, que alcança o ísquion
e uma ílo-púbica que alcança o ramo superior do púbis.
A bacia apresenta os seguintes pontos fracos: ao nível do sacro, para fora dos buracos
sagrados anteriores; ao nível dos ramos do púbis; ao nível das cavidades cotiloideias.
ARTROLOGIA DA BACIA
Sínfise Púbica
Classificação – Anfiartrose
Superfícies Articulares
Meios de União
Ligamento Interósseo
É uma fibrocartilagem que ocupa todo o espaço compreeendido entre as superfícies
articulares, sendo mais largo adiante que atrás.
É constituido por tecido fibroso cujos elementos se estendem de uma superfíce cartila-
ginosa á outra.
Os elementos fibrosos são sobretudo abundantes na periferia, tendo uma direcção oblí-
qua que se entrecruza com a dos feixes vizinhos.
A sua porção central apresenta normalmente no adulto uma cavidade irregular sem
sinovial. Esta cavidade é achatada transversalmente e ocupa a porção média da altura da
articulação, perto da sua face posterior.
Na mulher o ligamento interósseo é mais espesso que no homem e durante a gravidez
este torna-se mais laxo e a cavidade articular aumenta.
Articulação Sacro-Ilíaca
Classificação – Anfiartrose
Superfícies Articulares
Sacro
É atravessada por uma depressão elíptica, arqueada, semelhante a um segmento de
goteira circular cujo centro é o tubérculo conjugado da 1ª e 2ª vértebras sagradas.
Ilíaco
Apresenta um engrossamento elíptico, alongado em forma de crescente, sendo por isso
complementar com a goteira sagrada.
Os bordos da goteira sagrada são espessos convexos e correspondem aos sulcos que
circunscrevem a eminência da superfície ilíaca.
Cada superfície articular apresenta ondulações formadas:
-- sobre a superfície sagrada, pela sua goteira e pelos bordos que ladeia a goteira
-- sobre a superfície ilíaca, pelo engrossamento do ilíaco e pelos sulcos que o delimi-
tam
As superfícies articulares são recobertas por um revestimento fino cuja camada profun-
da é cartilagínea e a superfícial é fibrocartilagínea.
Meios de União
Cápsula Articular
Confunde-se em quase toda a sua extensão com os ligamentos da articulação
Apresenta em cada uma das suas extremidades dois feixes que se distinguem do resto
do plano ligamentosos pela sua espessura maior e pela direcção das suas fibras que são
oblíquas para cima e para fora. Denominam-se de freios de nutação superior e inferi-
or, também denominados ligamentos ântero-superior e ântero-inferior.
Ligamento Ântero-Superior – estende-se de diante para trás e de dentro para fora, entre
a asa do sacro e o osso ilíaco.
Ligamento Ântero-Inferior – estende-se da extremidade superior da grande chan-
fradura ciática ao bordo lateral do sacro, segundo uma direcção oblíqua para dentro,
para baixo e para trás.
Composto por feixes ou ligamentos secundários, que se sobrepõem de cima para baixo
atrás das superfícies articulares.
São ílio-transversários porque unem a crista e a tuberosidade ilíaca às apófises trans-
versas do sacro, ou seja aos tubérculos conjugados póstero-externos ou transversá-
rios (derivados destas apófises)
As fibras mais internas destes dois feixes terminam sobre o sacro, de tal forma que as
outras se dirigem para diante e para baixo e se fixam numa linha rugosa que existe por
fora da articulação sacro-ilíaca, desde a extremidade posterior da crista ilíaca até à
extremidade posterior da linha inominada.
Os dois feixes estão mais ou menos estritamente unidos, dependendo dos indivíduos e
no seu conjunto formam o ligamento ílio-lombar.
Sinovial
A cápsula articular é revestida sobre a sua face interna por uma sinovial cuja superfície
irregular é subelevada em vários pontos por pequenas franjas.
Ligamentos Sacro-Ciáticos
Os ligamentos sacro-ciáticos são bandas fibrosas, resistentes, que se estendem entre o
sacro e o osso coxal, no intervalo compreendido entre eles, na porção póstero-lateral da
bacia.
Estes ligamentos são dois de cada lado e distinguem-se entre grande e pequeno liga-
mento sacro-ciáticos.
Membrana Obturadora
É uma lâmina fibrosa que encerra quase completamente o orifício ísquio-púbico. Apre-
senta um larga abertura, adiante da goteira infrapúbica, a qual tranforma em canal
infra-púbico, onde passam os vasos e nervo obturadores.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
FÉMUR
Localização – constitui o esqueleto da coxa
Classificação – par e longo
Orientação – a extremidade que apresenta uma superfície articular em forma de cabeça
é superior, sendo essa cabeça interna. Das duas tuberosidades existentes nessa extremi-
dade a maior é anterior. Dá-se ao osso uma inclinação para baixo e para dentro (apoian-
do a extremidade inferior do osso numa superfície plana)
Conexões:
com o osso ilíaco
com a tíbia
com a rótula
Descrição
O seu grande eixo dirige-se oblíquamente para baixo e para dentro, apresentando no
entanto uma ligeira torção sobre este.
Apresenta um corpo e duas extremidades
Corpo
Face Anterior
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Convexa e lisa.
Dá inserção aos músculos crural e subcrural
Bordos Laterais
Um externo e outro interno.
São arredondados e confundem-se com as faces que separam.
Bordo Posterior
É saliente, espesso e rugososo, tendo o nome de linha áspera.
Nesta linha é possível reconhecer um lábio externo que dá inserção ao vásto externo,
um lábio interno onde se insere o vasto interno e um interstício onde se fixam os
adutores da coxa e a curta porção do bícipete crural.
Em cima a linha áspera divide-se em 3 ramos:
Ramo Externo – dá seguimento ao lábio externo da linha áspera. Também é de-
nominado de crista do grande glúteo e dirige-se para o grande trocânter.
Dá inserção ao grande glúteo e ao feixe superior do grande adutor.
Na sua porção média verifica-se (cerca de 1/3 dos casos) uma saliência
volumosa, homóloga do terceiro trocânter de alguns mamíferos.
Por vezes existe uma quarta ramificação da linha áspera, que aumenta externamente a
crista pectínea e dá inserção ao pequeno adutor, podendo ser referida como crista do
pequeno adutor.
Em baixo a linha áspera divide-se em 2 ramos, um externo e outro interno, que dão
seguimento aos lábios externo e interno da linha áspera.
Dirigem-se para as saliências laterais, os côndilos da extremidade inferior do fémur.
Delimitam um espaço triângular de base inferior, o triângulo popliteu.
O buraco nutritivo principal do osso localiza-se sobre a linha áspera na sua porção
média ou mais acima, num ponto da face interna do osso, sempre próximo da linha ás-
pera.
Extremidade Superior
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
É formada por uma saliência articular, a cabeça do fémur; por duas saliências rugosas:
o grande trocânter e o pequeno trocânter; por um segmento cilindrico, o colo, que
reúne a cabeça do fémur aos trocânteres e ao corpo do fémur.
Cabeça do Fémur
Saliência lisa, arredondada, esférica, que representa os 2/3 de uma espera com 2 a 2,5cm
de raio.
Olha para cima, para dentro e um pouco para diante.
É circunscrita por uma linha sinuosa, que tem geralmente duas curvas, uma superior e
outra inferior.
Estas linhas têm uma concavidade dirigida para fora e reúnem-se adiante e atrás segun-
do um ângulo aberto para dentro. deste modo a superfície articular estende-se mais
em direcção ao colo adiante e atrás que em cima e em baixo.
Apresenta um pouco abaixo e atrás do seu centro, uma depressão que é a fosseta do
ligamento redondo. Esta é rugosa e perfurada por inúmeros orifícios vasculares adian-
te, onde dá inserção ao ligamento redondo. É lisa na porção posterior.
Grande Trocânter
Saliência quadrilátera, achatada de fora para dentro, situada no prolongamento do corpo
do osso.
Face Externa – convexa. Percorrida de cima a baixo e de trás para diante por
uma impressão saliente, rugosa, em forma de vírgula com forte extremidade su-
perior, denominada impressão de inserção do médio glúteo.
Face Interna – está unida em quase toda a sua extensão com o colo do fémur.
Livre somente em cima e atrás, onde apresenta a fosseta digital.
No fundo desta fosseta insere-se o obturador externo e os dois gémios pélvi-
cos..
Imediatamente acima e adiante da fosseta localiza-se a impressão de inserção
do obturador interno.
Bordo Inferior – é visível na face externa por uma crista quase horizontal, pou-
co saliente, a crista do vasto externo.
Bordo Superior – apresenta na sua porção média a superfície de inserção elípti-
ca e ligeiramente deprimida do músculo piramidal da bacia.
Bordo Anterior – também denominado de face anterior, é largo e rugoso. Dá in-
serção ao pequeno glúteo. No seu ângulo súpero-interno existe uma pequena
saliência arredondada, o tubérculo prétrocanteriano.
Bordo Posterior – saliente, largo e arredondado. Continua com a crista inter-
trocanteriana posterior.
Pequeno Trocânter
Apófise cónica, situada na união do colo com a face interna do corpo.
Dá inserção ao músculo psoas-ilíaco.
Linhas Intertocanterianas
O grande e o pequeno trocânter estão reunídos sobre as faces anterior e posterior do
osso por duas cristas rugosas, as linhas intertrocanterianas anterior e posterior.
Linha Intertrocanteriana Anterior – estende-se do tubérculo prétrocanteria-
no ao pequeno trocânter, do qual está separada pela fosseta prétrocanteriana.
Continua mais abaixo pelo ramo interno da divisão da linha áspera.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Colo do Fémur
Estende-se da cabeça do fémur aos trocânteres e às linhas trocanterianas.
Dirige-se oblíquamente para baixo e para fora.
O seu grande eixo forma com o do corpo um ângulo de 130º.
Possui a forma de um cilindro achatado de diante para trás, mais afilado internamente e
mais largo externamente.
Possui 2 faces, 2 bordos e 2 extremidades.
Face Anterior – quase plana, olha para diante e ligeiramente para baixo. Apre-
senta frequentemente na porção súpero-interna, na junção das duas linhas que
delimitam a face articular, uma superfície irregular que é ladeada externamente
por uma crista, denominda de impressão ilíaca. Esta pode resultar da pressão
exercida pelo debrum glenóideu da articulação.
Face Posterior – convexa de cima para baixo, côncava transversalmente. Olha
para trás e ligeiramente para cima.
Bordo Superior – ligeiramente côncavo. Estende-se horizontalmente da cabeça
ao grande trocânter.
Bordo Inferior – côncavo tranversalmente mas maior que o superior. Dirige-se
oblíquamente de cima para baixo e de dentro para fora.
Extremidade Interna – corresponde ao contorno da cabeça fémural
Extremidade Externa – une-se aos trocânteres e às linhas intertrocanteri-
anas.
Extremidade Inferior
Côndilos Fémurais
São um interno e outro externo.
O interno é fortemente saliente para dentro do eixo do fémur e é mais estreito que o
externo.
Os côndilos apresentam uma face inferior, uma face posterior e duas faces laterais.
Está separada das superfícies condilianas propriamente ditas por duas depres-
sões, as ranhuras côndilo-trocleares, que se estendem oblíquamente de diante
para trás, do bordo lateral de cada um dos côndilos à extremidade anterior
da chanfradura intercondiliana.
É composta por duas vertentes laterais convexas, reunidas por uma garganta
ântero-posterior. A vertente externa é mais larga, mais extensa e mais saliente
para diante que a interna.
Sobre a face posterior existem ainda acima dos côndilos rugosidades designadas por
tubérculos supracondilianos interno e externo, que dão inserção a alguns feixes
dos gémeos. Podem não existir.
Faces Laterais
Possuem um aspecto diferente sobre cada um dos côndilos.
Sobre o côndilo interno
Apresentam na porção média uma saliência determinada por uma aresta vertical,
a tuberosidade interna do fémur.
Sobre a vertente posterior desta tuberosidade encontra-se a impressão de inser-
ção do ligamento lateral interno da articulação do joelho.
Acima e atrás da impressão e na extremidade inferior do ramo interno da bifur-
cação da linha áspera, está o tubérculo do grande adutor.
Abaixo e atrás dete tubérculo está uma depressão rugosa onde se insere o gémio
interno.
Existe sobre cada um dos côndilos, em baixo, ao longo do seu limite inferior, uma
goteira látero-supracondiliana curva, cuja profundidade diminui de trás para dian-
te.
Esta goteira é limitada em cima por uma crista, a rampa capsular, que dá inserção
á cápsula articular.
A goteira e a rampa são menos acusadas sobre o côndilo interno que sobre o exter-
no.
ARTROLOGIA DA ANCA
Articulação Coxo-Fémural
Classificação – enartrose.
Superfícies Articulares
Cabeça do Fémur
É uma saliência arredondada, que representa aproximadamente 2/3 de uma esfera com
20 a 25mm de raio.
Olha para dentro, para cima e um pouco para diante.
Apresenta, um pouco atrás e abaixo do seu centro, a fosseta do ligamento redondo,
onde se insere o ligamento com o mesmo nome.
É revestida por uma camada de cartilagem mais espessa na porção superior que na
metade inferior da cabeça, e mais espessa no centro que na periferia.
A cartilagem não se estende à fosseta do ligamento redondo.
O limite periférico do revestimento cartilagíneo corresponde às duas linhas curvas
superior e inferior que ladeiam, perto do colo, a cabeça femural.
Deste modo a superfície articular é mais extensa de diante para trás que de cima para
baixo.
A cartilagem pode no entanto estender-se além deste limite sobre a impressão ilíaca,
situada no colo do fémur.
Cavidade Cotiloideia
É quase hemiesférica e apresenta duas porções distintas:
Porção Articular – em forma de crescente, cujas extremidades ou cornos limi-
tam adiante e atrás a chanfradura ísquio-púbica.
Porção Não Articular – também designada âmago da cavidade cotilóideia,
está retraída sobre a anterior e é enquadrada por esta. Tem continuidade em bai-
xo com a chanfradura ísquio-púbica.
É limitada por um rebordo saliente, o rebordo cotiloideu que apresenta 3 chanfradu-
ras. Estas chanfraduras correspondem aos pontos de junção das 3 peças ósseas ileon,
púbis e ísquion, que constituem o osso ilíaco.
A chanfradura anterior ou ílio-púbica e a chanfradura posterior ou ílio-isquiática
são depressões pouco visíveis. A chanfradura inferior ou ísquio-púbica é muito pro-
funda e larga.
É visível na extremidade anterior do rebordo cotiloideu o tubérculo précotiloideu onde
se ligam os feixes infrapúbicos.
O revestimento cartilagíneo apenas recobre a porção articular da cavidade cotilóideia.
A espessura da fibrocartilagem é maior na periferia que no centro.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
O âmago é revestido por um periósteo fino, facilmente removível. Ele é preenchido por
uma massa adiposa avermelhada e pelo ligamento redondo.
Debrum Cotilóideu
É uma fibrocartilagem fixa ao contorno da cavidade cotilóideia.
Tem a forma de um prisma triângular encurvado em forma de anel.
Apresenta:
face aderente - ou base, pela qual se fixa no rebordo cotilóideu
face interna - côncava, lisa, articular, em continuidade com a superfície arti-
cular da cavidade cotilóideia
face externa - convexa, que dá inserção á cápsula articular
O debrum preenche as chanfraduras ílio-púbica e ílio-ísquiática e passa como uma
ponte acima da chanfradura ísquio-púbica tranformando-a num orifício ísquio-
púbico. Esta última porção tem o nome de ligamento transverso do acetábulo.
Este ligamento transverso é reforçado por feixes que vão, quer directamente, quer
oblíquamente entrecruzando-se, de uma extremidade à outra da chanfradura ísquio-
púbica.
A altura do debrum cotilóideu é maior em cima e atrás que em baixo e adiante.
A cavidade cotilóideia aumentada pelo debrum cotilóideu forma quase uma semi-esfera.
A cabeça do fémur seria portanto retida mecânicamente nesta cavidade se o debrum não
se distendesse facilmente, divido à sua elasticidade e flexibilidade.
O debrum cotilóideu tem por efeito aumentar a profundidade e a extensão da cavi-
dade cotilóideia, ao mesmo tempo que regulariza o rebordo irregular desta cavidade.
Meios de União
As superfícies articulares são mantidas em contacto pela cápsula articular. Esta é re-
forçada por 3 ligamentos principais. Existe ainda um ligamento independente que é o
ligamento redondo.
Cápsula Articular
Inserção Ilíaca
Faz-se sobre o contorno ósseo do rebordo cotilóideu e sobre a porção contígua da face
externa do debrum cotilóideu.
A inserção capsular não ocupa toda a face externa do debrum apresenta uma banda mais
ou menos estreita que ladeia o bordo livre, em concordância com a cavidade articular.
Ao nível da chanfradura ísquio-púbica a cápsula insere-se na face externa do liga-
mento transverso.
Inserção Femural
Realiza-se em torno do colo do fémur:
Adiante sobre a linha intertrocanteriana anterior
Atrás sobre a face posterior do colo segundo a linha que passa na união do 1/3
externo com os 2/3 internos desta face.
Em cima e em baixo, sobre os bordos superior e inferior do colo, segundo as
linhas oblíquas que unem as extremidades das linhas de inserção anterior e pos-
terior, passando em baixo um pouco acima do pequeno trocânter.
Nem todas as fibras articulares se inserem no fémur ao longo da linha de inserção des-
crita. Os feixes mais profundos reflectem-se sobre o colo e ascendem até ao contorno
da superfície articular.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Estes feixes formam com a sinovial que subelevam pregas denominadas frenulae cap-
sulae.
A cápsula é constituída por 2 tipos de fibras:
Fibras longitudinais – estendem-se do osso coxal ao fémur, estão sobretudo sobre
a face anterior da cápsula.
Fibras circulares e anelares – predominam essencialmentena porção póstero-
inferior e no plano profundo da cápsula. São de duas ordens:
a) umas vão de um ponto a outro do rebordo do debrum cotilóideu.
b) outras parecem não ter qualquer inserção óssea. Abundantes na porção média
da cápsula onde formam um feixe espesso, anelar, a zona orbicular da cápsula
ou ligamento anelar de Weber. Este ligamento é mais estreito que a periferia
da cabeça do fémur e forma-se um pouco para fora dela, em torno do colo do
fémur. Está unido por feixes espessos aos ligamentos longitudinais e consequen-
temente ao osso coxal.
Ligamentos
Ligamento Pubo-Fémural
Insere-se em cima sobre a porção anterior da eminência ilio-pectínea e sobre o lábio
anteiror da goteira infra-púbica.
As fibras dirigem-se para baixo, para fora e um pouco para trás, fixando-se na porção
anterior da depressão pretrocanteriana.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Ligamento Ísquio-Femural
Está situado sobre a face posterior da articulação.
Nasce da goteira infra-cotilóideia e da porção contígua do rebordo e do debrum coti-
lóideu.
Os seus feixes dirigem-se para cima e para fora, cruando oblíquamente a face posterior
do colo, fixando-se na porção anterior da face interna do grande trocânter, adiante
da fosseta digital.
Raramente alguns feixes destacam-se do ligamento e fixam-se na região posterior da
face superior do colo, adiante da fosseta digital.
Ligamento Redondo
Lâmina fibrosa com aproximadamente 3 cm de comprimento.
Resulta da transformação fibrosa dos feixes mais elevados do músculo pectíneo.
No homem o ligamento e o músculo são distintos, o ligamento está isolado na cavidade
articular. Abaixo dele, os feixes do músculo dão origem ao ligamento pubo-fémural.
Estende-se através da cavidade articular, da cabeça do fémur à chanfradura ísquio-
púbica do íliaco.
Insere-se no fémur sobre a metade ântero-superior da fosseta do ligamento redondo.
O ligamento dirige-se para baixo, enrolando-se sobre a cabeça fémural. Alarga-se na
zona vizinha da chanfradura ísquio-púbica, onde termina por intermédio de três feixes
principais que se distinguem em anterior, médio e posterior.
Feixe Anterior ou Púbico – insere-se na extremidade anterior da chanfradura,
imediatamente atrás do corno anterior do crescente articular.
Feixe Posterior ou isquiático – mais largo, mais longo e mais resistente que o ante-
rior. Contorna a extremidade posterior, larga, alta e côncava da chanfradura ís-
quio-púbica, passando abaixo do ligamento transverso, ao qual se une estritamente.
Fixa-se no osso ilíaco por fora da chanfradura.
Feixe Médio – lamela fibrosa intermediária aos dois feixes precedentes. Une-se ao
bordo interno ou inferior do ligamento transverso, em todo o seu comprimento.
Alguns filamentos fibrosos, destacam-se do ligamento redondo ao longo do seu trajec-
to e inserem-se sobre o âmago da cavidade cotilóideia, atravessando a camada adiposa
que o preenche.
Existem na espessura do ligamento redondo uma ou duas arteríolas destinadas à cabe-
ça do fémur e algumas vénulas.
A espessura e resistência do ligamento redondo são muito variáveis. Tanto pode ser
muito forte como estar reduzido a algumas fibras que envolvem uma prega da sinovial.
Sinovial
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Reveste a face profunda da cápsula articular e reflecte-se ao longo das inserções coxais
e fémurais da cápsula para se estender até ao contorno das superfícies articulares.
A porção reflectida da sinovial reveste:
Do lado ilíaco – a face externa do debrum cotilóideu desde a inserção capsular até ao
bordo livre do debrum
Do lado fémural – toda a porção intra-articular do colo compreendida entre a linha
de interseção da cápsula e o revestimento cartilagíneo da cabeça fémural.
A sinovial reflectida sobre o colo do fémur, é subelevada pelos feixes recorrentes da
cápsula e forma com eles as frenula capsulae. Estas pregas não existem sobre a face
posterior do colo.
Ao longo da inserção da cápsula na face posterior do colo, a manga capsular é fina e
pouco aderente ao colo fémural. A insuflação ou a injecção da sinovial determina a este
nível a formação de um fundo de saco sinovial em forma de debrum semi-anelar.
Adução e Abdução
O movimento de adução aproxima a coxa da linha mediana e o movimento de abdução
afasta-a.
O eixo destes movimentos é ântero-posterior e passa pela cabeça fémural.
A extensão entre as duas posições extremas é de 90º.
O movimento de adução é limitado pelo reencontro das duas coxas se o indivíduo se
encontra em posição normal, senão pela tensão do feixe pretrocanteriano superior.
O movimento de abdução é limitado pela tensão do ligamento pubo-fémural e do
feixe ílio-pretrocanteriano inferior.
Na abdução forçada o colo do fémur pode atingir o rebordo cotilóideu.
Circundação
Resulta da sucessão dos movimentos precedentes.
Rotação
Os movimentos de rotação para dentro e para fora realizam-se em torno de um eixo ver-
tical que passa pelo centro da cabeça femural.
A amplitude máxima destes movimentos é de aproximadamente 50º.
A rotação para dentro é limitada pela tensão do feixe ílio pretrocanteriano inferior.
A rotação para fora é limitada pela tensão do feixe ílio pretrocanteriano superior.
RÓTULA
Localização – situa-se na porção anterior do joelho.
Classificação – par e achatado
Orientação – a porção mais afilada é inferior, a superfície articular è posterior, encon-
trando-se esta superfície dividida em duas facetas, das quais a maior é externa.
Conexões:
com o fémur
Descrição
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Face Anterior
Convexa.
Apresenta numerosos orifícios vasculares e sulcos verticais determinados pela passa-
gem dos feixes mais anteriores do tendão do quadrícipete.
Face Posterior
Compreende duas porções, uma superior não articular e outra inferior.
Porção Superior
Articular ocupa os ¾ superiores da face e articula-se com a tróclea fémural.
Possui uma crista arredondada quase vertical em concordância com a garganta da
tróclea e duas facetas laterais côncavas
Faceta Lateral Externa – mais larga e mais profunda adapta-se á vertente condili-
ana externa da tróclea.
Faceta Lateral Interna – está em concordância com a vertente condiliana interna.
Apresenta ao longo do seu bordo livre uma impressão separada do resto da faceta
interna por uma linha saliente oblíqua para baixo e para dentro. Esta impressão
existe porque durante a flexão extrema da perna ela é a única porção da faceta late-
ral interna a apoiar-se e a deslizar sobre o côndilo interno, de tal modo que o resto
da faceta se coloca adiante da chanfradura intercondiliana do fémur.
Porção Inferior
Rugosa, crivada de orifícios.
Dá inserção ao ligamento adiposo do joelho.
Uma linha ligeiramente saliente, côncava para cima, separa-a da superfície articular.
Base
Triângular, de vértice posterior, é inclinada para diante.
Dá inserção na metade anterior ao tendão do quadricípete crural.
Atrás, perto da superfície articular, existe a cápsula de articulação.
Entre as duas inserções, tendinosa e capsular, a superfície óssea é lisa.
Vértice
Dirige-se para baixo e dá inserção ao ligamento rotuliano
Bordos laterais
São fortemente convexos.
Sobre cada um deles insere-se o músculo vasto e a asa rotuliana correspondentes.
TÍBIA
Localização –situa-se na porção interna da perna.
Classificação – par e longo
Orientação – a extremidade mais volumosa do osso é superior e no contorno desta ex-
tremidade existe uma faceta articular que é póstero-externa.
Conexões:
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
com o fémur
com o perónio
com o astrágalo
Descrição
É contornada em S itálico muito alongado, apresenta uma concavidade para fora em
cima e para dentro em baixo.
Apresenta um corpo, uma extremidade superior e uma extremidade inferior.
Corpo
Face Interna
Lisa, plana, está em concordância com os tegumentos excepto na sua porção superior
onde se inserem os músculos costureiro, recto interno e semitendinoso que constitu-
em o pé de pato.
Estas inserções fazem-se numa zona rugosa perto do bordo anterior do osso.
Uma outra zona rugosa localizada ao longo do bordo posterior do osso, corresponde à
inserção inferior do ligamento lateral interno do joelho.
Face Externa
Apresenta na sua metade superior uma depressão longitudinal sobre a qual se insere o
músculo tibial anterior.
A porção inferior desta face é convexa.
Face Posterior
É atravessada na sua porção superior por uma crista rugosa oblíqua para baixo e para
dentro, é a linha oblíqua da tíbia, sobre a qual se insere o solhar.
Esta linha dá ainda inserção ao músculo politeu no seu lábio superior e aos músculos
tibial posterior e flexor comum dos dedos ao longo do seu lábio inferior.
Esta linha divide a face posterior da tíbia em dois segmentos:
Segmento Superior – dá inserção ao músculo popliteu
Segmento Inferior – subdividido por uma crista vertical em duas superfícies
alongadas e lisas. Sobre a face interna insere-se o flexor comum dos dedos, so-
bre a face externa insere-se o tibial posterior.
O buraco nutritivo principal situa-se normalmente pouco abaixo da linha oblíqua da
tíbia.
Bordo Anterior
Contornado em S itálico.
É cortante nos 3/4 superiores do osso, o que lhe atribui o nome de crista da tíbia.
Perde-se em cima sobre a tuberosidade anterior da tíbia, em baixo torna-se arredon-
dado e desvia-se para dentro.
Bordo Externo
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Bordo Interno
Arredondado em cima e saliente em baixo
Dá inserção a feixes do flexor comum dos dedos.
Extremidade Superior
Faces Laterais
São curvas, com uma altura de cerca de 2 cm e apresentam uma configuração diferente
sobre cada uma das tuberosidades
Tuberosidade Interna
Apresenta atrás a impressão de inserção do tendão directo do semimenbranoso.
Por dentro existe uma goteira transversal onde progride o tendão reflectido deste
músculo.
Tuberosidade Externa
Externamente e atrás apresenta uma faceta articular plana, arredondada que olha
para baixo, para trás e para fora, é a faceta articular peronial, destinada a articular-
se com a cabeça do perónio
Externamente e adiante encontra-se o tubérculo de Gerdy.
Possui uma crista oblíqua para baixo e para diante que se estende do tubérculo de
Gerdy até ao bordo externo da tuberosidade anterior.
O tubérculo de Gerdy e esta crista dão inserção ao tibial anterior e ao tensor da
fascia lata.
Face Superior
É dividida em 3 porções: duas laterais, as cavidades glenoideias e uma média a super-
fície interglenóideia.
Cavidades Glenóideias
São uma externa e outra interna.
Articulam-se com os côndilos do fémur.
A cavidade glenóideia interna é mais côncava, mais alongada e menos larga que a
externa.
A cavidade glenóideia externa é ligeiramente côncava transversalmente e por vezes
é ligeiramente convexa de diante para trás. É limitada por um bordo menos visível
que a interna.
Na sua porção interna as cavidades glenóideias elevam-se sobre as faces laterais por
uma emiência, formando as espinhas da tíbia, que ocupam a porção média da su-
perfície interglenóideia.
Superfície Interglenóideia
Divide-se em três porções:
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Extremidade Inferior
Face Anterior
Convexa e lisa.
Dá seguimento á face externa do corpo do osso.
Possui um pouco acima do bordo anterior da superfície articular inferior um friso quase
transversal onde se insere a cápsula da articulacão tíbio-társica.
Relaciona-se com os tendões dos músculos extensores dos dedos.
Face Posterior
Ligeiramente convexa.
Apresenta uma depressão pouco profunda para a passagem do tendão do longo flexor
proprio do grande dedo.
Face Externa
Escavada em goteira, a chanfradura peronial, limitada pelos dois ramos da bifurca-
ção do bordo externo da tíbia.
A goteira é rugosa em cima, lisa em baixo onde se aplica contra a extremidade inferior
do perónio.
Face Interna
Prolonga-se para baixo por uma apófise volumosa, achatada transversalmente, o maléo-
lo interno.
Maléolo Interno
Face Interna - é convexa e está em contacto com a pele.
Face Externa - apresenta uma superfície articular triângular com base anterior
que se articula com o astrágalo.
Bordo anterior - é espesso, rugoso e dá inserção à camada superfícial do liga-
mento lateral interno da articulação tibio-társica.
Bordo Posterior – muito largo, Apresenta uma goteira oblíqua para baixo e para
dentro que pode estar bifurcada em concordância com os tendões do tibial posteri-
or e do flexor comum dos dedos.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Vértice – dividido por uma chanfradura em dois tubérculos, o anterior mais sali-
ente que o posterior, dá inserção aos feixes da camada superfícial e profunda do
ligamento lateral interno da articulação tíbio-társica.
Face Inferior
Superfície articular quadrilátera, côncava de diante para trás, mais larga externamente
que internamente.
É dividida em duas porções por uma crista romba ântero-posterior que se articula
com a garganta da roldana astragaliana.
Tem continuidade internamente com a superfície articular do maléolo interno.
PERÓNEO
Localização – situa-se na porção externa da perna.
Classificação – par e longo
Orientação – a extremidade mais afilada do osso é inferior, a faceta articular dessa ex-
tremidade é interna e a fosseta relacionada com essa faceta é posterior.
Conexões:
com a tíbia
com o astrágalo
Descrição
Apresenta um corpo e duas extremidades.
Corpo
Face Externa
Convexa em cima, deprimida em goteira longitudinal na porção média.
Dá inserção aos músculos longo e curto peroneais laterais.
É dividida na sua porção inferior por uma crista oblíqua para baixo e para trás, em
dois segmentos: um anterior triângular e subcutâneo; outro posterior deprimido em
goteira onde progridem os tendões dos peroneais laterais
Face Interna
Dividida em duas porções alongadas por uma crista longitudinal, a crista interóssea,
onde se liga o ligamento interósseo.
Adiante da crista encontra-se a inserção dos extensores dos dedos e do peroneal
anterior.
Atrás da crista a face interna é deprimida em goteira nos 2/3 superiores onde se insere
o músculo tibial posterior.
Face Posterior
Em cima é estreita, convexa e rugosa e dá inserção ao solhar
No resto da sua extensão é mais larga e recoberta pelas inserções do longo flexor do
grande dedo.
No quarto inferior do osso, a face posterior desvia-se para dentro, colocando-se no
mesmo plano da face interna.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Bordo Anterior
Fino e cortante, sobretudo na porção média e por isso conhecido como crista do peró-
nio.
Comunica em baixo com o bordo anterior do maléolo externo.
Bordo Interno
Saliente na porção média, atenuando-se nas extremidades sobretudo na inferior. Dá in-
serção ao músculo tibial posterior.
Bordo Externo
Arredondado em cima, saliente nos 2/3 inferiores.
No sentido da extremidade inferior do osso o bordo externo desvia-se para trás.
Dá inserção a um septo fibroso que separa os músculos da região externa dos da região
posterior.
Extremidade Superior
Extremidade Inferior
Face Externa
Compreende, como a porção inferior da face externa do corpo, dois segmentos separa-
dos pela mesma crista oblíqua.
O segmento anterior corresponde á pele e o segmento posterior, também denominado
de face posterior do maléolo, olha para trás e é deprimido em goteira na qual progri-
dem os tendões dos peroneais laterais.
Face Interna
Apresenta uma faceta articular, triângular de base superior, convexa em concordância
com a face externa do astrágalo.
Acima da faceta articular existe uma superfície rugosa sobre a qual se implanta o li-
gamento interósseo peróneo-tibial.
Em baixo e atrás da faceta articular existe uma fosseta na qual se insere o feixe pos-
terior do ligamento lateral externo.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
Bordo Anterior
Rugoso, dá inserção em cima ao ligamento perónio-tibial anterior e em baixo aos
ligamentos perónio-astragaliano anterior e peróneo-calcaneano
Bordo Posterior
Rugoso, dá inserção ao ligamento peróneo.tibial posterior.
Vertice
Arredondado.
Apresenta uma chanfradura situada adiante do ponto mais saliente do vértice na qual
se implanta em parte o feixe peróneo-calcaneo do ligamento lateral externo da arti-
culação tibio-társica.
ARTICULAÇÕES TÍBIO-PERONIAIS
Articulação Tíbio-Peroneal Superior
Classificação – artrodia
Superfícies Articulares
Meios de União
Cápsula Articular – insere-se no contorno das superfícies articulares, excepto
em cima e adiante que se insere perto do revestimento cartilagíneo da faceta ti-
bial.
Ligamentos Tibio-Peroneais
Ligamento Anterior – muito resistente. Situa-se adiante da articulação e insere-se na
cabeça do peróneo e na porção anterior da tuberosidade externa da tíbia.
Sinovial
Reveste a face profunda da cápsula.
Algumas vezes comunica com a cavidade articular do joelho.
Movimentos
Apenas executa movimentos de deslizamento de pouca extensão.
Superfícies Articulares
Meios de União
Ligamento Interósseo
Compõe-se de feixes fibrosos curtos.
Uns são transversais, outros descendem do peróneo para a tíbia, outros mais numero-
sos dirigem-se para baixo e para fora desde a tíbia até ao peróneo.
Inserem-se na porção superior das superfícies articulares terminando a alguns milí-
metros do bordo superior das superfícies articulares.
Os intervalos entre os feixes são preenchidos por gordura.
Ligamento Anterior
As suas fibras dirigem-se obliquamente para baixo e para fora, desde o bordo anterior
da superfície tibial e da porção vizinha da face anteriorda tíbia ao bordo anterior do
maléolo peroneal.
Ligamento Posterior
É mais espesso e mais largo que o precedente.
As suas fibras são oblíquas para baixo e para fora e inserem-se internamente sobre o
bordo posterior da superfície tibial e sobre a face posterior da tíbia.
Esta última inserção prolonga-se até ao maléolo interno da tíbia, ao longo do bordo
posterior do encaixe tíbio-peroneal.
O ligamento termina externamente sobre todo o bordo posterior do maléolo peroneal.
Sinovial
A sinovial da articulação tíbio-társica emite um prolongamento tíbio-peroneal que
se eleva entre a tíbia e o peróneo até ao ligamento interósseo.
O fundo de saco sinovial tibio-peroneal é ocupado por uma franja adiposa disposta
sagitalmente entre os dois ossos. Ela destaca-se quer do peróneo, quer do fundo de saco
sinovial, e descende até à interlinha da articulação tíbio-társica.
Esta franja destina-se a preencher o espaço que se produz entre a tíbia e o peróneo em
certos movimentos da articulação tíbio-társica.
Mecanismo da Articulação
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
É uma membrana fibrosa formada por fibras que se dirigem oblíquamente para baixo e
para fora, do bordo externo da tíbia à crista interóssea do peróneo que se encontra
na face interna.
É reforçado atrás por fibras provenientes do tibial posterior.
Apresenta em cima um orifício que dá passagem á artéria tibial anterior e em baixo
outro orifício por onde passa a artéria peroneal anterior.
O orifício da artéria tibial é limitado em baixo pelo bordo superior do ligamento inte-
rósseo e em cima por uma lâmina tíbio-peroneal por vezes dividida em vários feixes
que se estendem do peróneo á tibia., abaixo da articulação tíbio-peroneal superior, de-
nominado ligamento de Barkow.
A face anterior deste ligamento dá inserção aos músculos tibial anterior e extensores
dos dedos.
A face posterior da inserção ao tibial posterior e ao flexor próprio do grande dedo.
A extremidade inferior do ligamento interósseo continua com o ligamento interósseo
da articulação tíbio-peroneal inferior.
ARTICULAÇÃO DO JOELHO
Esta articulação é constituída pelo fémur, pela tíbia e pela rótula. Pode ser dividida em
duas artiulações secundárias:
a) uma constituída pelo fémur e pela rótula, denominada articulação fémuro-
rotuliana e é uma trocleartrose
b) a outra constituída pelo fémur e pela tíbia, denominada de articulação fémuro-
tibial e é uma bicondilartrose, apresentando ainda 2 meniscos interarticulares
interpostos.
No conjunto constituí portanto uma trócleo-bicondilo-meniscartrose.
Superfícies Articulares
Côndilos
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
A superfície articular do fémur está revestida por uma camada de cartilagem, fina so-
bre os bordos, mais espessa ao nível da garganta da tróclea e sobre a porção média
dos côndilos.
As ranhuras côndilo-trocleares são mais visíveis no osso revestido por cartilagem que
no osso seco.
Menisco Externo
Tem a forma de um C muito fechado.
O corno anterior insere-se na superfície pré-espinhal imediatamente adiante da espi-
nha externa da tíbia e imediatamente atrás e para fora do ligamento cruzado anterior.
O corno posterior insere-se atrás das espinhas da tíbia e na depressão que as separa
na região posterior.
Da extremidade posterior destaca-se um feixe forte, o ligamento menisco-femural
posterior ou feixe de Wrisberg, que acompanha o ligamento cruzado posterior, pas-
sando atrás dele, por vezes adiante ou adiante e atrás se se desdobra.
Insere-se com este ligamento na chanfradura intercondiliana, sobre o côndilo inter-
no.
Menisco Interno
Tem a forma de um C muito aberto.
Insere-se pelo corno anterior no ângulo ântero-interno da superfície pré-espinhal,
adiante do ligamento cruzado anterior.
Fixa-se pelo corno posterior sobre a superfície retro-espinhal, imediatamente atrás da
superfície de inserção do menisco externo e adiante do ligamento cruzado posterior.
Os dois meniscos estão unidos na maioria dos casos adiante por uma faixa fibrosa com
direcção transversal, denominada ligamento transverso intermeniscal ou ligamento
jugal de Winslow.
Rótula
Entra em contacto com a tróclea fémural por intermédio de uma superfície articular
que ocupa os ¾ superiores da sua face posterior.
Esta superfície articular está recoberta por uma espessa camada de fibrocartilagem e
apresenta uma crista vertical, em concordância com a garganta da tróclea. Conse-
quentemente apresenta duas vertentes laterais, côncavas, que se opõem às vertentes da
tróclea.
A faceta interna é mais estreita e menos escavada que a externa. Ao longo do seu bor-
do livre existe uma impressão que representa a zona da faceta interna que entra em con-
tacto com o côndilo interno na flexão extrema da perna.
Meios de União
Cápsula Articular
É uma bainha fibrosa que se estende desde a extremidade inferior do fémur à extre-
midade superior da tíbia.
Apresenta adiante uma solução de continuidade que corresponde á superfície articular
da rótula.
Inserção Fémural
Contorna a superfície articular, a uma distância do revestimento cartilagineo variável.
Apontamentos Anatomia I
Filipa Ferreira
A cápsula articular é fina e laxa em quase toda a sua extensão excepto na face posterior
dos côndilos.
Lateralmente une-se à face externa dos meniscos interarticulares.
Adiante do tendão do músculo popliteu a cápsula está ausente e a sinovial comunica
com a bolsa serosa anexa a este tendão.
Ligamentos Anteriores
Adiante a cápsula é reforçada por elementos fibrosos diversos dispostos da profundida-
de para a superfície segundo 3 planos:
Plano Profundo – capsular, compreende ligamentos que podem ser considerados
espessamentos da cápsula
Plano Médio – tendinoso – formado por tendões ou por expansões tendinosas dos
músculos vizinhos
Plano Superficial – aponevrótico, constituido pela porção correspondente da apo-
nevrose superficial.
Plano Capsular
Este plano compreende as asas da rótula e os ligamentos menisco-rotulianos.
Asas da Rótula
São duas lâminas fibrosas finas triângulares, cuja base está nos bordos laterais da
rótula e o vértice sobre os côndilos fémurais.
Existem 2 asas, uma interna e outra externa
a) Asa Interna – nasce da porção superior do bordo interno da rótula e termina
na tuberosidade do côndilo interno, atrás da superfície de inserção do ligamen-
to lateral interno.
b) Asa Externa – muito fina. Insere-se adiante sobre o bordo externo da rótula,
fixa-se atrás por uma extremidade afilada na tuberosidade do côndilo externo.
Frequentemente estende-se até ao tendão do gémio externo e confunde-se com
ele.
As asas da rótula confundem-se na vizinhança da rótula com a cápsula articular
subjacente, sendo por isso consideradas feixes de reforço da cápsula.
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Ligamentos Menisco-Rotulianos
Feixes fibrosos que se estendem oblíquamente da porção inferior dos bordos late-
rais da rótula ao bordo externo ou convexo do menisco interarticular corres-
pondente.
O ligamento menisco-rotuliano externo é normalmente mais desenvolvido que o in-
terno.
Plano Tendinoso
Recobre o plano capsular e une-se estritamente a ele.
Estende-se sobre toda a face anterior do joelho.
É constituído pelo tendão ou ligamento rotuliano; pela expansão dos vastos e pela
expansão prerotuliana do tensor da fascia lata.
Tendão ou Ligamento Rotuliano
É uma lâmina tendinosa achatada de diante para trás, larga e muito espessa, que re-
presenta a porção infra-rotuliana do tendão de inserção do quadricípete sobre a
tíbia.
Insere-se em cima sobre o vértice da rótula e sobre a região contígua da face ante-
rior deste osso.
As fibras superficiais não têm qualquer inserção rotuliana e continuam com as fi-
bras tendinosas do quadricípete.
O ligamento dirige-se oblíquamente para baixo e um pouco para fora e retrai-se li-
gairamente de cima para baixo.
Fixa-se na porção inferior, irregular e saliente da tuberosidade anterior da tíbia.
As fibras tendinosas arciformes, que provêm da aponevrose do tensor da fascia
lata, cruzam transversalmente a face anterior e imprimem-lhe uma curvatura de
concavidade anterior.
A face posterior do tendão rotuliano relaciona-se em cima com o ligamento adipo-
so do joelho.
Uma bolsa serosa pré-tibial separa em baixo, o tendão da porção superior da tube-
rosidade da tíbia.
Plano Aponevrótico
A aponevrose superfícial recobre toda a face anterior da articulação.
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Porção Acessória
Mias fina que a porção principal, em continuidade com esta e encontra-se por trás dela.
É formada por fibras oblíquas que irradiam das inserções femural e tibial da porção
principal, até á face periférica da fibrocartilagem interna, onde terminam.
Desenvolve-se por vezes uma bolsa serosa entre o ligamento e o côndilo, e uma se-
gunda bolsa entre o ligamento e tuberosidade interna da tíbia.
Elas devem-se ao movimento de flexão e extensão da perna.
Ligamentos Posteriores
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Ligamentos Cruzados
São dois cordões fibrosos curtos e muito espessos que se estendem do espaço intergle-
nóideu da extremidade superior da tíbia ao espaço intercondiliano do fémur.
São os verdadeiros ligamentos posteriores da articulação, pois reforçam a porção poste-
rior intercondiliana da cápsula articular.
Sinovial
Recobre a face profunda da cápsula articular e reflecte-se sobre o osso, desde a linha
de inserção da cápsula até ao revestimento cartilagíneo.
Forma sobre o contorno das superfícies articulares da tíbia e do fémur um fundo de
saco.
Sobre a rótula a sinovial termina directamente com a cápsula, cercando o revestimento
cartilagíneo.
O fundo de saco perifemural é muito reduzido atrás.
Adiante, acima da porção média da tróclea, está em concordância com a face profun-
da do quadricípete e tem o nome de fundo de saco quadricipital. Este fundo de saco
estende-se até à inserção capsular e por vezes comunica com uma bolsa serosa
subquadricipital situada acima dele.
Do lado da tíbia a sinovial forma uma prega somente sobre as faces laterais do osso.
Adiante do peróneo a sinovial envia sobre o tendão do popliteu um divertículo deno-
minado prolongamento popliteu, que pode comunicar com a cavidade da articulação
tíbio-peroneal superior.
A sinovial desce sobre a face anterior da articulação primeiro do fémur á rótula e depois
da rótula até à tibia, recobrindo nesta última região o pacote adiposo infra-rotuliano.
Atrás desce directamente do fémur à tibia, mas lateralmente é aderente ao bordo con-
vexo dos meniscos, existindo assim uma sinovial supra-meniscal e outra infra-
meniscal.
Sobre a face posterior da articulação a sinovial forma um prega que se dirige para dian-
te e reveste os ligamentos cruzados.
Na porção média do pacote destaca-se, abaixo da rótula, um cordão que se dirige para
cima e para trás através da cavidade articular fixando-se na extremidade anterior da
chanfradura intercondiliana. É o ligamento adiposo.
Por vezes o ligamento adiposo prolonga-se por trás sob a forma de um fino septo até ao
ligamento cruzado anterior e o seu revestimento sinovial continua com o dos ligamen-
tos cruzados. Neste caso existe entre as articulações côndilo-tibiais o septo mediano ( o
ligamento adiposo é um vestígio deste septo)
O pacote adiposo te como função preencher o intervalo, que durante a flexão do joelho,
se produz entre a extremidade superior da tíbia, as superfícies condilianas do fémur e a
rótula.
Franjas Sinoviais
Existem:
-- ao longo da linha compreendida entre os côndilos do fémur e os meniscos interarti-
culares.
-- ao nivel da inserção dos gémeos sobre a cápsula condiliana – processos sinoviais
supracondilianos
-- sobre a face anterior da cápsula, por fora da rótula e das pregas alares.
Flexão e Extensão
Fazem-se em torno de um eixo transversal que passa sobre os côndilos.
A flexão aproxima a face posterior da perna à face posterior da coxa e a extensão afas-
ta-as.
O movimento tem uma amplitude de 130 a 150º
Estes movimentos acompanham-se de um movimento de rotação da tíbia para dentro
durante a flexão e de rotação para fora durante a extensão. (devem-se à diferença de
alturas dos 2 côndilos)
Estes movimentos fazem-se pela combinação de movimentos de rolamento e desli-
zamento simultâneos, que no entando se fazem em sentido inverso. Logo que os côndi-
los rolem de diante para trás, delizam simultaneamente de trás para diante – na flexão.
O movimento inverso é produzido pela extensão.
Os condilos ao rolarem impelem para diante os meniscos. As suas extremidades poste-
riores aproximam-se na flexão e as anteriores aproximam-se na extensão.
O deslocamento dos meniscos é determinado no movimento de extensão pela acção dos
ligamentos menisco-rotulianos.
Rotação
Produzida em torno de um eixo vertical que passa na espinha da tíbia, na articulação
menisco-tibial.
Estes movimentos são nulos na extensão devido á tensão dos ligamentos cruzados e
laterais. Apresentam o máximo de extensão na semi-flexão.
Os movimentos de rotação são limitados pela tensão dos ligamentos cruzados e late-
rais.
ESQUELETO DO PÉ
TARSO
É um maciço ósseo que ocupa a metade posterior do pé. É formado por 7 ossos curtos
dispostos em duas fileiras, uma anterior e outra posterior.
A fileira posterior é formada por dois ossos: o astrálago e o calcâneo que estão sobre-
postos.
A fileira anterior compreende 5 ossos: o cubóide; o escafóide, e os três cuneiformes
que por sua vez estão justapostos.
Apesar dos ossos da fileira posterior serem maiores o tarso é mais estreito atrás que adi-
ante.
Os sete ossos do tarso estão reúnidos de modo a formarem uma abóbada côncava para
baixo sobre a qual se deposita todo o peso do corpo.
ASTRÁGALO
É um osso curto, achatado de cima para baixo e alongado de diante para trás.
Face Superior
É ocupada, em toda a extensão do corpo por uma superfície articular, a roldana astra-
galiana, convexa de diante para trás e côncava transversalmente, que se articula com a
tíbia.
É mais larga adiante que atrás e a sua vertente interna é um pouco mais estreita que a
externa.
É limitada lateralmente por dois bordos semicirculares: o bordo interno que é arre-
dondado e o externo, mais elevado que o interno, saliente na porção média, talhado em
bisel nas extremidades, sobretudo atrás onde é representado por uma faceta triângular
alongada de base posterior.
Adiante da roldana, a face superior retrai-se e corresponde ao colo.
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Dirige-se para dentro e é deprimida em goteira transversal, que recebe o rebordo ante-
rior da tíbia nos movimentos de flexão da perna sobre o pé.
Apresenta uma crista rugosa transversal para a inserção da cápsula tibio-társica e do
ligamento astrágalo-escafóideu superior.
Face Inferior
Articula-se com o calcâneo por intermédio de duas superfícies articulares: uma ânte-
ro-interna e outra póstero-externa, separadas uma da outra por uma goteira designada
ranhura ou sulco astragaliano. Oblíqua para diante e para fora e alargada de diante
para trás. A sua superfície é recoberta de rugosidades determinadas pela inserção do
ligamento astrágalo calcâneo interósseo.
As duas superfícies articulares têm o seu maior eixo orientado no mesmo sentido que a
ranhura que os separa.
A superfície ântero-interna é convexa e frequentemente dividida em dua facetas se-
cundárias. Faz parte da superfície articular da cabeça do astrágalo.
A superfície póstero-externa tem a forma de um segmento de cilindro encovado cuja
concavidade segue o grande eixo da faceta.
Face Externa
Face Interna
Apresenta na região superior a faceta tibial ou maleolar interna, em forma de vírgula
cuja extremidade mais forte está adiante e cujo bordo convexo se confunde com o bor-
do lateral interno da roldana astragaliana. Articula-se com o maléolo interno.
Abaixo desta faceta existe uma superfície rugosa, escavada, sobre a qual se insere o
feixe profundo do ligamento interno da articulação tibio-társica.
Adiante da faceta tibial está a face interna do colo.
Face Anterior
Designada cabeça do astrágalo.
É uma saliência convexa, articular, alongada transversalmente.
Está em continuidade em baixo e atrás com a faceta ântero-interna da face inferior do
osso.
No conjunto a superfície articular da cabeça compreende 3 segmentos:
Ântero-superior – articula-se com o escafóide
Médio – em concordância com o ligamento calcâneo-escafóideu inferior.
Póstero-inferior – formado pela faceta ântero-interna da face inferior do astrágalo
Face Posterior
Situada atrás da roldana astragaliana.
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É muito estreita.
Apresenta na porção interna a apófise posterior do astrágalo que é escavada por uma
goteira oblíqua para baixo e para dentro em concordância com o tendão do longo fle-
xor próprio do grande dedo.
Esta goteira é ladeada por dois tubérculos, um interno e outro externo mais acusado.
O tubérculo externo dá inserção ao feixe peróneo-astragaliano posterior do liga-
mento lateral externo.
Existe por vezes um osso supranumerário fixo ao tubérculo externo ou articulado com
ele, é o osso trígono. Este osso existe normalmente nalguns vertebrados inferiores.
CALCÂNEO
É o mais volumoso dos ossos do tarso.
Localiza-se abaixo do astrágalo na região posterior e inferior do pé.
Face Superior
Compreende 2 segmentos:
Segmento Anterior – recoberto pelo astrágalo, apresenta duas superfícies alongadas,
cujo grande eixo é oblíquo para diante e para fora. Uma anterior, côncava, frequente-
mente dividida em duas facetas secundárias. Outra posterior, talhada em segmento de
cilindro cuja convexidade se dirige no sentido do grande eixo da faceta articular.
Estas superfícies estão em concordância com as facetas articulares da face inferior do
astrágalo e separadas uma da outra pelo sulco ou ranhura calcânea que se dirige para
diante e para dentro e se alarga de trás para diante. Forma em oposição com o sulco as-
tragaliano o canal ou seio astrágalo-calcaneano ou seio do tarso.
Atrás destas superfícies articulares a face superior é preenchida por tecido célulo-
adiposo que separa a articulação tibio társica do Tendão de Aquiles.
Segmento Posterior – estende-se para trás do astrágalo. É desigual, crivado de orifícios,
convexo transversalmente e côncavo de diante para trás.
Face Inferior
Estreita, convexa de fora para dentro, côncava de diante para trás.
Apresenta 3 tuberosidades: uma anterior e 2 posteriores.
Das duas posteriores a interna, mais volumosa, dá inserção ao curto flexor plantar e
ao adutor do grande dedo. A externa da inserção ao abdutor do pequeno dedo.
A tuberosidade anterior apresenta inserções ligamentosas.
Entre as tuberosidades posteriores e a anterior existem numerosos orifícios vasculares e
estrias longitudinais em concordância com os feixes do ligamento calcâneo-cuboideu.
Face Externa
É quase plana e rugosa.
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Apresenta na metade anterior o tubérculo dos peroneais laterais que separa a goteira
do longo peroneal lateral, que está abaixo do tubérculo, da do curto peroneal que está
acima.
Um pouco atrás e acima deste tubérculo existe frequentemente uma saliência rugosa que
dá inserção ao feixe peróneo-calcaneano do ligamento externo da articulação tíbio-
társica.
Face Interna
Ocupada por uma larga goteira orientada oblíquamente para baixo e para diante, a go-
teira calcaneana interna, onde se encontram músculos, vasos e nervos que passam da
região posterior da perna para a região plantar do pé. Esta é limitada atrás e em baixo
pela tuberosidade interna da face inferior e em baixo e em cima por uma saliência
volumosa denominada sustentaculum tali.
Esta apófise suporta a faceta articular ântero-interna da face superior e é ela própria
atravessada por duas goteiras.
Adiante e em cima existe uma pequena saliência, a pequena apófise do calcaneo, cuja
base é percorrida por uma goteira onde progride o tendão do flexor próprio do grande
dedo.
A outra percorre o vértice da apófise e está em concordância com o tendão do flexor
comum dos dedos.
Face Posterior
Estreita e lisa em cima, rugosa e larga na metade inferior constituindo a tuberosidade
posterior do calcaneo onde se insere o tendão de Aquiles.
Face Anterior
Esta face localiza-se na extremidade da grande apófise do calcâneo. Dá-se este nome à
porção anterior, um pouco retraída, do osso.
A face anterior é uma superfície articular em concordância com o cubóide.
É convexa transversalmente. No sentido vertical é côncava em cima e convexa em bai-
xo.
CUBÓIDE
Está situado adiante do calcâneo, sobre o lado externo do pé.
Orientação – das duas superfícies articulares que se opõem, a mais plana é anterior.
Estas duas superfícies convergem para fora. A face que apresenta uma crista e uma go-
teira é inferior.
Tem a forma de um prisma triângular cuja aresta arredondada, situada sobre o bordo
externo do pé, resulta da convergência das faces planar e dorsal do osso.
Apresenta 4 faces, uma base e um bordo externo ou aresta.
Face Dorsal
Rugosa, inclinada para baixo e para fora. Relaciona-se com o músculo pedioso.
Face Plantar
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É atravessada por uma crista arredondada e larga, que se dirige oblíquamente para dian-
te e para dentro, a crista do cubóide.
Adiante da crista existe uma goteira em concordância com o longo peritoneal lateral.
Este tendão reflecte-se sobre a vertente anterior da crista, cuja metade externa é ocupada
por uma impressão ovalar em concordância com o osso sesamoideu do longo perito-
neal lateral.
Atrás da crista a face é deprimida e dá inserção ao ligamento calcâneo-cubóideu.
Face Posterior
Articula-se com o calcâneo.
A superfície articular é côncava transversalmente; no sentido vertical é convexa em
cima e côncava em baixo.
Prolonga-se para dentro, para baixo e para trás, através de uma eminência, a apófise
piramidal.
Face Anterior
É articular e apresenta duas facetas separadas por uma crista arredondada, oblíqua para
baixo e para dentro.
Estas duas facetas correspondem ao IV e V metatársicos.
Face Interna
Articula-se com o III cuneiforme por intermédio de uma faceta plana, triângular ou
ovalar, situada na sua porção média.
Atrás desta superfície articular existe uma segunda faceta mais pequena, alongada de
cima para baixo, que se articula com o escafóide.
Esta superfície é recoberta de rugosidades destinadas às inserções ligamentosas.
ESCAFÒIDE
Também conhecido como osso navicular, é um osso curto cuja forma é comparada è de
uma canoa.
Localiza-se no lado interno do pé, adiante do astrágalo, para dentro do cubóide e atrás
do cuneiformes.
Face Posterior
Côncava, lisa, elíptica, articula-se com a cabeça do astrágalo.
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Filipa Ferreira
Face Anterior
Convexa, articular, é dividida por duas cristas arredondadas em 3 facetas quase triân-
gulares, que se articulam com os 3 cuneiformes.
A faceta interna é convexa, as outras duas são quase planas.
Bordos
São um superior e outro inferior.
Ambos são rugosos e largos e dão inserção a ligamentos.
Extremidades
Uma interna e outra externa.
Extremidade Interna – constituída por uma eminência arredondada, saliente para den-
tro e para baixo, o tubérculo do escafóide, sobre o qual se insere o tendão do tibial
posterior.
Extremidade Externa – convexa, rugosa, apresenta na maioria dos casos uma pequena
superfície articular, que ladeia a face anterior, para o cubóide.
CUNEIFORMES
São três, localizam-se adiante do escafóide e articulam-se entre si.
São designados por primeiro, segundo e terceiro partindo de dentro para fora.
Têm a forma de cunha, de base plantar para o primeiro, de base dorsal para os outros
dois.
Apresentam cada um 4 faces, uma base e uma aresta.
Face Posterior – triângular, côncava. Articula-se com a faceta interna da face anteri-
or do escafóide.
Face Anterior – articular, um pouco convexa, com forma de crescente. Articula-se com
o primeiro metatársico.
Face Interna – e rugosa, apresenta na porção ântero-inferior a impressão de inserção
do músculo tibial posterior. Acima e atrás desta impressão existe uma outra para o
tendão deste músculo.
Face Externa – articula-se:
a)com o II cuneiforme por uma superfície em esquadro cujos ramos
vertical e horizontal ladeiam o bordo posterior e superior desta face.
b) com o II metatársico, por uma pequena superfície articular situada
adiante do ramo horizontal da superfície em esquadro.
O resto da superfície externa apresenta rugosidades destinadas a inserções ligamentosas.
Face Inferior – rugosa, convexa. Apresenta atrás uma saliência que dá inserção a um
dos tendões do tibial posterior.
Bordo Superior ou Aresta – largo e arredondado adiante, fino e cortante atrás.
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Orientação – a base é superior e não articular. O bordo convexo é externo. Das duas
facetas articulares opostas a maior é anterior.
METATARSO
É formado por 5 ossos longos, os metatársicos.
Estes articulam-se atrás com os ossos da segunda fileira do tarso, adiante com as pri-
meiras falanges dos dedos.
Têm o nome de primeiro, segundo etc indo de dentro para fora.
Apresentam características gerais que lhes são comuns e que os diferenciam dos outros
ossos, e características particulares a cada um deles que os permitem distinguir uns dos
outros.
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Corpo
Prismático triângular apresenta:
face dorsal estreita, mais larga atrás que adiante.
duas facetas laterais que limitam, com as do metatársico vizinho, um espaço in-
termediário ou espaço interósseo
dois bordos laterais dorsais, um interno e outro externo
um bordo inferior ou plantar curvo, de concavidade inferior
dão inserção aos músculos interósseos.
I Metatársico
Orientação – o bordo convexo da faceta reniforme é interno
II Metatársico
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É o maior de todos.
A face posterior da base apresenta uma faceta côncava triângular, através da qual o
osso se articula com o II cuneiforme.
Sobre a face lateral interna da base existem duas facetas articulares: uma posterior
para o I cuneiforme e outra anterior, inconstante, para o I metatársico.
A face lateral externa da base apresenta um pequena faceta articular posterior em
concordância com o III cuneiforme. Apresenta ainda duas facetas anteriores, separa-
das uma da outra por uma depressão ântero-posterior, que se articulam com o III meta-
társico.
III Metatársico
Orientação – na extremidade posterior, o lado que apresenta duas facetas dispostas no
sentido vertical, separadas por uma goteira é interno.
A base articula-se, por intermédio de uma faceta posterior plana triângular, com o III
cuneiforme.
Articula-se com o II metatársico por duas facetas sobrepostas, e por uma só faceta
ovalar com o IV metatársico.
IV Metatársico
Orientação – na extremidade posterior, o lado que apresenta duas facetas dispostas no
sentido horizontal e contíguas, é interno.
A base apresenta:
uma faceta articular posterior, plana e quadrilátera para o cubóide
uma faceta externa, triângular, para o V metatársico
duas facetas internas, uma anterior para o III metatársico e outra posterior, in-
constante, para o III cuneiforme.
V Metatársico
Orientação – na extremidade posterior, o lado que apresenta uma única faceta articular
lateral é interno.
A sua extremidade posterior, articulada com o cubóide por intermédio de uma faceta
plana triângular, é achatada de cima para baixo.
Esta extremidade prolonga-se para fora, para trás e para baixo formando uma forte apó-
fise, o tubérculo do V metatársico, sobre o qual se insere o tendão do curto peroneal
lateral.
FALANGES
Assemelham-se ás das mãos pela sua disposição, pela forma e pelo modo de desenvol-
vimento. Diferem nas dimensões, que são mais reduzidas, à excepção das do grande
dedo, que são mais volumosas.
OSSOS SESAMÒIDEUS DO PÉ
Aparecem quase sempre sobre a face plantar.
Dois são constantes e localizam-se na face anterior da primeira articulação meta-
társico-falângica, adiante das depressões da face plantar da cabeça do I metatársico.
Estes dois ossos são ovóides, alongados de diante para trás. O interno é mais volumoso
que o externo.
Os sesamóideus do grande dedo, em particular o interno, estão por vezes subdivididos
em 2 ou 3 fragmentos. Esta disposição é consequência da irregularidade da superfície
onde se encontra o osso sesamóideu.
É possível observar mais raramente, um osso sesamóideu ao nível da articulação inter-
falângica do grande dedo; um outro ao nível da articulção metatársico-falângica do
segundo dedo e um ou dois adiante da articulação metatársico-falângica do quinto
dedo.
Superfícies Articulares
Superfície Astragaliana
É formada por 3 facetas articulares:
Superior – constituída pela tróclea astragaliana. Mais larga adiante que atrás. A
garganta da tróclea dirige-se obliquamente para diante e para fora o que explica o
desvio do pé.
A vertente interna é mais estreita que a externa e o seu bordo lateral externo é mais
elevado que o interno, apresentando nas extremidades uma superfície talhada em bisel
devido á fricção dos ligamentos anterior e posterior da articulação tíbio-peroneal
inferior.
A tróclea é sempre mais extensa no sentido ântero-posterior que o encaixe tibio-
peroneal por isso qualquer que seja a posição da articulação a tróclea ultrapassa sempre
o encaixe e relaciona-se com a cápsula.
Lateral Externa – articula-se com o maléolo externo. É côncava de cima para baixo.
Tem uma forma triângular de base superior e saliente.
Lateral Interna – articula-se com o maléolo interno, forma uma vírgula com forte
extremidade anterior.
A cartilagem tem maior espessura sobre a tróclea. Reveste todas as estruturas do astrá-
galo de um modo contínuo.
Meios de União
Cápsula Articular
Insere-se no contorno das superfícies articulares excepto na porção anterior onde se
insere sobre a tíbia e sobre o colo do astrágalo a 7/8 mm do revestimento cartilagíneo.
A inserção tibial anterior faz-se na porção inferior da saliência transversal que existe
na face anterior da tíbia.
Adiante a cápsula é fina e laxa, reforçada por lamelas fibrosas separadas por camadas
de gordura.
A lamela mais constante é o ligamento anterior que vai oblíquamente para baixo e para
fora da tíbia até à face externa do colo do astrágalo.
Atrás a cápsula é forrada por novelos adiposos.
É reforçada por feixes fibrosos que vão da tíbia ao maléolo externo e ao ligamento
peróneo-astragaliano posterior e também pelo ligamento peróneo-astrágalo-
calcâneo.
Camada Profunda
Separada da camada superficial por um interstício celular.
Insere-se em cima no vértice do maléolo interno, por dentro da inserção da camada
superficial.
Em baixo insere-se sobre a superfície deprimida que está abaixo da faceta articular
interna do astrágalo e estende-se para trás até ao tubérculo interno da face posterior
do astrágalo.
Sinovial
Reveste a superfície profunda da cápsula bem como a superfície óssea entre a cáp-
sula e o revestimento fibrocartilaginoso das superfícies articulares.
Os ligamentos laterais fixam-na lateralmente na articulação.
Adiante e atrás apresenta uma grande lassidão.
Mecanismo Articular
Flexão e Extensão
Feita em torno de um eixo transversal oblíquo psrs dentro e para diante.
A flexão aproxima a face dorsal do pé da face anterior da perna e a extensão afasta-as.
A flexão é limitada pelos feixes posteriores dos ligamentos laterais. Na flexão forçada
a tíbia comunica com o colo do astrágalo.
A extensão é limitada pela tensão dos feixes anteriores dos ligamentos laterais.
Na extensão forçada o bordo posterior da tíbia pode encontrar o tubérculo externo
da face posterior do astrágalo.
A amplitude deste movimento é de 70º
ARTICULAÇÕES DO PÉ
Articulação Astrágalo-Calcaneana Posterior
Classificação – condilartrose rudimentar
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Superfícies Articulares
Meios de União
Cápsula
Insere-se no contorno das cartilagens de revestimento das superfícies articulares ex-
cepto na porção póstero-externa onde se insere sobre o calcãneo atrás da superfície
articular.
Sinovial
Reveste a face profunda da cápsula.
Forma um fundo de saco na região posterior onde a inserção capsular se afasta do
revestimento cartilagíneo.
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Articulação Astrágalo-Calcâneo-Escafóideia