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Gadolinio - Uma Revisao Geral PDF
Gadolinio - Uma Revisao Geral PDF
Fortaleza-CE
2016
KENARD SILVA BRITO
Fortaleza-CE
2016
KENARD SILVA BRITO
Aprovada em ____/_____/_____
BANCA EXAMINADORA
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Orientador
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___________________________________________
À minha mãe Regina Celi Silva Brito e ao meu pai Francisco Das Chagas Brito por
me ensinarem a ser forte e não baixar a cabeça, exemplos de humildade!
Gadolinium is a chemical element with symbol Gd and number atomic 64. Gadolinium
contrast medium contains complex molecules, that is, an arrangement of atoms.This
improves the diagnostic accuracy of the MRI scan. it increases the visibility of
inflammation, a tumour or growth, blood vessels and assesses the blood flow to organs
such as the brain and heart. Gadolinium contrast medium is generally very safe. Side
effects or reactions are uncommon but may occur. Gadolinium contrast medium should
be avoided in patients with reduced kidney function or kidney failure (either chronic or
acute), and hepatorenal syndrome. Nephrogenic systemic fibrosis (NSF), a debilitating
disease resulting in skin contractures (or localised skin thickening and tightening) and
internal organ damage has occurred with some gadolinium based contrast agents in a
minority of patients who had pre-existing severe kidney function abnormalities
A dose usual para estudos não vasculares é de 0,1 mmol/kg, sendo mais elevada
para estudos de angioressonância. Em indivíduos com função renal normal, o gadolínio
se equilibra rapidamente entre o plasma e o interstício, com meia-vida de 2 horas e é
eliminado através da filtração glomerular, sem contribuição da secreção tubular, com
clearance renal variando de 1,1 a 1,6 ml/kg/min. Mais de 95% da dose injetada é
eliminada em 24hs e menos de 3% eliminada nas fezes. Em pacientes com insuficiência
renal avançada (estágio 5) a farmacocinética dos complexos com gadolínio está
alterada. Devido ao relativo baixo peso molecular (500 Da), pequeno volume de
distribuição (0,28 l/kg) e pouca ligação protéica, estes são facilmente removíveis com
hemodiálise, mas não pela diálise peritoneal(7). Em um estudo, a meia-vida do gadolínio
em paciente com doença renal crônica foi de 34,3 horas e diminuiu para 2,6 horas nos
que receberam hemodiálise, enquanto que nos pacientes mantidos em diálise peritoneal
permaneceu por 52,7 horas(9).
2.0 Complicações dos meios de contraste à base de Gd
Epidemiologia
Etiologia
A sequência dos eventos fisiopatológicos desta grave doença fibrótica ainda não
está clara; entretanto, encontrase na imunohistoquímica um infiltrado cutâneo inicial
com células dendríticas , CD68 / fator XIIIa que poderia representar uma possível
resposta do hospedeiro ao estímulo nocivo. Além disso, estudos com hibridização in
situ e imunohistoquímica mostraram o aumento de um marcador de expressão do
TGFβ1 no RNAm, distribuído difusamente na pele, fáscia e músculos afetados. Assim,
há a hipótese de que o TGFβ1 estaria intimamente envolvido no processo
fisiopatológico da doença. A eritropoetina recombinante humana (EPO) foi implicada
com FSN devido às suas propriedades fibrogênicas 27, estimulando a medula óssea e um
grande número de fibroblastos CD34 derivados da medula óssea a infiltrar na derme dos
pacientes com FSN. A EPO foi colocada como o possível agente etiológico da FSN
num estudo comparativo com 22 pacientes em hemodiálise com biópsia compatível com
FSN e 50 pacientes controles em hemodiálise, em que os pacientes com FSN receberam
dose média de EPO significativamente maiores que o grupo controle (427 U/kg versus
198 U/kg por semana). A FSN melhorou em alguns pacientes que pararam ou
diminuíram a dose de EPO. Entretanto, não está claro se este efeito ocorreu pela
redução da terapia ou recuperação da função renal. Há necessidade de mais estudos para
comprovar se há alguma associação entre EPO e FSN. Como outra teoria, o efeito
estimulante para a FSN pode ser o depósito tecidual de uma toxina, como o gadolínio. O
Gd3 é pouco solúvel, altamente tóxico e pode se precipitar com outros ânions,
(7,24,27,28)
geralmente aumentados na insuficiência renal, dissociando-se dos quelantes .
levando ao processo já descrito anteriormente.
Achados Clínicos
Manifestações cutâneas
Manifestações sistêmicas
Tratamento
1 – Evitar o uso em pacientes com insuficiência renal, pelo menos até que seja
esclarecida qual a real participação destes agentes no desenvolvimento da FNS. Para
isso, é necessário identificar quais os pacientes de risco para a FNS, de acordo com a
recomendação da FDA: a) insuficiência renal grave aguda ou crônica (taxa de filtração
glomerular < 30 ml/min/1,73 m²); b) disfunção renal aguda relacionada à síndrome
hepatorrenal ou no período periope ratório de transplante hepático. Os meios de
contraste a serem evitados são: Omniscan, Magnevist e OptiMARK. Todavia, é
prudente considerar todos os agentes à base de Gd até que novas evidências apareçam.
Caso seja necessária a realização de RM com injeção de contraste nesses pacientes,
deve-se considerar que seja utilizado o menor volume possível e que eles sejam
submetidos a hemodiálise logo após o procedimento (o ideal seriam três seções de
hemodiálise em dias seguidos).
À medida que novas fontes fisiológicas de íons de cobre e zinco “vazam” para o
espaço intravascular, na tentativa de restabelecer o equilíbrio de sua concentração, elas
também deslocam mais Gd do que quelato. Este ciclo continua até que todo o Gd
quelado é eliminado do corpo pelos rins, pela filtração glomerular. Por esta razão, há
uma preocupação potencial quanto ao nível do íon Gd livre em casos de insuficiência
renal, assim como em pacientes com menor taxa de depuração renal de todas essas
substâncias do corpo. Não está muito bem estabelecida a segurança da administração de
meios de contraste à base de Gd em pacientes com distúrbios da função renal ou
insuficiência renal franca. Alguns estudos sugerem que eles são bem tolerados.
O Magnevist pode ser dialisado, com mais de 95% da dose administrada sendo
removida ao terceiro tratamento de diálise (41).
Características físico-químicas dos contrastes para RM disponíveis comercialmente.
Meios de Nomes Gd-DTPA – Gd-DOTA – Gd-HP-DO3A – Gd-DTPA-BMA Gd-BOPTA† – Gd-DO3A-butrol Gd-DTPA-
– – BMEA –
contraste genéricos gadopentetate gadoterate gadoteridol gadobenate
gadodiamide gadobutrol gadoversetamide
dimeglumine meglumine (0,5 mol/l) dimeglumine
(0,5 mol/l) (1.0 mol/l) (0,5 mol/l)
(0,5 mol/l) (0,5 mol/l) (0,5 mol/l)
Viewgam®
de estabilidade
termodinâmica
(log Keq)
de estabilidade
condicional
em pH 7,4
(osm/kg)
(mPa.s a 37 °C)
(l/mmol/s) 0,47
T,
plasma
(mg/ml)
de quelante
(mg/ml)
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