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UAST – UFRPE

LEANDRO PEREIRA DA SILVA CARVALHO


SISTEMAS DE INFORMAÇÃO – 1º PERÍODO (2011/2)

A VIDA E OBRA DE TAYLOR - ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA E


HENRY FAYOL - ESCOLA CLÁSSICA

Taylor: Um explorador de mão de obra dos subordinados ou um


buscador de melhorias para classe trabalhista?

Frederick Winslow Taylor nasceu em 20 de março de 1856, em


Germantown (que hoje faz parte da Filadélfia) no Estado da Pensilvânia – EUA.
Filho de Franklin Taylor e Emily Annete Winslow. Taylor foi um engenheiro
norte-americano que introduziu o conceito da chamada Administração
Científica.
Em 1903 Taylor publica seu primeiro livro sobre o que mais tarde
chamaríamos de administração científica: “Shop Management” (Direção de
Oficinas) onde trata pela primeira vez de suas idéias sobre a racionalização
do trabalho.
1906 ele publica “The Art of Cutting Metals” (A Arte de Cortar Metais), é
eleito presidente da Associação Americana dos Engenheiros Mecânicos e
recebe o título honorário de Doutor em Ciência pela Universidade da
Pensilvânia.
Em 1911 publica o livro “Os Princípios da Administração Científica”, no
qual propõe uma intensificação da divisão do trabalho, o dividindo em etapas
de processamento.
Para Taylor o objetivo da Administração Científica era criar métodos de
trabalho para melhoria da produtividade resultando em menos esforço físico e
conseqüentemente mais satisfação dos subordinados, mas esta não foi uma
visão compartilhada por todos, principalmente pelas classes trabalhistas que
diziam que era uma forma para trabalharem mais depressa, aumentando a
produção e enriquecendo os patrões que por sua vez, em um país capitalista,
ficava com os lucros da produção. Para Taylor, a Administração Científica fazia
com que os funcionários produzissem mais em menos tempo, isto é fato, para
ele, a gerência e operários tinham que andar juntos em um sistema de parceria
e não como adversários, onde os dirigentes ofereciam os serviços a serem
feitos em ambientes que suprissem as necessidades dos funcionários e com
boas remunerações.
Estes princípios básicos eram divididos nas seguintes etapas: isolar a
tarefa, selecionar o trabalhador para desempenhar a atividade, estudar e
cronometrar o tempo exato para se desenvolver a atividade, depois ver o
espaço de trabalho necessário para o pleno funcionamento eliminando
movimentos desnecessários e por fim treinar o trabalhador do modo mais
eficiente, sem movimentos desnecessários, para executar a tarefa da melhor e
mais rápida forma possível. Visando estas etapas para muitos críticos Taylor
estava transformando homens em máquinas e à medida que um se danificada
outro já era treinado como peça de reposição.
O método funcionava, mas despertou revolta dos subordinados pelo fato
do trabalhador produzir muito mais do que antes e o salário aumentar de forma
bem menos significativa do que a produção do serviço, como o serviço era feito
de forma mais rápida era necessário menos operários para executar uma
determinada tarefa, resultando em menos custo na mão de obra e
conseqüentemente em menos funcionários empregados, no entanto os mesmo
não levavam em conta que o esforço praticado para executar as mesmas
ações era menor, ou seja, eles trabalhavam da mesma forma de antes,
somente fazendo menos esforço e ganhando mais, o qual era um dos objetivos
de Taylor, proporcionando desta forma melhoria para os operários com
melhores trabalhos e menos esforços e participação nos lucros e mais lucros
resultantes do aumento da produtividade para os patrões.
Em 1915 Taylor contrai uma pneumonia e morre no dia 21 de maio se
tornando um marco na história da administração por procurar buscar resposta
para uma pergunta comum até os dias atuais: Como buscar o aumento da
produtividade e ao mesmo tempo aumentar a satisfação do trabalhador é um
dos principais desafios dos administradores.

Henry Fayol – Teoria Clássica da Administração

Jules Henri Fayol nasceu em Istambul no dia 29 de Julho de 1841, filho


de André Fayol. Foi um engenheiro de minas francês e um dos teóricos
clássicos da Ciência da Administração, sendo o fundador da Teoria Clássica da
Administração.
A Teoria Clássica da Administração de Henry Fayol estudava a empresa
privilegiando a estrutura da organização, os dividindo em 14 princípios, são
eles:
1. Divisão do Trabalho: dividir o trabalho em tarefas especializadas e
destinar responsabilidades a indivíduos específicos;
2. Autoridade e Responsabilidade: a autoridade sendo o poder de dar
ordens e no poder de se fazer obedecer. Estatutária ( normas legais) e
Pessoal (projeção das qualidades do chefe). Responsabilidade
resumindo na obrigação de prestar contas, ambas sendo delegadas
mutuamente;
3. Disciplina: tornar as expectativas claras e punir as violações;
4. Unidade de Comando: cada agente, para cada ação só deve receber
ordens (ou seja, se reportar) a um único chefe/gerente;
5. Unidade de Direção: os esforços dos empregados devem centrar-se no
atingimento dos objetivos organizacionais;
6. Subordinação: prevalência dos interesses gerais da organização;
7. Remuneração do pessoal: sistematicamente recompensar os esforços
que sustentam a direção da organização. Deve ser justa, evitando-se a
exploração;
8. Centralização: um único núcleo de comando centralizado, atuando de
forma similar ao cérebro, que comanda o organismo. Considera que
centralizar é aumentar a importância da carga de trabalho do chefe e
que descentralizar é distribuir de forma mais homogênea as atribuições
e tarefas;
9. Hierarquia: cadeia de comando (cadeia escalar). Também recomendava
uma comunicação horizontal, embrião do mecanismo de coordenação;
10. Ordem: ordenar as tarefas e os materiais para que possam auxiliar a
direção da organização.
11. Equidade: disciplina e ordem justas melhoram o comportamento dos
empregados.
12. Estabilidade do Pessoal: promover a lealdade e a longevidade do
empregado. Segurança no emprego, as organizações devem buscar
reter seus funcionários, evitando o prejuízo/custos decorrente de novos
processos de seleção, treinamento e adaptações;
13. Iniciativa: estimular em seus liderados a iniciativa para solução dos
problemas que se apresentem. Cita Fayol: "o chefe deve saber sacrificar
algumas vezes o seu amor próprio, para dar satisfações desta natureza
a seus subordinados";
14. Espírito de Equipe (União): cultiva o espírito de corpo, a harmonia e o
entendimento entre os membros de uma organização. Consciência da
identidade de objetivos e esforços. Destinos interligados.

Assim como Taylor, também sofreu críticas quanto a suas observações,


tais como obsessão pelo comando, organização vista como sistema fechado,
independente do meio externo e manipulador dos trabalhadores.

Funções do administrador segundo Fayol

Henry Fayol atribuiu cinco funções ao administrador dentro de uma estrutura


organizacional, chamadas de PO3C:
1. Prever e planejar - visualizar o futuro e traçar o programa de ação;
2. Organizar - constituir o duplo organismo material e social da empresa;
3. Comandar - dirigir e orientar a organização;
4. Coordenar - unir e harmonizar os atos e esforços coletivos;
5. Controlar - verificar se as normas e regras estabelecidas estão sendo
seguidas;

Posteriormente, as funções de Comando e Coordenação foram reunidas


sob o nome de Direção, passando as iniciais para PODC: Planear, Organizar,
Dirigir e Controlar. E ainda Planear, Organizar, Executar e Avaliar, assim
passando as iniciais para POEA. Além destas ainda temos: Motivar,
Comunicar, Decidir, Assessorar, entre outras coisas.

Jules Henri Fayol  faleceu na França, em Paris no dia 19 de


Novembro de 1925.

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