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2º Fichamento

Texto: Anderson, Perry. Linhagens do Estado absolutista, Cap. 1, pp. 15-41

Parte 1: Estado absolutista: sua origem e definição (§§ 1-4)

Nos primeiros parágrafos, o autor fala sobre a origem do Estado absolutista e sua
definição. Cita Marx e Engels, para quem o absolutismo era um equilíbrio entre a antiga
nobreza e a nova burguesia, porém se contrapõe a eles, e descreve o Estado absolutista como
uma nova forma de feudalismo, mais fortalecido, criado pela necessidade de uma aristocracia
receosa de mudanças na configuração social.

Parte 2: Mudanças políticas e econômicas para a aristocracia (§§ 5-6)

Nesse trecho, Anderson descreve o processo de concentração de poder iniciado a partir


do fim da servidão. Esse novo poder centralizado tinha como função o controle das classes
mais baixas, mas também era capaz de reprimir a própria nobreza. Por outro lado, os
membros da aristocracia viram um ganho econômico durante a ascensão do Estado
absolutista, com o crescimento de títulos de propriedade. Isso impulsionou o desenvolvimento
do Estado e de seu aparato jurídico e, consequentemente, de novas formas de dominação do
campesinato.

Parte 3: O desenvolvimento da burguesia (§§ 7-8)

Anderson discorre sobre o surgimento da burguesia em cidades medievais, mais livres


em relação à dominação da classe concentrada no ambiente rural, o que permitiu uma maior
flexibilidade e resistência durante crises. Enquanto havia decadência no sistema feudal, a
tecnologia urbana estava em ascensão. A burguesia representou uma força intermediária entre
a nobreza e a plebe, e também, junto à necessidade de reprimir o campesinato, foi uma das
circunstâncias que definiram as novas monarquias.

Parte 4: Modernização jurídica (§§ 9-13)

O autor explica que, durante o estabelecimento do absolutismo, o direito romano


ganha importância; refletindo uma tendência à concentração de poder. O conceito de
propriedade privada passou a ser adotado, o que abriu caminho para a expansão do livre
mercado. Se por um lado, o emprego do direito romano possibilitou a amplificação da
propriedade privada na base da sociedade, por outro, propiciou o fortalecimento do poder
arbitrário no estrato mais alto, reforçando a dominação da classe feudal original.
Parte 5: As instituições do Estado absolutista (§§ 14-25)

O autor analisa as instituições que foram renovadas a partir do absolutismo: exército,


burocracia, tributação, comércio e diplomacia. Anderson explica como cada um desses
elementos da estrutura absolutista funcionava e seu papel na manutenção do poder.

Parte 6: Relação da burguesia com a nobreza (§§ 26-28)

Anderson mostra como o estado absolutista, ao mesmo tempo em que assegurou o


privilégio da nobreza, permitiu que os interesses da classe mercantilista e manufatureira
emergente fossem assegurados. Porém, a estrutura feudal do poder absolutista
invariavelmente acabava por frustrar as promessas e expectativas dessa nova classe. Deste
modo, assentou-se o caminho para as revoluções burguesas, que puseram fim ao domínio da
nobreza feudal.

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