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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS - UFAM

Instituto de Ciências Exatas - ICE


Departamento de Química - DQ

4º RELATÓRIO DE FÍSICO-QUÍMICA EXPERIMENTAL

MANAUS - AM
31 DE MAIO DE 2015
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS - UFAM
Instituto de Ciências Exatas - ICE
Departamento de Química - DQ

PROPRIEDADES PARCIAIS MOLARES DAS SOLUÇÕES

ALUNOS: AYRTON LUCAS TELES 21201646

JOSIANA MOREIRA MAR 21206535

LUANA LEÃO 21201434

WAGNER MOREIRA 21203673

MANAUS - AM
31 DE MAIO DE 2015
PROPRIEDADES PARCIAIS MOLARES DAS SOLUÇÕES

RESUMO

As propriedades parciais molares das soluções foram realizadas em dois pic-


nômetros que possuíam o volume de 101,8754mL (água-etanol) e 110,3433mL (água
e NaCl). Os dados obtidos foram determinados a partir da determinação da densidade
das soluções, onde mediu-se logo após ser realizada a mistura, sabendo que a mis-
tura consistiu em soluções de água-etanol e água-NaCl. Realizou-se os cálculos, onde
obteve-se o volume molal aparente a partir do valor da densidade e consequente-
mente estabeleceu-se os valores de volumes molares parciais tanto do soluto como
do solvente em cada concentração. Pode-se notar nas duas soluções, água-etanol e
água-NaCl, a variação do volume molar parcial do solvente e do soluto, onde em linhas
gerais, com o aumento da quantidade de soluto em solução, há a redução do volume
molar parcial da água, e respectivamente o aumento do volume molar parcial do so-
luto. Pelo fato do experimento tratar de preparo de soluções com massas exatas, pe-
quenos erros podem ter sido cometidos, logo este valor pode ter sofrido certas influên-
cias.

INTRODUÇÃO

Quando uma propriedade de uma solução muda conforme a adição ou retirada


de uma certa amostra de um componente químico numa solução é denominado a
quantidade parcial molar. A grandeza parcial molar de mais fácil visualização é o vo-
lume parcial molar.

O volume parcial molar de uma substância é igual à variação de volume que se


observa quando se adiciona um mole dessa substância a um volume grande da mis-
tura de composição conhecida. O volume parcial molar varia com a composição da
mistura a que é adicionado [1]. Onde pode ser expresso pela equação 1:

𝜕𝑉
𝑉̅𝐽 = ( ) (1)
𝜕𝑛1 𝑛𝑖,𝑇,𝑝

Uma vez conhecido os volumes parciais molares VA e VB de dois componentes


A e B de uma mistura na composição (e temperatura) de interesse, pode-se obter o
volume total V da mistura pelas expressões [2]:

𝑉 = 𝑛1 𝑉1 + 𝑛2 𝑉2 (T e p constante) no qual (2)

𝜕𝑉
𝑉1 = ( ) (3)
𝜕𝑛1 𝑛 ,𝑇,𝑝
2

𝜕𝑉
𝑉2 = ( ) (4)
𝜕𝑛2 𝑛
1,𝑇,𝑝

Os volumes parciais molares dos componentes de uma mistura variam de


acordo com a composição, pois as vizinhanças de cada tipo de molécula se alteram à
medida que a composição passa de A puro para a de B puro [3].

Apesar de 1 mol de uma substância, quando pura, ter um volume característico,


1 mol da mesma substância pode contribuir diferentemente para o volume total de
uma mistura, pois as moléculas interagem de forma diferente nas substâncias puras
e nas misturas [3]. Como o volume parcial molar pode ser medido a partir da densidade
das soluções, é possível calcular para soluções binárias o volume parcial aparente
que é definido pela relação:

𝑉−𝑛1 𝑉1
𝜙𝑉 = (T e p constantes) (5)
𝑛2

logo,
𝜕𝑉 𝜕𝜙𝑉
𝑉2 = ( ) = 𝜙 + 𝑛2 ( ) (6)
𝜕𝑛 2 𝑛1 ,𝑇,𝑝 𝜕𝑛2 𝑛
𝑖,𝑇,𝑝

𝑉−𝑛2 𝑉2 1 𝜕𝜙
𝑉1 = (
𝑛1
) = 𝑛 [𝑛1 𝑉1 0 − 𝑛22 ( 𝜕𝑛𝑉) ] (7)
1 2 𝑛1,𝑇,𝑝

Pode-se relacionar a densidade medida experimentalmente e dos pesos mole-


culares e usá-la em escala de concentração molal, onde n2 = m (molalidade), pela
expressão:

1 1000+𝑚𝑀2 1000 1000 𝑀2


𝜙𝑉 = (
𝑚 𝜌

𝜌1
) = 𝑚𝜌𝜌 (𝜌1 − 𝜌) + 𝜌
(8)
1
O objetivo deste experimento é determinar com exatidão a densidade de líqui-
dos e o volume molar aparente das soluções água-etanol e água-NaCl.

PARTE EXPERIMENTAL

 Material e Reagentes

 Picnômetro;  Espátula;
 Balança analítica;  Bastão de vidro;
 Estufa;  Chapa de aquecimento;
 Béqueres;  Cloreto de sódio p.a. (NaCl);
 Provetas (100, 50 e 10 mL)  Água destilada;
 Vidros de relógio;  Álcool etílico p.a.

 Procedimento Experimental

Esta prática realizou-se em duas etapas. No primeira procedeu-se o sistema


Etanol-Água e na outra aula procedeu-se o sistema NaCl-Água.

(a) Calibração do volume do picnômetro

 Secou-se previamente o picnômetro de forma cuidadosa (lavando-se com ál-


cool e secando-se na estufa), pesou-se em uma balança analítica e então pre-
encheu-se com água destilada. A partir da diferença de peso e o valor da den-
sidade da água a 23ºC (1ª parte) e a 22ºC (2ª parte) obteve-se o valor de cali-
bração de volume do picnômetro.

 Repediu-se esse procedimento mais uma vez e considerou-se o valor médio.

(b) Determinação da densidade das soluções

 Preparou-se soluções que continham aproximadamente: 1, 2, 4, 8, e 12 mols


de etanol em água. Tabelou-se os dados conforme a tabela em anexo.
 Em uma outra aula preparou-se soluções que continham aproximadamente:
3,2; 1,6; 0,8; 0,4 e 0,2 mols de cloreto de sódio (NaCl) em água. Tabelou-se
novamente os dados conforme a tabela em anexo.

 Determinou-se a densidade de cada solução exatamente a 25ºC. Determinou-


se também as densidades das soluções em questão usando-se o procedimento
análogo ao de calibração do picnômetro. Efetuou-se as pesagens nos picnô-
metros calibrados anteriormente, tomando precauções para impedir a evapo-
ração dos componentes voláteis, uma vez que os volumes totais utilizados nos
cálculos foram dependentes do volume do picnômetro utilizado.

Para minimizar os erros preparou-se uma quantidade suficiente para três de-
terminações.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

• Calibração do picnômetro para a solução H2O e CH3CH2OH

Utilizou-se o picnômetro para determinação das massas das soluções de 1M,


2M, 4M, 8M e 12M de etanol em água. Para isso, é necessário calibrar o picnômetro
para determinar a capacidade volumétrica do mesmo. Os dados obtidos estão repre-
sentados na Tabela 01.

𝑇𝐻2𝑂 = 23℃ 𝜌𝐻2 𝑂 = 0,9975415𝑔. 𝑚𝐿−1 𝑎 23℃ 𝜌á𝑙𝑐𝑜𝑜𝑙 = 0,789𝑔. 𝑚𝐿−1 𝑎 25℃

Tabela 01. Calibração do picnômetro para a solução de H2O e CH3CH2OH

Massa do picnô- Massa do picnô- Volume de água/


Massa da água/ g
metro vazio/ g metro cheio/ g mL

44,674 146,793 102,1190 101,8679


44,675 146,809 102,1340 101,8829
Média 44,6745 146,801 102,127 101,8754

Logo, a capacidade volumétrica calculada para o picnômetro é de 101,8754mL.


 Preparo das soluções

Preparou-se 5 soluções, variando a quantidade de mols de etanol em água.


Para uma solução de 1 mol de etanol em água utilizou-se o cálculo abaixo, adotando
o volume de 110mL de solução.

𝐶𝐻3 𝐶𝐻2 𝑂𝐻 = 46,07 𝑔. 𝑚𝑜𝑙 −1

- Solução de 1 mol de etanol em água:

1000 𝑚𝐿 − 46,07 𝑔

110 𝑚𝐿 − 𝑥

𝒙 = 𝟓, 𝟎𝟔𝟖𝒈 𝒅𝒆 𝒆𝒕𝒂𝒏𝒐𝒍

Para fins de melhor precisão do experimento, é necessário calcular o volume a


ser usado a partir da quantidade de massa de etanol.

Densidade a 25℃ é de 𝜌𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 = 0,789𝑔. 𝑚𝐿−1 .

𝑚𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 𝑚𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 5,068𝑔


𝜌𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 = → 𝑉𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 = = = 𝟔, 𝟒𝟐𝟑𝒎𝑳 𝒅𝒆 𝒆𝒕𝒂𝒏𝒐𝒍
𝑉𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 𝜌𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 0,789𝑔.𝑚𝐿−1

- Solução de 2 mols de etanol em água:

1000 𝑚𝐿 − 92,14 𝑔

110 𝑚𝐿 − 𝑥

𝒙 = 𝟏𝟎, 𝟏𝟑𝟓 𝒈 𝒅𝒆 𝒆𝒕𝒂𝒏𝒐𝒍

𝑚𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 𝑚𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 10,135𝑔


𝜌𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 = → 𝑉𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 = = = 𝟏𝟐, 𝟖𝟒𝟓𝒎𝑳 𝒅𝒆 𝒆𝒕𝒂𝒏𝒐𝒍
𝑉𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 𝜌𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 0,789𝑔. 𝑚𝐿−1

- Solução de 4 mols de etanol em água:

1000 𝑚𝐿 − 184,28 𝑔

110 𝑚𝐿 − 𝑥

𝒙 = 𝟐𝟎, 𝟐𝟕𝟏 𝒈 𝒅𝒆 𝒆𝒕𝒂𝒏𝒐𝒍


𝑚𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 𝑚𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 20,271𝑔
𝜌𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 = → 𝑉𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 = = = 𝟐𝟓, 𝟔𝟗𝟐𝒎𝑳 𝒅𝒆 𝒆𝒕𝒂𝒏𝒐𝒍
𝑉𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 𝜌𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 0,789𝑔. 𝑚𝐿−1

- Solução de 8 mols de etanol em água:

1000 𝑚𝐿 − 368,56 𝑔

110 𝑚𝐿 − 𝑥

𝒙 = 𝟒𝟎, 𝟓𝟒𝟐𝒈 𝒅𝒆 𝒆𝒕𝒂𝒏𝒐𝒍

𝑚𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 𝑚𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 40,542𝑔


𝜌𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 = → 𝑉𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 = = = 𝟓𝟏, 𝟑𝟖𝟒𝒎𝑳 𝒅𝒆 𝒆𝒕𝒂𝒏𝒐𝒍
𝑉𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 𝜌𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 0,789𝑔. 𝑚𝐿−1

- Solução de 12 mols de etanol em água:

1000 𝑚𝐿 − 552,84𝑔

110 𝑚𝐿 − 𝑥

𝒙 = 𝟔𝟎, 𝟖𝟏𝟐𝒈 𝒅𝒆 𝒆𝒕𝒂𝒏𝒐𝒍

𝑚𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 𝑚𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 60,812𝑔


𝜌𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 = → 𝑉𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 = = = 𝟕𝟕, 𝟎𝟕𝟓𝒎𝑳 𝒅𝒆 𝒆𝒕𝒂𝒏𝒐𝒍
𝑉𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 𝜌𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 0,789𝑔. 𝑚𝐿−1

A Tabela 02 agrupa todas as massas e os volumes para a variação de mols de


etanol.

Tabela 02. Massa e volume de etanol necessários para preparar as diferentes soluções.

Solução/ Massa de álcool/ Volume de álcool/


mol.Kg-1 g mL

1 5,068 6,423
2 10,135 12,845
4 20,271 25,692
8 40,542 51,384
12 60,812 77,075
Os resultados das aferições das massas das soluções estão resumidos na Ta-
bela 03, onde pode-se observar a média as massas das soluções com diferentes mo-
lalidades.

Tabela 03. Massas das soluções em suas diferentes molalidades.

Solução/ mol.Kg-1 Massa da solução/ g

1 102,119

2 101,353

4 99,496

8 96,512

12 91,138

Para o cálculo da densidade da solução utilizou-se a seguinte equação:

𝑚𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
𝜌𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 = 𝑉𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
, onde 𝑉𝑝𝑖𝑐𝑛ô𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 = 101,8754𝑚𝐿

Para as soluções etanol em água, teremos as seguintes densidades:

𝑚𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 102,119𝑔
1𝑀 → 𝜌𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 = = = 𝟏, 𝟎𝟎𝟐𝟑𝟗𝐠. 𝐦𝐋−𝟏
𝑉𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 101,8754mL

𝑚𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 101,353𝑔
2𝑀 → 𝜌𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 = = = 𝟎, 𝟗𝟗𝟒𝟖𝟕𝐠. 𝐦𝐋−𝟏
𝑉𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 101,8754mL

𝑚𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 99,496𝑔
4𝑀 → 𝜌𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 = = = 𝟎, 𝟗𝟕𝟔𝟔𝟒𝐠. 𝐦𝐋−𝟏
𝑉𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 101,8754mL

𝑚𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 96,512𝑔
8𝑀 → 𝜌𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 = = = 𝟎, 𝟗𝟒𝟕𝟑𝟓𝐠. 𝐦𝐋−𝟏
𝑉𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 101,8754mL

𝑚𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 91,138𝑔
12𝑀 → 𝜌𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 = = = 𝟎, 𝟖𝟗𝟒𝟔𝟎𝐠. 𝐦𝐋−𝟏
𝑉𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 101,8754mL

A Tabela 04 agrupa todos os valores de densidade de cada variação de mols


de etanol em água.
Tabela 04. Densidade das diferentes soluções.

Solução/ Densidade da solução/


mol.Kg-1 g.mL-1

1 1,00239

2 0,99487

4 0,97664

8 0,94735

12 0,89460

Sabendo-se que a densidade da água a 25oC é de 𝜌 = 0,9970479𝑔. 𝑚𝐿−1 e a


densidade da solução, 𝜌1 ,já encontra-se calcula para as variantes, pode-se calcular
o volume molar aparente, 𝜙𝑉 de cada solução, através da seguinte expressão:

1000 𝑀
𝜙𝑉 = (𝜌1 − 𝜌) + 2
𝑚𝜌𝜌1 𝜌

𝑚 = 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
𝜌 = 𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 á𝑔𝑢𝑎 𝑎 25℃
𝜌1 = 𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
𝑀2 = 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑚𝑜𝑙𝑒𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟 𝑑𝑒 𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙

Logo, teremos:

1000
1𝑀 → 𝜙𝑉 = × (1,00239𝑔. 𝑚𝐿−1 − 0,9970479𝑔. 𝑚𝐿−1 )
(1,0𝑚𝑜𝑙. 𝐾𝑔−1 ) × (0,9970479𝑔. 𝑚𝐿−1 ) × (1,00239𝑔. 𝑚𝐿−1 )1

46.07𝑔. 𝑚𝑜𝑙 −1 −𝟏
+ → 𝝓 = 𝟒𝟎, 𝟔𝟎𝟗𝒎𝑳. 𝒎𝒐𝒍
(0,9970479𝑔. 𝑚𝐿−1 )

1000
2𝑀 → 𝜙𝑉 = × (0,99487𝑔. 𝑚𝐿−1 − 0,9970479𝑔. 𝑚𝐿−1 )
(2,0𝑚𝑜𝑙. 𝐾𝑔−1 ) × (0,9970479𝑔. 𝑚𝐿−1 ) × (0,99487𝑔. 𝑚𝐿−1 )1

46.07𝑔. 𝑚𝑜𝑙 −1 −𝟏
+ → 𝝓 = 𝟒𝟕, 𝟑𝟗𝟕𝒎𝑳. 𝒎𝒐𝒍
(0,9970479𝑔. 𝑚𝐿−1 )

1000
4𝑀 → 𝜙𝑉 = × (0,97664𝑔. 𝑚𝐿−1 − 0,9970479𝑔. 𝑚𝐿−1 )
(4,0𝑚𝑜𝑙. 𝐾𝑔−1 ) × (0,9970479𝑔. 𝑚𝐿−1 ) × (0,97664𝑔. 𝑚𝐿−1 )1
46.07𝑔. 𝑚𝑜𝑙 −1 −𝟏
+ → 𝝓 = 𝟓𝟐, 𝟒𝟎𝟐𝒎𝑳. 𝒎𝒐𝒍
(0,9970479𝑔. 𝑚𝐿−1 )

1000
8𝑀 → 𝜙𝑉 = × (0,94735𝑔. 𝑚𝐿−1 − 0,9970479𝑔. 𝑚𝐿−1 )
(8,0𝑚𝑜𝑙. 𝐾𝑔−1 ) × (0,9970479𝑔. 𝑚𝐿−1 ) × (0,94735𝑔. 𝑚𝐿−1 )1

46.07𝑔. 𝑚𝑜𝑙 −1 −𝟏
+ → 𝝓 = 𝟓𝟓, 𝟏𝟗𝟕𝒎𝑳. 𝒎𝒐𝒍
(0,9970479𝑔. 𝑚𝐿−1 )

1000
12𝑀 → 𝜙𝑉 = × (0,89460𝑔. 𝑚𝐿−1 − 0,9970479𝑔. 𝑚𝐿−1 )
(12,0𝑚𝑜𝑙. 𝐾𝑔−1 ) × (0,9970479𝑔. 𝑚𝐿−1 ) × (0,89460𝑔. 𝑚𝐿−1 )1

46.07𝑔. 𝑚𝑜𝑙 −1 −𝟏
+ → 𝝓 = 𝟔𝟏, 𝟎𝟓𝟗𝒎𝑳. 𝒎𝒐𝒍
(0,9970479𝑔. 𝑚𝐿−1 )

Os valores para os volumes molares aparentes de cada solução estão dispos-


tos na Tabela 05.

Tabela 05. Volume molar aparente das soluções

Solução/ Volume molar apa-


mol.Kg-1 rente/ mL.mol-1

1 40,609

2 47,397

4 52,402

8 55,197

12 61,059

A partir dos valores da Tabela 05 houve a plotagem do gráfico do volume molar


aparente em função da molalidade (Figura 01). Para determinar a equação da reta,
houve o ajuste polinomial de ordem 3.
62,000
y = 0,0553x3 - 1,2075x2 + 8,8338x + 33,334
60,000

58,000

56,000
Volume molar aparente (mL/mol)

54,000

52,000

50,000

48,000

46,000

44,000

42,000

40,000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Molalidade (mol/Kg)

Figura 01. Variação do volume molar aparente em função da molalidade.

A equação que representa o melhor ajuste para os valores é a seguinte:

𝑦 = 0,0553𝑥 3 − 1,2075𝑥 2 + 8,8338𝑥 + 33,334

Derivando a equação acima, pode-se calcular com maior precisão o volume


molar aparente de cada solução.

𝑦′ = (3 × 0,0553𝑥 2 ) − (2 × 1,2075𝑥) + 8,8338

𝑦′ = 0,1659𝑥 2 − 2,415𝑥 + 8,8338

Utilizando a derivada acima, obteve-se os valores para cada solução, onde es-
tão distribuídos na Tabela 06.
Tabela 06. Valores dos volumes a partir das derivadas das soluções.

Solução/ 𝝏𝝓
( 𝑽⁄𝝏𝒏 )
mol.Kg-1 𝟐

1 6,5847

2 4,6674

4 1,8282

8 0,1314

12 3,7434

Ao plotarmos o gráfico, teremos:

y = 0,1659x2 - 2,415x + 8,8338


6

4
𝜕𝜙v/𝜕n2

-1
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Molalidade (mol/Kg)

Figura 02. Derivada da variação do volume molar aparente em função da molalidade.

Agrupando os valores de 𝝓𝑽 e de (𝝏𝝓𝑽⁄𝝏𝒏𝟐), teremos:


Tabela 07. Valores dos volumes molares aparentes e derivadas das soluções

𝝏𝝓
𝑺𝒐𝒍𝒖çã𝒐/ 𝒎𝒐𝒍. 𝑲𝒈−𝟏 𝝓𝑽 / 𝒎𝒍. 𝒎𝒐𝒍−𝟏 ( 𝑽⁄𝝏𝒏 )
𝟐

1 40,609 6,5847
2 47,397 4,6674
4 52,402 1,8282
8 55,197 0,1314
12 61,059 3,7434

Para o cálculo dos volumes parciais do soluto e do solvente em cada concen-


tração, utilizou-se as seguintes equações:

1 𝜕∅ 𝜕∅
𝑉̅1 = 𝑛 [𝑛1 𝑉̅1𝑜 − 𝑛22 (𝜕𝑛𝑣 ) ] e 𝑉̅2 = ∅𝑣 + 𝑛2 (𝜕𝑛𝑣 )
1 2 𝑛1 ,𝑇,𝑃 2 𝑛1 ,𝑇,𝑃

Onde, 𝑛1 𝑉̅1𝑜 = 1000⁄𝜌𝐻2 𝑂 ; 𝑛1 = 1000⁄18,016 = 55,51 𝑚𝑜𝑙; 𝑛2 = 𝑚 (𝑚𝑜𝑙𝑎𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒)

Os valores obtidos através das equações acima se encontram na Tabela 08.

̅ 𝟏 ) e volume molar do soluto (𝑽


Tabela 08. Volume molar da água (𝑽 ̅ 2 ) das soluções.

𝑺𝒐𝒍𝒖çã𝒐 (𝒎𝒐𝒍. 𝑲𝒈−𝟏 ) ̅𝑽̅̅𝟏̅ (𝒎𝑳. 𝒎𝒐𝒍−𝟏 ) ̅𝑽̅̅𝟐̅ (𝒎𝑳. 𝒎𝒐𝒍−𝟏 )

1 17,94948911 47,19386804
2 17,73178239 56,73174269
4 17,54115728 59,7143142
8 17,91661396 56,24827797
12 8,357255282 105,9793303

Ao compararmos a fração molar do etanol em função do volume parcial molar,


teremos os seguintes resultados:

𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑟 𝑑𝑜 𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙


𝑥𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 =
𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑟 𝑑𝑜 𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 + 𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑟 𝑑𝑎 á𝑔𝑢𝑎
𝑺𝒐𝒍𝒖çã𝒐 (𝑲𝒈. 𝒎𝒐𝒍−𝟏 ) ̅𝑽̅̅𝟐̅ (𝒎𝑳. 𝒎𝒐𝒍−𝟏 ) 𝑭𝒓𝒂çã𝒐 𝒎𝒐𝒍𝒂𝒓 𝒅𝒐 𝒆𝒕𝒂𝒏𝒐𝒍

1 47,19386804 0,02040
2 56,73174269 0,04272
4 59,7143142 0,09443
8 56,24827797 0,23917
12 105,9793303 0,48901

110

105

100

95

90

85
V2 (mL/mol)

80

75

70

65

60

55

50

45
0,00 0,04 0,08 0,12 0,16 0,20 0,24 0,28 0,32 0,36 0,40 0,44 0,48 0,52
Xetanol

Figura 03. Representação do volume molar parcial do etanol em função da fração molar etanol.

Analisando-se os valores obtidos, pode-se concluir que a medida que o volume


parcial molar do etanol aumenta, o volume parcial molar da água diminui. Esses dados
podem ser corroborados na literatura. Por exemplo na adição de 1 mol de água em
um grande volume de água corresponde a um acréscimo de 18 cm 3 ao volume total.
No entanto, ao adicionar de 1 mol de água em um grande volume de etanol corres-
ponde a um acréscimo de 14 cm3 ao volume total. De acordo com Magalhães (2007)
essa diferença nos valores de volume podem ser justificadas no resultado da soma
das interações físicas, como a quebra da estrutura líquida quando ocorre a mistura
entre solvente e soluto, o que tende a alterar positivamente o valor de ∅𝑣 e interações
químicas, tais como, formação de complexo de solvatação, contribuindo negativa-
mente para o valor de Φ[4].

• Calibração do picnômetro para a solução H2O e NaCl

Utilizou-se o picnômetro para determinação das massas das soluções de 3,2M,


1,6M, 0,8M, 0,4M e 0,2M de NaCl em água. Para isso, é necessário calibrar o picnô-
metro para determinar a capacidade volumétrica do mesmo. Os dados obtidos estão
representados na Tabela 09.

𝑇𝐻2𝑂 = 22℃ 𝜌𝐻2 𝑂 = 0,9977735𝑔. 𝑚𝐿−1 𝑎 22℃

Tabela 09. Calibração do picnômetro para a solução de H2O e NaCl.

Massa do picnô- Massa do picnô- Volume de água/


Massa da água/ g
metro vazio/ g metro cheio/ g mL
44,8800 155,466 110,5860 110,3398

44,8810 155,474 110,5930 110,3468

Média 44,8805 155,470 110,590 110,3433

Logo, a capacidade volumétrica calculada para o picnômetro é de 110,3433mL.

 Preparo das soluções

Preparou-se 5 soluções, variando a quantidade de mols de NaCl em água. Para


uma solução de 3,2 mol de NaCl em água utilizou-se o cálculo abaixo, adotando o
volume de 120mL de solução.

𝑁𝑎𝐶𝑙 = 58,44 𝑔. 𝑚𝑜𝑙 −1

- Solução de 3,2 mol de etanol em água:

1000 𝑚𝐿 − 187,008 𝑔

120 𝑚𝐿 − 𝑥

𝒙 = 𝟐𝟐, 𝟒𝟒𝟎𝒈 𝒅𝒆 𝒆𝒕𝒂𝒏𝒐𝒍


- Solução de 1,6 mols de etanol em água:

1000 𝑚𝐿 − 93,504 𝑔

120 𝑚𝐿 − 𝑥

𝒙 = 𝟏𝟏, 𝟐𝟐𝟎 𝒈 𝒅𝒆 𝒆𝒕𝒂𝒏𝒐𝒍

- Solução de 0,8 mol de etanol em água:

1000 𝑚𝐿 − 46,752 𝑔

120 𝑚𝐿 − 𝑥

𝒙 = 𝟓, 𝟔𝟏𝟎 𝒈 𝒅𝒆 𝒆𝒕𝒂𝒏𝒐𝒍

- Solução de 0,4 mol de etanol em água:

1000 𝑚𝐿 − 23,376 𝑔

120 𝑚𝐿 − 𝑥

𝒙 = 𝟐, 𝟖𝟎𝟓𝒈 𝒅𝒆 𝒆𝒕𝒂𝒏𝒐𝒍

- Solução de 0,2 mols de etanol em água:

1000 𝑚𝐿 − 11,688𝑔

120 𝑚𝐿 − 𝑥

𝒙 = 𝟏, 𝟒𝟎𝟐𝒈 𝒅𝒆 𝒆𝒕𝒂𝒏𝒐𝒍

A Tabela 10 agrupa todas as massas e os volumes para a variação de mols de


etanol.

Tabela 10. Massa e volume de etanol necessários para preparar as diferentes soluções.

Massa de álcool/
Solução/ mol.Kg-1
g
3,2 22,44

1,6 11,22

0,8 5,61
0,4 2,81

0,2 1,40

Os resultados das aferições das massas das soluções estão resumidos na Ta-
bela 11, onde pode-se observar a média as massas das soluções com diferentes mo-
lalidades.

Tabela 11. Massas das soluções em suas diferentes molalidades.

Solução/ mol.Kg-1 Massa da solução/ g


3,2 122,6415

1,6 117,1005

0,8 113,7615

0,4 112,0485

0,2 111,0925

Para o cálculo da densidade da solução utilizou-se a seguinte equação:

𝑚𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
𝜌𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 = 𝑉𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
, onde 𝑉𝑝𝑖𝑐𝑛ô𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 = 110,3433𝑚𝐿

Para as soluções etanol em água, teremos as seguintes densidades:

𝑚𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 122,6415
3,2𝑀 → 𝜌𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 = = = 𝟏, 𝟏𝟏𝟏𝟓𝐠. 𝐦𝐋−𝟏
𝑉𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 110,3433mL

𝑚𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 117,1005𝑔
1,6𝑀 → 𝜌𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 = = = 𝟏, 𝟎𝟔𝟏𝟐𝐠. 𝐦𝐋−𝟏
𝑉𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 110,3433mL

𝑚𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 113,7615𝑔
0,8𝑀 → 𝜌𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 = = = 𝟏, 𝟎𝟑𝟏𝟎𝐠. 𝐦𝐋−𝟏
𝑉𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 110,3433mL

𝑚𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 112,0485𝑔
0,4𝑀 → 𝜌𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 = = = 𝟏, 𝟎𝟏𝟓𝟓𝐠. 𝐦𝐋−𝟏
𝑉𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 110,3433mL

𝑚𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 111,0925𝑔
0,2𝑀 → 𝜌𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 = = = 𝟏, 𝟎𝟎𝟔𝟖𝐠. 𝐦𝐋−𝟏
𝑉𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 110,3433mL
A Tabela 12 agrupa todos os valores de densidade de cada variação de mols
de NaCl em água.

Tabela 12. Densidade das diferentes soluções.

Solução/ Densidade da solução/


mol.Kg-1 g.mL-1
3,2 1,1115

1,6 1,0612

0,8 1,0310

0,4 1,0155

0,2 1,0068

Sabendo-se que a densidade da água a 25oC é de 𝜌 = 0,9970479𝑔. 𝑚𝐿−1 e a


densidade da solução, 𝜌1 ,já encontra-se calcula para as variantes, pode-se calcular
o volume molar aparente, 𝜙𝑉 de cada solução, através da seguinte expressão:

1000 𝑀
𝜙𝑉 = (𝜌1 − 𝜌) + 2
𝑚𝜌𝜌1 𝜌

𝑚 = 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
𝜌 = 𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 á𝑔𝑢𝑎 𝑎 25℃
𝜌1 = 𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
𝑀2 = 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑚𝑜𝑙𝑒𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝐶𝑙

Os valores para os volumes molares aparentes de cada solução estão dispos-


tos na Tabela 13.

Tabela 13. Volume molar aparente das soluções

Volume molar apa-


Solução/ mol
rente/ mL.mol-1
3,2 20,3176

1,6 17,1519

0,8 15,4238
0,4 12,1018

0,2 9,5207

A partir dos valores da Tabela 13 houve a plotagem do gráfico do volume molar


aparente em função da molalidade (Figura 04). Para determinar a equação da reta,
houve o ajuste polinomial de ordem 3.

21

20
y = 1,8033x3 - 10,174x2 + 18,498x + 6,2143

19

18
Volume molar aparente (mL/mol)

17

16

15

14

13

12

11

10

9
0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 1,8 2 2,2 2,4 2,6 2,8 3 3,2
Molalidade (mol/Kg)
Figura 04. Variação do volume molar aparente em função da molalidade.

A equação que representa o melhor ajuste para os valores é a seguinte:

𝑦 = 1,8033𝑥 3 − 10,174𝑥 2 + 18,498𝑥 + 6,2143

Derivando a equação acima, pode-se calcular com maior precisão o volume


molar aparente de cada solução.

𝑦′ = (3 × 1,8033𝑥 2 ) − (2 × 10,174𝑥) + 18,498

𝑦′ = 5,4099𝑥 2 − 20,348𝑥 + 18,498


Utilizando a derivada acima, obteve-se os valores para cada solução, onde es-
tão distribuídos na Tabela 14.

Tabela 14. Valores dos volumes a partir das derivadas das soluções.

𝝏𝝓
Solução/ mol ( 𝑽⁄𝝏𝒏 )
𝟐

3,2 8,781776

1,6 -0,209456

0,8 5,681936

0,4 11,224384

0,2 14,644796

Ao plotarmos o gráfico, teremos:


15
14
13
y = 5,4099x2 - 20,348x + 18,498
12
11
10
9
8
𝜕𝜙v/𝜕n2

7
6
5
4
3
2
1
0
-1
0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 1,8 2 2,2 2,4 2,6 2,8 3 3,2
Molalidade (mol/Kg)

Figura 05. Derivada da variação do volume molar aparente em função da molalidade.

Agrupando os valores de 𝝓𝑽 e de (𝝏𝝓𝑽⁄𝝏𝒏𝟐), teremos:


Tabela 15. Valores dos volumes molares aparentes e derivadas das soluções

𝝏𝝓
𝑺𝒐𝒍𝒖çã𝒐/ 𝒎𝒐𝒍. 𝑲𝒈−𝟏 𝝓𝑽 / 𝒎𝒍. 𝒎𝒐𝒍−𝟏 ( 𝑽⁄𝝏𝒏 )
𝟐

20,3176 8,7817
3,2
17,1519 -0,2094
1,6
15,4238 5,6819
0,8
12,1018 11,2243
0,4
9,5207 14,6447
0,2

Para o cálculo dos volumes parciais do soluto e do solvente em cada concen-


tração, utilizou-se as seguintes equações:

1 𝜕∅ 𝜕∅
𝑉̅1 = 𝑛 [𝑛1 𝑉̅1𝑜 − 𝑛22 (𝜕𝑛𝑣 ) ] e 𝑉̅2 = ∅𝑣 + 𝑛2 (𝜕𝑛𝑣 )
1 2 𝑛1 ,𝑇,𝑃 2 𝑛1 ,𝑇,𝑃

Onde, 𝑛1 𝑉̅1𝑜 = 1000⁄𝜌𝐻2 𝑂 ; 𝑛1 = 1000⁄18,016 = 55,51 𝑚𝑜𝑙; 𝑛2 = 𝑚 (𝑚𝑜𝑙𝑎𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒)

Os valores obtidos através das equações acima se encontram na Tabela 16.

̅ 𝟏 ) e volume molar do soluto (𝑽


Tabela 16. Volume molar da água (𝑽 ̅ 2 ) das soluções.

𝑺𝒐𝒍𝒖çã𝒐 (𝑲𝒈. 𝒎𝒐𝒍−𝟏 ) ̅𝑽̅̅𝟏̅ (𝒎𝑳. 𝒎𝒐𝒍−𝟏 ) ̅𝑽̅̅𝟐̅ (𝒎𝑳. 𝒎𝒐𝒍−𝟏 )

48,41935002
3,2 16,44812564
16,81677145
1,6 18,07777064
19,96939028
0,8 18,00260136
16,59163486
0,4 18,03575823
12,44973926
0,2 18,05755808

Ao compararmos a fração molar do etanol em função do volume parcial molar,


teremos os seguintes resultados:
𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑟 𝑑𝑜 𝑁𝑎𝐶𝑙
𝑥𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 =
𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑟 𝑑𝑜 𝑁𝑎𝐶𝑙 + 𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑟 𝑑𝑎 á𝑔𝑢𝑎

𝑺𝒐𝒍𝒖çã𝒐 (𝑲𝒈. 𝒎𝒐𝒍−𝟏 ) ̅𝑽̅̅𝟐̅ (𝒎𝑳. 𝒎𝒐𝒍−𝟏 ) 𝑭𝒓𝒂çã𝒐 𝒎𝒐𝒍𝒂𝒓 𝒅𝒐 𝒆𝒕𝒂𝒏𝒐𝒍

48,41935002 0,059171488
3,2
16,81677145 0,030487747
1,6
19,96939028 0,015479846
0,8
16,59163486 0,007800297
0,4
12,44973926 0,003915419
0,2

50
48
46
44
42
40
38
36
34
V2 (mL/mol)

32
30
28
26
24
22
20
18
16
14
12
0 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06
x NaCl

Figura 06. Representação do volume molar parcial do etanol em função da fração molar etanol.

Analisando-se os valores obtidos, pode-se concluir que a medida que o volume


parcial molar do Cloreto de Sódio aumenta, o volume parcial molar da água diminui.
Esses dados podem ser corroborados na literatura. Por exemplo na adição de 1 mol
de água em um grande volume de água corresponde a um acréscimo de 18 cm 3 ao
volume total, porém, ao adicionar de 1 mol de água em uma grande quantidade de
NaCl teremos um valor abaixo de 18cm³, e o volume molar parcial do cloreto de sódio
tende a aumentar. De acordo com Magalhães (2007) essa diferença nos valores de
volume podem ser justificadas no resultado da soma das interações físicas, como a
quebra da estrutura líquida quando ocorre a mistura entre solvente e soluto, o que
tende a alterar positivamente o valor de ∅𝑣 e interações químicas, tais como, formação
de complexo de solvatação, contribuindo negativamente para o valor de Φ[4].

Existem fatores que também podem ter influenciado na obtenção desses valo-
res, tais como pressão e temperatura constantes no momento da pesagem, entrada de
bolhas de ar durante as medidas do picnômetro, limpeza da vidraria para eliminação de
impurezas, frações da amostra podem ser perdidas durante o processo de transferência
entre o recipiente e a proveta.

CONCLUSÃO

O volume parcial molar de uma substância é igual à variação de volume que se


observa quando se adiciona uma mole dessa substância a um volume grande da mis-
tura de composição conhecida. O volume parcial molar varia com a composição da
mistura a que é adicionado. Utiliza-se a técnica da picnometria para determinar a den-
sidade das soluções e através de cálculos obter os volumes parciais molares. O vo-
lume molar parcial de um componente diminui para compensar o aumento do volume
do outro componente. Isso se deve aos fenômenos químicos e físicos que ocorrem
para que a mistura alcance o equilíbrio, podendo alterar sua densidade e até seu vo-
lume. Portanto, quanto maior a quantidade de etanol ou cloreto de sódio em água,
mais facilmente será notado a mudança dessas propriedades
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] SMITH, J. M.; VAN NESS, H. C.; ABBOTT, M. M; Introdução a termodinâmica

da Engenharia Química. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos - LTC, 2000.

[2] ATKINS, P.W. Físico-química: Fundamentos. 3 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2001.

[3] ATKINS, P. W. Físico-química. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999.

[4]MAGALHÃES, J. G. Estudo experimental do volume molar em excesso de so-

luções líquidas binárias contendo clorofórmio e aminas a diferentes tempera-

turas e à pressão atmosférica. Dissertação de mestrado. Universidade de Cam-

pinas, SP. 2007.

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