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FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE

MATEMÁTICA

FRANCISCO SEVERO DE LIMA JUNIOR

O SOROBAN NO ENSINO DA MATEMÁTICA

RIO DE JANEIRO
2019

O SOROBAN NO ENSINO DA MATEMÁTICA

Francisco Severo de Lima Junior

Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).

RESUMO- O Soroban é um instrumento utilizado para realizar operações aritméticas. Acredita-se que a
sua utilização no ensino da Matemática pode auxiliar o processo de ensino/aprendizagem dos alunos que
se encontram nos anos iniciais do ensino fundamental. Será utilizada a pesquisa bibliográfica e pesquisa
de campo como metodologia, sendo o objeto de pesquisa o Soroban como instrumento de ensino e
aprendizagem aplicado ao desenvolvimento das operações fundamentais aritmética de Adição,
Subtração, Multiplicação e Divisão. A conclusão alcançada por esta pesquisa foi que .....
O resumo deve ressaltar o objetivo, o método, os resultados e as conclusões do documento. A ordem e a
extensão destes itens dependem do tipo de resumo (informativo ou indicativo) e do tratamento que cada
item recebe no documento original. O resumo deve ser composto de uma sequência de frases concisas,
afirmativas e não de enumeração de tópicos. Recomenda-se o uso de parágrafo único. A primeira frase
deve ser significativa, explicando o tema principal do documento. A seguir, deve-se indicar a informação
sobre a categoria do tratamento (memória, estudo de caso, análise da situação etc.). Deve-se usar o
verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular. As palavras-chave devem figurar logo abaixo do
resumo, antecedidas da expressão Palavras-chave:, separadas entre si por ponto e finalizadas também
por ponto de acordo com a NBR 6028. Este modelo apresenta as instruções para a preparação de artigo.
Os autores devem segui-lo para a preparação de artigos originais em formato Word. O artigo poderá ser
pesquisa bibliográfica ou pesquisa de campo. O tema é de livre escolha devendo estar relacionado ao
curso. O resumo deve ter entre 100 a 250 palavras em espaçamento simples com fonte Arial, tamanho
10, cor preta. O texto será composto pelos elementos: INTRODUÇÃO, DESENVOLVIMENTO,
CONCLUSÃO e REFERÊNCIAS. O trabalho deverá ter no mínimo 08 e máximo 16 páginas.

PALAVRAS-CHAVE: Soroban. Ábaco. Matemática.


1 INTRODUÇÃO

O Soroban é um instrumento milenar utilizado para efetuar diversos cálculos e


operações algébricas e aritméticas que pode ser utilizado como mecanismo para
auxiliar o ensino da Matemática. A aprendizagem deve ocorrer de forma significativa
para que o processo de ensino/aprendizagem ocorra de forma efetiva e por isso
acredita-se que o soroban é um mecanismo que pode mediar esta ação.
Ao vincularmos a prática docente de ensinar com instrumentos que despertem o
interesse do aluno criam-se mecanismos facilitadores que ajudarão à aprendizagem da
Matemática. Novas perspectivas de ensino podem aguçar a curiosidades dos discentes
despertando seu interesse e propiciando novas experiências de forma enriquecedora, e
é neste contexto que buscaremos mesclar a utilização do soroban com o ensino da
Matemática por acreditarmos ser uma maneira de auxiliar os docentes a exporem o
universo matemático aos seus alunos.
A falta de prática de operações matemáticas pode gerar grandes dificuldades nos
educandos que se encontram no início de sua vida acadêmica e se não forem sanadas
poderão ser levadas pelo resto de suas vidas. A imersão do aluno na prática de
exercícios pode proporcionar uma melhor compreensão e desenvolvimento matemático,
fato este que despertou nossa curiosidade e inquietação acerca de novas
possibilidades que auxiliem a prática docente, nos levando a fazer a seguinte pergunta:
Quais as potencialidades do soroban como instrumento de ensino e aprendizagem
aplicado ao desenvolvimento das operações fundamentais aritmética de Adição,
Subtração, Multiplicação e Divisão.
Por se tratar de um objeto interativo acredita-se que despertará maior atenção e
curiosidade dos alunos e por isso nossa hipótese é que o soroban pode auxiliar a
aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos ampliando as bases materiais para
efetuarem as operações matemáticas acima descritas.
Este artigo tem como objeto de pesquisa o soroban como instrumento de
mediação na aprendizagem das operações básicas de Matemática (adição, subtração,
divisão e multiplicação). O objetivo geral é demonstrar que ele pode auxiliar na
compreensão e no aprendizado aritmético, para isso apresentaremos a sua história,
qual a sua finalidade, e mais, ensinar como são efetuadas tais operações nesta
“máquina de calcular”. Este trabalho se justifica por poder fornecer parâmetros para
auxiliar docentes na prática de lecionar a Matemática de maneira mais atrativa
propiciando novas experiências e sua importância está em trazer a luz outra
perspectiva de abordagem do processo de ensino/aprendizagem da Matemática que
poderá auxiliar tal prática.
O Soroban é um instrumento utilizado para efetuar cálculos há milhares de anos,
sua origem se remete a diversos povos não tendo um consenso do exato surgimento,
mas podemos remeter a utilização desta ferramenta aos povos que habitaram o sul da
Europa, norte da África, Oriente Médio e outra partes da Ásia, assim como na América
Central. Gregos, Romanos, Egípcios, Mesopotâmicos, Babilônios, Indianos, Russo,
Chineses e Japoneses utilizaram este instrumento, sendo o Ábaco Mesopotâmico
datado de 2700-2300 A.C. e o Soroban Japonês no século XVI D.C.
Acreditamos que é de extrema relevância a utilização desta tecnologia no ensino
e aprendizagem da Matemática, e por isso a pesquisa das vantagens e desvantagens
que ele pode nos trazer é fundamental para compreendermos as reais potencialidades
que sua utilização trará para as salas de aula.
A metodologia adota foi a pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo na Escola
Municipal Professor Mourão filho com alunos do 6°(sexto) ano do ensino fundamental
que verificou se a utilização do soroban auxiliou no desenvolvimento das habilidades
matemáticas dos discentes. Este trabalho traz uma exposição inicial acerca do tema e
não se esgota em si necessitando de maiores estudos e pesquisa tamanha a
complexidade do tema.

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Este artigo trabalhará com a revisão bibliográfica e pesquisa de campo. A


primeira tem como finalidade a compreensão e o entendimento acerca do tema
pesquisado permitindo uma melhor percepção do desenvolvimento histórico de
produções acadêmicas sobre o assunto, além disso, pretende-se evidenciar os
conceitos e ideologias que circundam o objeto desta pesquisa e evitar redundância na
produção científica. Para tal, optou-se efetuar o levantamento bibliográfico realizando a
pesquisa em duas bibliotecas digitais para buscar artigos científicos: SciELO, e Capes e
por meio do Google Acadêmico.
A Scientific Electronic Library Online - SciELO é uma biblioteca eletrônica que
abrange uma coleção selecionada de periódicos científicos brasileiros.
A SciELO é o resultado de um projeto de pesquisa da FAPESP - Fundação de Amparo
à Pesquisa do Estado de São Paulo, em parceria com a BIREME - Centro Latino-
Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde. A partir de 2002, o
Projeto conta com o apoio do CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico
e Tecnológico. O Projeto tem por objetivo o desenvolvimento de uma metodologia
comum para a preparação, armazenamento, disseminação e avaliação da produção
científica em formato eletrônico. Com o avanço das atividades do projeto, novos títulos
de periódicos estão sendo incorporados à coleção da biblioteca 1.
O Banco de Teses da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior – Capes tem como objetivo facilitar o acesso a informações sobre teses e
dissertações defendidas junto a programas de pós-graduação do país, foi criado em
março de 200. Hoje, o banco reúne 458.657 resumos de teses (abstract). Parte do
Portal de Periódicos da Capes, o banco é uma ferramenta de busca e consulta, com
resumos relativos a teses e dissertações defendidas desde 1987. As informações são
fornecidas diretamente à Capes pelos programas de pós-graduação, que se
responsabilizam pela veracidade dos dados. O Banco de Teses é referencial e
alimentado pelo aplicativo eletrônico chamado Cadastro de Discentes, que recebe, de
forma continuada e atualizada, todos os dados relativos à comunidade dos alunos de
mestrado e doutorado, desde a matrícula até a titulação. Estão disponíveis no Banco de
Teses informações bibliográficas das dissertações de mestrado e das teses de
doutorado defendidas em todo o país. A ferramenta permite a pesquisa por autor, título
e palavras-chave2.
1
SciELO: Scientific Electronic Library Online. Disponível em: <http://www.scielo.br/?lng=pt>.
Acesso em: 30 set. 2019.
2
Fundação CAPES Ministério da Educação. Disponível em: < http://www.capes.gov.br/36-
noticias/3316-banco-de-teses-da-capes-possui-mais-de-450-mil-resumos>. Acesso em: 30 set. 2019.
O Google Acadêmico é uma ferramenta de pesquisas do Google feita para
encontrar artigos acadêmicos na web. O produto, criado pela gigante das buscas em
2004, permite que qualquer pessoa busque referências e citações em milhares de
artigos científicos publicados em fontes confiáveis de literatura acadêmica mundo
afora3.

As buscas efetuadas na biblioteca eletrônica SciELO foram norteadas pelo tema


da utilização do ábaco e/ou do soroban no ensino da Matemática. Os termos utilizados
para busca foram “ábaco”, “soroban”, “matemática”, "ensino" e “educação”. A busca foi
feita selecionando teses e periódico nacionais para verificar a existência ou não dos
termos.

Tiveram 4 resultados na busca dos termos sendo 04 para “ábaco” and


“Matemática” and “educação”, 0 para “soroban” and “Matemática” and “educação”. A
seleção dos trabalhos foi realizada a priori pela leitura do título, e após a leitura de seus
resumos. Na primeira rodada, efetuando a leitura do título, verificou-se que 03 trabalhos
se adequavam à proposta do total inicial de 04 resultados, contudo, após a leitura do
resumo dos trabalhos pré-selecionados, foi descartado 01 artigo por não ter relevância
ao objetivo da pesquisa. Após esta segunda rodada restou 03 artigos que mesmo não
tratando de forma direta o objeto desta pesquisa conversa ora de forma direta ora de
forma indireta com ele e por isso foram considerados pertinentes ao tema proposto.

I - Ensino do algoritmo de multiplicação por intermédio do ábaco romano.

II - Recursos didáticos nas aulas de matemática nos anos iniciais: critérios que
orientam a escolha e o uso por parte de professores.

III - Abstração Pseudoempírica: significado epistemológico e impacto


metodológico.

As buscas efetuadas no repositório CAPES foram norteadas pelo tema da


utilização do ábaco e/ou soroban no ensino da Matemática. Os termos utilizados para
busca foram “ábaco”, “soroban”, “matemática”, "ensino" e “educação”. A busca foi feita

3
Olhar digital. Disponível em <https://olhardigital.com.br/dicas_e_tutoriais/noticia/como-usar-o-
google-academico-para-pesquisar-artigos-cientificos/81648>. Acesso em: 30 set. 2019.
selecionando teses revisadas por pares dos últimos 10 anos filtrados na busca
avançada por intermédio de todos os campos para verificar a existência ou não dos
termos.

Tiveram 20 resultados na busca dos termos sendo 16 para “ábaco” and


“Matemática”, 4 para “soroban” and “Matemática” e 8 para “ábaco” and “educação” e 1
para “soroban” and “educação”. Faz-se necessário ressaltar que a combinação de
ábaco e soroban com as palavras educação e ensino mesmo trazendo resultados
quantitativamente diferentes os artigos eram os repetidos e por este motivo o total de
resultados distintos foram 20. A seleção dos trabalhos foi realizada a priori pela leitura
do título, e após a leitura de seus resumos. Na primeira rodada, efetuando a leitura do
título, foi-se verificado que 04 trabalhos se adequavam à proposta do total inicial de 20
resultados, contudo, após a leitura do resumo dos trabalhos pré-selecionados, foram
descartados mais 04 artigos por não terem relevância ao objetivo da pesquisa. A
referência ao ábaco ou soroban era como cálculo ou efetuação de cálculo e não como
um instrumento e por não falarem a respeito do mesmo em relação ao ensino da
Matemática. Após esta segunda rodada restou 0 artigos pertinentes ao tema proposto.

As buscas efetuadas no Google Acadêmico foram feitas pelos temas ábaco e


soroban. Os termos utilizados para busca foram “ábaco”, “soroban”, “matemática”,
"ensino" e “educação”. Esta pesquisa retornou alguns materiais relacionados ao tema
dos quais, pela sua relevância, decidiu-se trabalhar com 5 .

I - Utilizando o ábaco como recurso didático para uma aprendizagem matemática


significativa.

II – O uso do ábaco como recurso de na produção de significados para o


conceito da divisão na educação de jovens e adultos.

III – O soroban e sua aritmética concreta.

IV – A construção do conceito de número e o pré-sorban.

V – A alfabetização matemática do projeto ábaco.


3 DESENVOLVIMENTO

A evolução da humanidade se dá na maioria das vezes por necessidades de


superar dificuldades uma vez que os recursos presentes não são capazes de solucionar
tais obstáculos daí se faz necessário a buscar de novas técnicas e mecanismos. A
necessidade de contar aumenta junto com a evolução do homem, principalmente
quando deixamos de ser nómades e passamos a viver em local fixo. No início da
humanidade o homem não precisava contar nem representar coisas em símbolos para
registrar a quantidade, ao fixar-se na terra e precisar desenvolver seu próprio sustento,
cultivando a terra, criando animais, dentre outras atividades, que novos desafios
surgem e se faz necessário o desenvolvimento de novos mecanismos para resolver
estes problemas, agora o homem necessita desenvolver novas tecnologias que se
adequassem a este novo modelo de vida.
É necessário ponderar que afirmações sobre a origem da Matemática são
arriscadas uma vez que esta tem sua origem anterior à criação da arte de escrever. A
poeira da História esconde o desenvolvimento lento e gradual que provavelmente
ocorreu no surgimento desta ciência, para informações sobre o período que precede a
escrita dependemos de interpretações referentes aos poucos artefatos que temos
acesso além de evidências encontradas por meio da recente antropologia.
Sabe-se que por volta de 35 mil anos o homem já utilizava bastões ou pedaços
de osso para gravar as primitivas ideias referentes aos números, cada vez mais presos
a terram, mais demandas aparecem e com elas surgem novas soluções. Quanto mais o
rebanho e a quantidade de alimentos produzidos cresciam maior era a carência de
técnicas de controle, surgindo novos mecanismos de controle tais como os já
mencionados ricos em ossos ou madeiras ou por meio da associação do número de
animais a quantidade de pedras na mesma proporção, dentre outras que podem ter
existido e encontram-se num local inacessível do passado. Apenas por volta de 4000
a.C. em cidades Sumérias e Egípcias surgem as primeiras formas de numerais, todavia
a ideia de número precede o nascimento das primeiras civilizações e da escrita.
Com a evolução da humanidade os recursos que existem muitas vezes se
tornam ineficientes perante as dificuldades apresentadas e quando os recursos
disponíveis e utilizados para contagem tais como dedos das mãos, risco em objetos e
até mesmo agrupamentos de pedras, conchas, gravetos, dentre outros, são
insuficientes novos mecanismos são inventados para substituí-los, uma dessas
invenções foi a tábua de contar que também ficou conhecida como ábaco. A palavra
abacus provavelmente deriva da palavra semítica abq ou pó, indicando que em outras
regiões, como na china, o instrumento proveio de uma bandeja de areia usada como
tábua de contar (BOYER, 1991: 145).
Este instrumento de cálculo foi utilizado por diversas sociedades e sua criação foi
inspirada no conceito de contagem. Mesopotâmicos, Babilônios, Egípcios, Gregos,
Romanos, Indianos, Russos, Chineses, Japoneses, etc, desenvolveram seu modelos
de forma diferente cada qual com suas especificidades. As primeiras tábuas de contar
eram feitas de pedra, barro, madeira e materiais análogos, com linhas pintadas ou
sulcos nestes materiais sobre as quais eram colocadas pequenas pedras para efetuar
os cálculos, já o atual contador mecânico é feito de uma estrutura de madeira ou
plástico com diversas hastes por onde deslizam diversas contas.
O soroban, que é tema deste trabalho, é uma derivação do ábaco chinês que é
conhecido como suàn pán e significa tabuleiro (Pán) de calcular (Suàn), os primeiros
relatos se dão por volta do século XI d.C. Com hastes paralelas e contas deslizantes
ele é dividido em duas regiões distintas, a parte de baixo possui cinco contas, onde
cada uma equivale a uma unidade e na parte de cima, existem duas contas que
representam cinco unidades cada uma delas, com uma pequena barra separando-as.
Mas é nos meados do século XVII d.C. que o matemático japonês Kambei Mori leva da
China para o Japão o que mais tarde tornou-se o soroban utilizado nos dias atuais com
a configuração de uma conta na parte superior valendo cinco unidades e quatro contas
na parte inferior valendo uma unidade cada. No início do século XX com a imigração
Japonesa para o Brasil que o soroban chega ao Brasil e só na metade deste mesmo
século que é difundido por meio do professor Fukutaro Kato ao ministrar aulas para
nisseis. Em 1959 o professor Joaquim Lima de Moraes, que possuía miopia
progressiva, adaptou o soroban para que pessoas com deficiência visual pudessem
utilizar. Atualmente temos dois modelos no Brasil, o soroban para pessoas dotadas de
visão, as chamadas videntes e o sorobã que é o mesmo instrumento, mas adaptado
para cegos. (SILVA, 2013: 7).
O primeiro contato com o soroban leva a falsa impressão que é apenas um
brinquedo escondendo a poderosa ferramenta de cálculo que é este objeto, sua
utilização nas instituições de ensino que o adotam como material didático tem início por
volta dos 5 anos auxiliando no desenvolvimento do raciocínio lógico. Esta calculadora
trabalha com o todo, exige coordenação motora, concentração, foco e rapidez nos
cálculos, tornando-se um excelente mecanismo para o desenvolvimento das crianças
ao ajudar no desenvolvimento da atenção, observação, memória e concentração. “O
treino de cálculo com o ábaco produz inúmeros benefícios, pesquisas realizadas com
crianças sudanesas de 7 a 11 anos durante 34 semanas com uma carga de 2h/semana
mostraram aos pesquisadores que estas crianças tiveram em sua avaliação cognitiva
um aumento de sete pontos no QI”. 4 A importância e eficiência desta ferramenta foi
comprovada em 1947 quando ocorreu uma disputa entre o japonês Kiyoshi Matsuzaki
que utilizava um soroban e um norte-americano William Wood utilizando uma máquina
de calcular, no fim da disputa o japonês saiu vitorioso mostrando ao mundo o grande
potencial deste instrumento.
Para podermos utilizar o soroban é necessário conhecermos não apenas o
objeto, mas também as partes que o compõe.
Imagem 1 – Soroban

4
Soroban Brasil – Exercícios para o cérebro. Disponível em:
<https://www.sorobanbrasil.com.br/blog/materias/37-o-que-o-soroban-fara-por-mim> Acesso em: 03 de
outubro de 2019.
Fonte: SOUSA FILHO, 2013. p 22.
O soroban utiliza o sistema de numeração decimal, pois em cada uma das hates
podemos representar os algarismos utilizados neste sistema, que são 1,2,3,4,5,6,7,8,9
e o 0, e com a junção destes podemos formar algarismos maiores que nove. Tendo
como ponto de referência Teiiten, utilizaremos a haste indicada por este como a casa
das unidades. a sua esquerda serão múltiplos da unidade (dezena, centena, milhar,
etc.) e a sua direita os submúltiplos da unidade (décimo, centésimo, milésimo, etc.).
Como demonstrado na imagem 1 temos dois tipos de contas a Ichidama e a Godama, a
primeira tem o valor de uma unidade enquanto a outra tem o valor de cinco unidades,
com isso se não tivermos nenhuma conta encostada no Hari significa que naquela
Haste temos o valor 0 (zero), para indicarmos algum valor devemos encostar as
Ichidamas ou a Godama no Hari. Para indicarmos uma unidade encostaremos uma
Ichidama, para duas unidades duas Ichidamas e assim até utilizarmos todas e
chegarmos a quatro unidades e ao encostarmos a Godama no Hari somaremos mais 5
unidades. A figura a seguir apresenta as dez possibilidades nas posições das contas
para a representação de cada um dos 10 algarismos.
Figura 2 – Representação dos algarismo 1 – 9 e o 0.

Fonte: SOUSA FILHO, 2013. p 21.


Desta maneira para apresentarmos qualquer número, partimos da haste
marcada pelo Teiitei, esta será o numeral que representa a casa das unidades, assim o
número 609 é exemplificado segundo a figura a seguir:
Figura 3 – Representação do algarismo 609.

Fonte: SOUSA FILHO, 2013. p 22.


Inúmeros são os benefícios que a utilização do soroban pode proporcionar no
ensino da Matemática, a sua conformação física já traz consigo elementos que
corroboram com isso. Antes mesmo da sua utilização como calculadora é necessário
ter conhecimentos prévios específicos da Matemática tais como o conhecimento
numeração decimal, quadro valor de lugar, reconhecer certos padrões para resolução
de operações matemáticas, ou seja, dominar certos tipos de algoritmos, etc. A sua
utilização equivale a um treinamento que exercita o cérebro, pois quando calculamos
utilizando o ábaco trabalhamos a parte visual e motora do cérebro. “Grande parte dos
cálculos do soroban é feito mentalmente pelo praticante, o que desenvolve a agilidade e
a desenvoltura para cálculos. Com isso, consegue-se melhor concentração, atenção,
memorização, coordenação motora e cálculo mental na sua prática”. 5
O ensino da Matemática é demasiado discutido por sua complexidade e das
diversas variáveis que envolvem esta ciência, é necessário que exista significado no
processo de ensino/aprendizagem para que ocorra uma efetiva absorção do conteúdo
ensinado. Com o soroban ocorre uma materialidade no aprendizado enriquecendo este
processo e rompendo com processos e concepções mecanizadas que são adotadas na
grande maioria das instituições de ensino. A sua utilização nas séries iniciais auxilia na
aquisição de habilidades que ajudaram na realização de operações aritméticas. Soares
e Silva (2011, p. 6239) ressaltam que:

“segundo os estudos do psicólogo suíço Jean Piaget (1983), a criança utiliza-se


da manipulação de objetos no início da aquisição de habilidades em realizar
operações aritméticas. É essa experiência com materiais concretos que lhe

5
Nipocultura. Cultura Japão - Soroban. Disponível em: <http://www.nipocultura.com.br/soroban-そ
ろばん> Acesso em: 04 de outubro de 2019.
permite, posteriormente, o raciocínio abstrato, porém, não basta oferecer
objetos concretos para que ela crie o conceito de contagem: é necessário
envolvê-la em situações-problema que lhe permita raciocinar e também em
atividades nas quais sejam possíveis as ações e reflexões que auxiliem a
compreensão.”
Conforme os PCNs (BRASIL, 1998), a Matemática se faz presente desde os
tempos mais remotos, tendo nascido das necessidades dos homens. Seu ensino está
ligado direta ou indiretamente a todas as demais ciências. Desse modo, nos chamam a
atenção para o fato de que a Matemática deve estimular o aluno a ler e escrever
números, a fim de que este conheça a escrita posicional, utilize o número como um
instrumento para representação e resolução de situações quantitativas presentes no
cotidiano, estimule a compreensão das regras do sistema de numeração decimal,
dentre outros processos cognitivos.
A utilização de diferentes recursos didáticos auxilia e estimula o educando
criando um ambiente educacional mais rico e dinâmico. O soroban é um recurso que
quando utilizado de forma desafiadora gera um processo significativo na apreensão-
assimilação da aprendizagem da Matemática. A sua utilização servirá para mediar entre
a relação entre teoria e prática, criando conexões para que os alunos desenvolvam e
articulem, de maneira gradual, conceitos científicos em suas experiências cotidianas a
partir da materialização das operações Matemáticas.
como outras técnicas, mas não é a única forma. É apenas mais uma delas.
Excelente, por sinal, mas não a única. Infelizmente muitas pessoas não treinam o
cérebro de forma consistente, então, quando encontram alguma técnica a idolatram,
como se resolvessem todos os problemas do mundo intelectual. Cuidado com isso!
Saiba diferenciar as potencialidades de cada técnica e o que desenvolvem. Já ouvi
gente dizendo que o Soroban melhora até na leitura. Esta afirmação é muito genérica.
Melhora como? Se a pessoa tiver uma dificuldade de concentração vai melhorar a
concentração na leitura, não a leitura em si. Se quiser melhorar a leitura terá que treinar
leitura, compreensão, vocabulário e interpretação. No Soroban não aprenderá isto. Uma
coisa que escuto muito: Soroban melhora na matemática. Não! Melhora no cálculo das
operações de adição, subtração, multiplicação, divisão e outras correlatas. Com o treino
as pessoas que tinham "medo" de realizar cálculos superam este bloqueio, aumentando
o interesse por números. Assim podem vir a estudar a matemática com novos "olhos".
Aprendendo-a. Para aprender matemática deve-se estudar matemática. A técnica com
o Soroban treina raciocínio, melhora a concentração, utiliza os dois hemisférios e
inúmeras vantagens, tudo fruto do esforço contínuo 6.

6
Soroban Brasil – Exercícios para o cérebro. Disponível em:
<https://www.sorobanbrasil.com.br/blog/materias/37-o-que-o-soroban-fara-por-mim> Acesso em: 03 de
outubro de 2019.
Parte principal do artigo, que contém a exposição ordenada e pormenorizada do
assunto tratado. O elemento textual chamado desenvolvimento é a parte principal do
artigo científico, caracterizado pelo aprofundamento e análise pormenorizada dos
aspectos conceituais mais importantes do assunto. É onde são amplamente debatidas
as ideias e teorias que sustentam o tema (fundamentação teórica), apresentados os
procedimentos metodológicos e análise dos resultados em pesquisas de campo, relatos
de casos, dentre outros. Divide-se em seções e subseções, conforme a ABNT NBR
6024.
Poderá optar por:
Artigo de Revisão Bibliográfica: analisa e discute informações já publicadas.
Assim, antes de começar a revisão bibliográfica, leia os chamados “livros clássicos”
sobre o tema, para descobrir/relembrar os conceitos e as ideias principais relacionados
ao seu trabalho. As principais fontes a serem consultadas para a elaboração da revisão
bibliográfica são artigos em periódicos científicos, livros, teses, dissertações e resumos
em congresso.
Dê prioridade (nesta ordem) a:

(i) artigos publicados em periódicos internacionais;


(ii) artigos publicados em periódicos nacionais reconhecidos;
(iii) livros publicados por bons editores;
(iv) teses e dissertações,
(v) anais de conferências internacionais;
(vi) anais de conferências nacionais.

Artigo original: publicação que apresenta temas ou abordagens originais.


Um trabalho de conclusão de curso geralmente começa pela definição do tema
geral. Dentro dele, encontra-se uma delimitação que resultará num problema – a
questão que a monografia pretende responder – e em objetivos – o que se pretende
alcançar.
 Abordagem quantitativa
Quando se trata de um trabalho quantitativo, os questionários e os formulários
costumam ser bastante utilizados. Esses instrumentos geram um volume de
informações maior, podendo servir de base para estatísticas.

 Abordagem qualitativa
Métodos qualitativos envolvem menos quantidade e mais aprofundamento das
questões desenvolvidas na monografia. Utilizam-se entrevistas e observações da
realidade para que o pesquisador registre suas próprias impressões.
A partir dessa construção, tem-se o esboço dos procedimentos que serão
necessários para a execução da pesquisa. Eles envolvem, primeiro, o levantamento
teórico. É nessa hora que se buscam fontes para entender o que já foi estudado sobre
o assunto. Podem ser livros, artigos, reportagens, documentos oficiais, teses e
dissertações.
Deve-se conter no mínimo 06 referências (Todas as obras citadas no artigo
acadêmico devem estar referenciadas na bibliografia). Em caso de artigo utilizados
como referências, deve-se escolher trabalhos recentes, dos últimos 10 anos. Autores
clássicos podem ser citados, sem restrição de ano da obra. Demais referências como
livros e outros, não é exigido serem dos últimos 10 anos.
1. Descrever sucintamente o tipo de pesquisa a ser abordada
(bibliográfica, documental, de campo, etc. )
2. Delimitação e descrição (se necessário) dos instrumentos e fontes
escolhidos para a coleta de dados: entrevistas, formulários, questionários,
legislação doutrina, jurisprudência, etc.
3. Indicar o procedimento para a coleta de dados, que deverá acompanhar o
tipo de pesquisa selecionado, isto é:
a) para pesquisa bibliográfica: indicar proposta de seleção das leituras
(seletiva, crítica ou reflexiva, analítica);
b) para a pesquisa de campo (original): indicar o procedimento da
observação: entrevista, questionário, análise documental, entre outros.

3.1 Ilustrações

É opcional. Qualquer que seja o tipo de ilustração, esta deve ser precedida de
sua palavra designativa (desenho, esquema, fluxograma, fotografia, gráfico, mapa,
organograma, planta, quadro, retrato, figura, imagem, entre outros), seguida de seu
número de ordem de ocorrência no texto, em algarismos arábicos, de travessão e do
respectivo título.
Imediatamente após a ilustração, deve-se indicar a fonte consultada (elemento
obrigatório, mesmo que seja produção do próprio autor) conforme a ABNT NBR 10520,
legenda, notas e outras informações necessárias à sua compreensão (se houver). A
ilustração deve ser citada no texto e inserida o mais próximo possível do trecho a que
se refere.
Tipo, número de ordem, título, fonte, legenda e notas devem acompanhar as
margens da ilustração.

Exemplo:
Mapa 1 - Fronteiras do Brasil

Fonte: IBGE (2016)

3.2 Sigla

A sigla, quando mencionada pela primeira vez no texto, deve ser indicada entre
parênteses, precedida do nome completo.
EXEMPLO: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)

3.3 Tabelas

São opcionais. Devem ser citadas no texto, inseridas o mais próximo possível do
trecho a que se referem, e padronizadas conforme as Normas de apresentação tabular
do IBGE. Deve-se indicar a fonte consultada (elemento obrigatório, mesmo que seja
produção do próprio autor), de acordo com a ABNT NBR 10520.

3.4 Paginação

Não é obrigatória. Se for enumerar, deve-se começar a partir do RESUMO,


contando-se a partir da folha de rosto na margem superior direta.
3.5 Citações

1.1.1 Citação direta

Quando se transcreve textualmente parte da obra do autor consultado. O texto


deverá vir entre aspas duplas. Além do autor e data também deverá ser indicada a
página da consulta.
Especificar no texto a(s) página(s), volume(s), tomo(s) ou seção(ões) da fonte
consultada, nas citações diretas. Este(s) deve(m) seguir a data, separado(s) por
vírgula e precedido(s) pelo termo, que o(s) caracteriza, de forma abreviada.
Exemplos:

1. Oliveira e Leonardos (1943, p. 146) dizem que a "[...] relação da série

São Roque com os granitos porfiróides pequenos é muito clara."

2. Meyer parte de uma passagem da crônica de “14 de maio”, de A


Semana: “Houve sol, e grande sol, naquele domingo de 1888, em que
o Senado votou a lei, que a regente sancionou [...] (ASSIS, 1994, v. 3,
p. 583).

1.1.2 Citações diretas de até três linhas

Devem estar contidas entre aspas duplas. As aspas simples são utilizadas
para indicar citação no interior da citação.

Exemplos:

i. Barbour (1971, p. 35) descreve: “O estudo da morfologia dos


terrenos [...] ativos [...]” ou “Não se mova, faça de conta que
está morta.” (CLARAC; BONNIN, 1985, p. 72).
ii. Segundo Sá (1995, p. 27): “[...] por meio da mesma ‘arte de
conversação’ que abrange tão extensa e significativa parte da
nossa existência cotidiana [...]”

1.1.3 Citações diretas com mais de três linhas

Devem ser destacadas com recuo de 4 cm da margem esquerda, com letra


menor que a do texto utilizado e sem as aspas (fonte 10) espaçamento simples. No
caso de documentos datilografados, deve-se observar apenas o recuo.
Exemplo:

A teleconferência permite ao indivíduo participar de um encontro nacional


ou regional sem a necessidade de deixar seu local de origem. Tipos
comuns de teleconferência incluem o uso da televisão, telefone, e
computador. Através de áudio-conferência, utilizando a companhia local de
telefone, um sinal de áudio pode ser emitido em um salão de qualquer
dimensão. (NICHOLS, 1993, p. 181).

Devem ser indicadas as supressões, interpolações, comentários, ênfase ou


destaques, do seguinte modo:
a) supressões: [...]

b) interpolações, acréscimos ou comentários: [ ]

c) ênfase ou destaque: grifo ou negrito ou itálico.

Quando se tratar de dados obtidos por informação verbal (palestras, debates,


comunicações etc.), indicar, entre parênteses, a expressão informação verbal,
mencionando-se os dados disponíveis, em nota de rodapé.
Para enfatizar trechos da citação, deve-se destacá-los indicando esta
alteração com a expressão grifo nosso entre parênteses, após a chamada da
citação, ou grifo do autor, caso o destaque já faça parte da obra consultada.
Exemplos:
1. “[...] para que não tenha lugar a produção de degenerados, quer physicos
quer moraes, misérias, verdadeiras ameaças à sociedade.” (SOUTO, 1916, p. 46,
grifo nosso).
2. “[...] b) desejo de criar uma literatura independente, diversa, de vez que,
aparecendo o classicismo como manifestação de passado colonial [...]” (CANDIDO,
1993, v. 2, p. 12, grifo do autor).

1.1.4 Citação de texto traduzido pelo autor

Quando a citação incluir texto traduzido pelo autor, deve-se incluir, após a
chamada da citação, a expressão tradução nossa, entre parênteses.
Exemplo:

“Ao fazê-lo pode estar envolto em culpa, perversão, ódio de si mesmo


[...] pode julgar-se pecador e identificar-se com seu pecado.” (RAHNER,
1962, v. 4, p. 463, tradução nossa).

1.1.5 Citações indiretas

O autor faz uma descrição usando suas próprias palavras se baseando na


informação de um autor consultado interpretando o que foi lido, sem alterar em
profundidade o que foi lido. Não é obrigatório indicar o número da página onde foi
lida a citação, mas o autor e ano de publicação, sim. Citações de diversos
documentos da mesma autoria, publicados em anos diferentes e mencionados
simultaneamente, têm as suas datas separadas por vírgula.
Exemplo:
- Duas análises, a de Lemos (1978) e a de Yahn (1983), apontam para o
baixo impacto dos periódicos de radiologia e agricultura respectivamente, […]
3.6 Citação de Citação de Acordo com as Normas ABNT

Citações desse tipo devem ser utilizadas apenas quando não existir a
possibilidade de obter o documento de referência original. A expressão apud (em itálico)
significa citado por, conforme, segundo.
a) Quando o autor é parte integrante do texto:

Exemplo:

Olson (1977, p. 23 apud SMITH, 1991, p. 86), afirma que “nossa capacidade para
produzir e compreender tal linguagem falada é, na verdade, um subproduto do fato de
sermos alfabetizados”.
b) Quando o nome do autor aparece ao final da citação:

Exemplo:
“Nossa capacidade para produzir e compreender tal linguagem falada é, na
verdade, um subproduto do fato de sermos alfabetizados”. (OLSON, 1977, p.
23 apud SMITH, 1991, p. 86).

4 CONCLUSÃO

A conclusão é um fechamento do trabalho estudado, respondendo às hipóteses


enunciadas e aos objetivos do estudo, apresentados na Introdução, onde não se
permite que nesta seção sejam incluídos dados novos, que já não tenham sido
apresentados anteriormente.
O aluno deverá utilizar esse modelo para o TCC.

5 REFERÊNCIAS

5.1 Como Fazer Referências de Acordo com as Normas ABNT


Na primeira parte do artigo vimos o que é citação e como cada uma deve ela ser
feita. Agora, serão mostrados os tipos de referência e como monta-los. A definição de
referência segundo as normas ABNT é: “Conjunto padronizado de elementos
descritivos, retirados de um documento, que permite sua identificação individual”.

5.2 Elementos Fundamentais de Acordo com as Normas ABNT

 Autor;

 Título da obra;

 Local;

 Editora;

 Data de publicação.

5.3 Referências de Obras com Apenas Um Autor de Acordo com as Normas ABNT

Sobrenome, Inicial do Nome, se for nome composto, Inicias dos dois nomes,
Local de publicação, editora e ano de publicação.

Exemplos:

BOYER, C.B. História da matemática. Trad. Elza F. Gomide. São Paulo: Edgard
Blücher, 1974.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação


Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: matemática. Brasília: MEC/SEF.
1998. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/matematica.pdf. Acesso
em 04 de julho de 2019.

Fundação CAPES Ministério da Educação. Disponível em: <


http://www.capes.gov.br/36-noticias/3316-banco-de-teses-da-capes-possui-mais-de-
450-mil-resumos>.
Olhar digital. Disponível em
<https://olhardigital.com.br/dicas_e_tutoriais/noticia/como-usar-o-google-academico-
para-pesquisar-artigos-cientificos/81648>

SciELO: Scientific Electronic Library Online. Disponível em:


<http://www.scielo.br/?lng=pt>.

SILVA, M. S. Soroban: Material Didático Para a Resolução de Problemas


com Números Naturais. Pato Branco – PR. UNICENTRO, 2013. Disponível em:
<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2
013/2013_unicentro_mat_pdp_cassia_maria_da_silva.pdf>

Soroban Brasil – Exercícios para o cérebro. Disponível em:


<https://www.sorobanbrasil.com.br/blog/materias/37-o-que-o-soroban-fara-por-mim>

SOUSA FILHO, F. F. O soroban e sua aritmética concreta. 2013. 228 f.


Dissertação (Mestrado Profissional em Matemática - PROFMAT) - Centro de Ciências
da Natureza, Universidade Federal do Piauí, Teresina, 2013.

SOARES, Fátima Aparecida; SILVA, Mário Roberto da. A Alfabetização


matemática do projeto ábaco. 2011. Disponível em:
https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/140019/ISSN2236-9708-2011-6236-
6247.pdf?sequence=1. Acesso em: 04 de outubro de 2019.

PAULANI, L. M. Modernidade e discurso econômico. São Paulo: Boitempo,


2005.

5.4 Referências de Obras com até Três Autores de Acordo com as Normas ABNT

Sobrenome, Inicial do Nome, se for nome composto, Inicias dos dois nomes,
Local de publicação, editora e ano de publicação.

Exemplo:
CARPENTER, R. P.; LYON, D. H.; HASDELL, F. A. Análisis sensorial en el
desarrollo y control de la calidad de alimentos. Zaragoza: Acribia, 2002.

5.5 Referências de Obras com Mais de Três Autores de Acordo com as Normas ABNT

Sobrenome, Inicial do Nome do Autor que aparece em primeiro lugar, se for


nome composto, Inicias dos dois nomes, seguido da abreviação et al., Local de
publicação, editora e ano de publicação.

Exemplo:

CARVALHO, F. J. C. et al. Economia monetária e financeira: teoria e


política. 2. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Elsevier: Campus, 2007.

5.6 Referência de Citação da Citação de Acordo com as Normas ABNT

Caso seja utilizada em seu trabalho uma citação retirada de um livro, ou seja,
citação da citação, é preciso incluir na lista referência:

a) Referência ao documento não consultado seguida da expressão apud (em


itálico) seguida da referência do documento consultado.

b) Referência ao documento consultado. No qual a citação foi retirada.

Exemplos:

OLSON, D. R. From utterance to text: the bias of language in speech and


writing. Harvard Educational Review. v. 47, n. 3, p. 257-281, 1977 apud SMITH,
F. Compreendendo a leitura: uma análise psicolinguística da leitura e do aprender a
ler. 2. ed. rev. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991.

SMITH, F. Compreendendo a leitura: uma análise psicolinguística da leitura e


do aprender a ler. 2. ed. rev. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991.
5.7 Referência a Obra de Responsabilidade de Uma Pessoa de Acordo com as
Normas ABNT

Nesse caso a obra é de responsabilidade de um Editor (Ed), Compilador


(Comp.), Organizador (Org.) ou Coordenador (Coord.).

Exemplos:

HENRIQUES, R. (Coord.). Desigualdade e pobreza no Brasil. Rio de Janeiro:


IPEA, 2000.

PARKER, Richard et al. (Org.). A AIDS no Brasil: 1982-1992. 2. ed. Rio de


Janeiro: Relume-Dumara, 1994.

5.8 Referência de Obra com Autoria de Entidade Coletiva de Acordo com as Normas
ABNT

a) Quando as entidades coletivas são, por exemplo, órgãos governamentais.

Exemplo:

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE BANCOS DE DESENVOLVIMENTO. Bancos


de desenvolvimento: modelo institucional. Rio de Janeiro: 1983.

b) Quando a entidade possui denominação genérica, precedido órgão superior


ou jurisdição geográfica a qual pertence.

Exemplo:

BRASIL. Ministério da Cultura. Conselho Nacional de Direito Autoral. Legislação


de normas. 3. ed. rev. aum. Brasília, 1985.

5.9 Referência de Obra com Autoria Desconhecida de Acordo com as Normas ABNT

Título, Local de publicação, editora e data da publicação.

Exemplo:
ESTUDIOS sociodemograficos de pueblos indígenas. Santiago de Chile:
CELADE, 1994.

5.10 Como Fazer Referências de um Livro de Acordo com as Normas ABNT

Para fazer referência de um livro deve-se escrever da seguinte forma:


SOBRENOME DO AUTOR, Prenome. Título: subtítulo. Edição. Local de publicação:
Editora, ano de publicação.

Exemplos:

ROGANTE, S. Mercado financeiro brasileiro: mudanças esperadas para


adaptação a um ambiente de taxa de juros declinantes. São Paulo: Atlas, 2009. (Série
academia empresa, 6).

NABUCO, J. Cartas aos abolicionistas ingleses. Recife: Fundação Joaquim


Nabuco, 1985. Disponível em:
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/jn000058.pdf>. Acesso em: 14 jul.
2009.

5.11 Como Fazer Referências de um Capítulo de Livro de Acordo com as Normas


ABNT

a) Quando o autor é o mesmo do capítulo e do livro:

Coloca-se ___ no nome do autor na segunda repetição.

Exemplo:

SANTOS, M. A organização interna das cidades: a cidade caótica. In:___. A


urbanização brasileira. 3. ed. São Paulo: Hucitec, 1996. cap. 11, p. 95-97.

b) Quando o autor do capítulo não é o autor do livro:

Exemplo:
TEIXEIRA, M. L.; ZACCARELLI, L. M. Os desafios da atuação socialmente
responsável. In: HANASHIRO, D. M. M. et al. (Orgs.). Gestão do fator humano: uma
visão baseada em stakeholders. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 2008. cap.5, p.155-180.

5.12 Como Fazer Referências de Monografias, Dissertações e Teses de Acordo com as


Normas ABNT

Coloca-se o SOBRENOME DO AUTOR, Prenome. Título: subtítulo. Ano de


apresentação. Número de folhas ou volumes. (Categoria e área de concentração) –
Instituição, Local, ano da defesa.

Exemplos:

CARNEIRO, N. M. Q. Procedimentos básicos para o planejamento de uma


indústria de biscoitos, enfocando a legislação sanitária de alimentos do estado de
Minas Gerais . 2004. 90 f. Monografia (Especialização em Nutrição e Saúde) -
Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG, 2004.

ALVES, J. E. D. Transição da fecundidade e relações de gênero no


Brasil. 1994. 298 f. Tese (Doutorado em Demografia) – Centro de Desenvolvimento e
Planejamento Regional, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 1994.

5.13 Como Fazer Referências de Trabalho Apresentado em Evento de Acordo com as


Normas ABNT

Faz-se, SOBRENOME DO AUTOR, Prenome. Título do trabalho apresentado


seguido da expressão. In: TÍTULO DO EVENTO, nº do evento, ano de realização, local
(cidade de realização). Título do documento (anais, resumos, etc.). Local: Editora, ano
de publicação. Página inicial – final da parte a ser referenciada.

Exemplo:
CARVALHO, M. M. A.. O balanço social: um novo olhar sobre o relatório contábil
do futuro. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CONTABILIDADE, 16., 2000,
Goiânia. Anais... Goiânia: Conselho Federal de Contabilidade, 2000. 1 CD-ROM.

5.14 Como Fazer Referências de Periódicos de Acordo com as Normas ABNT

Periódicos são considerados as publicações que tem divulgação regular. Podem


ser revistas cientificas, jornais e afins.

Faz-se, SOBRENOME DO AUTOR, Prenome. Título do artigo. Título do


periódico. Local de publicação (cidade), volume, número, nº fascículo, páginas inicial-
final, mês e ano. Artigos de periódico:

a) Referência a uma revista segundo as normas ABNT:

Exemplo:

APPOLINÁRIO, F. Para onde caminha o estudo do comportamento


organizacional? Revista de Economia e Administração, São Paulo, v.7, n.3, p. 262-
267, jul.- set. 2008.

b) Referência de artigos de jornais segundo as normas ABNT:

Exemplo:

FURBINO, Z. Corretores surfam na onda do boom imobiliário. Estado de


Minas, Belo Horizonte, 13 jul. 2009. Caderno Economia, p. 10.

5.15 Como Fazer Referências a Legislação de Acordo com as Normas ABNT

Exemplos:

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil,


1988. Brasília: Senado Federal, Centro Gráfico, 1988.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e
bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, v. 134, n. 248, 23
dez. 1996. Seção 1, p. 27834-27841.

5.16 Como Fazer Referências a Entrevista e E-mail de Acordo com as Normas ABNT

a) Referência de entrevista segundo as normas ABNT :

Exemplo:

FERNANDES, L. O motor do desenvolvimento. Pesquisa Fapesp, São Paulo, n.


141, p. 12-17, nov. 2007. Entrevista concedida a Neldson Marcolin.

a) Referência de e-mail segundo as normas ABNT:

Exemplos:

MORAFF, Steve. Jongg CD. [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por


mtmendes@ism.com.br em 8 jan. 1997.

BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA UFMG. Departamento de Planejamento e


Divulgação. Defesa de dissertação[mensagem institucional]. Mensagem recebida por
bibface@face.ufmg.br em 03 abr. 2008.

5.17 Como Fazer Referências a um Website de Acordo com as Normas ABNT

Exemplos:

JENKINS, H. The official weblog of Henry Jenkins. Massachusetts, EUA.


Disponível em: <http://henryjenkins.org>, Acesso em: 08 fev. 2010, 14:13:30.

PETROBRÁS. Página institucional. Disponível em:


<http://www.petrobras.com.br>, Acesso em: 13 dez. 2009.
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. Galeria dos
presidentes. Brasília, DF. Disponível em:
<http://www.presidencia.gov.br/info_historicas>, Acesso em: 17 jan. 2010.

UNITED NATIONS. International laws. Nova York, EUA. Disponível em:


<http://www.un.org/eng/law>, Acesso em: 30 nov. 2009. 24

5.18 Notas de rodapé de Acordo com as Normas ABNT

Destinam-se a prestar esclarecimentos, comprovar, justificar ou esclarecer


informações que não devem ser incluídas no texto de forma a não interromper a
sequência lógica da sua leitura. De acordo com as normas da ABNT:

a) A enumeração deve ser sequencial.

b) Texto com espaço simples e a fonte tamanho dez, utilizando filete de 5 cm, a
partir da margem esquerda.

c) Notas com mais de uma linha devem ser, a partir da segunda linha, abaixo da
primeira letra da primeira palavra, de forma que destaque o expoente.

Assim, encerramos o nosso artigo sobre as Normas da ABNT, fizemos um


resumo de como deve ser elaboradas as citações e referências em seu trabalho
científico. Vimos também como fazer a formatação, tipo de fonte, margens e
alinhamento, de acordo com as normas ABNT. Com esse artigo espero ajudar a todos
que buscam informações sobre como redigir trabalhos corretamente dentro das normas
ABNT para normalizar e padronizar suas pesquisas, e assim passar credibilidade não
só a nível nacional, como internacional, o que acaba contribuído diretamente para o
desenvolvimento de nosso país.

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