1. O texto discute a cultura escolar como objeto histórico no período entre os séculos XVI e XIX, quando houve a estruturação de um espaço físico escolar e a profissionalização do magistério.
2. Julia critica abordagens anteriores que viam a escola sob uma ótica externa ou de seleção social, defendendo estudar as práticas escolares internas, como os conteúdos ensinados e o trabalho docente.
3. As produções escolares dos alunos, como exercícios, são a
1. O texto discute a cultura escolar como objeto histórico no período entre os séculos XVI e XIX, quando houve a estruturação de um espaço físico escolar e a profissionalização do magistério.
2. Julia critica abordagens anteriores que viam a escola sob uma ótica externa ou de seleção social, defendendo estudar as práticas escolares internas, como os conteúdos ensinados e o trabalho docente.
3. As produções escolares dos alunos, como exercícios, são a
1. O texto discute a cultura escolar como objeto histórico no período entre os séculos XVI e XIX, quando houve a estruturação de um espaço físico escolar e a profissionalização do magistério.
2. Julia critica abordagens anteriores que viam a escola sob uma ótica externa ou de seleção social, defendendo estudar as práticas escolares internas, como os conteúdos ensinados e o trabalho docente.
3. As produções escolares dos alunos, como exercícios, são a
A cultura escolar é descrita como um conjunto de normas que definem
conhecimentos a ensinar e condutas a inculcar, e em conjunto de práticas que permitem a transmissão desses conhecimentos e a incorporação desses comportamentos; normas e práticas coordenadas a finalidades que podem variar segundo épocas (finalidades religiosas, sociopolíticas ou simplesmente de socialização). (JULIA, p.9)
Objetivo do texto: Discutir a cultura escolar como objeto histórico.
Recorte temporal: Século XVI ao XIX. Justificativa para o recorte temporal (Modernidade – Contemporaneidade): Houve, no século XVI, a estruturação de um espaço escolar físico até então inexistente para o que hoje chamamos de ensino secundário. Mesas; cadeiras; edifícios. Esta estrutura só existia, desde o século XV, para as universidades. “O período moderno e contemporâneo vê instaurar-se a mudança decisiva dos cursos em classes separadas; cada uma delas marca uma progressão de nível”. Influência de Comenius? “É a partir do século XVI que nascem os corpos profissionais que se especializaram na educação: eles podiam tomar a forma de corporações ou de congregações religiosas” (p.14). Retirar da Igreja a responsabilidade da educação das elites e dos pobres provocou a preocupação com a formação de professores. Estrutura do texto (eixos definidos pelo autor): Normas e finalidades que regem a escola; Avaliar o desempenho pela profissionalização do trabalho do educador; Análise dos conteúdos ensinados e das práticas escolares.
1. A cultura escolar – definida na citação acima – mantém relações conflituosas com
outras culturas, como a cultura religiosa, a cultura política e a cultura popular. 2. Qual a diferença, então, entre cultura escolar e tradição? 3. Para compreender a cultura escolar, também é preciso analisar o corpo profissional dos agentes que obedecem a tais ordens, os dispositivos pedagógicos, a formação de professores. Saindo da escola, outros aspectos que devem estar na pauta da análise acerca da cultura escolar são os modos de pensar e agir em sociedade. Na escola, há a expectativa da aquisição de conteúdos e habilidades, fora dela, esta concepção não existe no que se entende pelos processos de escolarização. Por fim, é necessário compreender as culturas infantis. 4. Julia aponta um desconhecimento acerca do estudo das práticas escolares. (p.11) 5. Houve, nos anos 70, uma grande influência sociológica aos historiadores no que diz respeito à análise destas práticas. Tal influência adveio de Bourdieu Passeron. 6. O fruto destes percursos do pensamento sociológico concebia a escola como o meio inventado pela burguesia para adestrar e normalizar o povo. (p.11). 7. Esta visão, então, fadava à escola sob uma visão polarizada. 8. Nos anos 80, houve uma influência da pedagogia normativa. 9. Julia aponta que é precise entender, também, o funcionamento interno da escola, para além do caráter de uma compreensão externalista. Neste sentido, faz uma crítica ao percurso traçado pelas tentativas de estudo da escola: estas foram, em geral, o estudo da história das ideias pedagógicas (p.12). 10. Outra crítica é à história das instituições, pois ao fazer este tipo de historicização, é possível compara-la à história das intuições militares, políticas etc. Em outras palavras, não se concebe a escola nela mesma, mas sim de uma maneira externa e geral. 11. “A história das populações escolares, que emprestou métodos e conceitos da sociologia, interessou-se mais pelos mecanismos de seleção e exclusão social praticados na escola que pelos trabalhos escolares, a partir dos quais se estabeleceu a discriminação” (P.12). 12. Para o autor, a história das disciplinas escolares é quem procura preencher a lacuna deixa pelas análises destas últimas histórias citadas. 13. História das disciplinas escolares: Identificar o núcleo duro que pode constituir uma história renovada da educação. Como? Por meio das práticas de ensino utilizadas na sala de aula e dos grandes objetivos que presidem a constituição das disciplinas.
Uma questão preliminar: quais fontes de arquivos?
1. “A história das práticas culturais é, com efeito, a mais difícil de se reconstruir porque ela não deixa traço: o que é evidente em um dado momento tem necessidade de ser dito ou escrito?” (p.15). 2. As produções escritas escolares, como os exercícios, são desprezadas por muitos.
Não é certo, infelizmente, que as cópias dos alunos estejam melhor
conservadas no século XX, em razão tanto da expansão da escolarização para o conjunto da sociedade quanto da exiguidade dos locais escolares, a despeito do interesse que atualmente psicólogos e sociólogos da educação demonstram por este gênero (cf. Lahire,1994; Beaud, 1994): regularmente, como se diz, é preciso “arranjar espaço” e os documentos não são nem mesmo transferidos para depósitos de arquivos que deveriam legalmente recebê-los. Seria conveniente, em cada um dos países que representamos, fazer uma coleta similar de documentos idênticos, perguntando-nos a cada vez sobre a representatividade que lhes podemos atribuir. 3. O autor defende Arquivos para esta produção propriamente escolar. Eles existem no Brasil? Há leis sobre isso? 4. Aqui, o autor discutiu fontes em potencial.
Análise das normas e das finalidades que regem a escola
1. O estudo sobre as normas da escola é muito comum, pois é mais fácil obter acesso aos textos reguladores e os PPP’s do que à realidade. 2. É nos momentos de crise que se pode captar ou, pelo menos, refletir sobre a finalidade da escola. Um exemplo: a elaboração do Ratio studiorum jesuíta 1. Ratio studiorum é um texto (programa de estudo) que teve difusão europeia, editado definitivamente em 1599 e norteador às normas dos colégios jesuítas até a supressão da Companhia em 1773. 2. Ratio studiorum: autores a serem estudados; partes da gramática a serem aprendidas; exercícios a serem feitos. 3.