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GOEL
גֹּ אֵ ל גֹּ אֵ ל
Pr. A. Carlos G. Bentes
DOUTOR EM TEOLOGIA
PhD em Teologia Sistemática
American Pontifical Catholic University
ADMINISTRAÇÃO
ECLESIÁSTICA
“A SUA UNÇÃO VOS ENSINA A RESPEITO DE TODAS AS COISAS”
1Jo 2.27
“A sabedoria é a coisa principal; adquire pois, a sabedoria; sim com tudo o que
possuis adquire o conhecimento” (Pv 4.7)
1
O LÍDER EFICAZ E A ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA
DEFININDO LIDERANÇA
1
ALMEIDA, Silas Leite de. O Líder Cristão para hoje. Brasília – DF. 1ª ed. Editora LERBAN.
2
2
Princípios da Administração Científica
Assim, em 1903, ele publica o livro “Administração de Oficinas” onde expõe pela
primeira vez suas teorias. Taylor propõe a racionalização do trabalho por meio
do estudo dos tempos e movimentos. O trabalho deveria ser decomposto, analisado e
testado cientificamente e deveria ser definida uma metodologia a ser seguida por todos os
operários com a padronização do método e das ferramentas.
Os operários deveriam ser escolhidos com base em suas aptidões para a realização
de determinadas tarefas (divisão do trabalho) e então treinados para que executem da
melhor forma possível em menos tempo. Taylor, também, defende que a remuneração do
trabalhador deveria ser feita com base na produção alcançada, pois desta forma, ele teria
um incentivo para produzir mais.
2
TAYLOR, Frederick Winslow. PRINCIPLES OF SCIENTIFIC MANAGEMENT. 1911.
3
PROCESSOS ORGANIZACIONAIS
Planejamento
Em linhas gerais, planejamento é decidir de forma antecipada o que deverá ser feito
para atingir um determinado objetivo ou meta.
Quando tratamos de planejamentos administrativos, podemos destacar dois tipos
principais:
• Planejamento geral – Utilizado, em geral, de forma permanente;
• Planejamento especial – É do tipo que, ao se atingir o objetivo, não é mais
utilizado.
O Processo de Planejamento tem por objetivo prever fatos que provavelmente
ocorrerão de forma a criar um futuro desejável coordenando os fatos entre si.
Conquistando esses objetivos os benefícios conquistados estarão entre a permanência das
decisões acertadas com um equilíbrio almejando um maior desempenho futuro.
O resultado final do processo de planejamento é a elaboração de planos. Esse
processo pode ser resumido em:
• Avaliação do ambiente;
• Definição de Objetivos a serem atingidos – Nesta etapa são definidos os
resultados finais desejados;
• Definição da forma de execução – Nesta etapa são definidos os meios e recursos a
serem utilizados.
Organização
Organização é o processo administrativo que visa à estruturação da empresa,
reunindo pessoas e os equipamentos, de acordo com o planejamento efetuado.
Para Chiavenato (2000), organizar consiste em:
• determinar as atividades específicas necessárias ao alcance dos objetivos
planejados (especialização).
4
• agrupar as atividades.em uma estrutura lógica (departamentalização).
• designar as atividades às específicas posições e pessoas (cargos e tarefas).
Direção
Direção é o processo administrativo de condução e coordenação das execuções de
tarefas que foram planejadas anteriormente.
Os principais meios de direção empresarial são:
1. Ordens ou Instruções;
2. Motivação;
3. Comunicação;
4. Liderança;
5. Processo Decisório.
Controle
Controle é o processo administrativo que realiza a verificação se tudo está sendo
realizado conforme o que foi planejado e ordenado.
As principais características do controle administrativo são:
• maleabilidade: possibilitam a introdução de mudanças decorrentes de alterações
nos planos e nas ordens;
• instantaneidade: apontam as faltas e os erros verificados;
• correção: permitem a reparação das faltas e dos erros, evitando-se a sua
repetição.
Coordenação
Segundo Fayol, “a coordenação tem por fim ligar, unir e harmonizar todos os atos e
esforços.” A coordenação deve estar presente em todas as fases da administração, isto é,
quando se planeja, organiza, dirige e controla uma empresa.
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PRINCÍPIOS VIVIDOS PELO LÍDER EFICAZ 3
Organização
O líder não precisa ser exagerado em sua organização, mas não pode viver sem ela.
Para liderar, ele tem materiais, os mais variados possíveis, que são compostos de livros,
apostilas, agendas telefônicas, computador com seus periféricos, blocos de anotações e
outros. Bom, se não houver organização, tudo isso irá virar um verdadeiro “ninho de
gato”. Portanto o segredo está na organização. Na verdade, a estrutura para a organização
já está pronta, o que o líder precisa fazer é, efetivamente, aplicá-la. Agindo dessa forma,
seu conceito crescerá diante dos liderados e todo o grupo ganhará em muitos aspectos.4
1. Liderança é chamada de governo pelo apóstolo Paulo. Por [sua] inclusão nesta
lista, a liderança é considerada um dom ministerial de Deus.
“Ou que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o
que preside, com zelo; o que usa de misericórdia, com alegria” (Rm 12.8).
3
CARMO, Waldyr Silva do. Liderança Eficaz. CASA DE ORAÇÃO CEHAB, 2011, p. 29.
4
Ibid.
5
CARMO, Waldyr Silva do. Op. Cit., p. 33.
6
MILLS, Dag Heward. A Arte da Liderança. 1ªed. Em Português. Rio de Janeiro: Editora ADHONEP, 2011, p. 19,20.
6
Προΐστημι – proistemi. Verbo. 1) estar à frente: 1a) colocar sobre, 1b) estar sobre,
superintender, presidir sobre, 1c) ser um protetor ou guardião, 1c1) dar ajuda, 1d) cuidar,
dar atenção a, 1d1) professar ocupações honestas (Strong).
“Mas vós não sereis assim; antes o maior entre vós seja como o mais novo; e quem
governa como quem serve” (Lc 22.26).
Governa. ἡγέομαι — hēgéomai. 1. liderar, guiar part. pres. ὁ ἡγούμενος líder, chefe
Mt 2.6; Lc 22.26; At 7.10; Hb 13.7,17,24. ὁ ἡγούμενος τού ἡγέομαι.
4. Na Bíblia, alguém é considerado qualificado para liderar uma igreja se ele for
capaz de liderar uma mulher. Por inclusão nesta lista, liderança é considerada uma
prerrogativa de algumas pessoas (não de todos os homens).
“Pois, se alguém não sabe governar a sua própria casa, como cuidará da igreja de
Deus?” (1Tm 3.5).
Governar. Προΐστημι – proistēmi. Verbo. 1) estar à frente: 1a) colocar sobre, 1b)
estar sobre, superintender, presidir sobre, 1c) ser um protetor ou guardião, 1c1) dar ajuda,
1d) cuidar, dar atenção a, 1d1) professar ocupações honestas (Strong).
7
Temos ainda o verbo kosméō (κοσμέω). 1. colocar em ordem Mt 12.44; Lc 11.25;
preparar Mt 25.7.—2. enfeitar, adornar, decorar lit. Mt 23.29; Lc 21.5; 1 Tm 2.9; Ap
21.2, 19; talvez Mt 12.44; Lc 11.25. Fig. tornar belo ou atraente 1 Pe 3.5; adornar Tt
2.10.* [cosmético].7
7
GINGRICH, F. Wilbur. LÉXICO DO NOVO TESTAMENTO GREGO / PORTUGUÊS. 1ª ed. São Paulo: Editora: VIDA
NOVA, 1984.
8
A estrutura para a organização já está pronta, o que o líder precisa fazer é,
efetivamente, aplicá-la.
Vamos, então, revisar com Taylor de organização.
Taylor apresenta seus estudos, porém com maior ênfase em sua filosofia, e introduz
os quatro princípios fundamentais da administração científica:
PLANEJAMENTO
O Planejamento é a primeira função administrativa, que determina quais são os
objetivos a serem atingidos e o que deve ser feito para alcançá-los. Nenhuma empresa
pode trabalhar na base do improviso.
Dentro desta função, totalmente voltada para o futuro ter-se algum tipo de controle
sobre o futuro, colocam-se atividades como a elaboração de previsões, fixação de
objetivos, programação, ornamentação e a definição de políticas e procedimentos.
ORGANIZAÇÃO
É essencial estabelecer os resultados futuros que se pretende atingir, dentro de um
certo espaço de tempo, e aplicando-se certa quantidade de recursos. Devem ser
estabelecidos objetivos mais gerais, amplos e genéricos a serem perseguidos pela
empresa como um todo, e cujo monitoramento fica a cargo do dono da empresa ou de
seus dirigentes maiores.
É a partir desses objetivos organizacionais que a empresa pode determinar metas a
seus funcionários e estes possam dedicar seus esforços para alcançá-las.
Dentro desta função, estão as atividades de definição da estrutura: unidades
orgânicas a serem criadas, para desempenhar as diversas finalidades; a definição das
responsabilidades a serem atribuídas a cada uma dessas unidades; as relações hierárquicas
e funcionais entre as mesmas.
DIREÇÃO
A Direção, como uma das funções administrativas, está relacionada com colocar as
pessoas em ação. É a atribuição gerencial ligada ao exercício da liderança, exercendo
influência sobre os funcionários.
Esta função engloba atividades como a tomada de decisão, a comunicação com os
subordinados, superiores e pares, a obtenção, motivação e desenvolvimento de pessoal.
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CONTROLE
O Controle como função administrativa tem a finalidade de assegurar que os
resultados daquilo que foi planejado, organizado e dirigido se ajustem tanto quanto
possível aos objetivos estabelecidos.
Como as organizações não operam na base da improvisação e nem ao
acaso, elas precisam ser devidamente controladas. Elas requerem considerável esforço
de controle em suas várias operações e atividades. O controle constitui a última das
funções administrativas, vindo depois do planejamento, da organização e da direção.
Controlar significa garantir que o planejamento seja bem executado e que os objetivos
estabelecidos sejam alcançados adequadamente. O controle é a função administrativa que
monitora e avalia as atividades e resultados alcançados para assegurar que o
planejamento, a organização e a direção sejam bem-sucedidos.
O controle é a última função do processo administrativo, e visa assegurar que as
ações sejam realizadas de acordo com as expectativas ou conforme o que foi planejado,
organizado, dirigido e coordenado assinalando as faltas e os erros com a finalidade de
repará-los e evitar sua repetição (CHIAVENATO, 1989).
É importante lembrar que em todos os momentos de nossas vidas estamos sujeitos
a alguma forma de controle e avaliação, seja na família, na escola, no trabalho, no
trânsito, no clube ou igreja estamos constantemente verificando, controlando,
comparando, medindo, e o nosso comportamento está sendo sempre verificado por
alguém, avaliado, fiscalizado, ou monitorado. E fazemos isso tendo por base os nossos
próprios pontos de vista, os nossos esquemas de valores e de expectativas
(CHIAVENATO, 1989; CHIAVENATO, 1994).
Muitas vezes, quando se fala em controle, à idéia que vem a mente é a de alguém
que verifica ou vigia as ações que estão sendo realizadas, mas o controle como função
administrativa tem como finalidade analisar o trabalho que esta sendo desenvolvido
comparando o que foi feito ou está sendo feito com o que deveria ser feito ou alcançado,
com o objetivo de apontar as falhas, mas também evitar e propor formas de superar as
dificuldades encontradas (KWASNICKA, 1991; KRON;GRAY 1994).
A função de controle está intimamente relacionada com o planejamento, a
organização e a implementação de modo que fica difícil identificar onde uma função
termina e outra começa, sendo muitas vezes esses conceitos utilizados
concomitantemente e não separadamente. No entanto, é importante ressaltar que o
controle, ou as medidas de controle são necessárias tanto no início como ao final de
alguma atividade, pois para que se possa estar avaliando os resultados alcançados é
importante que antes se tenha definido quais os critérios de avaliação a serem utilizados
(KRON;GRAY 1994).
Através do controle o administrador completa o seu trabalho, fecha o círculo das
atividades administrativas (CHIAVENATO, 1989; KRON;GRAY 1994).
Objetivos da Função de Controle
O controle tem como objetivos:
- Corrigir as falhas ou erros considerando todas as fases do processo
administrativo, ou seja, o planejamento, a organização e a direção, indicando medidas de
correção;
- Prevenir novas falhas ou erros, sugerindo meios de se evitá-los no futuro.
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A importância do controle está em se assegurar o cumprimento do que foi
planejado e o alcance dos objetivos, garantindo-se que as atividades foram realizadas
conforme o que foi planejado, e de acordo com os esquemas e as ordens transmitidas.
A teoria proposta por Taylor e que causou uma verdadeira revolução no sistema
produtivo seguiu sendo aperfeiçoada ao longo dos anos apesar das críticas e é sem dúvida
alguma a precursora da Teoria Administrativa. Contribuíram para o desenvolvimento
da administração científica: Frank e Lilian Gilbreth que se aprofundaram nos estudos dos
tempos e movimentos e no estudo da fadiga propondo princípios relativos à economia de
movimentos; Henry Grant que trabalhou o sistema de pagamento por incentivo;
Harrington Emerson que definiu os doze princípios da eficiência; Morris Cooke que
estendeu a aplicação da administração científica à educação e às administrações públicas;
e Henry Ford que criou a linha de montagem aplicando e aperfeiçoando o princípio da
racionalização proposto por Taylor.
COORDENAÇÃO
Segundo Henri Fayol, “a coordenação tem por fim ligar, unir e harmonizar todos os
atos e esforços”. A coordenação deve estar presente em todas as fases da administração,
isto é, quando se planeja, organiza, dirige e controla uma empresa.
Coordenação é “Função do Administrador” [do Líder]? 8
Para responder esta pergunta, é preciso antes reafirmar que função é uma
aglutinação de atividades e que ela tem a tendência de se unir, ocasionando assim uma
dificuldade de identificação dos limites de uma função administrativa.
A coordenação está presente ao desempenho de todas as funções administrativas.
Ela não faz parte das características de cada função, mas representa o exercício das
funções. A coordenação pode ser definida como a harmonização dos vários esforços
necessários para atingir os objetivos almejados. A necessidade de sincronia entre as
funções é importante para que cada elemento na empresa compreenda melhor a forma de
se atingir os objetivos propostos.
8
http://www.cefetsp.br/edu/natanael/Apostila_ADM_parte1.pdf.
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COORDENAÇÃO
Coordenação
1 2
Coordenação
Planejamento Organização
Coordenação
Controle Direção
4 3
Coordenação
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Biografia do autor
O pastor Antônio Carlos Gonçalves Bentes é capitão do Comando da Aeronáutica,
Doutor em Teologia pela American Pontifical Catholic University (EUA), Pós-graduado
em Ciências da Religião pela Pan Americana, Pós-graduado em Psicologia Pastoral pela
FACEC - Faculdade de Ciência e Educação do Caparaó, conferencista, filiado à
ORMIBAN – Ordem dos Ministros Batistas Nacionais, filiado à FIEL - Federação de
Igrejas Evangélicas Locais, professor dos seminários batistas: STEB, SEBEMGE e
Koinonia e também das instituições: Seminário Teológico Hosana, UNITHEO e Escola
Bíblica Central do Brasil, atuando nas áreas de Teologia Sistemática, Teologia
Contemporânea, Apologética, Escatologia, Pneumatologia, Teologia Bíblica do Velho e
Novo Testamento, Hermenêutica, e Homilética. Reside atualmente em Lagoa Santa, Minas
Gerais. É pastor emérito da Igreja Batista Nacional Goel em Lagoa Santa - Minas Gerais. É
casado com a pastora Rute Guimarães de Andrade Bentes, tem três filhos: Joelma, Telma e
Charles Reuel, e duas netas: Eliza Bentes Zier e Anna Clara Bentes Rodrigues. Seus são
Herbert Zier e Cezar de Paula Gomes Rodrigues, e sua nora Rebeca.
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