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FACULDADE ESTÁCIO DE ALAGOAS

DIREITOS HUMANOS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS


CONTEMPORÂNEAS
Nome do aluno (a) Joicy Camila da Silva Oliveira

Trabalho da disciplina Direito Internacional


Tutor: Profa. Elita Isabella M. Dorville de Araújo.

Maceió 13.05.2020

DIREITOS HUMANOS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS


CONTEMPORÂNEAS

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PIOVESAN, Flávia C. Direitos humanos: desafios e perspectivas contemporâneas. Revista do
Tribunal Superior do Trabalho, Porto Alegre, RS, v. 75, n. 1, p. 107-113, jan./mar. 2009.

A autora deste artigo começa com duas indagações bem pertinentes, já de início nos faz refletir de
como toda estas mudanças se deu ao longo do tempo, a Declaração de 1948 ela surge em um
período de horror e barbárie cometidos ao longo do totalitarismo da era Hitler.

Ao decorrer do artigo a Flávia Piovesan, nos esclarece o delegado da declaração de 1948 e as


conquistas no âmbito do direito e dignidade da pessoa humana, uma mudança gradual ao longo de
muitos anos de história até o que temos hoje. Bobbio, diz ser conquistas gradativas que são
alcançadas ao longo do tempo anseios e necessidades de um povo. Com uma reflexão no passado
em busca de respostas para um futuro que se constrói aos poucos, deixando claro que esta
declaração de 1948, foi sim uma história mas também foi e é uma luta sem fim para a afirmação de
direitos humanos, resistência e resiliência em proteção a dignidade da pessoa humana, e prevenção
ao sofrimento humano. Para Flávia “O ser humano é um ser essencialmente moral, dotado de
unicidade existencial e dignidade como um valor intrínseco à condição humana. Aqui o rechaço a
equação nazista, que entendia que era apena sujeito de direito aquele que pertencesse à raça pura ariana.
Não, o valor da dignidade humana é um valor intrínseco à condição humana e não um valor extrínseco,
a depender da minha condição social, econômica, religiosa, nacional ou qualquer outro critério”. Não é
o que represento para sociedade como pessoa, cor, religião ou cultura, ou a que grupo social pertenço
isso não importa, o que faz sentido é o ser humano a pessoa e sua existência, está é a essência dos
direitos humanos, e diminuir o sofrimento humano e o reconhecimento do indivíduo como pessoa de
direito. Pois a visão integral da declaração e é nela que se inspira os direitos humanos. E é a partir dela
que nós temos o direito protetivo internacional de direitos humanos. Que é um sistema global, hoje os
sistemas regionais de proteção na Europa, América e África e o sistema local, doméstico de proteção dos
direitos humanos. Diz Flávia que falar em proteção, defesa dos direitos humanos, hoje é falar no âmbito
global, regional e local. Três vertentes que se inter-relacionam e que dialogam o tempo todo. A Flávia
faz algumas considerações com relação ao fundamento dos direitos humanos, fundamentos estes que são

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inseridos nas constituições e são direitos positivados. O fundamento para esta teoria é a norma posta.
Crítica: Normas locais não protege os direitos ou possuem proteção insuficiente, como por exemplo,
nazismo na Alemanha. Por tanto Neste contexto, compartilhando dos pensamentos de Boaventura de
Sousa Santos em defesa de uma concepção multicultural dos direitos humanos inspirada no diálogo
entre culturas a compor um multiculturalismo emancipatório. Do ponto de vista epistemológico
(adotado pela sofística, pelo ceticismo, pragmatismo etc.) que afirma a relatividade do conhecimento
humano e a incognoscibilidade do absoluto e da verdade, em razão de fatores aleatórios e/ou subjetivos
(tais como interesses, contextos históricos etc.) inerentes ao processo cognitivo ou de doutrina segundo a
qual os valores morais não apresentam validade universal e absoluta, diversificando-se ao sabor de
circunstâncias históricas, políticas e culturais. Flávia com sua segunda inquietude: “laicidade estatal
versus fundamentalismos religiosos. Creio que o Estado laico é garantia essencial para o exercício
dos direitos humanos, porque confundir Estado com religião implica a adoção oficial de dogmas
incontestáveis, a imposição de uma moral única a inviabilizar qualquer projeto de sociedade pluralista
aberta e democrática. Há autores a defender um novo iluminismo capaz de separar a esfera do Estado e a
esfera da religião, ou seja, defendo aqui essa separação para que exista o direito à liberdade religiosa e
moral”. Ataques à liberdade religiosa contribuem para o declínio moral, assassinatos, desordem e até
suicídios continuarão existindo até que recuperemos nossa base moral. A pessoa tem de concluir que
não há nenhuma relação normal entre um sistema de doutrina religiosa e um código moral. O
conjunto de religião e moral no Cristianismo, os mecanismos pelos quais o comportamento moral é
imposto e as consequências que ele prediz para a violação das suas regras morais constituem um
padrão de relacionamento entre religião, cultura de povos e respeitando a individualidade de cada
ser vivo, suas crenças e seu valor moral sem descriminação, teríamos um olhar melhor para as
inquietudes da sociedade em diferentes ângulos podendo acima tingir o bem-estar e igualdade de
direito independente de cor, raça, sexo e dentre outros aspectos. Como diz Flávia em seu relato o
Brasil, como todos sabemos, está entre as maiores economias mundiais, disputando o 9º ou 10º
lugar, mas é o 4º país mais desigual do planeta, perdendo para Serra Leoa, Swazilândia e República
Centro Africana. E não é mera coincidência sermos o 4º mais violento do planeta, concentrando
14% da taxa de homicídio mundial. Esta é a lista de países por taxa de homicídio por ano por 100
mil habitantes a partir do ano de 2000. A confiabilidade dos dados subjacentes às taxas nacionais de
assassinatos pode variar. A definição legal de "homicídio doloso" difere entre os países. O
homicídio doloso pode ou não incluir assalto, infanticídio e suicídio assistido ou eutanásia. O
Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, em seu Estudo Global sobre Homicídio,
define: Dentro da grande gama de tipos de morte violenta, o elemento primordial do homicídio
intencional é sua completa ligação com o perpetrador direto, o que consequentemente exclui mortes
causadas por guerras e conflitos, mortes autoinfligidas, mortes devido a intervenções legais ou
motivos justos e mortes quando houve negligência do perpetrador mas este não tinha a intenção de
tirar uma vida. Direitos sociais são os direitos que visam garantir aos indivíduos o exercício e
usufruto de direitos fundamentais em condições de igualdade, para que tenham uma vida digna por
meio da proteção e garantias dadas pelo estado de direito. Vários autores deixam claro que o
racismo é critério para acesso a direitos eles analisam também como herança colonial permeia as
relações sociais no país e causa sofrimento psíquico nas pessoas discriminadas, o Direito social ele
é necessário porque é ele que estabelece limites. Para Flávia os direitos sociais incluem o respeito
às necessidades fundamentais e incluem essa ideia que os direitos sociais são direitos e não mera
caridade, compaixão ou generosidade estatal. Em um quinto desafio de Flávia ela discorre sobre:
“respeito à diversidade versus intolerâncias. Isto porque o processo de violação dos direitos
humanos alcança prioritariamente os grupos sociais vulneráveis como as mulheres, como as
populações afrodescendentes, e aí se falar no fenômeno da feminização e etnização da pobreza.
Lembro que no mundo, hoje, há 1 bilhão de analfabetos adultos, 2/3 são mulheres. E é por isso que
a primeira fase de proteção dos direitos humanos foi marcada pela tônica da proteção geral,
genérica e abstrata”. Em um olhar de que todos somos iguais perante a lei. O princípio da
igualdade, também denominado princípio da isonomia, é um princípio que baseia e rege toda e
qualquer sociedade democrática. É a ideia de que todas as pessoas merecem ser tratadas de forma
igual, na medida do possível e do legal. No Brasil, a Constituição Federal, instituída em 1988,
previu o princípio da igualdade de forma expressa em seu art. 5º: “Todos são iguais perante a lei,
sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros. Então, quando
se trata de pessoas iguais, é necessário garantir e preservar direitos, deveres e oportunidades iguais.
Porém, em situações adversas ou quando as pessoas apresentam limitações próprias, devemos tratá-
las de forma diferenciada. Esse tratamento distinto representa uma forma de proteção e de
preservação do princípio da igualdade. Sendo assim para finalizar haja vista haver muito o que se
dizer pois sobre o assunto deixo, um trecho.” A primeira geração dos Direitos Humanos remonta a
Revolução Francesa. Diz o Artigo II do texto adotado pela Assembleia Nacional da França em 26
de agosto de 1789: "O fim de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e
imprescritíveis do homem. Esses direitos são a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência
à opressão".

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