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Índice

Introdução........................................................................................................................................1

A Idade Moderna.............................................................................................................................2

1. Vida e Obra de JEAN BODIN.................................................................................................2

2. Ideia geral do pensamento politico...........................................................................................3

3. Soberania (Definição)...............................................................................................................4

3.1. Elementos da soberania........................................................................................................4

3.2. Limites da soberania.............................................................................................................4

4. Teoria sobre a origem do poder................................................................................................5

5. Classificação das formas politicas............................................................................................5

6. Formas de estado......................................................................................................................5

7. Tipos de regime........................................................................................................................6

9. Formas de governo...................................................................................................................6

10. Melhor forma de governo para Bodin..................................................................................7

Conclusão........................................................................................................................................8

Bibliografia......................................................................................................................................9
Introdução
As raizes do pensamento político ocidental mais moderno estão baseadas no esclarecimento da
“idade da razão”, que se seguiu a idade média, na Europa. Uma série de razões, dentre as quais
podemos destacar, a invenção da imprensa, a ascenção das dos estados-nação e a descoberta das
américas, tiveram uma influência profunda na transição das eras anteriormente mencionadas. O
questionamento da Igreja ortodoxia religiosa-iniciado com as 95 teses de Lutero, em 1517, levou
a reforma protestante, que, por conseguinte, causou a contrareforma católica

Esferas sobrepostas de autoridade e governança na Europa levaram a terríveis batalhas, entre e


dentro de grupos civis e religiosos. Na falta de uma doutrina religiosa, as pessoas precisavam de
uma nova forma para organizar e legtimar a ordem política. Nesta sequência, dois conceitos
tornaram-se fundamentais, “o direito divino dos reis” para governar, e a “lei natural”, que analisa
o comportamento humano buscando princípios morais válidos. Ambos os conceitos foram
usados para defender um Estado absolutista.

Fazemos referência a Bodin, como um dos principais percusores da soberania absolutista. Este
defendeu um poder central forte com soberania absoluta, com vista a evitar a luta de fracções que
acompanhou o declínio da autoridade papal na Europa. Hobbes, que também foi defensor do
absolutismo, concorda com Bodin, no que toca a instauração de um soberano forte, mas, discorda
sobre o direito divino dos reis, o qual a obra de Bodin foi usada para legtimar.

O presente trabalho irá retratar da vida e obra de um dos grandes clássicos pensadores da idade
moderna, Jean Bodin, que apresentou um novo conceito político designado soberania dando a
sua definição e afins.

As suas ideias políticas surgem através da situação do tempo, local e do estado que se encontra
uma sociedade.

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A Idade Moderna
A partir dos meados do século XV, entra-se numa nova fase da história da Europa --- a fase do
Renascimento, que dá ínicio à chamada Idade Moderna. Conhecem-se os seus aspectos
fundamentais.

Por um lado, da-se uma atenuação muito forte do espírito religioso global e envolvente que
marcou a Idade Média, e uma clara acentuação do humanismo e dos valores profanos, com um
certo resvlar para o paganismo, num quadro geral de restauração da cultura grego-romana e dos
traços caracteristicos da Antiguidade Clássica, e de ruptura com a Idade Média. Tudo o que é
humano passa a ser mais mais importante do que o divino.

1. Vida e Obra de JEAN BODIN

O jean Bodin, nasceu na França em 1530 e morreu em laon em 1569. Com os seus 66 anos..

O jean Bodin era filho de um alfaiate, Bodin quando jovem entrou para a ordem de carmilitas
em angers em 1549. Foi liberado que de seus votos monásticos, acusado de heresia na década 50.

O jean Bodin aos seus 15 anos estudou a filosofia. E aos seus 18 anos o Bodin decidiu seguir à
crença do avô que era estudar direito. Ele estudou o direito na universidade de Taulouse, depois
de ter se formado o Bodin lecionou direito romano na mesma universidade.

Em 1561 o Jean mudou-se para o Paris onde se estabeleceu como advogado, num período em
que a França estava envolvida em guerras religiosas entre os cristãos e os protestantes, e também
por conflito político. Jean Bodin escreveu às importantes obras que ajudaram na compreensão
das leis das instituições jurídicas como também dos fundamentos sociais e político.

Em 1566 o Bodin publicou o "método para a fácil compreensão da história" nessa obra
considera-se a expressão de três normas:

✓ Lei moral - Aquela que o indivíduo aplica à sua vida.

✓ Lei doméstica - A que deve ser exercida dentro da família.

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✓ Lei civil - A que regula a relação entre às diversas famílias.

Seis Livros da República". — Esta obra, fundamental de BODIN, como dissemos, está
formalmente dividida em livros: o primeiro estuda a soberania que é o fundamento de todas as
repúblicas, diz Bodin, o segundo estuda os regimes políticos ou seja as diferentes maneiras de
exercer a soberania em terceiro estuda a estrutura social e administrativa da nação; o quarto e o
quinto ponto estudam o ponto de vista sociológico, as diferentes fases da república e o seu
funcionamento, formulando uma teoria das causas das revoluções, que neste ponto segue
ARISTOTELES numa teoria das condições geográficas e climáticas que influenciam a vida
política de cada país, a qual é já um prenuncio da célebre teoria dos climas de MONTESQUIEU;
por ultimo O sexto livro ocupa-se das finalidades da vida social e de alguns problemas concretos,
nomeadamente a censura, as finanças a moeda entre outros terminando por discutir qual o
melhor regime político, de entre todas as modalidades estudadas. Convém salientar que há nesta
obra uma ideia central, que é a ideia de soberania. É ela que ficará sendo, para sempre, a
verdadeira "imagem de marca" de BODIN.

2. Ideia geral do pensamento politico

Quando Bodin se instalou em frança a situação era calamitosa, de um católicos e protestantes


digladiavam-se de morte e não reconheciam nem um pouco do fundamento das ideias e
concepções um dos outros, por outro lado, o rei tinha o seu poder enfraquecido e não conseguia
impor a autoridade para fazer reinar a paz e concordância entre os súbitos nesse mesmo período
Bodin pretendeu então contribuir para construir em França um estado forte centrado em um
único poder indiscutido e eficaz.

Mas a situação estava caótica a coroa media forcas com os senhores feudais, o rei estava sujeito
ao poder da nobreza e do papado, o monarca discute de igual para igual com os outros poderes e
estava condicionado aos outros poderes do estado (os parlamentos e os estados gerais).

Três anos antes de terminar sua obra republica um francês de ascendência alemã francois-
hotman publicou um panfleto que encontra grande eco, a franco-gallia. Nela se defende com

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bastante desenvoltura a tese que a frança sempre teve e devia continuar a ter como regime
politica: Uma monarquia limitada com as seguintes características: A origem da monarquia é
eletiva, o povo impõe condições ao rei, podendo lhe tirar o poder caso ele não cumpra a forma do
governo a forma de governo tem de ser mista combinando a monarquia com a aristocracia e
popular. O preponderando devia ser a aristocracia, que é o intermediário inevitável entre os
inimigos: o poder real e o poder popular.

Eram um desafio ao rei da franca, quem iria enfrenta-lo?

Pois foi o Jean Bodin que três anos depois publicava os seus ‘les six livres de la republique’’
onde sustentaria ponto a ponto a tese contraria. A monarquia francesa e de origem hereditária: rei
não esta sujeito as condições postas pelo povo, todo poder politico pertence ao rei e não deve ser
partilhado, nem com clero e nem com o povo.

3. Soberania (Definição)

É uma entidade que não conhece superior na ordem externa, nem igual na ordem interna, e
autoridade suprema de um país.

3.1. Elementos da soberania

A entidade tem que ter a faculdade de impor aos outros um comando a que eles a dever
obediência.

A entidade tem que ter um poder perpetuo, isto e, não pode ser limitada no tempo

A entidade tem que ter um poder absoluto, ou seja, a entidade não esta sujeita a condições ou
em cargos postos por outrem que não recebe ordens de ninguém.

3.2. Limites da soberania

A soberania vai traduzir se no poder legislativo, ou seja, na capacidade de livremente emitir


leis, de as alterar e de as substituir.

Deve ser sublinhado que na concepção de Bodin a soberania conhece determinados limites:

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Primeiro a soberania tem que ser um governo recto, e a rectidao obrigava a respeitar a moral e
as leis divinas e naturais.

Segundo, o soberano so se pode ocupar do que e de interesse publico, devendo respeitar a


propriedade dos seus subordinados. Terceiro, a soberania esta limitada pelas leis humanas
comuns a todos os povos, ou seja, o direito internacional.

4. Teoria sobre a origem do poder

Bodin apresentou uma teoria original que não pode ser assimilada nem as teorias da origem
natural do poder nem as teorias contractualistas. Na verdade, Bodin tem uma teoria dupla sobre a
origem do poder:Uma teoria contractualista quanto as primeiras sociedades humanas que se
constituíram pacificamente em estados em teoria do primado da violência quanto as republicas
formadas por absorção de outros um resultado de uma guerra.

5. Classificação das formas politicas

Na matéria sobre as formas politicas, a originalidade do pensamento de Bodin pode ser


desdobrada em três classificações distintas relativas: as formas de estado os tipos de regime e as
formas de governo.

6. Formas de estado

No que concerne as formas de estado com base no critério do numero dos titulares da soberania
distingue:

A monarquia –se a soberania pertence a um;

A aristocracia (ou estado aristocrático) -se a soberania pertence a uma minoria; A democracia
(ou estado popular) -se a soberania pertence a todos.

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7. Tipos de regime

Segundo esta classificação havendo três formas (monarquia, aristocracia e democracia), cada
uma pode ser governada de três maneiras diferentes: o modo legitimo, modo senhorial ou
tirânico.

Bodin somente desenvolveu o que diz respeito a monarquia então fala da monarquia real,
senhorial e tirânica.

A monarquia senhorial foi a primeria que existiu entre os homens, é uma monarquia em que o
rei é o senhor das pessoas e dos bens dos seus súbditos.

A monarquia real é aquela em que o rei se mostra obediente as leis da natureza deixando a cada
um a sua liberdade natural e a propriedade de seus bens. É um regime em que reina (uma
aplausível e doce harmonia de uns com os outros e de todos com o rei), contrariando a
primeiramente citada.

A monarquia tirânica é aquela que o monarca ofendendo as leis naturais abusa da liberdade dos
súbditos livres como se fossem escravos, e dos bens alheios como se fossem seus.

9. Formas de governo

Nesta classificação Bodin combinou as três formas de estados com as três formas de exercer o
poder do governo.

Neste arranjo o Bodin chega a uma classificação com nove espécies distintas.

Três formas de monarquia:

• A monarquia com o governo real;

• A monarquia com governo aristocrático;

• A monarquia com o governo popular.

Três formas de aristocracia:

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• Com o governo aristocrático;

• Com o governo popular;

• Com o governo real.

Três formas de democracia:

• Com o governo aristocrático;

• Com o governo popular;

• Com o governo real.

10. Melhor forma de governo para Bodin

A monarquia hereditária e masculina, essa foi a melhor forma para Bodin depois de varias
discussões, mas como vimos dentro desta categoria existem três modalidades possíveis, que são:
A monarquia com governo real, com o governo aristocrático e com o governo popular.

Bodin procurou fazer uma síntese entre os três e conseguiu aquilo que chamam de justiça
harmónica, pois ele prefere a monarquia real, mas este deve ser temperado com o governo
aristocrático e popular.

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Conclusão
Depois de ter vivido as guerras religiosas na França (1562-98), um período de guerra civil
principalmente entre os católicos e os protestantes huguenontes, Bodin testemunhou os perigos
das estruturas de poder complexas e nocivas de seu tempo. A Igreja, a nobreza e o monarqua
lutavam entre si pela aliança com os seus súditos, e, essa luta com frequência resultava em guerra
e desordem. Homens como Martinho Lutero e seus seguidores (que podemos destacar, John
Locke, Thomas Jefferson), defendiam a separação entre a Igreja e o Estado, com vista a evitar tal
conflito. Para Bodin, no entanto, um poder soberano central forte era a chave para garantir a paz
e a prosperidade.

Para Bodin, o soberano não deveria ser restrito por leis, obrigações ou condições, quer por
grupos externos, quer por seus próprios súditos. Ele também defendia que a soberania deveria ser
perpétua (o poder não deveria ser concedido aos outros ao soberano, nem poderia ser limitado no
tempo, já que isso seria contraditório ao princípio do absolutismo. Posteriormente, ele introduz o
conceito de lei natural e direito divino dos reis – o código moral da sociedade e o direito do
monarqua de governar, ambos vindos directos de Deus. Apesar de Bodin não gostar da
democracia como forma de governo popular, ele não concordava com a posição maquiavélica de
que o soberano poderia agir e governar sem limites. Os governantes precisavam ter poder
absoluto, mas, em troca, teriam de prestar contas a Deus e a lei natural.

Em suma, o que Bodin fez foi dar ao absolutismo a base teórica que lhe faltava, Bodin é então
conhecido como o grande teorizador da monarquia absoluta europeia.

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Bibliografia
AMARAL, Diogo Freitas do, História das ideias políticas, Lisboa, 1998, v.ll

Pt.m.wikipedia.org/soberania

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