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Depois Otávio Augusto passou a utilizar o título para refletir seu papel como líder do Senado e
também para justificar sua pretensão de ser apenas o restaurador de instituições republicanas,
e não o fundador de uma nova entidade política. Portanto, princeps foi um dos títulos dos
imperadores romano até a queda de Roma em 476. Posteriormente, o direito romano
compilado por Justiniano (c. 482 - 565), considerou que um príncipe é simplesmente o
governante de um território que é soberano (assim príncipe que significa primeiro foi
interpretado simplesmente como o “primeiro, sem ninguém acima de si”). Nesse sentido geral
qualquer governante soberano é um príncipe e foi usando esse significado que posteriormente
Maquiavel no século XVI escreveu sua obra “O Príncipe”, sobre os governantes de forma geral.
Por influência do direito romano, no século VIII o título ressurgiu sendo usado para designar
senhores de pequenos estados que não podiam reivindicar o título de rei (o primeiro a usá-lo
assim foi o duque de Benevento Arechis II), especialmente na Itália e em Gales. A partir de
1180 o título de príncipe passou a ser dado para os senhores mais importantes do Sacro
Império Romano-Germânico. No século XIV o rei da Inglaterra e o rei da França adquiram
regiões importantes e ricas que eram designadas de “principados”, e concederam essas
regiões aos herdeiros dos seus tronos, que portanto, tornaram-se príncipes herdeiros (o
herdeiro do trono inglês recebia antes de tornar-se rei o principado de Gales e o herdeiro do
trono francês recebia o principado de Viennois). Na mesma época os reis espanhóis também
passaram a dar principados aos seus herdeiros, e desde então tornou-se tradição que o
herdeiro de um monarca receba o título de príncipe antes de tornar-se rei.