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Percursos Gramaticais pretende ser um guia de estudo e de sistematização dos conteúdos gramati-
cais lecionados no Ensino Secundário, concretamente no 11.o ano.
Esta obra poderá, então, esclarecer as tuas dúvidas e auxiliar-te na resolução daquelas atividades
de funcionamento da língua, bem como das do Caderno de Atividades. Aconselhamos-te, então,
a consultá-lo de forma regular e sistemática, para poderes desenvolver o teu conhecimento sobre
noções e regras gramaticais.
“Usa e serás mestre”, diz o adágio popular, por isso, segue este conselho e viaja pelos Percursos
Gramaticais, sempre que for necessário.
As autoras
1
ÍNDICE
Atos de fala............................................................................................... 3
Coesão...................................................................................................... 14
Coerência ................................................................................................. 15
Deíticos .................................................................................................... 16
– Coordenação .............................................................................. 18
– Subordinação ............................................................................. 19
– Nucleares .................................................................................... 21
– Internas ....................................................................................... 23
– Vocativo ...................................................................................... 24
– Modificadores ............................................................................. 24
Modalidade .............................................................................................. 28
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OUTROS PERCURSOS 11
PERCURSOS GRAMATICAIS
ATOS DE FALA
A linguagem assume formas diversas conforme a intenção do sujeito de enunciação e/ou o con-
texto em que o enunciado é proferido, chamando-se a isso ato de fala. Este apresenta três com-
ponentes:
i) ato locutório – consiste no próprio ato de falarmos, através da combinação de palavras.
ii) ato ilocutório – revela a intenção comunicativa do locutor (pedir, ordenar, informar, declarar…),
através da utilização de diferentes verbos e de diferentes tipos de frase. Assim, obtemos atos
assertivos, diretivos, compromissivos, expressivos, declarativos e declarativos assertivos.
iii) ato perlocutório – consiste no efeito que o ato ilocutório proferido produz no interlocutor
(influenciar, irritar, emocionar…).
A classificação dos atos de fala resulta de um conjunto de variáveis, tais como: o objetivo da comu-
nicação, a relação entre os interlocutores, o espaço e o tempo em que o enunciado é produzido,
podendo considerar-se os seguintes atos de fala:
Revelam a intenção de o emissor – Frases de tipo imperativo – Abri, abri estas entranhas; vede,
influenciar o modo de agir do – Frases de tipo interrogativo vede este coração. (Sermão de
interlocutor, levando-o a (diretas/indiretas) Santo António, cap. III,
concretizar algo. – Verbos diretivos – avisar, P.e António Vieira)
convidar, exigir, proibir, ordenar – A minha senhora está a ler?
Diretivos – Expressões iniciadas por querer (Ato I, cena II, Frei Luís de Sousa,
que + verbo Almeida Garrett)
– Ora sirva-se desse fricassé,
ande, abade (Os Maias, cap. III,
Eça de Queirós)
Expressam a intenção de o – Verbos - prometer, jurar, - Por esta causa não falarei hoje
emissor realizar, no futuro, uma garantir em Céu nem Inferno (…)
ação, ou cumprir o que enuncia. – Frases em que se use o futuro do (Sermão de Santo António,
indicativo ou outro tempo cap. II, P.e António Vieira)
Compromissivos equivalente - Vou, já te disse, vou dar uma
– Frases complexas do tipo lição aos nossos tiranos (…)
condição-consequência (Ato I, cena VIII, Frei Luís de
Sousa, Almeida Garrett)
Implicam a criação de uma nova – Verbos declarativos – declarar, - Declaro-vos marido e mulher.
realidade, a partir do enunciado nomear, batizar, abrir, encerrar, - Declaro aberta a sessão.
Declarativos/ de um locutor cuja posição social terminar
Declarações seja reconhecida pelo
destinatário.
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OUTROS PERCURSOS 11
PERCURSOS GRAMATICAIS
Ato de fala direto consiste na realização de um ato de fala através do uso explícito de verbos per-
formativos ou realizativos (pedir, ordenar, exigir, convidar, …), os quais orientam claramente a inter-
pretação da força ilocutória do ato, ou seja, o objetivo do locutor ao proferi-lo.
Ato de fala indireto consiste na realização de um ato de fala cujo enunciado literal/gramatical não
revela, de forma explícita, a intenção comunicativa do locutor.
Literalmente, o enunciado “Já está a chover.” revela uma informação; no entanto, atendendo ao
contexto em que é proferido, pode pretender alertar o interlocutor para o facto de não poder sair
ou para a necessidade de levar um guarda-chuva (…), encerrando, deste modo, um ato de fala
diretivo. Assim, fatores contextuais e processos de dedução/inferência contribuem para a com-
preensão do que se diz e da forma como se diz.
ASPETO VERBAL
O aspeto é uma categoria que indica a forma como o locutor perspetiva o acontecimento expresso
pelo verbo ou complexo verbal. Nem sempre o valor aspetual do enunciado depende só do valor
temporal das formas verbais, embora se possam associar diferentes valores aspetuais a cada tempo
verbal.
O aspeto verbal resulta do aspeto lexical (combinado com o valor dos tempos verbais, dos verbos
auxiliares, dos quantificadores, dos tipos de nomes (contáveis ou não contáveis) e também dos
modificadores. Desta combinação surgirão diferentes valores aspetuais, como se pode verificar
nas duas tabelas que se seguem.
Aspeto lexical – relaciona-se com o significado lexical do verbo ou complexo verbal, podendo
classificar-se como:
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OUTROS PERCURSOS 11
PERCURSOS GRAMATICAIS
Aspeto gramatical – resulta da flexão dos verbos e dos complexos verbais, considerando-se:
O verbo, normalmente no
pretérito perfeito do indicativo, – Os alunos entregaram o teste no fim da
Perfetivo apresenta o acontecimento como aula.
concluído, considerado no seu – Os alunos acabaram de sair da sala.
Valores aspetuais resultado.
gramaticais básicos
O verbo, geralmente no pretérito
imperfeito do indicativo, expressa – O Luís estava a resolver o exercício.
Imperfetivo
o acontecimento no seu decurso, – A aluna escrevia a resposta.
isto é, não concluído.
Os enunciados podem ter outros valores aspetuais, associados à quantificação, à duração da situa-
ção e à fase de desenvolvimento:
Refletido em enunciados que referem - No inverno passado fiz ski durante um mês.
Iterativo situações que se repetem num dado - A campainha da escola toca para controlar
período de tempo, delimitado ou não. as entradas e saídas de aula.
Duração da situação
- O João é simpático.
Refere-se a eventos prolongados, a
Durativo - Os alunos vão fazer hoje o teste de
estados ou a atividades.
avaliação.
Fase de desenvolvimento
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OUTROS PERCURSOS 11
PERCURSOS GRAMATICAIS
CLASSES DE PALAVRAS
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OUTROS PERCURSOS 11
PERCURSOS GRAMATICAIS
preposicionais7. trabalho.
7 Assistiu-se até a simulações do
sermão vieirano.
mudou de auditório.
Conjunção 1 Bem sabeis que Telmo Pais
Palavra invariável, protegia a jovem Maria.
pertencente a uma D. Madalena perguntou se era
classe fechada, que liga possível.
palavras (as Telmo disse-lhe para não duvidar.
2 Como D. Madalena duvidava,
coordenativas), orações
coordenadas e – Introduz orações subordinadas Telmo demonstrou a sua lealdade.
3 Ele não desvendou o mistério dos
subordinadas (completivas ou adverbial);
(completivas e – Apresenta tradicionalmente como retratos para não desobedecer a
adverbiais). subclasses as conjunções subordinativas D. Madalena.
completivas1, causais2, finais3, 4 O Romeiro chegou quando Manuel
Subordinativa
temporais4, concessivas5, condicionais6, de Sousa se ausentou.
comparativas7 e consecutivas8. 5 [Apesar de] estar doente, Maria
Note-se que algumas orações quis acompanhar o pai.
subordinadas adverbiais podem também 6 Manuel levá-la-ia se D. Madalena
ser introduzidas por locuções9. autorizasse.
7 Maria verbalizava tanto quanto
pensava.
8 Ela questionava tanto que
preocupava a mãe.
9 Ainda que, desde que, a fim de,
7
OUTROS PERCURSOS 11
PERCURSOS GRAMATICAIS
Relativo
– Antecede um nome no início das – Os textos cujos autores foram
cujo, cuja,
orações relativas. sugeridos são muito bons.
cujos, cujas
Interrogativo
– Precede o nome em frases – Que livro escolheste para
que, qual,
interrogativas. apresentar?
quais
1 alegria;
2 animação/ 1 ah!, oh!, ...
incitamento; 2 força! coragem! eia!, vamos!, ...
3 aplauso; 3 bis! bravo!, viva!, ...
Interjeição 4 desejo; – Classifica-se de acordo com o seu valor 4 oh!, oxalá!, …
Palavra invariável que 5 dor semântico; 5 ai!, ui!, ai Jesus, ...
pertence a uma classe 6 espanto ou – Interpreta-se de acordo com o contexto, 6 credo!, chiça!, ah!, hi!, e locuções
aberta e que não o tom de voz e a atitude do locutor;
surpresa; interjetivas como “Meu Deus”,
desempenha nenhuma 7 impaciência/ – Enuncia-se com uma entoação
“Essa agora”, …
função sintática, servindo exclamativa na oralidade; 7 irra!, hem!, mau!, hum!, ...
irritação
apenas para expressar 8 invocação/ – Assinala-se com um ponto de 8 ó!, ei! olá!, pst!, eh!, ...
emoções de… exclamação na escrita. 9 caluda!, pouco pio! psiu!, silêncio!, ...
chamamento
9 silêncio 10 alto!, basta!, ...
10 suspensão 11 ui!, uh!, ...
11 terror
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OUTROS PERCURSOS 11
PERCURSOS GRAMATICAIS
Coletivo
Nome que
designa no
– Há nomes coletivos contáveis e não
singular um 1 frota, alcateia, multidão, enxame
contáveis, como os exemplificados
conjunto de
em1 e 2, respetivamente, sendo que 2 fauna, flora
objetos ou
em 2 não admitem plural; 3 A alcateia do Parque Natural do
entidades do
– Indica, em algumas situações, Alvão está em fase de reprodução.
mesmo tipo e
quantidades concretas3.
que admite
variação em
número.
Contável
– designa entidades ou seres passíveis 1 De entre os poemas de Cesário,
de divisão ou enumeração1; o poema “Nós”mereceu melhor
Comum – pode ocorrer em construções de
Nome aceitação dos alunos.
Nome que se enumeração2 e a forma de plural 2 Um [aluno] gostou muito de
Palavra que permite
refere a marca uma oposição quantitativa3.
variação em género, em “Noite Fechada”, dois [alunos]
entidades ou
número e em grau preferiram o “De Tarde” e a
seres, e que
(aumentativo e maioria não apreciou a poesia
pode ou não ser
diminutivo). Constitui o cesariana.
completamente 3 Um poema/dois poemas…
núcleo do grupo nominal,
determinado. Não-contável
podendo ser antecedido
por determinantes ou
Admite – designa algo indivisível (ver exemplos 1 1 O arroz faz parte da alimentação
quantificadores, que o
complementos e 2);
dos portugueses.
ou – não ocorre com quantificadores 2 A memória [do elefante] é uma
antecedem. Alguns
modificadores numerais mas com indefinidos e
nomes podem selecionar qualidade.
complementos.
restritos e universais3. 3 Há [bastante] arroz no mercado.
plurais.
* Os nomes não contáveis que denotam (= existem várias qualidades de
entidades que podem ser medidas também são arroz no mercado).
designados como "nomes massivos".
a, ante, após,
Preposição
até, com, – É núcleo do grupo preposicional;
Palavra invariável que
contra, de, – Pode introduzir grupos nominais, – Parou perante o obstáculo.
estabelece uma relação
desde, em, adverbiais e frases;
sintática e semântica – O Romeiro regressou após 21
entre, para, – Possui uma função relacional e o seu
entre grupo nominal, anos de ausência.
perante, por, significado atualiza-se em função do
orações ou elementos
segundo, sem, contexto em que ocorre.
frásicos.
sob, sobre, trás.
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PERCURSOS GRAMATICAIS
Demonstrativo
– Admite variação em género e número; – Isso preocupa-o.
a) Formas tónicas
– Tem um valor deítico ou anafórico; – Telmo referiu-o (= Telmo
este(s), esta(s), isto
– Estabelece referências de proximidade referiu isso/Telmo referiu
esse(s), essa(s), isso
ou distância tendo como referência os que...)
aquele(s), aquela(s),
interlocutores; – Esta obra de Garrett é mais
aquilo
– Não pode ser antecedido de interessante do que a que
b) Formas átonas determinantes. escreveu em prosa.
o(s)/a(s)
Pronome
1 Quem és tu?
Palavra pertencente a Interrogativo
uma classe fechada que, – Ocorre em frases parciais 1-3; 2
o que, o quê, quem, Onde estiveste, Romeiro?
em alguns casos, varia – Identifica o constituinte interrogado.
que, quanto… 3 O que pretendeis?
em género e número, em
pessoa e caso.
Normalmente, não pode
anteceder um nome mas
pode substituir um grupo
nominal. Pessoal
tónicos: eu, tu, – Varia em caso, pessoa, género e
você, ele/ela, nós, número;
vós, vocês, eles/ – Indica, geralmente, os participantes do
elas; mim, ti, si. discurso, possuindo uma função
átonos: me, te, o, a, deítica;
– Tem formas tónicas e átonas: as
lhe, nos, vos, os, as,
átonas ocorrem junto ao verbo,
lhes, se.
separando-se por hífen quando
1. Formas de colocadas depois do verbo. As formas
contração do pronome tónicas são antecedidas de preposição
pessoal tónico com a ou contração desta com o pronome;
preposição "com”: – Verifica-se com a variante átona do
comigo, contigo, pronome pessoal cuja terceira pessoa
connosco, convosco,
é "se" os seguintes valores:
consigo.
• reflexividade1; 1 Telmo atrapalhou-se.
2. Formas de
contração de dois
• reciprocidade2; 2
• indefinição do sujeito (valor impessoal Telmo e o Romeiro
pronomes pessoais: abraçaram-se.
"mo(s)"/“ma(s)" = – ocorrendo só na terceira pessoa)3;
• passivização (valor passivo – 3 Fala-se muito de Eça de
“me + o(s)” ou “a(s)”;
"to(s)"/"ta(s)" = ocorrendo apenas na terceira Queirós.
"te" + "o(s)"/"a(s)"; pessoa)4; 4 Fazem-se leituras diversas
"lho(s)"/"lha(s)" = • fazendo parte do verbo com que se das obras integrais.
"lhe" + "o(s)"/"a(s)") combina (valor inerente)5. 5 Maria riu-se muito.
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OUTROS PERCURSOS 11
PERCURSOS GRAMATICAIS
Possessivo
Um possuidor:
meu, minha, meus,
minhas – Varia em pessoa, género e número;
teu, tua, teus, tuas – Tem um valor deítico ou anafórico;
seu, sua, seus, suas – É geralmente precedido de artigo – O Romeiro teve consciência da
definido; sua situação. E D. Madalena
Vários possuidores: – Indica o(s) possuidor(es) do que é teve da sua?
nosso, nossa, designado pelo grupo nominal que
nossos, nossas substitui.
vosso, vossa, vossos,
vossas
seu, sua, seus, suas
Relativo
– Escuta o homem de que te
Variáveis: falei.
o qual, os quais, a – Introduz as orações relativas;
qual, as quais… – Mostro-te quem te poderá
– Tem função de conector/articulador.
ajudar a perceber melhor a
Invariáveis: obra.
que, quem
Existencial
algum(ns)/
– Expressa uma parte de um todo cujo – Vários alunos não leem
bastante(s)
número não é possível precisar. Os Maias.
pouco(s)/tanto(s)/
vários(as)
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PERCURSOS GRAMATICAIS
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OUTROS PERCURSOS 11
PERCURSOS GRAMATICAIS
FLEXÃO VERBAL
Os verbos flexionam em tempo, modo, pessoa e número
pretérito mais-
-que-perfeito, – Indica o momento temporal em que – Algumas personagens de
pretérito perfeito, decorre a ação expressa pelo verbo; Os Maias reuniam-se ao serão
Tempos pretérito – Pode ser um tempo composto, em casa de Afonso da Maia.
imperfeito, quando é formado com os auxiliares – Maria Eduarda tinha sofrido muito
presente, ter e haver. antes de encontrar Carlos.
futuro
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OUTROS PERCURSOS 11
PERCURSOS GRAMATICAIS
COESÃO
Entende-se por coesão um conjunto de mecanismos gramaticais que permitem as ligações den-
tro das frases, entre as frases e entre os parágrafos.
• Princípio da regência
Ex.: Os sermões vieirianos partem de um tema bíblico.
Interfrásica • Subordinação
Ex.: Sempre que analisava as alegorias do sermão que estudei, associava-as à atualidade.
• Conectores/articuladores discursivos
Ex.: Passou uma semana sem ir às aulas; portanto, quando regressou, teve alguma dificuldade em
retomar os assuntos.
(deíticos pessoais: “vos”, “quero”; “ide”; “convosco”; temporal: “quero”; “já”; “serei”; “em pouco temo”;
espacial: “aqui”)
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PERCURSOS GRAMATICAIS
Correferencialidade
(relação entre palavras/expressões que remetem para um mesmo referente)
• Repetição
Ex.: Ou é porque o sal não salga, ou porque a terra se não deixa salgar. Ou é porque o sal não salga (…).
(Sermão de Santo António, cap. I, P.e António Vieira)
• Substituição por:
– sinonímia
Ex.: É uma alegria ver o interesse destes jovens! É uma felicidade saber que estão a interpretar a
mensagem do autor.
– hiperonímia/hiponímia
Ex.: Dos animais terrestres o cão é tão doméstico, o cavalo tão sujeito, o boi tão serviçal, (…).
Lexical (Sermão de Santo António, cap. II, P.e António Vieira)
– Holonímia/meronímia
Ex.: Se acaso vos não conheceis, olhai para as vossas espinhas e para as vossas escamas, e
conhecereis que não sois aves, senão peixe, e ainda entre os peixes não dos melhores.
(Sermão de Santo António, cap. V, P.e António Vieira)
• Pronominalização
Ex.: O que escrevi em prosa pudera escrevê-lo em verso (…).
(“Memória ao Conservatório Real”, Almeida Garrett)
COERÊNCIA
A coerência textual resulta da ligação entre as diferentes partes e ideias de um texto, implicando
uma determinada ordem e estrutura, assim como da relação do conteúdo informacional dos tex-
tos com o conhecimento que o falante possui da realidade.
Ora, para um texto ser coerente, é necessário:
• haver progressão (isto é, a informação deve ser renovada, partindo da conhecida para a não
conhecida).
• não haver contradição (isto é, a informação deve ser renovada de forma a não contradizer a outra
já apresentada. Exemplo de um enunciado que não respeita este princípio: Como ela está muito
triste, ri-se. – A segunda frase contradiz a primeira em termos informacionais).
• não haver repetição (isto é, a informação deve ser renovada, portanto não repetindo a já apre-
sentada. Exemplo de um enunciado que não respeita este princípio: Esta manhã ficou marcada por
uma grande quantidade de chuva. Durante a manhã choveu muito. – A segunda frase repete a infor-
mação da primeira).
Conclusão: Para que um texto seja entendido como um todo com sentido, é imprescindível as fra-
ses manterem uma relação entre si, o discurso ser lógico e as ideias bem organizadas. À medida que
o texto progride, deve introduzir-se nova informação que não repita nem contradiga a anterior.
Para que tal aconteça, a coerência e a coesão são fundamentais.
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OUTROS PERCURSOS 11
PERCURSOS GRAMATICAIS
DEÍTICOS
Os deíticos são mecanismos linguísticos de caráter pessoal, espacial e temporal, que remetem para
a situação de enunciação, que pressupõe sempre um eu-tu, um aqui e um agora.
Por exemplo, numa situação de interação, há sempre um “eu” que comunica com um “tu”, num
determinado espaço e num determinado tempo. As marcas linguísticas que confirmam estas três
referências designam-se de deíticos.
Exemplificando:
A denunciarem a presença do
interlocutor, marcada pelo uso do
vocativo: peixes
Em síntese:
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OUTROS PERCURSOS 11
PERCURSOS GRAMATICAIS
FORMAÇÃO DE PALAVRAS
Palavra simples – palavra formada por um único radical, sem afixos derivacionais, mas podendo
exibir afixos flexionais.
Velho - nome
Consiste num processo de formação de – Estás a olhar para o velho.
palavras, também designado por derivação
Conversão Velho – adjetivo
imprópria, que integra uma dada unidade lexical
numa outra classe de palavras. – Aquele livro está velho.
PREFIXAÇÃO
Consiste na junção de um prefixo a uma forma Desinteresse
Derivação de base.
Processo de formação
de novas palavras que
consiste na junção de SUFIXAÇÃO falaram > afixo de flexão “am”
um afixo a uma forma trabalhador > afixo
Consiste na junção de um sufixo a uma forma derivacional “dor”
de base. de base.
Afixal
Processo
morfológico que
consiste na PREFIXAÇÃO E SUFIXAÇÃO In>condicional>mente
associação de Consiste na junção de um prefixo e de um sufixo
um afixo a uma a uma forma de base. Incondicionalmente
forma de base.
PARASSÍNTESE
Refere-se a um processo morfológico de
es[garavat]ar
formação de palavras que consiste na junção de
e[magrec]er
um prefixo e de um sufixo a uma forma de base,
resultando uma palavra que não existe só
prefixada ou sufixada.
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OUTROS PERCURSOS 11
PERCURSOS GRAMATICAIS
Processo de formação de palavras que consiste na Confederação das Associações de Pais ->
Acrónimo junção de letras ou sílabas iniciais de palavras diferentes, CONFAP
que se pronuncia como um todo. Federação Nacional de Professores -> FENPROF
Onomatopeia Palavra que resulta da imitação de um som natural. miaauuu!! -> gato
Processo que resulta na criação de uma palavra a partir negativa -> nega
Truncação
da eliminação de uma parte da palavra de que deriva. fotografia -> foto
COORDENAÇÃO
A oração coordenada está contida numa frase complexa, não mantendo uma relação de subordi-
nação sintática com a(s) frase(s) ou oração(ões) com que se combina. Assim, distingue-se, tipica-
mente, das orações subordinadas por não poder ser anteposta.
DESIGNAÇÃO
CONJUNÇÕES/LOCUÇÕES
DA ORAÇÃO SENTIDO EXEMPLIFICAÇÃO
COORDENATIVAS
COORDENADA
e, nem, nem… nem, não só… mas também, Adição (positiva Acabei de ler o livro e agora vou fazer
Copulativa/Aditiva
não só… como (também), tanto… como ou negativa) uma ficha de leitura.
pois, portanto, logo, assim, por Estou atento nas aulas, logo não
Conclusiva Conclusão
conseguinte, por consequência, por isso receio os momentos de avaliação.
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OUTROS PERCURSOS 11
PERCURSOS GRAMATICAIS
SUBORDINAÇÃO
Condicional se, caso, desde que, contanto que, Desde que cumpras o que
salvo se, a menos que, a não ser Condição, hipótese prometeste, eu aceito a
(pode ser finita ou não finita) que proposta.
Comparativa
(as subordinadas
comparativas podem mais/menos… do que, qual
Aqueles alunos têm tanta
corresponder a construções (depois de “tal”), quanto (depois de
Comparação facilidade a escrever como
elípticas, ou seja, algo é “tanto”), tanto/tão… como,
a fazer uma exposição oral.
elidido, como, por exemplo, o bem como, como se, que nem
grupo verbal da oração
subordinada.)
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OUTROS PERCURSOS 11
PERCURSOS GRAMATICAIS
DESIGNAÇÃO DA ORAÇÃO
ELEMENTOS DE LIGAÇÃO SENTIDO EXEMPLIFICAÇÃO
SUBORDINADA SUBSTANTIVA
DESIGNAÇÃO DA ORAÇÃO
ELEMENTOS DE LIGAÇÃO SENTIDO EXEMPLIFICAÇÃO
SUBORDINADA ADJETIVA
É introduzida por um
que, quem, o qual (+ variação em pronome relativo que
género e número), cujo (+ variação retoma um referente Guardo todos os artigos de
Relativa restritiva com
em género e número), antecedente opinião que fazem referência à
antecedente
quanto (+ variação em género e minha banda musical preferida.
número), onde Limita, restringe a
informação.
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OUTROS PERCURSOS 11
PERCURSOS GRAMATICAIS
FUNÇÕES SINTÁTICAS
As funções sintáticas nucleares (ou essenciais) são, maioritariamente, determinadas pelo grupo
verbal, isto é, pelo núcleo do predicado da frase e são as seguintes:
Além destas funções, devemos considerar, também, uma função não central, a do Vocativo.
a) Verbo (só)
Exs.: No momento da vacina, a criança chorou.
Este ano, nevou.
PREDICADO
É o elemento nuclear da frase, b) Verbo + complementos:
configurando o que é referido acerca
do sujeito; • direto - Ex.: A Diana comeu uma maçã.
• indireto- Ex.: Já respondi à tua mensagem.
- é constituído pelo grupo verbal,
contendo um grupo verbal simples • oblíquo – Ex.: Gosto de seguir esta série.
(um só verbo) ou um complexo • agente da passiva - Ex.: Os alunos foram aplaudidos pelo professor.
verbal (uma sequência de verbo
auxiliar + verbo principal);
- é constituído pelos c) Verbo +
complementos/predicativos • predicativo do sujeito
requeridos pelo núcleo do grupo Ex.: Todos ficaram admirados.
verbal;
• complemento direto + predicativo do complemento direto
- é constituído pelos modificadores do
grupo verbal. Ex.: Acho o livro extremamente entusiasmante.
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OUTROS PERCURSOS 11
PERCURSOS GRAMATICAIS
COMPLEMENTOS DO VERBO
São obrigatórios e integram o predicado. Sem eles a(s) frase(s) ficaria(m) sem sentido.
a) Complemento direto
Ex.: O orador repreendeu os peixes.
- é selecionado pelo verbo transitivo direto;
Ex.: O orador repreendeu-os.
- é pronominalizável por um pronome pessoal.
b) Complemento indireto
- é selecionado pelo verbo transitivo indireto; Ex.: Os peixes obedeceram ao pregador.
- inicia-se, regularmente, pela preposição a; Ex.: Os peixes obedeceram-lhe.
- é pronominalizável por lhe(s), na 3.ª pessoa.
c) Complemento oblíquo
- é necessário ao significado de verbos Ex.: 1 Carlos regressou da viagem de final de curso.
transitivos indiretos regidos por preposição fixa1.
Ex.: 2 A semana correu bem.
- é requerido por verbo transitivo indireto,
assumindo a forma de advérbios2.
PREDICATIVOS
Predicativo do sujeito
- função desempenhada pelo constituinte exigido
por verbos copulativos (ser, estar, permanecer, Ex.: O livro está rasgado.
ficar, parecer, continuar…) e predica algo sobre o
sujeito.
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OUTROS PERCURSOS 11
PERCURSOS GRAMATICAIS
Exemplos:
a) O canto alentejano agrada-me muito.
b) A caça barrosã é das mais saborosas do Nordeste
Transmontano.
2. não frásico
Exemplos:
a) A Joana está nervosa com a chegada do noivo.
b) Os alunos continuam interessados nas aulas de
substituição.
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OUTROS PERCURSOS 11
PERCURSOS GRAMATICAIS
VOCATIVO
Função sintática que identifica o interlocutor e que é Ex.: João, vens jogar às cartas?
frequente em frases imperativas, interrogativas ou
Ex.: Não se distraiam, meninos!
explicativas. Pode surgir em diferentes posições, no início,
no meio ou fim da frase e é isolado por vírgulas.
MODIFICADORES
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OUTROS PERCURSOS 11
PERCURSOS GRAMATICAIS
GRUPOS FRÁSICOS
c) oracionais.
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OUTROS PERCURSOS 11
PERCURSOS GRAMATICAIS
INTERAÇÃO DISCURSIVA
Todo o ato comunicativo é regulado por princípios que contribuem para uma comunicação eficaz
e de qualidade.
INTERAÇÃO DISCURSIVA
Princípio que regula a interação discursiva entre os interlocutores e que tem como
objetivo atenuar ou reduzir conflitos que possam ser originados por determinados
atos de fala ou situações.
Princípios
reguladores Para tal, devem adotar-se procedimentos como:
- não interromper o interlocutor;
Cortesia - mostrar atenção;
- evitar o silêncio;
- não proferir insultos, injúrias ou acusações gratuitas;
- recorrer a atos de fala indiretos, a eufemismos, perífrases, a determinadas
formas verbais no pretérito imperfeito e/ou no condicional, entre outras
estratégias.
Constituem um recurso da língua que permite regular a interação entre o locutor e o interlocutor de modo
a evitar constrangimentos na comunicação-interação.
As formas de tratamento variam consoante o grau de aproximação/distanciação que existe entre os
interlocutores e são mecanismos que servem determinados objetivos e princípios conversacionais.
As fórmulas utilizadas obedecem também a um código de procedimentos aceites socialmente.
Exemplos de formas de tratamento:
Formas de
tratamento • Académica: senhor Doutor, Professor Doutor…
• Eclesiástica: Monsenhor, Sua Eminência…
• Familiar: tu, amigo, querido(a)…
• Honorífica: Exm.o Senhor juiz, senhor Presidente, senhor Ministro…
• Neutra: Caro(a) senhor(a)…
• Nobiliárquica: Sua Majestade, Sua Alteza…
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PERCURSOS GRAMATICAIS
MARCADORES DISCURSIVOS
São expressões ou frases utilizadas nos discursos oral ou escrito que, embora não desempenhem
uma função sintática específica, servem para dar indicações sobre os atos discursivos, articular
enunciados, evidenciar as relações que se estabelecem entre sequências textuais, organizar os atos
de fala, introduzir novos assuntos, manter e orientar o contacto entre locutor e interlocutor, auxi-
liando-os na interpretação e na manutenção da coerência textual.
Marcadores discursivos como em primeiro lugar, por outro lado, por último estruturam a informação
em termos de ordenação. Já expressões do género ou seja, por outras palavras, dizendo melhor, ou
antes são consideradas reformuladores, com a função de explicitação/retificação. Outros, desig-
nados de operadores discursivos, reforçam a argumentação e a concretização, como é o caso de de
facto, na realidade, por exemplo, mais concretamente, efetivamente, nomeadamente. Destacam-se ainda
os marcadores conversacionais ou fáticos - ouve, olha, presta atenção -, e ainda um grupo que se
integra em diferentes classes de palavras – os conectores – que se apresentam na tabela seguinte:
LISTAGEM DE CONECTORES/
FUNÇÃO LÓGICA/SINTÁTICA EXEMPLOS FRÁSICOS
ARTICULADORES
Adição (aditivo, copulativo) e/nem <neg.> Passei a ir ao Porto e a Lisboa.
Agrupa, adiciona segmentos, sequências. bem como Não fez o teste nem avisou a professora.
não só... mas também... Não só leu mas também escreveu.
Concessão (concessivo) embora/ainda que, Embora faça dieta, mantém o mesmo peso.
Nega o efeito, a conclusão da frase mesmo que/conquanto, Apesar de fazer dieta, mantém o peso.
subordinada, sem impedir o que nela é dito. apesar de/malgrado Malgrado a dieta, continua com peso a mais.
não obstante…
Condição (condicional) se/caso/desde que/a não ser que, Se respeitares, serás respeitado.
Introduz hipóteses ou condições. contanto que…
Consequência (consecutivo) daí (que)/por isso, Ele gostava tanto de alguns professores que
Introduz a ideia de resultado, efeito, de tal forma... que... ficou amigo deles.
consequência. tanto/tão/tal... que...
Finalidade (final) para (que)/a fim de, Estudou para ter bons resultados.
Traduz a intenção visada, o objetivo. de modo (forma) a,
com o objetivo de…
Tempo (temporal) quando/enquanto/mal, entretanto, Quando o teste foi realizado, houve vários
Exprime relações de tempo. logo que, depois de, alunos indignados.
antes de, desde que…
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PERCURSOS GRAMATICAIS
MODALIDADE
Categoria gramatical que serve para exprimir a atitude do falante relativamente àquilo que diz e a
quem o diz. Através da modalidade expressam-se apreciações sobre o conteúdo de um enunciado,
representam-se valores de probabilidade ou de certeza - modalidade epistémica, de permissão ou
obrigação - valor deôntico.
Expressa apreciações, isto é, exprime um juízo – É lamentável que o Padre António Vieira não
de valor sobre uma situação, utilizando-se tenha sido compreendido.
Apreciativa
construções exclamativas e verbos como
lamentar, gostar, apreciar, admirar… – Gosto imenso do sermão vieiriano.
1 O verbo auxiliar modal poder transmite frequentemente o valor epistémico de probabilidade. Todavia, também
pode ter valor de certeza, quando significa capacidade (Este pode acumular funções).
2 O verbo auxiliar modal dever pode também transmitir o valor epistémico de probabilidade (Devem ter percebido o
conteúdo do sermão vieiriano) e ainda o deôntico de obrigação (Devem estudar antes do teste).
Para além das formas anteriormente descritas, a modalidade pode ainda ser expressa de outros modos: através
da entoação, da variação no modo verbal, através de advérbios, de verbos modais (auxiliares como “dever”,
poder”… ou principais com valor modal como “crer”, “pensar”, “obrigar”,…), etc.
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PERCURSOS GRAMATICAIS
Os modos de relato do discurso são formas de representar o discurso, estratégias de citação dos
discursos no texto.
O narrador ou um locutor podem reproduzir, de modo direto e no seu discurso, o de outros
locutores, ocorrido em situações enunciativas anteriores e mantendo o que foi dito ou pensado.
Num texto ficcional, o narrador coloca diretamente as personagens a apresentarem as suas pró-
prias palavras.
A este modo direto contrapõe-se, tradicionalmente, o modo indireto, quando um locutor ou
narrador se apropria de um discurso anteriormente proferido.
Pode ainda acontecer que o narrador integre no seu próprio discurso (discurso indireto) as
manifestações verbais ou os pensamentos de outras personagens sem recorrer aos verbos decla-
rativos introdutores nem à oração subordinada completiva, originando um discurso com carac-
terísticas formais e expressivas que o distinguem dos anteriores. Este modo de relato designa-se
por discurso indireto livre.
Neste tipo de discurso, chega-se a reproduzir, por escrito, características próprias da oralidade
(realizações fonéticas, hesitações, repetições, pausas, interjeições, etc.), numa espécie de simu-
lação ou reprodução do discurso testemunhado, mostrando as características contextuais vividas
por quem é citado.
Exemplo:
“Se algum amigo vinha à porta do café perguntar por Pedro da Maia, os criados já respondiam muito natu-
ralmente:
- O Sr. D. Pedro? Está a escrever à menina.”
in Os Maias, Eça de Queirós
Exemplo:
• “Dias depois o Vilaça apareceu em Benfica, muito preocupado: na véspera Pedro visitara-o no cartório,
pedira-lhe informações sobre as suas propriedades, sobre o meio de levantar dinheiro. Ele lá lhe dissera
que em setembro, chegando à sua maioridade, tinha a legítima da mamã…”
in Os Maias, Eça de Queirós
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PERCURSOS GRAMATICAIS
Exemplo:
“Deus lhe perdoe, ele, Teixeira, chegara a pensá-lo… Mas não, parece que era sistema inglês! Deixava-o
correr, cair, trepar às árvores, molhar-se, apanhar soalheiras, como um filho de caseiro. E depois o rigor
com as comidas! Só a certas horas e de certas coisas… E às vezes a criancinha, com os olhos abertos, a
aguar! Muita, muita dureza.”
in Os Maias, Eça de Queirós
RELAÇÕES LEXICAIS
CLASSIFICAÇÃO DAS PROPRIEDADES SEMÂNTICAS DAS PALAVRAS AO NÍVEL FONÉTICO E/OU GRÁFICO
Relação entre palavras que partilham a mesma Canto (v. cantar)/Canto (nome)
HOMONÍMIA grafia e são pronunciadas da mesma forma, mas
com significados distintos. São (v. ser)/São (adjetivo)
Relação entre palavras que são pronunciadas de Asso (v. assar)/Aço (material)
HOMOFONIA forma idêntica, apesar de terem, normalmente,
grafias distintas. Passo (marcha)/Paço (palácio)
Relação entre palavras que têm a mesma grafia, Colher (v. colher)/Colher (utensílio)
HOMOGRAFIA apesar de serem, normalmente, pronunciadas de
forma distinta. Sede (vontade de beber)/Sede (local)
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PERCURSOS GRAMATICAIS
HIPERONÍMIA Animal
Relação hierárquica de inclusão de significado
entre duas unidades lexicais, que parte do geral
(hiperónimo) para o específico (hipónimo)
e vice-versa. O hiperónimo partilha dos traços
semânticos dos hipónimos e estes, para além de
incluírem os traços do hiperónimo, também têm SER
propriedades semânticas específicas.
HIPONÍMIA Gato, cão, leão, tigre
HOLONÍMIA Barco
Relação de inclusão semântica entre duas
unidades lexicais, onde existe uma relação de
dependência entre a parte (merónimo) e o todo
(holónimo), confirmada por marcadores como
“é uma parte de/faz parte”. São parte de…
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PERCURSOS GRAMATICAIS
Pessoal Jantar/jantares/jantar/jantarmos/jantardes/jantarem
INFINITIVO
Impessoal Jantar
Formas não finitas
GERÚNDIO Jantando
PARTICÍPIO Jantado
TEMPOS COMPOSTOS
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