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RESUMO DE LIVROS - HOFFMAN, Jussara.

Avaliação Mediadora; Um
HOFFMAN, Jussara. Avaliação Mediadora; Uma Pratica da Construção da Pré-escola a Universidade. 17.ª
ed. Porto Alegre: Mediação, 2000.

POR UMA ESCOLA DE QUALIDADE


São vários os fatores que dificultam a superação da prática tradicional, como: a crença que a manutenção
da avaliação classificatória garante ensino de qualidade, resistência das escolas em mudar por causa da
possibilidade de cancelar matriculas, a crença que escolas tradicionais são mais exigentes.
Sobre a avaliação tradicional, ela legitima uma escola elitista, alicerçada no capitalismo e que mantém uma
concepção elitista do aluno.
Entretanto, uma escola de qualidade se da conta de que todas as crianças devem ser concebidas sua
realidade concreta considerando toda a pluralidade de seu jeito de viver. Deve se preocupar com o acesso
de todos, promovendo-os como cidadãos participantes nessa sociedade.
O desenvolvimento máximo possível do ser humano depende de muitas coisas além das da escola
tradicional como memorizar, notas altas, obediência e passividade, depende da aprendizagem, da
compreensão, dos questionamentos, da participação. 
O sentido da avaliação na escola, seja ela qual for a proposta pedagógica, como a de não aprovação não
pode ser entendida como uma proposta de não avaliação, de aprovação automática. Ela tem que ser
analisada num processo amplo, na observação do professor em entender suas falas, argumentos,
perguntas debates, nos desafios em busca de alternativas e conquistas de autonomia. 
A ação mediadora é uma postura construtivista em educação, onde a relação dialógica, de troca
discussões, provocações dos alunos, possibilita entendimento progressivo entre professor/aluno. 
O conhecimento dos alunos é adquirido com a interação com o meio em que vive e as condições deste
meio, vivências, objetos e situações ultrapassam os estágios de desenvolvimento e estabelecem relações
mais complexas e abstratas, de forma evolutiva a partir de uma maturação. O meio pode acelerar ou
retardar esse processo. Compreender essa evolução é assumir compromisso diante as diferenças
individuais dos alunos.
Quanto ao erro, na concepção mediadora da avaliação, a correção de tarefas é um elemento positivo a se
trabalhar numa continuidade de ações desenvolvidas. O momento da correção passa a existir como
momento de reflexão sobre as hipóteses construídas pelo aluno, não por serem certas ou erradas,
problematizando o dialogo, trocando idéias. Os erros construtivos caracterizam-se por sua perspectiva
lógico-matemática.
A avaliação mediadora possibilita investigar, mediar, aproximar hipóteses aos alunos e provocá-los em
seguida; perceber pontos de vistas para construir um caminho comum para o conhecimento científico
aprofundamento teórico e domínio do professor. Pressupõe uma análise qualitativa, uma avaliação não de
produto, mas do processo, se dá constantemente através de cadernos, observações do dia a dia, é teórica
usa-se registros.
A avaliação mediadora passa por três princípios: a de investigação precoce (o professor faz provocações
intelectuais significativas), a de provisoriedade (sem fazer juízos do aluno), e o da complementaridade
(complementa respostas velhas a um novo entendimento). Cabe ao pesquisador descobrir o mundo, mas
cabe ao avaliador torná-lo melhor.
A mediação se dá relacionando experiências passadas às futuras, relacionado propostas de aprendizagens
a estruturas cognitivas do educando, organizando experiências, refletivo sobre o estudo, com participação
ativa na solução de problemas com a apreciação de valores e diferenças individuais. O educador toma
consciência do estudante no alcance de metas individuais, promovendo interações a partir da curiosidade
intelectual, originalidade, criatividade, confrontações.

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