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ambiente e ecologia
Políticas e tratados
internacionais do meio
ambiente
Aline Gonçalves, Camilla Boletta, Déborah Silva,
Melissa Bernardes e Vivian Novellino
Como surgiu a ideia do Meio Ambiente
relacionado aos Direitos Humanos
DIREITO AO MEIO AMBIENTE
EQUILIBRADO: direito humano?
“
"A idéia dos direitos humanos é, assim, tão antiga como a própria história das
civilizações, tendo logo se manifestado, em distintas culturas e em momentos
históricos sucessivos, na afirmação da dignidade da pessoa humana, na luta contra
todas as formas de dominação e exclusão e opressão, e em prol da salvaguarda
”
contra o despotismo e a arbitrariedade, e na asserção da participação na vida
comunitária e do princípio da legitimidade."
A Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003, que dispõe sobre a organização da Presidência da República e
dos ministérios, constituiu como área de competência do Ministério do Meio Ambiente os seguintes
assuntos:
”
direitos naturais universais, desenvolvem-se
como direitos positivos particulares, para
finalmente encontrarem sua plena
realização como direitos positivos universais
Noberto Bobbio
Tratados Internacionais do Meio Ambiente
Crescimento Econômico
Comércio
Regras
Tecnologia Ambientais que
tangenciam os
temas
Desenvolvimento Social
Tratados Internacionais do Meio Ambiente
Os primeiros ajustes internacionais sobre o tema estavam
revestidos de um viés eminentemente econômico ou
desenvolvimentista. Ou seja, a preocupação com o meio
ambiente era um meio com vistas à garantia de algum
recurso ou atividade econômica. Nesse contexto,
vislumbram-se diversos ajustes com enfoque na atividade
pesqueira e na poluição, tais quais a Convenção sobre Pesca
no Atlântico Norte (1959) e a Convenção Internacional sobre
Responsabilidade Civil por Danos Causados por Poluição por
Óleo (1969), respectivamente.
Tratados Internacionais do Meio Ambiente
O acidente com o césio-137 em Goiânia foi considerado de nível 5 na Escala Internacional de Acidentes
Nucleares, que vai de 1 até 7, sendo que Chernobyl é classificada no valor máximo e Fukushima
apresentou nível 6. De acordo com essa escala, o nível 5 apresenta “liberação de quantidade limitada de
materiais radioativos com várias mortes ou grande quantidade dentro de uma instalação.”
271
apresentaram contaminação pelo césio-137
1600
foram afetadas diretamente com a radiação
104
óbitos foram registrados
Hoje, Odesson Alves Ferreira, irmão de
Devair, é presidente da Associação de
Vítimas do Césio-137 (AVCésio), formada
para defender os direitos das vítimas da
contaminação. Ele tinha 32 anos na época
do acidente e foi gravemente afetado. “Eu
me contaminei e acabei virando uma fonte
radioativa. As pessoas que passaram por
mim foram irradiadas por mim, inclusive a
minha família”, disse Ferreira para a BBC
em uma entrevista em 2011.
As consequências da irresponsabilidade de um funcionário do instituto de
radioterapia, ou de um seus diretores redundou na:
O tratamento fornecido pelo Sistema Único de Saúde - SUS, não é suficientemente adequado para tratamentos tão
específicos e que ainda requerem muitos estudos e pesquisas.
No entanto, ainda que se consiga afastar a incidência da responsabilidade objetiva e o nexo causal dos danos
sofridos pelas vítimas do Césio - até o momento não ressarcidas, cujas doenças manifestaram-se em datas posteriores
ao acidente radioativo - a responsabilidade subjetiva do Estado, baseada na teoria da culpa administrativa,
restaria configurada por dois fatos relevantes:
1. A ineficácia da contenção de danos do acidente (falha do serviço), fato que provocou contaminação indireta de
inúmeras pessoas;
2. Perda da oportunidade de aprendizado, desde o momento do evento, até os dias atuais. Não esquecendo que o
episódio foi considerado por especialistas como o pior acidente radiológico do mundo, pelo fato de ter tido seres
humanos vivos com o maior índice de contaminação radiológica já visto.
Responsabilidade Estatal pelo acidente radioativo
Tendo o Estado (CNEN) a responsabilidade de fiscalização e manuseio de rejeito radioativo, a ineficácia para
conter a disseminação radiológica ficou patente no lastro de contaminação. O fato foi ocultado de outros órgãos
públicos e de profissionais que trabalhavam no local sem nenhum preparo ou suporte técnico a contento, suficientes
para evitar a própria contaminação e a de terceiros.
A falta do serviço de pesquisa, pelo Estado (União Federal) com as vítimas ainda vivas, poderiam ser utilizados
para impedir novos casos de doenças posteriores, como vem ocorrendo, ou, comprovar teorias de mutação genética
e intergeracional tão latentes.
O momento do acidente foi extremamente oportuno para desenvolver pesquisas sobre como a radiação atua no
corpo humano e no meio ambiente, evitando futuros danos, doenças graves e crianças que nascem de segunda ou
terceira geração, portadoras de deformidades genéticas, com grande probabilidade de serem decorrentes de contato
indireto com o material Césio.
Ocorreu, ainda, descaso e irresponsabilidade com o meio ambiente e todos os seres vivos da terra, pois os estudos
poderiam servir de prevenção à novos acidentes e evitar inúmeras mortes, não só para o país, mas para toda a
humanidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
https://jus.com.br/artigos/19556/tratados-internacionais-de-meio-ambiente-estatura-no-ordenamento-juridico-brasileiro
https://www.tecmundo.com.br/ciencia/142265-chernobyl-brasileiro-goias-teve-piores-acidentes-nucleares.htm
https://jus.com.br/artigos/61291/a-protecao-do-meio-ambiente-como-pressuposto-dos-direitos-humanos.
https://www.ritimo.org/Direito-Humano-ao-Meio-Ambiente
https://g1.globo.com/goias/noticia/cesio-30-anos-serie-do-g1-goias-reconta-o-maior-acidente-radiologico-do-mundo.ghtml
https://jus.com.br/artigos/37636/do-cesio-137-a-real-responsabilidade-civil-por-dano-ambiental-privado
http://investidura.com.br/biblioteca-juridica/artigos/direito-ambiental/9874-a-responsabilidade-estatal-pelo-dano-ambiental-e-o
-acidente-radioativo-com-o-material-cesio-137