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Poesia Trovadoresca
Cantigas de amigo
- A variedade do sentimento amoroso (amor, saudade, alegria, raiva, tristeza…).
- O drama sentimental da donzela (aparentemente espontâneo e natural).
- A confidência amorosa (amigas, mãe, Natureza).
Cantigas de amor
- A coita de amor (sofrimento amoroso) e o amor cortês: a “senhor” e o sofrimento do
poeta.
- O elogio cortês.
Cantigas de escárnio e maldizer
- A crítica individual ou social de recorte caricatural.
- A dimensão satírica: a crítica de costumes, a paródia ao código de amor cortês.
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A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor:
- o amor como sentimento complexo, inexplicável e paradoxal;
- a centralidade e superioridade do Amor (entidade referida com recurso à maiúscula);
A reflexão sobre a vida pessoal.
O tema do desconcerto:
- confusão, arbitrariedade, ambição, injustiça, conflituosidade, desorganização (crise
de valores).
O tema da mudança:
- a mudança social e moral.
Linguagem, estilo e estrutura:
- a lírica tradicional portuguesa (medida velha; redondilha menor e maior);
- a influência clássica (medida nova; decassílabo; soneto petrarquista);
- recursos expressivos mais frequentes: a aliteração, a hipérbole, a anáfora, a
metáfora, a antítese, o oxímoro e a apóstrofe.
História Trágico-Marítima
As terríveis aventuras de Jorge de Albuquerque Coelho (1565; excertos).
Aventuras e desventuras dos Descobrimentos portugueses.
O imaginário épico:
- matéria épica: feitos históricos e viagem (as desventuras dos Descobrimentos);
- enaltecimento do(s) herói(s).
“Epopeia de morte e de pavor” por oposição à “epopeia de glória” de Os Lusíadas.
A crítica às causas humanas de muitos dos naufrágios (ambição desmedida, desleixo
na construção e carregamento dos barcos, desrespeito pelos ciclos naturais e
condições atmosféricas adequadas, ataques de corsários).
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Padre António Vieira, Sermão de Santo António
Capítulos I e V (integrais) e excertos dos restantes capítulos.
A crítica social de base alegórica – as virtudes e os vícios dos peixes como
representação metafórica dos defeitos humanos:
- desrespeito pela palavra de Deus;
- fraqueza, exploração, arrogância, parasitismo, ambição, vaidade, hipocrisia e traição.
Objetivos da eloquência:
- docere: ensinar, explicando e expondo argumentos;
- delectare: agradar e deleitar, captando a atenção do auditório, de modo a não causar
aborrecimento;
- movere: comover, apelando às emoções e tentando tocar os sentimentos do
auditório, de forma a influenciar e alterar comportamentos).
Linguagem, estilo e estrutura:
- estrutura argumentativa;
- discurso figurativo: a alegoria, a comparação, a metáfora;
- outros recursos expressivos: a anáfora, a antítese, a apóstrofe, a enumeração e a
gradação.
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A crítica social na crónica de costumes (personagens e episódios representativos da
segunda metade do século XIX): jantar no Hotel Central, corridas em Belém, jantar dos
Gouvarinhos, episódios dos jornais, sarau no Teatro da Trindade.
O papel da hereditariedade, da educação e do meio na formação da personalidade,
conforme os princípios da estética realista.
Linguagem, estilo e estrutura:
- o romance: pluralidade de ações; complexidade de tempo (utilização da analepse),
do espaço (físico, social e psicológico) e dos protagonistas; extensão.
- recursos expressivos mais frequentes: a comparação, a ironia, a metáfora, a
sinestesia, uso expressivo do adjetivo e do advérbio, utilização do diminutivo com
valor irónico e/ou pejorativo;
- utilização do discurso indireto livre.
Antero de Quental
A angústia existencial.
O pessimismo.
A necessidade de evasão e a morte.
Linguagem estilo e estrutura:
- o discurso conceptual;
- o soneto;
- recursos expressivos mais frequentes: a apóstrofe, a metáfora, a personificação.
Cesário Verde
A representação da cidade e dos tipos sociais.
Deambulação e imaginação: o observador acidental.
Perceção sensorial e transfiguração poética do real (parnasianismo).
O imaginário épico (em Sentimento dum Ocidental):
- o poeta denuncia a realidade decadente e antiépica do final do século XIX;
- a viagem pela cidade como atualização da viagem marítima (o desfasamento entre a
realidade desejada e a realidade efetiva); cruzamento de tempos e espaços ao longo
do poema (viagem e história, o século XVI e o século XIX);
- o confronto entre as figuras épicas celebradas por Camões e as personagens (anti-
heroicas) que o poeta encontra na sua deambulação noturna.
A mulher, objeto de sentimentos diversos:
- a mulher natural, frágil, que desperta admiração e carinho;
- a mulher fatal, bela e fria, que seduz e se associa (negativamente) à cidade.
Recursos expressivos frequentes: a comparação, a enumeração, a hipérbole, a
metáfora, a sinestesia, o uso expressivo do adjetivo e do advérbio.
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Alberto Caeiro
- O fingimento artístico: Alberto Caeiro, o poeta bucólico.
- Reflexão existencial: o primado das sensações (com ênfase especial na visão) por
oposição à negação da utilidade ou valor do pensamento.
Ricardo Reis
- O fingimento artístico: Ricardo Reis, o poeta “clássico”.
- Reflexão existencial: a consciência e a encenação da mortalidade.
- A noção da efemeridade da vida e da inexorabilidade da morte.
- O estoicismo, a ataraxia e o conceito clássico do carpe diem.
- O individualismo e a dimensão doutrinária da poesia.
Álvaro de Campos
- O fingimento artístico: Álvaro de Campos, o poeta da modernidade.
- Reflexão existencial: sujeito, consciência e tempo; nostalgia da infância.
- A fase decadentista (Opiário): o enfado, o cansaço, a náusea, a necessidade de novas
emoções, a vontade de fuga à monotonia.
- A fase modernista (o imaginário épico): a exaltação do Moderno; o arrebatamento do
canto; o turbilhão de sensações.
- A fase intimista: abulia, apatia e tédio.
Livro do Desassossego
- O imaginário urbano.
- O quotidiano.
- Deambulação e sonho: o observador acidental.
- Perceção e transfiguração poética do real.
- A natureza fragmentária da obra: espécie de diário sem qualquer fio condutor.