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O QUE TODO COACH DEVERIA SABER

SOBRE NEUROCIÊNCIA

NEUROCIÊNCIA

COACH

Dr. Gustavo Carvalho


Introdução

Cada vez mais o coaching vem se mostrando um método, um processo,


extremamente eficaz em transformar pessoas, permitindo o desenvolvimento
de habilidades e competências fundamentais para a alta performance pessoal
e ganhos importantes nos diversos pilares da vida, verdadeiramente capazes
de transformar e impactar pessoas.

Sendo uma área do conhecimento relativamente nova, exige uma construção


de conhecimentos fundamentada em evidências, se aproximando cada vez
mais do que aumenta sua base de sustentação e fundamentação.

Tratando-se de uma abordagem que se propõe a mudanças de


comportamento, crenças e estados emocionais do ser humano, entre as
diversas ciências a serem estudadas e fundamentadas, a neurociência com
toda certeza se destaca como uma das mais fundamentais e importantes áreas
que o Coach precisa dominar para exercer o seu trabalho com segurança e
eficácia.  

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O que é Neurociência?

A neurociência é uma área do saber que se ocupa em estudar cientificamente


o sistema nervoso, procurando esclarecer o seu funcionamento, como suas
estruturas se relacionam, se desenvolvem e se comportam diante de diversos
estímulos e alterações físicas e psicoemocionais.

Trata-se de uma ciência multidisciplinar que colabora com campos do


conhecimento na área da saúde, educação, linguística, filosofia, física,
psicologia, e entre tantas outras, e agora fortemente também no coaching.

Isso significa que não é uma área exclusiva do profissional de saúde, podendo
ser estudada e se tornar campo de especialização de diversos estudiosos e
interessados em aplicar suas bases na sua linha de atuação.

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Como se aplica a Neurociência no Coaching?

Para muitos coaches falta realmente entender melhor o funcionamento da


maquina humana com a qual ele trabalha, e neste caso, estamos falando do
cérebro humano.

Isso permite um atendimento de coaching com muito mais segurança e


confiança, entendendo o que cada ferramenta aplicada representa em termos
de influência neurofuncional no coachee.

Veja apenas alguns exemplos:

O Sistema Ativador Reticular (SAR)


Existe uma área do cérebro chamada de
Sistema Ativador Reticular (SAR), que é
estimulada sempre que criamos foco,
pensamento direcionado em determinado
sentido. 

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SAR - Sistema Ativador Reticular

O SAR, entre outras funções, é o responsável pela atenção seletiva,


podendo ser estimulado indiretamente pelo estimulo voluntario de
pensar em algo, o que vai ativar ainda mais este sistema, fazendo a
pessoa ficar muito mais atenta à informações e oportunidades que se
apresentam em sua vida, sempre associadas ao que pensa e sente com
frequência.

Isso explica o porquê tudo que focamos em nossa mente se expande.


Quando passamos a pensar em algo parece que isso é observado em
uma dimensão maior. É o exemplo de uma mulher quando fica gravida e
passa a enxergar muitas mulheres gravidas, que antes então nem
percebidas. Outro exemplo é quando você deseja comprar um carro, e
ao definir em sua mente a marca e o modelo desejado, parece que surge
por todo lado que se olha aquele mesmo carro, daquele mesmo modelo.

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SAR - Sistema Ativador Reticular

O que se foca será então cada vez, e muito mais, percebido, vivido e
intensificado na sua mente, e assim na sua vida.

A "lei da atração" é um mecanismo neural e bem estabelecido. O foco


faz isso ser uma realidade. A neurociência explica claramente como isso
se processa e como você pode favorecer isso ao seu coachee.

Esta não é a única explicação para o foco e sua construção mental, mas
é um exemplo de como entender o processo cria lógica, fundamentação
e consistência no que se esta fazendo no processo de coaching.

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Influência da Comunicação Não Verbal 

Todos sabemos que nossa mente influencia nosso corpo, nosso


estado fisiológico. Basta lembrarmos do exemplo do limão para isso
ficar claro. Pensar em um limão sendo cortado ao meio e logo em
seguida sendo mordido com vontade e bebendo seu suco, na maioria
das vezes irá fazer com que você produza uma salivação.

O estímulo foi puramente mental, pois não existe qualquer limão ou


suco do limão na sua frente. Mesmo assim, isso foi tão poderoso ao
ponto de lhe provocar um estimulo potente em nas glândulas
salivares, capaz de coloca-las efetivamente em funcionamento.

O que muitos não conhecem é o mecanismo inverso. O corpo, sua


postura assumida, é capaz de alterar nosso estado mental. 

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Influência da Comunicação Não Verbal 

Um exemplo é demonstrado no estudo alemão realizado por Fritz


Strack e Leonard L. Martin da Universitat Mannheim, na Alemanha,
chamado “Inhibiting and Facilitating Conditions of the Human Smile:
A Nonobtrusive Test of the Facial Feedback Hypothesis” algo como
"Inibindo e Facilitando as Condições do Sorriso Humano: Um Teste
não invasivo da Hipótese de Retroalimentação Facial".

Neste estudo os pesquisadores colocaram dois grupos de pessoas,


um grupo em que as pessoas seguravam uma caneta com a ponta dos
lábios (e isso obrigatoriamente fazia com que a pessoa “franzisse” o
rosto, ficando com uma expressão de preocupação, de zangada ou
algo parecido) e um outro grupo de pessoas que seguravam uma
caneta com os dentes (e isso obrigatoriamente fazia com que a
pessoa abrisse um sorriso). 
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Influência da Comunicação Não Verbal 

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Influência da Comunicação Não Verbal 

Nenhum participante foi induzido ou solicitado a ter sentimento de


raiva ou felicidade. Eles simplesmente foram “forçados” pela caneta a
expressar uma face que representava estes sentimentos.

Foram apresentados desenhos animados para ambos os grupos, os


mesmos desenhos mostrados para os participantes.  O interessante é
que os que tiveram os músculos do sorriso ativados pela forma que
seguravam a caneta pela boca, acharam os desenhos animados mais
engraçados do que os participantes cujos voluntários que
apresentavam a face fechada e carrancuda.

Possuímos receptores por todo o corpo que de forma voluntária ou


involuntária mandam estimulo ao cérebro avisando sobre nossa
postura corporal, posicionamento no espaço e como estamos
fisicamente se movimentando.
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Influência da Comunicação Não Verbal 

Estes estímulos chegam ao cérebro em áreas sensoriais especificas do


lobo parietal, que interpretam consciente ou inconscientemente estas
mensagens e disparam uma serie de respostas. Entre estas respostas,
esta a percepção de associação com postura e emoção. Expressão facial
e o que ela representa. 

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Influência da Comunicação Não Verbal 

Quando a face esta expressando alegria e felicidade, é isso que o


cérebro vai reconhecer e assim estimular as emoções. O inverso
também é verdadeiro.

O mesmo acontece quando ficamos em postura de poder ou


encurvados em postura de encolhimento, tristeza ou depressão. Nosso
corpo mandará estímulos ao cérebro que interpretará que é assim que
este deve ser o estado emocional correspondente.

Além disso, hormônios como cortisol e testosterona podem ser


liberados de acordo com a postura corporal assumida.
Uma pesquisadora da universidade de Harvard, chamada Emy Cuddy
comprovou isso em um estudo avaliando apenas por 2 minutos quem
assumia estas diferentes posturas corporais. Estes resultados são
realmente impressionantes.
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Neuroplasticidade

Quando se fala de mindset, de mudança de configuração mental,


reconstrução de novas perspectivas e crenças, construção de novos
sentimentos e possibilidades de ação e reação, não temos como
atuar como coach sem entender a chamada plasticidade cerebral.

Existem possibilidades de se remodelar o cérebro em função dos


pensamentos, sentimentos, crenças e ações vividas, reformulando as
conexões cerebrais em função das necessidades e fatores do meio
em que se vive.

Isso é possível graças a uma fantástica capacidade cerebral chamada


de neuroplasticidade, ou plasticidade cerebral. Uma incrível
propriedade do nosso sistema nervoso central capaz de modificar a
organização estrutural e funcional do cérebro.  
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Neuroplasticidade

Nosso cérebro não é uma estrutura “rígida”, imutável. Na verdade, é


muito mais “maleável” do que se imaginava há algum tempo atrás.
Somos capazes modificar nossos cérebros por meio de experiências
vividas, das percepções dos fatos, das ações e dos comportamentos
modificados, fazendo com que verdadeiras redes de neurônios sejam
rearranjadas a cada nova experiência.

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Neuroplasticidade

Na prática, a plasticidade promove novas ligações entre neurônios,


criando novos caminhos neurais, modificando toda a rede de
conexão que temos. E isso quando construído de forma correta e
fortalecido da maneira adequada, é capaz de modificar muito a vida
das pessoas.

Isso significa que a cada nova experiência, as sinapses neurais são


formadas, e fortalecidas pela repetição e constância do agir, pensar e
sentir.

Pesquisas da neurociência demonstram que mudanças cerebrais são


realmente possíveis. Pessoas bilíngues possuem a circunvolução
angular esquerda, estrutura cerebral importante para a linguagem,
bem mais desenvolvidas. 
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Neuroplasticidade

Músicos possuem mais desenvolvida a Circunvolução de Heschl (área


cerebral importante para processar a música).

Taxistas possuem o Hipocampo – região importante para a memória


espacial), particularmente desenvolvida, demonstrando que o
direcionamento neural e a função estimulada são capazes de plasmar as
áreas cerebrais específicas.

Com isso, podemos entender que os seres humanos podem criar novos
caminhos neurais ao longo de toda a vida; que o esforço consciente
também para criar novas sinapses e que ligações podem se dar
mediante o treino mental; e os efeitos conseguidos são específicos, ou
seja, dependem do tipo da atividade mental que você produz, fazendo
com que as novas conexões se multipliquem com especial intensidade e
em distintas zonas cerebrais.
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Neuroplasticidade

Fica claro então a importância de criarmos aspectos neurais positivo-


compensatórios dentro do processo de coaching, o que pode ser
potencializado com vídeos, livros e reflexões/exercícios que estimule
crescimento positivo e ações proativas na direção do que se deseja
alcançar.

Além disso, mudanças nas crenças limitantes que o coachee ainda


carrega e sua forma de encarar a vida, a persistência e o foco naquilo
que deseja conquistar e seus pensamentos direcionados de
sentimentos de alegria, gratidão e sensações positivas, gerando
sentimentos de vitória, sucesso e realizações dos sonhos são capazes de
formar e fortalecer sinapses neurais que trarão impactos
extraordinários na sua vida.

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Neuroplasticidade

Poderíamos ainda exemplificar


os aspectos voltados para a
Neurociência aplicada ao Coaching
envolvendo:

- Construção e direção de sinapses neurais;


- Influências no Sistema límbico e estados emocionais;
- Liberação de Neuro-hormônios e neurotransmissores;
- Visualização e imaginário na construção da realidade;
- Pensamento, comunicação verbal e não verbal
- Construção de mindset e configuração mental;
- Domínio dos neurônios espelho e influência social;
- Entendimento dos mecanismos neurais de sintonia;
- Influência e controle dos mecanismos neurais do medo;
- Importância dos mecanismos neurais da gratidão e do perdão;

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Neuroplasticidade

Como se pode perceber, isso é um universo imenso de possibilidades


e conhecimentos, que quando bem direcionados no processo de
coaching é capaz de transformar de forma significativa, e
principalmente consistente, a vida de quem se submete a um
coaching baseado na neurociência.

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Para qual nicho de atuação serve a Neurociência aplicada ao Coaching?

Não há uma diferenciação ou especificidade do tipo de nicho que


você trabalhe para poder aplicar a Neurociência no Coaching. Seja
fazendo coaching em uma grande empresa multinacional ou coach
de relacionamento, emagrecimento, desenvolvimento humano, ou
qualquer outro, o processo de coaching se aplica em primeiro lugar e
acima de tudo com seres humanos.  

Por isso, precisamos sim entender seu funcionamento e a partir


disso usar as técnicas certas para conquistar mais clientes, conseguir
resultados consistentes e gerar mais autoridade no que se faz.

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Para qual nicho de atuação serve a Neurociência aplicada ao Coaching?

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Para qual nicho de atuação serve a Neurociência aplicada ao Coaching?

Todas as áreas que de alguma forma se associam e se


complementam no coaching, como a PNL, hipnose, análise
comportamental, mentoring, entre tantas outras, são
fundamentadas hoje pela neurociência. Precisam também da
neurociência como base de sustentação.

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A Ciência na Prática do Coach

Acrescentar ciência na pratica do coaching é o grande diferencial,


diferentemente do que muita gente vem fazendo sempre por ai.
Imagina você dominando os mecanismos de mindset e crenças
limitantes, como a forma do pensar do seu coachee influencia no
sentimento, e isso muda a forma de agir. Isso tudo neuro-
cientificamente falando.

Você dominando os mecanismos de medo limitante que empacam a


vida de diversos clientes, aprendendo a usar ferramentas que vão
mudar as redes neurais do seu cliente.

Isso é bem diferente de aplicar ferramentas e seguir como um coach


“técnico” enquanto que alguns estão amadurecendo para isso e já estão
avançando com seus processos com base cientifica e bem explicada.

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A Ciência na Prática do Coach

Um coach que usa a neurociência como sustentação da sua atuação, que


não se baseia somente em usar ferramentas repetidas mecanicamente, se
torna muito, muito mais seguro e confiante no que faz.

Isso se traduz como segurança durante as sessões, sabendo bem o que esta
fazendo. Por consequência, o seu cliente de coaching alcança resultados
fantásticos com muito mais facilidade, de forma mais poderosa, gerando
um ciclo de ouro, onde a agenda do coach fica em pouco tempo lotada,
devido a propaganda imensa da qualidade da sua atuação e dos resultados
que proporciona.

Fazendo um coach baseado em evidencia, conhecimento verdadeiro e


cientifico, dando respostas e resultados definitivos ao seu cliente promove
impactos reais na vida do coachee, mas traz repercussões fantásticas
também na carreira do coach.

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A Ciência na Prática do Coach

Nada melhor para isso do que a neurociência, que é a ciência que ensina
como funcionamos, como verdadeiramente o processo de coach funciona.

Os resultados com o coach baseado em neurociência são realmente


poderosos. Clientes conseguem transformações extraordinárias na sua
qualidade de vida, foco, construção e realizações de metas, realização de
vida, tudo com base em um processo de coaching onde se propõe incluir a
neurociência de forma a fundamentar o processo.

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A Ciência na Prática do Coach

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Ganhos absolutos e consistentes

Você Coach que deseja viver de coaching, você que deseja lotar sua agenda, você
que deseja ter mais segurança nos seus atendimentos, você que quer ampliar seus
conhecimentos e com isso se tornar ainda melhor do que você já faz, não tenha
dúvidas de que a neurociência aplicada ao coaching é um poderoso instrumento para
isso.

Associar os conhecimentos da neurociência ao coaching vai realmente colocar você


em outro patamar de atuação.

Você é capaz de conversar melhor com seu cliente, discutir questões mais
aprofundadas com seu cliente, apresentar para ele questões muito mais
convincentes para ele, pois esta se baseando em ciência, na neurociência.

Para você isso traz segurança, autoridade, poder. Para seu cliente, muito mais
confiança e certeza de que esta nas mãos certas para investir. Isso irá gerar grandes
repercussões na sua carreira...agenda cheia de clientes, lista de espera, seu nome
sendo reconhecido como um coach de alta performance. Isso realmente faz toda
diferença.
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Gratidão

Espero que este conteúdo enriqueça ainda mais o seu trabalho e que contribua de forma
significativa para que seu coachee seja o maior beneficiado.

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Gustavo Carvalho - Coach


www.neurocienciacoach.com.br

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