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RESUMO
O estudo da dinâmica longitudinal do trem de carga foi elaborado devido à necessidade de implantar
composições maiores com tração distribuída no corredor do heavy haul. O propósito de estudar trens mais longos
esta na complexidade na operação por apresentar aumento dos esforços sobre a via permanente e componentes
dos veículos, os mais solicitados diretamente são os engates e o aparelho de amortecimento. As forças são
causadas pela grande variação no perfil na via permanente formada por ondulações, rampa em aclive e declive
acima de 1% de elevação que acarreta na discrepância de velocidades nós veículos ao longo da composição e
exigem valores de esforços internos muito altos que atuam diretamente nos engates para o trem vencer
resistência da rampa, gerando forças longitudinais que podem desencadear em um descarrilamento. A partir
deste trabalho realizado foi possível coletar dados com utilização de simulador de trem, instrumentação de via
permanente e vagões, com base nessas informações elaborou procedimento padrão de condução do trem para
minimizar os esforços, outro desafio era reduzir os elevados valores de choques de compressão e tração após
aplicação de freio de emergência no trem vazio, a solução foi utilizar um equipamento instalado na cauda do
trem. Obras de artes túneis e cortes no percurso do trem foram avaliadas são barreiras que impactam na
comunicação de radio entre a locomotiva líder e as remotas distribuídas ao longo da composição
impossibilitando plena operação do equipamento do sistema de tração distribuída.
ABSTRACT
The study of the longitudinal dynamics of the freight train was elaborated due to the need to implant larger
compositions with distributed traction in the corridor of heavy haul. The purpose of studying longer trains is in
the complexity of the operation because of the increased effort on the permanent track and components of the
vehicles, the most sought after are the couplings and the damping apparatus. The forces are caused by the large
variation in profile in the permanent path formed by ripples, slope ramp and slope above 1% of elevation which
entails in the discrepancy of velocities nodes along the composition and require values of very high internal
forces acting directly In the couplings for the train to overcome resistance of the ramp, generating longitudinal
forces that can trigger in a derailment. From this work it was possible to collect data using train simulator,
permanent track instrumentation and wagons, based on this information elaborated standard train driving
procedure to minimize the efforts, another challenge was to reduce the high values of compression shocks And
traction after applying emergency brake on the empty train, the solution was to use an equipment installed in the
tail of the train. Works of tunnels and cuts in the trajectory of the train were evaluated are barriers that impact on
the radio communication between the leading locomotive and the remote distributed throughout the composition
making it impossible to fully operate the equipment of the distributed traction system.
1. INTRODUÇÃO
Desde o início das privatizações no Brasil, que se intensificou a busca por melhores resultados
na economia em toda a área de transportes, principalmente no transporte ferroviário. Nas
ferrovias que movimentam basicamente carga em grandes escalas, o direcionamento é no
sentido do total aproveitamento da sua capacidade, utilizando vagões de tara reduzida e
capacidade de carga elevada, e formação de trens mais longos e mais pesados.
Segundo Borba (2001) Como pode ver inúmeras são as vantagens da operação com tração
distribuída, mas existem riscos muito evidentes se os controles não forem manipulados
corretamente, ou se houver falha na comunicação entre as locomotivas. Neste caso, as
consequências podem ser substancialmente mais severas do que num trem regular e esta
parece ser a causa principal de tão pouca familiaridade com a técnica no Brasil. Além disto,
implantar exige investimentos substanciais. É preciso considerar não apenas os equipamentos
de bordo, mas os sistemas auxiliares e toda a logística de sistemas para que não haja solução
de continuidade na comunicação entre as locomotivas. Os trens extralongos exigem também
aporte substancial de recursos na ampliação de pátios de manobra e de pátios intermediários
para cruzamento, condição essencial para efetiva aplicação do sistema.
O estudo do tema esta relacionado a implantar no corredor do heavy haul operação para os
trens mais longos com tração distribuída sem que descaracterize a base do modelo formado
com 134 vagões conforme a Figura 2. O trem vazio passa a ser formado com duas
composições de 134 vagões conforme a FIGURA 4, o trem carregado passa a ser formado
com duas composições de 134 vagões, e duas locomotivas na cauda do trem conforme a
Figura 5, ambos medindo em torno de 3000 metros de extensão o trem carregado com peso
entre 34.000 e 35.000 toneladas.
Para (Spinola 1993) o aumento das composições ferroviárias tem dificultado a circulação
segura dos trens, por ser mais difícil de controlar os efeitos dinâmicos e as forças internas nos
veículos, que são produzidos pela condução em perfil de via acidentado, típico nas ferrovias
brasileiras. Isto tem acarretado problemas operacionais, como por exemplo, alteração na
distância de parada fraturas de engates e descarrilamentos.
Objetivo do tema e estudar os obstáculos na aplicação dos trens logos com tração distribuída,
tratar seus impactos relacionados ao tamanho do trem, elaborar modelo de procedimento
padrão especifico de condução para mitigar os efeitos dinâmicos na direção longitudinal da
composição que são forças de compressão, tração e choques internos desenvolvidos durante a
circulação entre os veículos do trem.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Este tópico abordará temas importantes ao desenvolvimento do artigo que são descritos nós
subitens a seguir.
2.1 DEFINIÇÃO DE LOCOMOTIVA
Locomotiva é um veiculo automotor que utiliza varias formas de energia (vapor, eletricidade,
diesel, etc.), fornecendo força motriz que é transmitida através da sua estrutura destinada a
rebocar os vagões de uma composição sobre a via férrea.
2.1.2 ADERÊNCIA
O fator físico fundamental que determina e limita a capacidade de tração é o atrito estático
antes que haja algum deslocamento é propriedade fundamental para que o movimento ocorra.
Quanto maior este coeficiente de atrito estático, mais força se pode fazer no eixo para que o
trem entre em movimento sem que ocorra deslizamento ou patinação de rodas.
Trem com tração convencional a concentração maior das forças estão nós primeiros vagões. O
sistema do freio pneumático quando é solicitado o sinal da aplicação inicia do primeiro
veiculo e leva um tempo para percorrer a tubulação até chegar ao ultimo veiculo conforme
Figura 13, a energia cinética total a ser dissipada até a parada do trem é dividida entre os
vários veículos que compõem o trem. Entretanto durante o transitório de crescimento da força
de frenagem em cada veículo, cria-se um estado de forças de frenagem diferenciado entre os
vagões.
Figura 13: Representação dos esforços na frente do trem
Fonte autor
Devido às folgas existentes nos engates que interliga cada de vagão no trem como um todo
pode estar trafegando pela via férrea na condição comprimido, esticado ou (slacks). Os
engates estão sujeitos a esforços e choques de compressão conforme Figura 14, e choques de
tração conforme Figura 15. Dependendo da formação do trem (tipo, peso e posição dos
veículos) e da topografia da via férrea (variação da inclinação, curvatura, etc.) uma parte do
trem pode estar comprimida enquanto outra estará distendida, configurando o modo (slacks),
neste caso há possibilidade de ondas de choque produzir forças longitudinais elevadas.
Em rampas
➢ Tração é aplicada somente onde se faz necessária;
➢ Maior eficiência da frenagem dinâmica;
➢ Redução de quebra do trem;
➢ Controle independente das remotas produz economia de combustível por utilizar a
potência somente quando se faz necessário.
2.5.3 MANOBRA
A possibilidade de separar mais rápido do trem produz um ganho de tempo relativo as
manobras que se fariam necessárias no trem com tração convencional, o que aumenta a
eficiência e a produtividade de acordo com a Figura17.
3. METODOLOGIA
3.1 SIMULAÇÃO
Os primeiros estudos realizados para aumento do trem formado com 268 vagões para circular
na malha ocorreu ambiente controlado sendo utilizado o simulador de trem dinâmico TDS-
5000 de acordo Figura 18, ferramenta capaz de reproduzir as forças longitudinais demandadas
na circulação do trem e gerar relatórios que serão analisados dentro dos valores conforme
Tabela 1. Com base nas simulações foi elaboração do padrão de condução de ambos os
modelos, analise dos resultados apontaram valores dos esforços que possibilitou inicio os
testes de campo, avaliar os impactos nas operações e nos ativos, caso seja necessário ajustar
adaptando o procedimento.
Figura18: Tela do Simulador de Condução de Trem.
1- GPS;
2- Sensor de velocidade;
3- Na haste de ligação entre os vagões;
4- Travessa lateral direta do truque;
5- Travessa lateral esquerda do truque;
Figura 20 Vagão instrumentado
Pontos Positivos
➢ Aumento da capacidade da malha devido ao menor número de trens circulando para
um mesmo volume de transporte;
➢ Não há necessidade de formação homologada;
➢ Não necessita de EOT.
Negativos:
➢ Maior tempo de manobra para anexação e desanexação comparado ao modelo
praticado atualmente;
➢ Condução necessariamente mais refinada;
➢ Investimento para alteração de “layout” de pátios e terminais;
➢ Investimento para solução da zona de sombra do sistema de tração distribuída.
6. CONCLUSÃO
Os resultados apresentados neste relatório nos permitem concluir que para a formação do trem
com 268 vagões vazios visando uma operação segura e a minimizado os riscos na circulação
torna-se necessário a utilização do EOT instalado na cauda do trem este equipamento é
imprescindível para mitigar as forças longitudinais em aplicação do freio de emergência.
Também deve ser seguido padrão de formação do trem dado às diferenças da taxa de
frenagem dos vagões.
Para o trem carregado, o estudo está mais recentes, o que esta determinada e a sua formação o
do modelo proposto pesando até 35.000 toneladas brutas utilizando 6 locomotivas modelo
AC-44, este trem já realizou viagem percorrendo por 200 quilômetros atendendo as
expectativas dos esforços nos engates e via permanente. Os próximos passos será analisar
solução da cobertura de rádio do Locotrol, pois o segundo percurso existe muitos túneis que
pode afetar sua operação.
Já solicitou para empresas terceiras mapeamento das zonas de sobra de EOT e Locotrol.
Estamos aguardando relatório para analisar os impactos e tomada de decisão do projeto.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Spinola (1993) Estudo da Dinâmica Longitudinal do Trem Universidade estadual de campinas Faculdade de
Engenharia Mecânica Departamento de Projeto Mecânico
https://www.ihha.net/articles/sharing-canadas-experience-long-freight-trains
Estradas de Ferro – Volume 1 – Helvécio Lapertosa Brina – Editora da UFMG
Estradas de Ferro – Volume 2 – Helvécio Lapertosa Brina – Editora da UFMG
ANTF, Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários.
Material Rodante Locomotivas e Vagões. Disponível: do curso Especialização de Transporte Ferroviário de
Cargas, Instituto Militar de Engenharia
BORBA, José Luiz. Módulo Material de Tração. Pós-graduação em Engenharia Ferroviária. Pontifícia
Universidade Católica de Minas Gerais, IEC - Instituto de Educação Continuada. 2000, MANUAL DE
OPERAÇÕES DO SISTEMA LOCOTROL EB Apostila Equipamentos de Bordo (VM-FC, 2008)