Meios de Contraste em RM

Aimar Ap. Lopes

 A chegada da RM no Brasil.....
1990 – Hospital São Paulo/Unifesp

http://www.unifesp.br/reitoria/dci/noticias-anteriores-dci/item/1621-unifesp-recebe-aparelho-de-
ressonancia-magnetica
Não existe conflito de interesse nesta
apresentação

There is no conflict of interest in this

presentation
Meios de Contraste em RM
Substâncias utilizadas para aumentar
o contraste entre as patologias e os
tecidos normais ou para
preenchimento de espaços.
Meios de Contraste em RM
- Água
- Sangue
- Ferro (Ferridex)
- Manganês
- Gadolínio
Meios de Contraste em RM
- Água – utiliza-se o sinal da água – hipersinal em T2

- COLANGIO RM
- URO RM
- ENTERO RM
COLANGIO RM
 URORM

SEM GD
COM GD
 ENTERORM

Muvinlax – laxante tipo osmótico não irritante (Bula)

 Meios de Contraste em RM
- Sangue - RM Funcional – Princípio baseado nas
diferentes concentrações de oxigênio nas regiões
encefálicas ativadas

https://pt.slideshare.net/AlexRibeiro/meios-
de-contraste-em-ressonncia-magntica
 Meios de Contraste em RM
- Ferro (Ferridex)

https://pt.slideshare.net/AlexRibeiro/meios-
de-contraste-em-ressonncia-magntica
 Meios de Contraste em RM
- Manganês - Presente em um meio de contraste não usual no Brasil, o
manganês é caracterizado como um agente hepatobiliar, sendo captado pelos
hepatócitos normais e excretado pela bile. Encurta os tempos T1 e T2.
O manganês também esta presente em frutas, com o abacaxi e o açaí, e vem sendo
usado como um meio de contraste oral em exames de colangiografia por RM
(imagens altamente ponderadas em T2) para reduzir o sinal do líquido presente no
estômago e alças intestinais.

Colangio RM antes e após a administração

por via oral de suco concentrado de
abacaxi. É evidente a redução do sinal de
estômago e alças intestinais na imagem.

http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/index.php/ressonancia-
magnetica/meios-de-contraste-em-rm#mangan%C3%AAs
 Meios de Contraste em RM
- Gadolínio

Imagens demonstrativas
da Siemens
https://pt.slideshare.net/AlexRibeiro/meios-de-contraste-em-ressonncia-magntica
Imagens demonstrativas
da Siemens
Abdômen Trifásico
QUANDO INJETAR CONTRASTE E.V.?

- TU
- SUSPEITA DE NECROSE ÓSSEA DOENÇA
- SUSPEITA DE SINOVITE REUMÁTICA

Arquivo Pessoal
 ARTRO-RM...

- Administração de solução de
soro fisiológico e GD
(100ml/1ml) intra-articular

Arquivo
Pessoal
CONTRASTE HEPATO ESPECÍFICO
“Primovist”
 O Primovist e MultiHance® são excretados por via renal e
hepática, sendo que a excreção pelos hepatócitos determina
importante efeito na caracterização de lesões hepáticas,
porém sem excluir seu uso para o estudo dinâmico de outros
órgãos após injeção rápida.

O ácido gadoxético (Primovist) é um meio de contraste baseado em gadolínio, que possui

excreção estimada em 50% por via renal e 50% por via biliar em pacientes hígidos.
Consequentemente, uma única injeção em bolus permite a realização de estudos dinâmicos
trifásicos rotineiros do fígado em uma primeira etapa, seguidos da avaliação hepatobiliar após um
intervalo de cerca de 10-20 minutos.
Outro meio de contraste de característica semelhante, o gadobenato de dimeglumina
(MultiHance) também possibilita esta mesma abordagem, porém ainda não se encontra
aprovado para uso no Brasil, e possui apenas 4% de excreção biliar, o que demanda um intervalo
de espera maior para esta fase.
Devido a suas características lipossolúveis, o ácido gadoxético entra nos hepatócitos
através dos transportadores de membrana.
Uma vez que o ácido gadoxético pode ser especificamente captado pelos hepatócitos e
excretado na bile, este contraste é um marcador de tecido hepático normofuncionante.
Assim, de maneira algo simplificada, onde não houver captação de ácido gadoxético na
fase hepatobiliar, significa também que não há hepatócitos viáveis (por exemplo, CHC
indiferenciado, metástases, hemangioma), ou não há canalículos biliares (por exemplo,
adenoma hepatocelular). De maneira análoga, lesões que captem o ácido gadoxético na
fase hepatobiliar serão aquelas onde persiste algum grau de arquitetura normal de
parênquima hepatobiliar (por exemplo, hiperplasia nodular focal, nódulos
regenerativos/displásicos, pseudolesões).
HNF – hiperplasia nodular focal
 Jejum????

https://pt.slideshare.net/AlexRibeiro/meios-de-contraste-em-ressonncia-magntica
 Gadolínio Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O gadolínio (nomeado em homenagem ao químico Johan Gadolin) é
um elemento químico de símbolo Gd e de número atómico igual a 64
(64 prótons e 64 elétrons), com massa atómica 157,25 u. À temperatura
ambiente, o gadolínio encontra-se no estado sólido. Faz parte do grupo
das terras raras.
 Na natureza, o Gd é encontrado como uma terra rara, elemento químico
de difícil extração da rocha que o contém, e apresenta-se como um cristal
branco prateado. Em temperatura ambiente, é um dos poucos metais que
apresenta propriedades ferromagnéticas.

O Gd tem aplicações em fornos de micro-ondas, aparelhos de televisão e

outros componentes eletrônicos.
Em medicina, o Gd é utilizado apenas na forma de soluções compostas
para realce em exames de imagem.

O efeito desejado e, consequentemente, o mais importante do Gd como meio de contraste

para RM é a redução do tempo de relaxamento T1 nos tecidos em que se encontra o
composto. É interessante notar que as imagens de RM não mostram o Gd propriamente
dito, mas sim seu efeito paramagnético sobre os tecidos ao seu redor
Além do fator relacionado ao volume de injeção, outros fatores são extremamente
importantes na avaliação da segurança de um agente de contraste e estão
relacionados à toxicidade inerente do composto, à sua estabilidade na circulação e
ao seu grau de depuração no corpo humano.
O íon Gd, quando livre na circulação, é bastante tóxico, com meia-vida biológica de
algumas semanas, ou seja, muito maior do que a apresentada pelos compostos
quelados de Gd, que é por volta de 1,5 hora.
O íon Gd, quando quelado a uma molécula, tem sua farmacocinética alterada,
acelerando sua depuração e, portanto, reduzindo acentuadamente a sua
toxicidade relativa.
A quelação do Gd possibilita aumento de até 500 vezes na taxa de excreção renal do
composto.
O agente quelante é o que diferencia os diversos meios de
contraste à base de Gd encontrados no mercado.
Outras características que também afetam diretamente a segurança desses agentes são:
estrutura molecular iônica versus não-iônica (a não-iônica é preferível),
osmolaridade (quanto menor a osmolalidade, melhor) e viscosidade (baixa
viscosidade é preferível e influencia na velocidade com que o contraste pode ser
injetado).

Pode-se dizer que a estrutura molecular e a osmolalidade têm importância

menor na questão de segurança quando se compara o Gd aos contrastes
iodados, devido ao menor volume de injeção utilizado na RM.
Um pouquinho de química orgânica

Quelato do íon paramagnético

gadolínio (Gd³) depende do
fabricante
Molécula
Linear
X
Molécula
Cíclica
 Molécula
Linear

https://pt.slideshare.net/AlexRibeiro/meios-de-contraste-em-ressonncia-magntica
 Molécula
Cíclica

https://pt.slideshare.net/AlexRibeiro/meios-de-contraste-em-ressonncia-magntica
Ainda em relação à segurança dos meios de contraste paramagnéticos, o fator
mais importante é a estabilidade, ou seja, a resistência à quebra do agente
em seus componentes, com liberação do íon Gd na circulação.
Insuficiência
Renal
X
Creatinina
 ...A taxa de filtração glomerular (TFG) é um indicador
importante para detecção, avaliação e tratamento da
doença renal crônica (DRC)...

...medida da filtração glomerular por meio da dosagem de

creatinina na urina de 24 horas...

...o uso de equações para estimar a

TFG elimina os erros causados pela
coleta da urina durante 24 horas, pois
são ajustadas para as variáveis que
interferem na produção de
creatinina: sexo, idade, superfície
corporal e raça...
 Equação de Cockcroft-Gault – 1973
- creatinina, idade, peso e sexo

MDRD (Modification of Diet in Renal Disease) – 1999

- creatinina, idade, raça e sexo

CKD/EPI (Chronic Kidney Disease Epidemiology Collaboration) - 2009

- creatinina, idade, raça e sexo

https://sbn.org.br/utilidades/calculadoras/
Prof. Dr. Gentil Alves Filho e Dra. Patrícia Schincariol - Departamento de Clínica Médica - FCM, Unicamp
Gd - Necessárias 3 a 5 hemodiálises para eliminação do
contraste

Iodado – uma única sessão.

Segurança - estabilidade, ou seja, a resistência à quebra do agente
com liberação do íon Gd na circulação.
 Iodado

Gadolínio
 Pode ocorrer aumento transitório nos níveis séricos de bilirrubina (Magnevist,
3% a 4% dos pacientes) e de ferro (com o Magnevist® e Omniscan™,
regride completamente em 24–48 horas).

Necessárias 3 a 5 hemodiálises para eliminação do Gd.

A nefropatia induzido por contraste (NIC) é definida como piora na função renal que se segue à
administração de contraste iodado intravenoso, tendo sido excluídas outras causas. A NIC se
manifesta, usualmente, como uma insuficiência renal aguda não oligúrica. Por definição, deve
haver um aumento na creatinina basal de 25-50% ou um aumento
superior a
0,5 mg/dl em 24-48 horas
após o uso intravenoso de contraste, na ausência de outras causas de piora da função renal.

A NIC é a terceira causa de insuficiência renal aguda (IRA) em pacientes

hospitalizados, ficando atrás apenas da IRA pré-renal e induzida por drogas
FELIPE LIMA DE SOUZA
FELIPE LIMA DE SOUZA
FELIPE LIMA DE SOUZA
Bula do Dotaren
 Bula do Dotaren

A passagem de contraste à base de Gd pela placenta em gestantes e para o leite em mulheres na

lactação já foi demonstrada; de maneira geral, recomenda-se a não-utilização deste meio de
contraste nestas situações.
Depósito Gd
no SNC
Por fim.......

Casos de reações adversas agudas maiores ao Gd, como

laringoespasmo e choque anafilático, são raros.
Descreve-se incidência de 0,01% de reações
anafilatóides com o uso de Gd, enquanto para o
contraste iodado iônico chega a 0,17%.
 Gadolínio

LEIA A BULA
 Magnevist

ProHance

Dotaren

OptiMARK

FIBROSE SISTÊMICA NEFROGÊNICA: UMA COMPLICAÇÃO GRAVE DO USO DO GADOLÍNIO

EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL